A curva da demanda por BI depois da pandemia: o que mudou de 2020 até hoje
A pandemia acelerou o relógio do mundo corporativo. De repente, a operação mudou, os canais digitais explodiram e o fluxo de caixa virou pauta diária. No centro dessa transformação, um velho aliado deixou de ser coadjuvante: o Business Intelligence.
A busca por soluções de BI disparou — e com razão. Mas a maturidade, essa não correu no mesmo ritmo. Ferramentas foram compradas, dashboards criados, acessos abertos… e mesmo assim, muitas empresas seguem tomando decisões baseadas em versões diferentes da verdade.
Este post traça a curva de demanda por BI desde 2020, analisa a evolução da maturidade empresarial e propõe um caminho prático para transformar dados em decisões seguras — especialmente em ambientes críticos, com legados complexos e alto risco operacional.
Continue a leitura e saiba mais!
2020: quando BI deixou de ser relatório e virou instrumento de sobrevivência
Antes de 2020, o BI era visto como suporte estratégico — útil, mas discreto. A pandemia transformou essa lógica. A estabilidade deu lugar à urgência, e a visibilidade virou questão de sobrevivência.
Em meio ao caos, BI virou sinônimo de resposta rápida. As empresas precisavam enxergar com clareza o que acontecia: vendas, rupturas, entregas, produtividade remota, inadimplência, custos. De repente, medir não era mais um luxo — era essencial para continuar operando.
A explosão inicial da demanda veio do instinto de sobrevivência. Quando o cenário é imprevisível, dados confiáveis são bússola. Sem eles, cada decisão vira um salto no escuro.
2021–2022: a explosão de dashboards e a ilusão da democratização do dado
Passado o choque, veio a corrida. Ferramentas de BI foram adotadas em massa. Times foram criados. Painéis pipocaram por toda a empresa. Surgiram termos como self-service analytics e tempo real.
A promessa era bonita: “todo mundo vai decidir melhor com dados”. Mas na prática, muitas empresas confundiram acesso com capacidade.
Sem linguagem comum, sem padronização e sem rotinas claras, o que nasceu foi o “caos elegante”: dashboards bem-feitos que não se conversavam. O resultado? Reuniões longas, números que não batem, decisões lentas e perda de confiança.
O BI maduro não é sobre ter mais telas, e sim sobre criar um sistema de decisão coerente. É aqui que o conceito deixa de ser técnico e passa a ser cultural.
2023–2025: o “efeito IA” e a cobrança por dados confiáveis
A popularização da Inteligência Artificial generativa mudou o tom das conversas nas lideranças. A IA escancarou uma verdade incômoda: sem dados estruturados e confiáveis, não há inteligência — há risco.
Esse novo contexto fez o BI voltar aos holofotes. As empresas entenderam que a maturidade em dados começa no BI. É nele que se aprende a medir, padronizar, comparar e responsabilizar.
O “efeito IA” não diminuiu a demanda por BI — ao contrário, a consolidou. Mas revelou algo importante: maturidade não se compra. Ela se constrói com disciplina, rotina e confiança.
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A procura por BI aumentou mesmo?
Sim, e há dados que comprovam. Segundo estudos recentes do Gartner e da Forbes Tech, os investimentos globais em Data & Analytics cresceram mais de 25% desde 2020.
Mas a pergunta central não é “aumentou?”. É por que aumentou.
Os principais motores dessa curva são fáceis de reconhecer:
- Incerteza: o BI encurta o ciclo entre “aconteceu” e “entendi”.
- Digitalização: mais transações online significam mais dados — e mais necessidade de visibilidade.
- Trabalho distribuído: times remotos exigem uma linguagem comum baseada em fatos.
- Pressão por eficiência: cortes, metas e inflação tornaram o BI um redutor de desperdícios.
- A onda da IA: dados ruins destroem o potencial da IA, tornando o BI o primeiro passo da automação inteligente.
A demanda cresceu, mas maturidade ainda é o gargalo.
Maturidade: o que evoluiu e onde as empresas travam
A régua de maturidade do BI ainda é desigual.
Nível 1: BI como relatório. Há dashboards, mas sem padrão. O dado muda, o processo quebra, e decisões continuam baseadas em instinto.
Nível 2: BI como rotina. A empresa define indicadores-chave, padroniza conceitos e cria cadência de uso. O BI ganha consistência.
Nível 3: BI como decisão. Métricas sustentam ações. Resultados são medidos. Há donos de indicadores e cultura de responsabilização.
De 2020 a 2025, o mercado subiu do primeiro para o segundo degrau. Mas o salto final — o da cultura — continua sendo o mais difícil.
Maturidade em BI não é sobre ferramenta, é sobre comportamento. E comportamento não se compra; se pratica.
BI em ambientes críticos: responsabilidade antes da performance
Em operações sensíveis, o BI precisa nascer responsável. Um erro numérico pode gerar impacto real em atendimento, logística, compliance ou segurança.
Nesses contextos, três pilares são indispensáveis:
Risco operacional: decisões erradas custam caro.
Integração e legado: BI deve costurar definições e reconciliar verdades.
Governança e acesso: democratizar com segurança é diferente de liberar sem critério.
Em ambientes críticos, maturidade é requisito, não luxo. BI não é estética — é continuidade operacional.
Como transformar “procura por BI” em “valor com BI”
O salto de eficiência vem quando a empresa deixa de medir o sucesso do BI por quantidade de dashboards e passa a medir pelas decisões que ficaram melhores.
O caminho prático inclui:
- Comece pelas perguntas, não pelos gráficos. “Quais decisões precisam melhorar?” vem antes de “quais painéis vamos montar?”.
- Padronize o básico. Poucos indicadores, bem definidos e com donos claros.
- Crie rotina. Sem rituais de análise, dashboard é decoração.
- Trate qualidade de dados como produto. Dado bom é credibilidade — e credibilidade acelera decisão.
- Trabalhe cultura. Cultura é o que acontece quando o número contraria a intuição.
Esses cinco passos transformam o BI de um projeto em um ativo estratégico.
Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo:
Data Analytics: A Chave para Impulsionar a Inovação Empresarial
Análise Preditiva: Antecipando o Futuro com Business Intelligence (BI)
Muito além dos Dashboards: Descubra o Futuro do Business Intelligence (BI)
Conclusão
A curva de demanda por BI continua ascendente — impulsionada por incerteza, digitalização, IA e pressão por eficiência. Mas a verdadeira evolução não está em adotar mais tecnologia, e sim em amadurecer a relação com o dado.
Empresas que “têm BI, mas não vivem BI” ainda estão no meio do caminho. Ferramentas ajudam, mas o que sustenta o valor é o alinhamento, a confiança e a cultura de decisão.
Em ambientes críticos, o BI é mais do que performance: é segurança, continuidade e governança leve.
Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post!
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