Jira Software X Azure DevOps: um comparativo completo!

Leticia Vargas • October 13, 2022

Tudo o que você precisa saber sobre essas duas ferramentas, você encontrará neste artigo!

O Jira Software e Azure DevOps são duas importantes ferramentas que ajudam inúmeras empresas, no mundo todo, a organizarem seus processos de trabalho e de desenvolvimento.

O Azure DevOps consiste em um conjunto de ferramentas de desenvolvimento para equipes de software. Já o Jira Software é uma ferramenta que auxilia equipes de diversas áreas e de todos os tipos de trabalho no gerenciamento, em qualquer outro trabalho que busque por agilidade.

Ambas as ferramentas são usadas por milhões de desenvolvedores e indicadas para ajudar equipes de desenvolvimento a planejar, gerenciar, rastrear e organizar seus projetos.

Mas, você deve estar se perguntado: Jira ou Azure DevOps? Qual devo escolher?

Para te ajudar a responder essa pergunta, iremos apresentar um comparativo completo das duas ferramentas, mostrando as principais características de cada uma, suas semelhanças e diferenças. E assim, vamos te ajudar a fazer a melhor escolha!

Vem com a gente!

Jira Software

O Jira é um software de gerenciamento de projetos que oferece inúmeros recursos e funcionalidades ágeis . Desenvolvido pela Atlassian, o Jira é uma ferramenta altamente flexível , que permite configurações para os mais diversos ambientes e processos , além de ser receptivo a qualquer metodologia ágil.

Reunindo todas as funcionalidades necessárias para o controle e organização de diferentes tipos de projetos, equipes e ambientes de desenvolvimento, o Jira, disponibiliza, também, recursos úteis para a criação de fluxos de trabalho e para o gerenciamento de metodologias ágeis.

Atuando como um sistema central de gerenciamento e possibilitando que cada etapa do projeto seja planejada, monitorada e controlada pelos times. Contribuindo diretamente para que os fluxos de trabalho sejam mantidos sob controle e auxiliando na potencialização de recursos e na prevenção de riscos durante todo o desenvolvimento do projeto.

Através da Jira Software é possível gerenciar projetos das mais diversas áreas e tamanhos , permitindo que a execução de projetos e facilitando a visualização dos trabalhos realizados em cada etapa.

Além disso, o Jira é amplamente utilizado para auxiliar as equipes na tomada de decisões estratégicas , pois, através de relatórios detalhados , é possível identificar possíveis erros e otimizar o andamento das entregas .

Principais características do Jira

O Jira Software permite que as equipes possam planejar, acompanhar e gerenciar todos os seus projetos, através de quadros ágeis, roteiros, pendências, integrações e complementos . Permitindo também, dimensionar e personalizar os fluxos de trabalho do Jira para cenários complexos, de forma fácil e rápida. Abaixo vamos apresentar as principais características dessa ferramenta:

  • Fácil configuração:  a ferramenta permite que os fluxos de trabalho do projeto sejam facilmente configurados e personalizados.

  • Roteiros integrados: com o Jira, as equipes podem acompanhar o panorama, comunicar planos e ter uma visão objetiva do progresso dos projetos.

  • Painéis personalizados:  através dos painéis personalizados, as equipes terão acesso a todas as informações que necessitam para um determinado projeto em um único lugar.

  • Relatórios ágeis : com relatórios ágeis a disposição dos profissionais, é possível ​​verificar em tempo real o desempenho das equipes e com isso, ter insights poderosos.

  • Recursos de pesquisa avançados: com a visualização detalhada dos processos de trabalho em equipe e através dos recursos de pesquisas avançados você poderá encontrar informações sobre o que realmente está buscando.

  • Suporte móvel nativo:  o Jira possui suporte nativo para iPhone e Android, e possui mais de 1.000 complementos plug-and-play, permitindo que o Jira se adapte a qualquer cenário.

  • Quadros ágeis: com quadros do Scrum ao Kanban , desenvolvidos para se ajustarem à estrutura ágil, as equipes poderão trabalhar com maior eficiência e agilidade.

  • Métricas do DevOps:  com o Jira você pode trazer informações das suas ferramentas de desenvolvimento e ganhar visibilidade no pipeline do software

  • Pronto para empresas: com alta disponibilidade, desempenho em escala e recursos avançados de segurança, o Jira está pronto para ajudar a sua empresa atingir os seus objetivos.

Azure DevOps

O Azure DevOps foi criado para ajudar desenvolvedores a melhorar a forma como c riam, planejam e entregam softwares . Ele possibilita transformar ideias em aplicativos, através de ferramentas ágeis e auxilia no gerenciamento de testes, versões de código e implantação de projetos em sistemas multiplataforma.

O Azure DevOps é um produto da Microsoft que foi lançado anteriormente com o nome de Visual Studio Team Service (VSTS). Atualmente a ferramenta é composta por 5 serviços, que podem ser utilizados separadamente ou em conjunto. São eles:

  • Azure Boards : inclui ferramentas ágeis para planejamento, acompanhamento e discussão do trabalho entre as equipes.

  • Azure Repos : serviço que oferece repositórios gratuitos e ilimitados para compilar, testar e implantar com CI/CD.

  • Azure Pipelines: crie códigos melhores com pull requests e gerenciamento avançado de arquivos.

  • Planos de teste do Azure : disponibiliza ferramentas de teste manual e exploratório.

  • Artefatos do Azure : serviço para criação, hospedagem e compartilhamento de pacotes entre equipes, que permite adicionar artefatos a pipelines de CI/CD.

Principais características do Azure DevOps

O Azure DevOps possibilita que as equipes planejem e acompanhem o trabalho de vários itens de trabalho e pode ser usado ​​para rastrear recursos, requisitos, user stories, tarefas e bugs. Seus principais recursos são:

  • Painéis configuráveis: a ferramenta disponibiliza painéis configuráveis ​​que podem auxiliar no planejamento ágil, no rastreamento de itens de trabalho e na visualização de tarefas e relatórios.

  • Controle de origem : essa função permite rastrear alterações feitas na base de código, fazer check-in de arquivos e organizar arquivos em pastas, ramificações e repositórios.

  • Testes avançados:  possibilita a realização de testes integrados planejados e exploratórios.

  • Gerenciamento de pacotes : possui suporte para feeds de pacotes Maven, npm, Python e NuGet, de fontes públicas ou privadas.

  • Repositórios: oferece aos usuários r epositórios gratuitos e ilimitados.

  • CI/CD para qualquer plataforma : oferece suporte para contêineres ou Kubernetes, independente da linguagem ou plataforma.

Semelhanças e Diferenças

Por se tratar de duas ferramentas que possuem objetivos parecidos , é esperado que possuam semelhanças e também diferenças, visto que foram desenvolvidas por empresas diferentes. Abaixo, iremos apresentar as principais semelhanças e diferenças entre o Jira Software e o Azure DevOps.

Semelhanças

O Azure DevOps uma ferramenta de desenvolvimento de software, composta por diversos recursos que permitem que equipes trabalhem de forma conjunta ou independente , conforme as necessidades de seus clientes.

O Jira Software é uma ferramenta, desenvolvida para ajudar equipes de todos os tipos no gerenciamento do trabalho . Ele oferece diversos processos de gerenciamento e rastreamento de problemas e bugs.

Tanto o Azure DevOps quanto o Jira são as principais ferramentas de gerenciamento de ciclo de vida de projetos do mercado . Elas auxiliam ajudam equipes de desenvolvimento a organizar seus projetos de forma colaborativa.

Além disso, as duas ferramentas são amplamente utilizadas por empresas de todos os tamanhos , tanto grandes como pequenas. Sendo comum também, os dois softwares serem utilizados dentro de uma mesma empresa, em setores diferentes .

Ambas as ferramentas também suportam configurações e gerenciamento de projetos básicos, ágeis, Scrum , CMMI e oferecem a possibilidade de alternar entre metodologias.

Diferenças

O Jira Software é recomendado para equipes de desenvolvimento que usam metodologias ágeis , pois, permite a iteração de fluxos de trabalho e adição progressiva de mais recursos . Já o Azure DevOps não dispõe desses recursos de forma nativa.

O Azure DevOps dispõe de recursos de rastreabilidade do início à implantação de projetos , enquanto com o Jira, não é possível visualizar de forma direta as conexões de cada item de trabalho para implantações ou para versões específicas.

Porém, o Jira permite a criação de vários tipos de fluxos para atender às exigências específicas de cada etapa do processo de desenvolvimento dos projetos . Permitindo assim, que toda a equipe tenha uma visão clara do seu trabalho e possa acompanhar os marcos de desenvolvimento de forma mais fácil e rápida .

O Jira possui, também, recursos de pesquisa avançados que permitem identificar facilmente problemas ou bugs de um projeto específico. Ele também permite que as pesquisas sejam salvas e enviadas para seu e-mail . Já no Azure DevOps, as opções de pesquisa são muito mais limitadas.

O Jira Software possui suporte nativo para dispositivos móveis , permitindo que as informações armazenadas na nuvem sejam acessadas de qualquer lugar e a qualquer momento, garantindo maior flexibilidade e maior produtividade, uma vez que permite que os membros da equipe possam acompanhar o andamento do projeto mesmo estando longe de uma máquina. Já o Azure DevOps não dispõe desses recursos nativamente.

No que se refere a investimentos, o Azure DevOps disponibiliza um nível básico gratuito com seus valores alterados conforme o uso das diferentes ferramentas do conjunto, número de usuários, etc. Já o Jira , oferece uma licença gratuita limitada para até 10 usuários e outros planos, calculados por número de usuários, caso você necessite de recursos mais completos ou tenha necessidades corporativas.

Comparativo dos 10 principais recursos

Quadro comparativo entre os 10 principais recursos do Jira Software e Azure DevOps.

Uso integrado do Jira Software e Azure DevOps

O uso comum do Jira e do Azure DevOps, é bastante comum entre grandes empresas, que possuem diferentes equipes e precisam que elas trabalhem de forma colaborativa . Outro caso comum de uso integrado das duas ferramentas, é quando a empresa utiliza uma delas e o cliente outra .

Nos cenários apresentados, seria muito difícil realizar a troca de ferramenta e alinhar tudo apenas no Jira ou, apenas no Azure DevOps, pois, as equipes estão familiarizadas cada uma com as suas ferramentas e transferir todas as informações, seria uma tarefa complexa e bastante estressante.

Nesses casos, a solução mais recomendada é realizar a integração do Jira e do Azure DevOps e fazer com que eles transfiram os dados automaticamente entre si. Dessa forma, cada equipe pode continuar trabalhando com a ferramenta que possui mais familiaridade.

Conclusão

Como podemos ver nesse post, tanto o Jira quanto o Azure DevOps são ótimas ferramentas para o gerenciamento de projetos de desenvolvimento . Ambas as ferramentas possuem prós e contras, e a escolha por uma delas, deve ser realizada com muita segurança e levando em consideração as suas necessidades.

Sabemos que a escolha por uma ferramenta não se trata de uma tarefa fácil , pois, diversos pontos devem ser considerados e nem sempre temos uma visão clara e suficientemente abrangente sobre todos os recursos e funcionalidades oferecidos por cada ferramenta .

Caso você consiga identificar as suas reais necessidades ou da sua empresa, e consiga também, listar o que você espera de uma ferramenta, o processo de escolha fica mais fácil.

Mas se você ainda se sentir perdido entre as opções, você sempre poderá contar com as equipes da da CSP>Tech , que possuem os melhores e mais qualificados profissionais para te ajudar nesse processo. Aqui, nós entregamos soluções digitais para desafios reais!

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A empresa economiza tempo hoje, mas cria um problema que custará caro amanhã: processos diferentes em cada área, informações desencontradas, retrabalho, perda de qualidade e uma sensação constante de que a operação ficou mais rápida… porém menos confiável. Se você atua em ambientes críticos, precisa de uma ideia simples para guiar decisões: IA não é só uma ferramenta. É uma capacidade. E capacidade precisa de método. IA operacional vs IA estratégica Aqui está a diferença que separa quem “brinca” de IA de quem realmente melhora a empresa. O uso operacional é quando a IA ajuda em tarefas soltas. Ela escreve um e-mail, organiza um texto, revisa uma mensagem, resume uma reunião, gera ideias para um post, cria um roteiro de apresentação. Isso é útil, sim — e costuma trazer ganhos rápidos. Só que é, principalmente, produtividade individual. O uso estratégico é quando a IA melhora o funcionamento da empresa. 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Se acesso é frouxo, a IA apenas acelera o aperto. Registro do uso em áreas sensíveis Não precisa ser um tribunal. Precisa ser rastreável. Quando algo der errado, você precisa conseguir entender o caminho: o que foi feito, por quem e com qual objetivo. Isso protege a empresa e também protege as pessoas. Revisão humana em pontos críticos Em áreas sensíveis, a IA não pode ser “quem decide”. Ela pode sugerir. Ela pode resumir. Ela pode organizar. Mas decisões que afetam cliente, segurança, risco ou compliance precisam de validação. Isso é maturidade, não desconfiança. O resultado dessa governança leve é simples: você cria segurança para a adoção crescer sem virar “terra de ninguém” — o que costuma acontecer quando a empresa tenta ser moderna… mas esquece que modernidade sem disciplina vira acidente. Legado e integrações frágeis: como evoluir sem quebrar a operação Em ambientes críticos, o legado não é um vilão. Ele é o que mantém a empresa trabalhando. O problema é tratar esse legado como se fosse um aplicativo novo, pronto para integrações perfeitas e mudanças rápidas. Aqui, o caminho mais responsável é reduzir acoplamento. Ou seja: antes de conectar IA diretamente em sistemas críticos, você começa com etapas mais “externas” e controladas. Você melhora a entrada, a organização e a qualidade do que chega no sistema — e só depois mexe no sistema. Pense como uma reforma com a casa em pé: primeiro, você arruma o fluxo, tira o entulho, melhora o acesso, organiza ferramentas, padroniza procedimentos. Só depois você quebra a parede. Uma boa regra prática é: quanto mais crítico o sistema, mais controlada precisa ser a automação . Isso não é medo; é engenharia de confiança. Você pode acelerar o que está antes e depois do sistema sem tocar no coração do legado no primeiro movimento. ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
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