Como a CSP Tech usa o Jira dentro do Agile Game

Leticia Vargas • October 19, 2022

Entenda como a CSP Tech usa o Jira Software no Agile Game !

Por que o Jira Software? Descubra por que essa é a ferramenta escolhida pela CSP Tech no desenvolvimento de projetos dos Squads Agile Game.

O que é o Agile Game da CSP Tech?

Como os Squads utilizam o Jira Software no dia a dia, para potencializar ainda mais os resultados obtidos para cada projeto?

Neste post você vai descobrir a resposta para todas essas perguntas. Vamos te mostrar como funciona o Agile Game e o que faz do Jira uma ferramenta tão poderosa para otimizar o processo de execução do projeto nessa metodologia.

Você vai entender:

  • Quais são as etapas do Agile Game;
  • Quais vantagens essa metodologia entrega;
  • Como o Jira é utilizado de forma estratégica em cada uma das etapas.

Preparado? Então vamos lá!

O que é o Squad Agile Game?

Você provavelmente já sabe o que são Squads Ágeis e como eles funcionam.

Mas, caso você não saiba, aqui vai uma breve explicação: são equipes formadas por profissionais multidisciplinares , com um objetivo específico . Estas equipes são autogeridas e trabalham em esquadrões seguindo a metodologia Agile .

            Alguns dos principais benefícios de Squads Ágeis são:

  • Aumento na produtividade e rapidez na entrega;
  • Maior engajamento da equipe;
  • Processos de desenvolvimento mais eficazes;
  • Maior qualidade no produto final.

Por mais que estas vantagens já sejam ótimas, a CSP Tech decidiu ir além, otimizando cada etapa do projeto.

O Squads Agile Game possui uma metodologia ponta a ponta , com foco em resolver os maiores problemas do negócio.

A metodologia é dividida em 5 etapas:

  1. Lean
  2. Pré Game
  3. Game
  4. Pós Game
  5. Indicadores

Ao mesmo tempo que estas etapas seguem uma ordem linear de aplicação, elas podem acontecer de forma simultânea durante o projeto.

Isso acontece por que as etapas de Pré game , Game e Pós game se repetem ao longo do processo de desenvolvimento do produto, divididas em diferentes demandas.

Ou seja, cada demanda passa pelas 4 primeiras etapas de forma linear. Mas pode acontecer o desenvolvimento de mais de uma demanda ao mesmo tempo.

Já a etapa 5 — Indicadores — acontece simultaneamente às três anteriores — todo o período do Game.

Veja o funcionamento de cada uma delas abaixo.

Lean

A primeira etapa do Agile Game se inicia com a realização de uma Lean.

Durante a Inception é feito um mapeamento completo. Nela a equipe trabalha para estabelecer um plano inicial para o desenvolvimento do produto , a definição de seus objetivos, quais etapas serão feitas no processo de desenvolvimento e quem fará parte de cada uma destas etapas.

Além disso, são definidos os seguintes pontos:

  • Visão do produto
  • Funcionalidades principais
  • Problemas que o produto vai resolver
  • Quem é o público para o qual o produto é direcionado
  • Objetivo de negócio

A partir destas informações o MVP — Minimum Viable Product — é desenhado. Ele se trata da versão inicial e mais simples do produto, que servirá para validar as premissas e entender o que entregará mais valor, mais rápido.

Este é o ponto de partida para a criação do Backlog do produto. Aqui são definidas, então, quais etapas de desenvolvimento o projeto deverá seguir.

Pré Game

Após a definição do MVP e do escopo inicial do projeto, é hora de refinar as tarefas que serão realizadas e detalhar o planejamento do cronograma das entregas.

Além disso, no Pré Game é feito todo o refinamento técnico do projeto . Onde será definido o que precisará ser feito, para o desenvolvimento do produto.

Game

Aqui é dado o start no desenvolvimento do produto.

Nesta etapa todas as tarefas definidas no Pré Game, que ficaram organizadas no Backlog do projeto, são executadas pelas equipes responsáveis.

Após finalizado o desenvolvimento, são feitas as revisões e testes de funcionamento e qualidade da entrega a ser realizada.

Pós Game

Este é o momento de validação e implantação do produto .

São feitos dois tipos de validação:

  • Unitária — cada uma das demandas individualmente
  • Pacote — o conjunto de demandas unitárias, validadas em um ambiente que reflita as condições reais de produção.

As demandas seguirão para a produção após a validação do Pacote.

Indicadores

Durante todo o desenvolvimento dos Sprints — que engloba as etapas Pré, Game e Pós — são verificados os indicadores e métricas, que permitem identificar o desenvolvimento das demandas.

A partir destes indicadores é possível ter uma visão 360° do projeto , identificando possíveis gargalos, bugs e fazendo otimizações constantes durante todo o processo.

Ferramenta principal

Para operacionalizar esse processo como um todo, de forma organizada e eficiente, a escolha das ferramentas certas é fundamental.

A ferramenta deve ser capaz de permitir que toda a equipe tenha esta visão geral do projeto , mas ao mesmo tempo possibilitar que cada membro do time foque no que realmente importa para desenvolver a sua etapa da demanda.

Além disso, é necessário um bom controle e visualização de dados , para permitir o monitoramento e a melhora nos resultados, facilitando otimizações em todas as etapas do processo.

É aqui que entra a Jira no Agile Game!

O que é o Jira?

De forma bem objetiva, podemos dizer que o Jira é um software para gerenciamento de projetos e equipes ágeis.

Ele possui diversas funcionalidades que facilitam o desenvolvimento de todas as atividades do desenvolvimento de projetos

Permite centralizar todas as informações do projeto em um único lugar, de forma clara e organizada.

Como o Jira é usado dentro do Agile Game

Apesar da simplicidade e facilidade de uso do Jira, ele se trata de um sistema muito robusto que atende todas as necessidades para o gerenciamento de cada uma das etapas do projeto.

Vamos destacar aqui algumas das principais funcionalidades do Jira, para o desenvolvimento do Agile Game.

Quadros Ágeis

Durante todo o período do Game — incluindo o Pré e o Pós — é necessário o uso de quadros, para facilitar o controle e acompanhamento do desenvolvimento do projeto.

O Jira disponibiliza painéis completos, que permitem uma visualização limpa e detalhada, não apenas das demandas específicas de cada membro, mas também do andamento do projeto como um todo.

Sprints

No quadro Sprints Ativos é possível ter uma visão geral do andamento da Sprint.

Um outro ponto interessante é que ele permite a inclusão de mais de uma squad ao mesmo tempo.

Então pode haver mais de uma squad trabalhando em um único projeto, rodando sprints paralelas no painel do Jira.

Kanban

Os quadros Kanban do projeto são desenhados durante o desenvolvimento da Inception, o que otimiza o desenvolvimento do escopo que será trabalhado.

Os quadros do Jira permitem não apenas fazer a divisão dos Epics — maiores entregáveis do projeto — como também organizar o detalhamento das subtarefas referentes a cada um dos Epics.

Isto facilita a alocação de tarefas e responsabilidades, já que é possível acrescentar membros no cartão de cada tarefa.

DevOps

É possível ter toda rastreabilidade do desenvolvimento dentro de cada demanda do Jira, o que facilita a comunicação e o trabalho conjunto das equipes de Desenvolvimento (Dev) e Operações (Ops).

Dentro de cada item é possível visualizar:

  • Ramificações;
  • Commits;
  • Solicitações de Pull;
  • Builds;
  • Implementações;
  • Marcação de Recurso;

Automações

Para facilitar ainda mais o avanço da dinâmica DevOps, é possível fazer automações no projeto.

Por exemplo, pode ser programada uma automação para a movimentação dos cartões, conforme a execução de tarefas.

Nesse cenário, digamos que um desenvolvedor criou uma ramificação em um item do Backlog, o cartão será movido automaticamente para a próxima etapa do projeto, disparando uma notificação diretamente para o responsável por essa etapa.

Desse jeito, problemas de falhas de comunicação entre os membros do time são evitados e os processos de colaboração entre as equipes são otimizados.

Controle de Versões

O Jira permite que seja feito o controle das versões lançadas. Assim é possível traçar a evolução do projeto, já que é possível definir para cada versão da demanda, quais são as mudanças feitas.

Desta forma é possível acompanhar o que foi feito em uma iteração específica e fazer comparações com iterações passadas. Isto facilita os processos de tomada de decisão quando novas exigências precisam ser levadas em consideração.

Além de auxiliar na volta a versões anteriores, se uma nova demanda for rejeitada, não validada ou se não tiver sido devidamente implementada.

Relatórios e Insights

Dentro do Jira é possível criar relatórios  e ter acesso a insights sobre o projeto como um todo. É possível analisar:

  • Gráficos de Burndown
  • Gráficos de Burnup
  • Relatório de Sprint
  • Gráfico de velocidade
  • Diagrama de fluxo cumulativo

Entre outros.

Estes gráficos e relatórios fornecem dados e insights muito valiosos, que facilitam a tomada de decisões estratégicas de forma muito mais assertiva.

Além disso, tem a parte de planos, onde é possível ter uma visão a nível gerencial. Ideal pra Stakeholders, porque apresenta uma visão em formato de cronograma.

Desta forma, é possível verificar o desenvolvimento do projeto durante e ao final de cada Sprint.

Com base nestes dados, problemas são identificados e solucionados com muito mais rapidez e otimização constantes podem ser feitas, para garantir a qualidade de cada entrega.

Integrações

Por mais que todas estas funcionalidades sejam disponibilizadas internamente, é possível fazer integrações com ferramentas que potencializam ainda mais o poder do Jira. Como, por exemplo:

Power BI

Isto é muito útil em termos de geração de dados e relatórios, já que o Power BI permite a geração de relatórios e dashboards completos , com base nos dados do Jira.

Os relatórios do Power BI são criados de forma visual, o que facilita a extração de informações-chave e a tomada de decisões estratégicas.

Além disso, os painéis do Power BI podem ser compartilhados com outros membros da equipe para que eles possam acessar todas as métricas.

Já os Dashboards permitem uma visualização global dos indicadores chave de forma prática e simples.

Bitbucket

A integração Jira com o Bitbucket permite a fácil visualização dos status de código e implementação.

Além disso, economiza muito tempo e trabalho dos desenvolvedores, uma vez que é possível criar automações que atualizam o status de andamento da demanda, sempre que uma tarefa for finalizada.

Conclusão

Além de conseguir fazer toda essa divisão delimitada, em cada um dos pilares do projeto, desde o refinamento até a implantação, o Jira possibilita essas divisões de visualização dentro do projeto, tornando possível disponibilizar visualizações pra diferentes áreas da equipe.

Por exemplo, o meu PO olhar só para o Pré Game, o desenvolvedor pode olhar só para o Game e a equipe de UX pode olhar só para o quadro de UX,

Não existe necessidade de entrar em todos os quadros. Isso possibilita ter uma visualização muito fácil do que cada pessoa precisa ver, do que é realmente importante para ela.

É possível, também, ter uma organização muito boa a nível de agilidade. O agilista, Scrum Master, consegue fazer uma boa organização de cronograma e de entrada de demandas no sprint.

Desde a parte de metrificação, é possível entender como o projeto está se desenvolvendo.

A partir do momento que a Sprint é concluída eu consigo ver alguns relatórios aqui dentro e dentro do Power BI, então vai trazer benefícios tanto para a equipe, a nível de organização, [para] ela conseguir ter as tarefas bem delimitadas […], conseguir entrar dentro dessas tarefas e ter uma descrição voltada pra cada tarefa que ele vai fazer, sem precisar se preocupar em ver o todo, só o que ele precisar.

Mas se precisar ver o todo, se ele tiver essa necessidade, ele consegue. A gente não limita isso. […]

Ele tem muito recurso. Então depende muito de como a pessoa vai usar, pra saber se de fato vai ajudar ela ou não, mas se ele sabe usar, se consegue dominar os recursos, consegue entender o que ele tem que visualizar, o que ele precisa, é uma ferramenta muito boa!

Gabriel Teixeira — Especialista em Jira na CSP

Por todos esses motivos, o Jira segue sendo a principal ferramenta no desenvolvimento do Agile Game da CSP Tech , otimizando os resultados dos projetos de nossos Squads.

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ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
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