Experiência do usuário no desenvolvimento de software

Wagner Hörlle • December 21, 2021

O que é experiência do usuário?

O termo Experiência do Usuário , é uma tradução da expressão em inglês: User Experience (UX) , e pode ser definida, como o conjunto de elementos que compõe as interações do usuário, com um determinado produto, software ou serviço, e que a partir dessa interação, geram nesse sujeito, uma percepção sobre essa experiência, podendo ser uma concepção positiva ou negativa.

De forma sintética, a Experiência do Usuário, consiste na experiência gerada através das interações de um usuário com determinada solução ou produto, podendo ser efetivada tanto em ambientes online, como no mundo físico.

É praticamente impossível falar de UX, sem falar de Donald Norman, ou Don Norman, como é popularmente chamado, um psicólogo cognitivo e Diretor do Laboratório de Design da Universidade da Califórnia em San Diego, que é conhecido como o “pai” do Design Centrado no Usuário. O termo “ User Experience” foi cunhado por ele, quando ainda trabalhava na Apple, no início dos anos 1990. Nas palavras dele:

“Eu inventei o termo porque pensei que Interface Humana e Usabilidade eram termos muito rasos; Eu queria cobrir todos os aspectos da experiência de uma pessoa com um sistema, incluindo design industrial, gráficos, a interface, a interação física e manual. Desde então, o termo se espalhou amplamente, tanto que está começando a perder seu significado” – Don Norman.

Até bem pouco tempo, a maior parte das empresas de desenvolvimento de aplicativos, plataformas ou softwares, costumavam priorizar as funcionalidades dos seus produtos, ao invés de questões relacionadas à usabilidade do mesmo. O que fez com o mercado fosse inundado pela produção de soluções digitais complexas, nada amigáveis e que não atendiam às expectativas e necessidades dos usuários, gerando assim, inúmeros problemas para diversas empresas.

A busca por uma solução digital que atenda aos anseios e as necessidades desses usuários, passa necessariamente, por uma mudança de perspectiva, onde os processos de criação e desenvolvimento passam a ser focados no usuário, possibilitando assim, que as empresas não apenas criem um produto comercialmente competitivo, mas também um produto, verdadeiramente útil e desejado.

Para o desenvolvimento de produtos focados em UX, é necessário que toda a metodologia seja centrada nos usuários e nas suas necessidades, desde o início. O usuário precisa ser o centro do projeto, desde a primeira reunião, pois, é fundamental que se compreenda as dores e anseios desse usuário, para que posteriormente, se possa desenvolver um produto que entregue soluções, da maneira mais simples e intuitiva possível.

Desenvolver uma solução digital é um processo bastante complexo e que envolve muita pesquisa, levantamento de dados e testes com usuários. Porém, ao adotar essa metodologia, será possível desenvolver uma solução com valor real e com maiores possibilidades de sucesso.

Neste texto, iremos apresentar os motivos pelos quais a experiência do usuário está tão em alta no mercado, a ponto do maior site de buscas do mundo, adotar como um dos critérios para ranqueamento em seu site. E mais do que isso, iremos te mostrar como e, porque a experiência do usuário hoje, deixou de ser uma diferencial e se tornou fundamental para o obter sucesso no desenvolvimento de softwares.

Experiência do usuário no desenvolvimento do software

Como foi dito anteriormente, a Experiência do Usuário se tornou fundamental no desenvolvimento de produtos digitais, mas, para que ela se concretize, é essencial, que todos os profissionais envolvidos no projeto, estejam alinhados com a metodologia e que ela perpasse todas as etapas do projeto, desde a concepção do produto até o seu lançamento, o que inclui, todo o trabalho realizado pelo time de desenvolvimento.

Quando falamos em UX, precisamos destacar a importância do profissional de Design, pois, a atuação do designer não é, algo pontual e sim contínuo, e possui um papel muito importante na garantia da qualidade e das funcionalidades dos sistemas. O Designer que atua nessa área, precisa entender as necessidades do usuário final e buscar soluções que atendam aos interesses do público-alvo, proporcionando a eles, a melhor experiência possível, ao mesmo tempo, que concilia o projeto, com a capacidade produtiva do time de desenvolvedores, que pode incluir: engenheiros, analistas, testers e programadores.

O trabalho desenvolvido pelos designers, envolve diversas técnicas, escolha da metodológica mais adequada, entrevistas, análises e pesquisas, buscando sempre, apresentar soluções mais simples, intuitivas e inteligentes.

6 etapas para a criação de um software focado na experiência do usuário

Apesar de não existir um processo padrão para o desenvolvimento de software focado em UX, devido as inúmeras particularidades existentes em cada projeto, e por a maior parte das empresas adaptarem metodologias já existentes às suas necessidades, existem sim, algumas etapas que são fundamentais quando pensamos em criações centradas no usuário.

Abaixo, iremos listar as etapas consideradas essenciais para atividades que envolvam UX:

Compreensão do problema

Uma das principais diretrizes do Design Thinking , e que por muitas vezes, acaba sendo considerada banal, a compreensão do problema, é uma etapa primordial para um bom trabalho de UX. Essa etapa consiste, basicamente, em compreender de forma profunda qual é a real demanda do projeto. Sendo imprescindível, que os profissionais tenham clareza sobre qual problema o produto irá resolver.

Pesquisa

A etapa da pesquisa, é o momento onde os usuários serão selecionados, e seus anseios e necessidades serão ouvidos. Será nessa etapa também, que as perguntas serão elaboradas e as hipóteses criadas, visando aprofundar o conhecimento a respeito do problema, para, posteriormente, apresentar soluções melhor fundamentadas.

Nesse momento poderão ser utilizadas diversas técnicas, como:

  • Entrevistas;
  • Questionários;
  • Pesquisa contextual;
  • Análise de mercado;
  • Benchmark.

Análise dos dados

Após a realização das pesquisas, todas as informações e dados levantados precisam ser organizados e analisados. A etapa da análise, é o momento onde as oportunidades serão identificadas e novas hipóteses serão criadas. O objetivo desse momento é compreender os motivos e porquês do projeto.

Para a realização da etapa de análise várias técnicas podem ser aplicadas, como:

  • Definição de personas;
  • Análise de cenários;
  • Elaboração de jornadas do usuário;
  • Criação de storyboards ;
  • Definição de fluxos do usuário.

Prototipação

Após uma melhor compreensão do problema, chegou o momento de criar protótipos. Nessa etapa podem ser criados protótipos de vários níveis de fidelidade, desde os de baixa fidelidade, como rascunhos e wireframes simplificados, até protótipos de alta fidelidade com design visual melhor definido e fluxos de telas navegáveis. Dessa forma, o protótipo é a primeira sintetização e materialização das soluções criadas durante as etapas anteriores.

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Testagem e validação de hipóteses

Aqui os protótipos criados serão testados e avaliados, e de preferência por usuários reais. Todos os aspectos da solução devem ser testados em níveis como: acessibilidade, funcionalidades, usabilidade e desempenho. Também, é nesse momento, que devem ser elencadas as dúvidas, dificuldades e sugestões de melhoria.   

A testagem pode ser realizada e os feedbacks coletados através de técnicas como:

  • Testes A/B;
  • Testes de usabilidade;
  • Heatmap – Mapa de Calor;
  • Beta Launch.

Refinamento

Após a finalização dos testes e da análise dos feedbacks ser realizada, é o momento de refinar as ideias e de pensar melhorias para o protótipo. As sugestões de melhorias devem ter como objetivos centrais, atender, da forma mais precisa possível, as demandas do projeto e as necessidades dos usuários.

Todas as etapas são interativas, colaborativas e por vezes cíclicas:

A construção da solução conta com a atuação dos profissionais de UX durante todo o processo, trabalhando diretamente com usuários, desenvolvedores, analistas e gestores. É importante ressaltar que as etapas de prototipação, testagem e refinamento não acontecem uma única vez ao longo do projeto. Principalmente, em times que utilizam metodologias ágeis , que preveem melhorias contínuas do produto.

3 qualidades fundamentais de um software focado em UX

Abaixo, iremos listar as 3 principais qualidades que um produto precisa ter, para ser considerado um software focado em experiência do usuário:

  1. Usabilidade : os usuários precisam realizar ações com facilidade e de forma amigável;
  2. Valor: o produto entregue aos usuários deve ser algo que eles realmente queiram ou necessitem;
  3. Fácil engajamento e desejabilidade : o produto precisar ser de fácil adesão, e quanto mais fácil for para que os usuários comecem a utilizar o produto, melhor. E a experiência do usuário, como um todo, deve ser a mais desejável, agradável e intuitiva possível.

5 vantagens de focar em UX para a sua empresa

A experiência do usuário tem sido fundamental para o sucesso de muitos negócios, e vai muito além de lançar um produto bonito e funcional. Na verdade, quando pensamos em experiência do usuário, os principais objetivos do produto devem ser baseados em: satisfação do cliente, seu nível de engajamento e sua relação com a marca.

Abaixo, iremos apresentar as 5 principais vantagens que a sua empresa poderá ter ao focar no desenvolvimento da experiência do usuário:

1. Redução de custos: através do uso de técnicas, como o mapeamento de fluxo e a partir da compreensão da relação dos usuários com o seu negócio, ficará mais fácil tomar decisões assertivas e criar soluções de valor, contribuindo diretamente para a redução dos custos durante o desenvolvimento do projeto.

2. Melhoria do posicionamento do seu site em buscadores:   o Google tornou a experiência do usuário como um dos seus fatores de ranqueamento. Algumas características que podem contribuir para o melhor posicionamento do seu site são: possuir uma boa velocidade de resposta, ser visualmente estável e interativo.

3. Maior poder competitivo: a experiência do usuário pode ser um diferencial competitivo para o seu negócio, pois, já se sabe, que os clientes desejam uma jornada única, significativa, simples e personalizada. Com essas características, sua empresa poderá conquistar e fidelizar clientes, graças à memória positiva gerada através das interações com a marca.

4. Aumento das possibilidades de conversão: um cenário favorável pode estimular o usuário a realizar uma compra e toda jornada do usuário pode resultar na efetivação de uma compra.

5. Melhorias no posicionamento da sua marca no mercado: a experiência do usuário também é responsável por fortalecer a percepção de marca de um negócio, que é o primeiro passo para que ela se torne referência no mercado. A utilização de UX, tem sido uma das principais formas de uma marca se tornar mais relevante diante dos concorrentes.

Conclusão

A utilização da experiência de usuário tem apresentado diversas vantagens. Mas para se ter uma experiência do usuário satisfatória, é necessário lembrar de questões importantes como: compreensão do contexto em estará inserida, investimento de tempo e recursos para pesquisas, arquitetura da informação, funcionalidades, interfaces e conteúdo. Além, de garantir que o produto seja viável tecnologicamente, que o usuário consiga utilizar de forma tranquila, que gere valor e que faça sentido para o negócio.

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Pense assim: você quer escolher casos de uso que tragam valor rápido, mas que não exijam mexer no coração frágil das integrações de primeira, nem colocar dados sensíveis em risco . Você quer avançar sem quebrar o que está em produção. A seguir, estão seis pontos de partida que normalmente funcionam bem nesse cenário — e que ajudam a construir confiança. 6 usos iniciais “seguros” para ambientes críticos Resumo e padronização de informações internas. Atas de reunião, planos de ação, registros de decisões, atualizações de status. Aqui a IA vira uma secretária eficiente: organiza, sintetiza e deixa mais claro o que já foi discutido. Desde que você evite conteúdo sensível e tenha revisão humana, o risco é baixo e o ganho costuma ser alto. Documentação e melhoria de procedimentos Em empresas com legado e estruturas rígidas, documentação é ouro — e quase sempre está atrasada. A IA pode ajudar a transformar rascunhos em textos mais claros, sugerir estrutura, padronizar linguagem e identificar lacunas. O segredo é simples: ela não “autoriza”; ela ajuda a escrever. Quem valida é o time. Triagem de demandas e classificação de tickets Antes de automatizar respostas, você pode automatizar organização. Classificar tipos de solicitação, identificar urgência, sugerir responsáveis, apontar provável causa. Isso reduz caos na fila e melhora tempo de resposta sem mexer diretamente em sistemas sensíveis. Base de conhecimento interna com curadoria Em operações corridas, perguntas se repetem: como liberar acesso, como abrir chamado, como registrar incidente, como seguir um procedimento. A IA pode facilitar busca e resposta usando conteúdos aprovados, desde que haja controle de acesso e curadoria. Aqui, o “seguro” não é a tecnologia — é a disciplina de manter a base confiável. Apoio ao comercial e ao atendimento com limites claros A IA pode ajudar a estruturar propostas, organizar argumentos, adaptar linguagem. Mas o limite precisa ser inegociável: não alimentar a IA com informações confidenciais ou dados de clientes sem política definida. Dá para fazer bem com modelos prontos e um padrão de conteúdo. Identificação de padrões de retrabalho e gargalos, usando dados não sensíveis Às vezes, o problema não está no “fazer”. Está no “refazer”. A IA pode ajudar a enxergar recorrências: onde mais dá erro, onde mais volta, onde mais trava. Isso orienta melhorias de processo que liberam tempo real. Veja o ponto comum entre todos esses usos: eles começam melhorando comunicação, organização e consistência — sem pedir que você reconstrua o mundo, nem jogue risco para debaixo do tapete. 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Se acesso é frouxo, a IA apenas acelera o aperto. Registro do uso em áreas sensíveis Não precisa ser um tribunal. Precisa ser rastreável. Quando algo der errado, você precisa conseguir entender o caminho: o que foi feito, por quem e com qual objetivo. Isso protege a empresa e também protege as pessoas. Revisão humana em pontos críticos Em áreas sensíveis, a IA não pode ser “quem decide”. Ela pode sugerir. Ela pode resumir. Ela pode organizar. Mas decisões que afetam cliente, segurança, risco ou compliance precisam de validação. Isso é maturidade, não desconfiança. O resultado dessa governança leve é simples: você cria segurança para a adoção crescer sem virar “terra de ninguém” — o que costuma acontecer quando a empresa tenta ser moderna… mas esquece que modernidade sem disciplina vira acidente. Legado e integrações frágeis: como evoluir sem quebrar a operação Em ambientes críticos, o legado não é um vilão. Ele é o que mantém a empresa trabalhando. O problema é tratar esse legado como se fosse um aplicativo novo, pronto para integrações perfeitas e mudanças rápidas. Aqui, o caminho mais responsável é reduzir acoplamento. Ou seja: antes de conectar IA diretamente em sistemas críticos, você começa com etapas mais “externas” e controladas. Você melhora a entrada, a organização e a qualidade do que chega no sistema — e só depois mexe no sistema. Pense como uma reforma com a casa em pé: primeiro, você arruma o fluxo, tira o entulho, melhora o acesso, organiza ferramentas, padroniza procedimentos. Só depois você quebra a parede. Uma boa regra prática é: quanto mais crítico o sistema, mais controlada precisa ser a automação . Isso não é medo; é engenharia de confiança. Você pode acelerar o que está antes e depois do sistema sem tocar no coração do legado no primeiro movimento. ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
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