Jira Integrado ao Power BI: Como fazer?

Wagner Hörlle • December 17, 2021

A integração do Jira ao Power BI é uma poderosa solução para otimizar os resultados da sua equipe. Entenda como…

As duas coisas imprescindíveis para o bom desenvolvimento de qualquer projeto – seja a nível empresarial, de equipes ou individual – são:

Coleta e Visualização de Dados

As tomadas de decisões estratégicas para o negócios não são tomadas a partir de achismos.

O tipo de abordagem utilizada para embasar estas decisões, é o que diferencia aquelas ações que realmente fazem diferença nos resultados e quais empreitadas serão realmente bem sucedidas daquelas que são, no melhor dos cenários, medianas .

Mesmo quando falamos em gerir equipes internamente, é essencial que você consiga captar dados precisos sobre o desenvolvimento do time e do andamento dos projetos realizados.

Apenas desta forma será possível compreender os pontos fortes e fracos de cada time , permitindo otimizar o desenvolvimento dos projetos e c onquistar resultados cada vez melhores , em uma curva de melhoria operacional contínua .

Para tomar decisões precisas, você precisa ter todos os dados à sua disposição e poder vê-los resumidos e organizados de uma forma que faça sentido para você.

É muito importante que na fase de coleta você tenha fontes e ferramentas capazes de te entregar dados consistentes e confiáveis. Caso contrário, as decisões baseadas nestes dados não serão seguras.

Já na etapa de visualização dos dados, é necessário ter acesso a um programa que te permita ver um panorama geral de forma simples, direta e completa.

Assim ela vai permitir que você possa compreender o que está acontecendo em seu negócio sem ter que passar horas analisando planilhas ou relatórios.

Como fazer isso?

Ainda não existem ferramentas tão completas a ponto de realizar as duas funções com excelência.

Apesar disso, a solução para esta questão é bastante simples: Unindo o poder de duas das ferramentas mais acessíveis e completas disponíveis — claro, estou me referindo ao Jira e o Power BI !

O que é o Jira?

Em uma visão geral, podemos dizer que o Jira é uma ferramenta de desenvolvimento de software que permite capturar, gerenciar e acompanhar o progresso de projetos ágeis.

Ele oferece uma grande variedade de recursos que o tornam uma ferramenta essencial, especialmente para equipes de desenvolvimento de software.

Tem foco em ajudar na organização das equipes e das demandas, além de manter o controle em todas as etapas do projeto, desde o planejamento até cada entrega — parcial ou completa — do lançamento dos projetos de forma organizada.

O Jira também pode ser aplicado com sucesso a outros tipos de projetos , ajudando a atingir um alto nível de sucesso mesmo em projetos que não envolvem a criação de softwares, podendo ser utilizado por equipes de diversos setores.

O que é o Power BI?

Power BI é uma plataforma de Business Intelligence, que foi projetada pela Microsoft, como uma solução para empresas que desejam ter uma visão completa de suas informações e dados.

Ela permite que todos os membros da equipe tenham acesso simplificado a todas as informações necessárias.

Além disso, ao mesmo tempo que facilita o acesso e a interpretação de dados importantes, o Power BI também ajuda a aumentar o nível de segurança da empresa.

Apesar de parecer um pouco controverso — facilitar o acesso a informações + aumentar a segurança dos dados — isso é possível, uma vez que cada membro do time terá acesso apenas às informações com acesso autorizado para ele.

Por ser simples, rápido e fácil de usar, ele permite que você assuma o controle dos dados e dos valiosos insights que serão gerados por eles, ajudando a tomar decisões com maior clareza e assertividade.

Quais são as principais vantagens na integração destes sistemas?

Ao fazer a integração dos dois sistemas, o Power BI terá acesso a todos os dados gerados pelo Jira e será capaz de gerar relatório simples e completos, com todas as informações necessárias para fazer análises detalhadas e gerar insights estratégicos precisos.

Isto lhe permitirá rastrear e medir o desempenho das equipes e de seus membros, em tempo real, identificando quaisquer áreas de melhoria.

Além disso, outra grande vantagem desta integração é que ela permite identificar tendências em seus dados.

Assim, você pode entender melhor como pequenas mudanças — seja no projeto como um todo, na organização ou composição da equipe, etc. — têm impacto no resultado final.

O uso da integração entre o Jira e o Power BI permite que isso seja feito de forma prática, economizando horas em verificação de planilhas e evitando os clássicos erros que ocorrem durante análises complexas feitas de forma manual.

Além dos benefícios diretos óbvios que mencionamos até agora, há também alguns benefícios indiretos que não devem ser ignorados.

Um deles é que ela permite melhorar a comunicação dentro da equipe.

Power BI oferece uma variedade de ferramentas que facilitam o compartilhamento entre os membros da equipe.

Também permite a criação de painéis de controle personalizados, o que possibilita a visualização das informações relevantes para cada usuário.

Desta forma, é possível ter certeza de que todos têm acesso aos mesmos dados e que nenhuma informação crítica é escondida.

Outro benefício indireto desta integração é que ela ajuda a melhorar a produtividade da equipe. Como ela proporciona um meio simples e prático para que a equipe tenha acesso às informações, o tempo gasto na busca e organização manual destas informações é diminuído.

O uso de ferramentas como Power BI permite que você tenha dados mais precisos, o que melhora as práticas de gerenciamento de projetos. Isto, por sua vez, permite economizar tempo e recursos, assim como evitar problemas potenciais.

Como deixar o Jira Integrado ao Power BI?

A integração entre Jira e Power BI é fácil de fazer e requer apenas alguns passos simples.

Como você deve imaginar, existe mais de uma maneira de fazer a integração entre as duas ferramentas.

Aqui, você vai ver o passo a passo para uma das formas mais simples e eficientes para integrar o Jira e o Power BI:

Utilizando um Plugin!

Sim, é tão simples quanto parece, não requer nenhum conhecimento técnico muito aprofundado em programação, nem algum conhecimento especializado sobre as duas ferramentas.

A própria Atlassian disponibiliza em seu marketplace alguns plugins, como você pode ver AQUI.

Qual o melhor Plugin?

Não existe uma resposta definitiva sobre isso. Mas, dois dos plugins preferidos hoje são o Power Bi Connector for Jira e o Power Bi Connector Pro for Jira.

Ambas as escolhas podem te trazer resultados excelentes e possuem uma instalação simples. Para exemplificar melhor, vamos falar sobre as etapas para fazer a integração com o uso do Power BI Connector Pro for Jira.

Passo a passo para o Power Bi Connector Pro for Jira

Primeira etapa – criação da massa de consulta

O primeiro passo, naturalmente, é baixar e instalar o plugin!

Depois de instalado, na opção “apps” do Jira, que fica na na barra superior da página principal, você conseguirá localizar um botão para entrar no Power BI Pro.

Com o plugin aberto, você encontrará uma opção que te permite criar uma URL de conexão.

Você deverá gerar uma URL, pois é esta URL que será usada no Power BI. Após a criação da URL, dentro do Jira deverá ser adicionado o novo conector.

Agora, começam as configurações mais específicas sobre o que você quer nesta integração.

Na página de criação do no novo conector deverão ser colocados:

  • Nome do conector (ex. Integração Jira+PwBI projeto XPTO)
  • Descrição do conector
  • Filtros
  • Seleção de arquivos para serem adicionados ao Power BI

Na seleção de arquivos, você encontrará diversas opções que deverão ser selecionadas de acordo com os seus objetivos nesta integração.

Após selecionar os campos referentes aos dados você quer visualizar, basta salvar e fechar .

Será gerada, automaticamente, uma nova url para este conector específico que você criou.

Um ponto muito positivo é o fato de poder criar quantos conectores diferentes forem necessários.

Após criar os conectores, será necessário atualizar o seu nome de usuário e senha .

É necessário fazer isso apenas uma vez por usuário.

Segunda etapa – Mandar os dados para o Power BI.

Após finalizados os passos da primeira etapa, chegou a hora de importar para o Power BI os dados que você selecionou.

Dentro da página inicial do Power BI, você deverá:

  • Abrir o menu “ Obter Dados “;
  • Selecionar a opção Field OData ;
  • Colar a URL criada na etapa anterior.

Após inserir a URL, o Fild OData solicitará que seja identificado o usuário que está fazendo a conexão.

Neste momento, você deve selecionar a opção “ básico “, no menu lateral, e colocar o usuário e senha criados no final da primeira etapa.

Etapa três – Visualização

Após as duas primeiras etapas serem concluídas, os dados que você quer visualizar já estarão integrados!

Assim, quando finalizar a conexão — após fazer o login com seu novo nome de usuário e senha — o Power BI irá trazer as tabelas que você selecionou na etapa anterior.

Basta selecionar quais das tabelas você quer neste momento e selecionar o tipo de visualização que você quer gerar com esses dados.

Pronto! Os seus melhores dados, com visualização otimizada.

A receita perfeita para desenvolver insights estratégicos extremamente valiosos e, claro, para facilitar o avanço na performance do seu time e conquista por resultados cada vez melhores .

Vale lembrar!

Todas as informações são importantes, para fazer um bom embasamento na tomada de decisão… mas nem todos os dados são importantes em todos os momentos .

O Power BI é uma ferramenta extremamente poderosa para visualização de dados, de forma lógica, organizada e simples. Porém, se houver excesso desnecessário de dados, a visualização poderá ficar poluída — e não existe ferramenta mágica para resolver isso.

Por isso, o ideal é que após fazer a integração com o Jira, quando gerar uma visualização, você deve manter em mente sempre o seu objetivo !

Entender quais dados são realmente importantes para fazer a análise que você precisa e, neste momento, selecionar apenas estes para gerar a visualização.

Todos os outros dados também já estarão integrados e você poderá gerar quantas visualizações quiser com o Power BI, de forma simples e mantendo um alto foco na análise do que realmente importa.

Desta forma você garante que os resultados conquistados com a integração sejam os melhores possíveis!!!

Espero que este conteúdo te ajude a fazer a integração de uma forma rápida e descomplicada.

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Se acesso é frouxo, a IA apenas acelera o aperto. Registro do uso em áreas sensíveis Não precisa ser um tribunal. Precisa ser rastreável. Quando algo der errado, você precisa conseguir entender o caminho: o que foi feito, por quem e com qual objetivo. Isso protege a empresa e também protege as pessoas. Revisão humana em pontos críticos Em áreas sensíveis, a IA não pode ser “quem decide”. Ela pode sugerir. Ela pode resumir. Ela pode organizar. Mas decisões que afetam cliente, segurança, risco ou compliance precisam de validação. Isso é maturidade, não desconfiança. O resultado dessa governança leve é simples: você cria segurança para a adoção crescer sem virar “terra de ninguém” — o que costuma acontecer quando a empresa tenta ser moderna… mas esquece que modernidade sem disciplina vira acidente. Legado e integrações frágeis: como evoluir sem quebrar a operação Em ambientes críticos, o legado não é um vilão. Ele é o que mantém a empresa trabalhando. O problema é tratar esse legado como se fosse um aplicativo novo, pronto para integrações perfeitas e mudanças rápidas. Aqui, o caminho mais responsável é reduzir acoplamento. Ou seja: antes de conectar IA diretamente em sistemas críticos, você começa com etapas mais “externas” e controladas. Você melhora a entrada, a organização e a qualidade do que chega no sistema — e só depois mexe no sistema. Pense como uma reforma com a casa em pé: primeiro, você arruma o fluxo, tira o entulho, melhora o acesso, organiza ferramentas, padroniza procedimentos. Só depois você quebra a parede. Uma boa regra prática é: quanto mais crítico o sistema, mais controlada precisa ser a automação . Isso não é medo; é engenharia de confiança. Você pode acelerar o que está antes e depois do sistema sem tocar no coração do legado no primeiro movimento. ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
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