Supere os desafios do seu negócio com Inteligência de Processos e Dados

August 27, 2025

Em um cenário onde a informação é o ativo mais valioso de uma empresa, a capacidade de transformar dados brutos em estratégias é fundamental para a sustentabilidade e o crescimento de um negócio. Cliques, transações e interações geram uma quantidade imensa de informações que, se bem aproveitadas, podem se converter em oportunidades para otimizar processos e se antecipar possíveis problemas futuros. Em meio a essa transformação digital, tomar decisões com base na inteligência de processos e dados é essencial para empresas que desejam se antecipar às tendências elas e se consolidar no mercado. 


Nesse post, vamos falar de forma aprofundada sobre como essa abordagem integrada permite às empresas superar desafios organizacionais, aprimorar a tomada de decisão e impulsionar a inovação. 

Quer saber mais? Continue a leitura! 


A Importância dos Dados no Contexto Empresarial 


A Era da Informação 

A transformação digital revolucionou a forma como as empresas operam e competem. No passado, as decisões eram baseadas em intuições ou em análises pontuais, mas, com o advento da tecnologia, passou a ser possível coletar e analisar dados em tempo real. Essa evolução transformou a maneira de se fazer negócios, permitindo que as organizações identifiquem rapidamente oportunidades e reajam a mudanças de mercado com precisão cirúrgica. 

Em referência a uma citação do matemático inglês Clive Humby, os dados são, hoje, considerados o “novo petróleo”. No entanto, assim como o petróleo precisa ser refinado para se transformar em energia utilizável, os dados brutos necessitam de processos robustos para se converterem em insights. Essa transformação ocorre por meio de uma cadeia de processos que começa com a coleta e integração dos dados, passa pela análise e modelagem, e culmina na visualização e disseminação dos resultados para a tomada de decisão. 


Dados como Alicerce para a Inovação 

A inovação não surge apenas de ideias brilhantes, mas também de uma compreensão profunda dos processos internos e do comportamento do mercado. Ao integrar dados de diversas fontes – sejam elas sistemas internos, mídias sociais, dispositivos IoT ou fontes externas –, as empresas têm a oportunidade de mapear tendências e identificar ineficiências que, de outra forma, passariam despercebidas. Essa capacidade de “ler” o mercado e os processos internos com precisão é o que possibilita a criação de estratégias inovadoras que realmente agregam valor ao negócio. 

Com o uso inteligente dos dados, é possível não só melhorar os processos existentes, mas também reinventar modelos de negócio, criar novos produtos e serviços e até mesmo prever demandas futuras. Dessa forma, a inteligência de dados se torna uma alavanca para a inovação contínua, um diferencial competitivo que pode ser explorado em diversos setores, desde o varejo até a indústria pesada e serviços financeiros. 


O Processo de Inteligência de Processos e Dados 


Para que a inteligência de dados gere valor real, é necessário seguir um fluxo estruturado que assegure a qualidade e a integridade das informações. A seguir, detalhamos as principais etapas desse processo: 


Coleta e Integração dos Dados 


Fontes Diversificadas 


A primeira etapa consiste na coleta de dados provenientes de diversas fontes. No ambiente corporativo, essas fontes podem incluir sistemas internos, como ERP e CRM, além de dados oriundos de redes sociais, pesquisas de mercado, sensores IoT, entre outros. Cada fonte contribui com uma parcela do quebra-cabeça que, quando integrada, forma um panorama completo do negócio. 


Processo ETL 


Após a coleta, os dados passam pelo processo de ETL (Extract, Transform, Load – Extração, Transformação e Carregamento). Durante essa fase, os dados são extraídos de suas fontes originais, transformados em um formato padronizado e, finalmente, carregados em um repositório central, como um data warehouse ou data lake. Esse processo é crucial para garantir que os dados estejam limpos, consistentes e prontos para a análise. 


Desafios na Integração 


Um dos principais desafios nesse estágio é a integração de dados de diferentes origens, que muitas vezes possuem formatos, nomenclaturas e frequências de atualização distintas. Superar esse obstáculo exige a implementação de ferramentas de integração e a adoção de boas práticas de governança de dados, assegurando que toda a informação utilizada seja precisa e atualizada. 


Armazenamento e Governança dos Dados 


Data Warehousing e Data Lakes 


Uma vez integrados, os dados precisam ser armazenados de maneira organizada e segura. Os data warehouses são estruturas mais rígidas e organizadas, ideais para análises estruturadas e consultas complexas. Já os data lakes oferecem flexibilidade para armazenar dados em sua forma bruta, permitindo análises mais exploratórias e a aplicação de técnicas avançadas de mineração de dados. 


Governança de Dados 


Além do armazenamento, a governança dos dados é fundamental para garantir sua integridade, segurança e conformidade com regulamentações. Políticas de governança definem quem pode acessar os dados, como eles podem ser utilizados e como serão protegidos contra ameaças e vazamentos. Essa etapa é vital para manter a confiança nas análises e assegurar que os dados estejam sempre em conformidade com as exigências legais e éticas. 


Qualidade e Confiabilidade 


A qualidade dos dados é o alicerce sobre o qual repousa toda a inteligência de processos. Dados inconsistentes ou incompletos podem levar a análises equivocadas e decisões errôneas. Portanto, investir em mecanismos de validação e monitoramento contínuo é imprescindível para que as informações sejam sempre precisas e confiáveis. 


Processamento e Análise dos Dados 


Ferramentas Analíticas e Algoritmos 


Nesta fase, as informações armazenadas são submetidas a análises aprofundadas. Ferramentas de Business Intelligence (BI) e técnicas de análise de dados, como algoritmos de machine learning e modelos preditivos, são aplicadas para identificar padrões, tendências e correlações que podem revelar insights estratégicos. Esses algoritmos ajudam a transformar grandes volumes de dados em informações relevantes para a tomada de decisão. 


Análise Descritiva, Preditiva e Prescritiva 


A análise descritiva foca em entender o que aconteceu no passado, utilizando indicadores e métricas para mapear o desempenho da empresa. Já a análise preditiva utiliza modelos estatísticos para prever cenários futuros, ajudando na antecipação de demandas e na identificação de possíveis riscos. Por fim, a análise prescritiva vai além, sugerindo ações que podem ser tomadas para otimizar processos e aproveitar oportunidades identificadas. 


Cultura Data-Driven 


Adotar uma cultura orientada por dados é um dos principais benefícios dessa etapa. Quando decisões são embasadas em análises robustas, o risco de erros e vieses é significativamente reduzido. Essa mudança cultural promove a transparência e a objetividade, criando um ambiente onde cada decisão é fundamentada em evidências e não apenas em intuições. 


Visualização e Disseminação dos Insights 


Dashboards e Relatórios 


Embora frequentemente vistos como o fim do processo, os dashboards e relatórios são apenas a ponta do iceberg. Eles servem como a interface entre os analistas de dados e os tomadores de decisão, traduzindo informações complexas em visualizações intuitivas e de fácil compreensão. Essa etapa é crucial para garantir que os insights gerados sejam efetivamente comunicados e aplicados na prática. 


Storytelling com Dados 


A arte de contar histórias com dados vai além da simples apresentação de gráficos e números. É preciso contextualizar as informações, relacioná-las aos objetivos estratégicos da empresa e sugerir caminhos práticos para superar desafios. Um storytelling eficaz transforma dados em narrativas envolventes, capazes de inspirar mudanças e estimular a ação dentro da organização. 


Ação Estratégica 


Os insights disseminados devem alimentar a estratégia corporativa. Isso significa que as informações extraídas não devem ficar restritas a relatórios técnicos, mas serem integradas ao planejamento estratégico da empresa. Ao aliar dados a objetivos claros, as organizações conseguem identificar e implementar ações que maximizam os resultados e potencializam a inovação. 


Estratégias para Superar Desafios com Inteligência de Processos e Dados 


Identificação e Mapeamento de Gargalos 


Um dos primeiros passos para superar desafios é identificar onde estão os gargalos que impactam a eficiência operacional. Com uma análise detalhada dos processos e dos dados associados, é possível mapear as áreas que apresentam maior resistência ou ineficiência. Essa identificação permite que a empresa direcione esforços e recursos para corrigir problemas que, muitas vezes, estão mascarados pela complexidade dos processos. 

Por meio da análise preditiva e prescritiva, as organizações podem antecipar possíveis falhas e agir preventivamente, evitando crises e interrupções que podem comprometer a produtividade e a satisfação dos clientes. Essa abordagem não só melhora a operação como também cria um ambiente mais resiliente e preparado para enfrentar imprevistos. 


Otimização de Processos e Redução de Custos 


Com os dados integrados e bem analisados, as empresas têm a oportunidade de revisar e otimizar seus processos internos. Através da inteligência de dados, é possível identificar redundâncias, automatizar tarefas repetitivas e reduzir custos operacionais. Essa otimização não se restringe apenas à área de TI, mas se estende a todas as áreas da organização, desde a cadeia de suprimentos até o atendimento ao cliente. 

Além disso, a análise contínua dos indicadores de desempenho permite que os gestores acompanhem em tempo real os resultados das mudanças implementadas, ajustando estratégias e processos conforme necessário. Essa capacidade de adaptação é um diferencial competitivo fundamental em um mercado dinâmico e em constante evolução. 


Inovação e Transformação Digital 


A inteligência de processos e dados é o alicerce da transformação digital. Ao integrar tecnologias avançadas – como inteligência artificialmachine learningdata analytics e Internet das Coisas (IoT) – com processos de gestão, as empresas podem reinventar seus modelos de negócio e oferecer soluções inovadoras aos seus clientes. Essa transformação não é apenas tecnológica, mas também cultural, exigindo que todos os colaboradores estejam alinhados com a visão de dados e inovação. 

Iniciativas de transformação digital bem-sucedidas demonstram que, quando os dados são tratados com rigor e integrados de forma estratégica, eles podem revelar oportunidades inexploradas e gerar valor de maneiras inesperadas. Empresas que investem nessa área estão mais bem posicionadas para se adaptar a mudanças abruptas do mercado e para explorar novas fontes de receita. 


Casos de Sucesso e Lições Aprendidas 


Várias organizações já demonstraram como a inteligência de processos e dados pode ser transformadora. Empresas de diversos setores, desde varejo até serviços financeiros, têm utilizado dados para otimizar a experiência do cliente, melhorar a eficiência operacional e criar novos produtos e serviços. Esses casos de sucesso servem de inspiração e mostram que, mesmo em ambientes de alta competitividade, é possível superar desafios através da integração de dados e processos. 

Entre as lições aprendidas, destaca-se a importância da governança dos dados e da criação de uma cultura data-driven. Investir em infraestrutura tecnológica e capacitação dos colaboradores são medidas fundamentais para garantir que os dados possam ser utilizados de maneira eficaz e que os insights gerados tenham um impacto real na estratégia da empresa. 


Implementando a Inteligência de Processos e Dados na Sua Empresa 


Avaliação do Estado Atual 


O primeiro passo para a implementação é fazer um diagnóstico detalhado do estado atual dos processos e da infraestrutura de dados da empresa. Isso inclui identificar as fontes de dados disponíveis, avaliar a qualidade das informações e mapear os processos que podem ser otimizados por meio de análises avançadas. Essa avaliação inicial fornece uma base sólida para definir prioridades e traçar um plano de ação. 


Definição de Objetivos e Metas 


Com o diagnóstico em mãos, é crucial estabelecer objetivos claros e mensuráveis. Esses objetivos podem variar desde a redução de custos operacionais até o aumento da satisfação do cliente ou a identificação de novas oportunidades de mercado. Ao definir metas específicas, a empresa cria um roteiro que orienta as iniciativas de transformação digital e garante que os esforços estejam alinhados com a estratégia corporativa. 


Seleção de Ferramentas e Tecnologias 


A escolha das ferramentas certas é essencial para viabilizar a inteligência de processos e dados. Atualmente, o mercado oferece uma ampla gama de soluções – desde plataformas de BI robustas até ferramentas de análise preditiva e de visualização de dados. É importante optar por tecnologias que se integrem de forma harmoniosa com os sistemas já existentes, garantindo uma transição suave e a continuidade das operações. 


Treinamento e Desenvolvimento de Equipes 


Nenhuma tecnologia é eficaz sem o capital humano capacitado para operá-la. Portanto, investir na capacitação dos colaboradores é uma etapa indispensável. Programas de treinamento, workshops e cursos de especialização ajudam a criar uma cultura data-driven dentro da organização, permitindo que os profissionais não apenas utilizem as ferramentas de BI, mas também entendam como interpretar e aplicar os insights gerados na prática. 


Monitoramento Contínuo e Ajustes Estratégicos 


A implementação da inteligência de processos e dados não é um projeto pontual, mas um processo contínuo. É fundamental estabelecer mecanismos de monitoramento e avaliação que permitam acompanhar o desempenho dos indicadores e a eficácia das ações implementadas. Com base nesses dados, os gestores podem ajustar estratégias, corrigir desvios e garantir que os objetivos estejam sempre sendo atingidos. 


Benefícios Tangíveis da Inteligência de Processos e Dados 


Tomada de Decisão Baseada em Evidências 


Um dos maiores benefícios dessa abordagem é a mudança na cultura decisória da empresa. Em vez de depender de intuições ou dados fragmentados, os gestores passam a tomar decisões baseadas em evidências sólidas e análises detalhadas. Essa mudança não apenas minimiza riscos, mas também aumenta a assertividade das estratégias adotadas, contribuindo para a sustentabilidade e o crescimento do negócio. 


Agilidade e Adaptabilidade 


Em um ambiente de rápidas transformações, a capacidade de agir de forma ágil é um diferencial crucial. A inteligência de dados permite que as empresas identifiquem mudanças de mercado em tempo real e reajam com rapidez, seja ajustando processos internos ou desenvolvendo novas soluções para atender a demandas emergentes. Essa adaptabilidade é fundamental para manter a competitividade e assegurar que a organização esteja sempre um passo à frente dos concorrentes. 


Otimização de Recursos e Redução de Custos 


Ao identificar gargalos e ineficiências nos processos, a análise integrada de dados possibilita a otimização dos recursos disponíveis. Essa melhoria operacional resulta na redução de custos e na maximização dos investimentos em tecnologia e inovação. Além disso, a automação de tarefas repetitivas e a otimização de processos aumentam a produtividade e liberam tempo para atividades mais estratégicas. 


Melhoria na Experiência do Cliente 


Clientes bem informados são clientes satisfeitos. Através da análise dos dados de comportamento e feedback, as empresas podem personalizar suas ofertas, aprimorar o atendimento e, consequentemente, aumentar a fidelização. Uma experiência do cliente superior não só atrai novos consumidores, mas também fortalece a marca e gera vantagens competitivas significativas. 


Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: 



Conclusão 


Investir em inteligência de processos e dados é essencial para transformar desafios em oportunidades e assegurar a competitividade no mercado atual. Ao integrar informações de diversas fontes e convertê-las em insights estratégicos, as empresas se tornam mais ágeis, eficientes e capazes de antecipar riscos, otimizando recursos e inovando continuamente. Essa abordagem, que vai muito além de simples dashboards, estabelece uma cultura data-driven que fundamenta cada decisão com base em dados precisos e atualizados, garantindo um ciclo virtuoso de melhoria contínua e crescimento sustentável. 


Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! 


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Por Romildo Burguez 16 de outubro de 2025
Há um momento em que a pilha de ferramentas deixa de ser um sinal de modernidade e vira um ruído que atravessa o dia de todo mundo. Você, que lidera TI em um negócio crítico, sente isso no relógio e na pele: decisões que demoram, indicadores que não batem, integrações que parecem frágil ponte de madeira sobre um rio caudaloso. Some a isso um time enxuto, um orçamento que precisa mostrar valor e a expectativa justa de que a tecnologia resolva problemas do negócio sem criar novos. É justamente aqui que a conversa sobre consolidação deixa de ser “corte por corte” e passa a ser sobre foco, governança e qualidade. Vamos começar? O problema invisível: custo e ruído da fragmentação Antes de falar dos “como”, vale dar nome ao problema invisível. O excesso de ferramentas não grita, ele sussurra. Aparece quando duas áreas preenchem a mesma informação em sistemas diferentes e ninguém sabe qual é a verdade. Quando incidentes exigem três telas abertas para a mesma ocorrência e o tempo de resposta escorre pelo ralo. Quando um novo colega leva semanas para dominar processos que deveriam ser autoexplicativos. Quando a auditoria pede relatórios simples e o time precisa fazer malabarismos para cruzar dados de fontes que não conversam. Nada disso é glamour da transformação digital; é custo. Custo em horas de gente boa, em contratos que não se falam, em decisões que chegam atrasadas ao negócio. Fale a linguagem dos decisores Se a meta é reduzir custo e ruído sem perder qualidade, a primeira mudança é de linguagem. Troque o jargão por métricas que qualquer executivo entende. Fale de custo por chamado, e não apenas de “eficiência do service desk”. Fale de tempo para resolver um incidente, e não só de “maturidade de SRE”. Fale de lead time de mudanças que chegam à produção, e não de “pipeline otimizado”. Fale do NPS interno, a satisfação do usuário que depende da TI, e não de “adoção de funcionalidades”. Fale de custo de auditoria por trimestre, não apenas de “compliance”. Quando a conversa é assim, a consolidação deixa de ser uma bandeira de TI e vira um movimento de negócio, com objetivos e limites claros. Como decidir: Manter / Unir / Aposentar Consolidar ferramentas não é vestir a camisa de uma marca ou cair na tentação da “super suíte” só porque ela promete fazer de tudo. Também não é desmantelar, de uma vez, o que sustenta a operação. É tomar decisões simples e adultas sobre três perguntas: o que manter porque cria valor direto, o que unir porque está duplicado e gera ruído, e o que aposentar porque custa caro, complica auditorias e não entrega resultado compatível. Em ambientes críticos, o segredo é fazer isso sem interromper o serviço, sem choques culturais e sem transformar cada troca em um projeto épico. Do ponto de vista prático, a decisão “manter, unir ou aposentar” fica menos sofrida quando você a enxerga por dois eixos simples: valor entregue e risco/complexidade. Ferramentas que têm uso alto, impactam indicadores do negócio e se integram bem tendem a ficar. Itens com sobreposição clara — duas soluções fazendo quase a mesma coisa, com curva de aprendizado parecida e integrações redundantes — pedem união. Já aquilo que tem uso baixo, exige muito esforço para ser auditado e adornar integrações, e que não aparece positivamente nos principais indicadores, deve entrar na fila para aposentadoria. Não é uma fórmula mágica, é uma lente de priorização. E ela funciona melhor quando a escolha vem acompanhada de um caminho de migração pensado para a rotina de quem está na operação. Modernização em ambientes críticos sem parar a operação “Trocar o pneu com o carro em movimento” é um clichê, mas explica bem o desafio de modernizar em ambientes críticos. A boa notícia é que existem movimentos discretos que reduzem o risco. Encapsular um legado por trás de uma interface estável, por exemplo, permite que um pedaço do fluxo mude sem derrubar o resto. Estrangular aos poucos — mantendo o sistema antigo em “shadow run” enquanto o novo prova valor — dá visibilidade e segurança. Planejar janelas de mudança realistas, com rollback preparado, evita sustos. Tudo isso é modernização prática, sem holofotes. O usuário final sente menos atrito, o time não perde o norte e a diretoria percebe ganho de foco. Segurança e Compliance: menos fornecedores, mais controle Há também um ganho que muitas vezes é subestimado: segurança e conformidade melhoram quando o ambiente tem menos fornecedores e políticas mais simples. Não é apenas “menos superfícies de ataque”. É menos pontos de falha em integrações, menos exceções de acesso espalhadas, menos retrabalho de auditoria. Em vez de várias políticas duvidosas, você padroniza o básico bem feito: quem vê o quê, quem muda o quê, quem aprova o quê. A Lei Geral de Proteção de Dados, que não perdoa ambiguidades, agradece. E o CISO dorme um pouco melhor. Suíte ou Best-of-Breed: escolha pelo contexto Esta questão costuma inflamar debates. A resposta madura depende do seu contexto, não da preferência pessoal de ninguém. Times enxutos, que precisam de governança forte e integrações críticas, costumam se beneficiar de uma suíte onde as peças se falam bem de fábrica — desde que ela realmente cubra os seus processos prioritários. Por outro lado, se existe um requisito específico que move um indicador-chave e a suíte só “passa perto”, pode valer manter um best-of-breed ali, desde que o restante esteja simples e bem orquestrado. O que não dá é para escolher por paixão. Defina critérios objetivos, mantenha padrões abertos e deixe claro — em contrato e arquitetura — como você sai de uma solução se ela parar de fazer sentido. FinOps completo: o custo total real No bolso, consolidação só se prova quando o cálculo olha o todo. Somar licenças é o início, não o fim. Custos de serviços recorrentes, integrações, migração, treinamento, suporte e até de auditoria compõem o retrato real. Quando esse retrato aparece numa página simples, a conversa com o CFO muda de patamar. É aqui que a disciplina de FinOps faz diferença. Taguear custos por produto, por time, por unidade de negócio; evitar desperdícios óbvios de nuvem; planejar reservas e compromissos só depois de simplificar o stack. Não é glamour, é método. E método dá previsibilidade, que é tudo o que um board quer ver. Adoção e cultura digital em TI enxuta Adoção é onde muita iniciativa morre. E adoção não acontece por decreto. Em empresas com TI enxuta, rituais simples funcionam melhor do que campanhas grandiosas. Troque reuniões intermináveis por vídeos curtos que explicam o que muda e por quê. Registre as decisões, para que não se percam no ar. E transforme as decisões em ação imediatamente, criando tarefas claras no sistema que a organização já usa. Esse trio — explicação rápida em vídeo, registro em uma página e ação com dono e prazo — reduz ruído, dá transparência e cria o hábito. Quando alguém entra no time, aprende como se faz olhando para o que já foi feito, e não em um treinamento que tenta cobrir todas as exceções. A cultura digital nasce nesses pequenos gestos. Efeitos práticos: centralizar monitoramento e base de conhecimento Pode parecer abstrato, mas o efeito aparece rápido quando você escolhe batalhas certas. Imagine um ambiente onde incidentes são monitorados por três ferramentas que, na prática, acendem as mesmas luzes em telas diferentes. O time corre de uma para outra, copia e cola narrativas, perde tempo. Ao unificar, você centraliza alertas e reduz o número de passos para a resposta. Resultado: menos minutos perdidos quando há pressão. Some a isso a eliminação de uma base de conhecimento duplicada, espalhada, que confundia quem buscava um procedimento. Agora, todo mundo consulta o mesmo lugar. O indicador de satisfação do usuário interno sobe não porque alguém “sorriu” para a câmera, mas porque a vida ficou mais simples. E simples, em operação crítica, é uma palavra poderosa. Como contar a história certa: encadeando métricas e resultados Reduzir fornecedores também ajuda a contar uma história única para a empresa. Quando o indicador de custo por chamado cai, é mais fácil explicar como isso se conectou à centralização do catálogo e à automação de tarefas repetitivas. Quando o tempo de ciclo de uma mudança diminui, é possível mostrar que a nova governança evitou aprovações redundantes e que a pipeline ficou mais previsível porque a pilha está menos fragmentada. Quando o custo de auditoria encolhe, a diretoria entende que não foi “milagre”, foi escopo mais enxuto e políticas coerentes entre sistemas. Esse encadeamento é o que dá legitimidade à consolidação. Sem ele, parece apenas “corte”. Respondendo a medos legítimos Claro que existem medos legítimos. O receio de perder um recurso avançado que poucos usam, mas pelo qual alguém é apaixonado. O temor de que a migração trave a operação. A dúvida sobre lock-in. Todos eles têm resposta concreta. Se o tal recurso não move um indicador que importa ao negócio, talvez seja um luxo — e luxo em ambientes críticos precisa de justificativa extra. Migração fica menos assustadora com janelas claras, execução em paralelo por um período e um plano de retorno pronto caso algo falhe. Lock-in se enfrenta antes da assinatura, com cláusulas de saída e, tecnicamente, com integrações que não amarram você a um único fornecedor. Esses são detalhes que parecem jurídicos ou arquiteturais, mas são, no fim, decisões de gestão. Dados como base do ROI: uma única fonte de verdade Um ponto sensível e central é a qualidade dos dados. Sem uma fonte única do que interessa, qualquer ROI vira opinião. Consolidar ferramentas ajuda porque reduz os lugares onde a informação “nasce” e onde ela pode se contradizer. Não é sobre ter um “lago de dados” perfeito; é sobre definir quais dados são oficiais para cada indicador e manter o caminho deles limpo. Quando a diretoria pede uma leitura do mês, você não se vê comparando maçã com laranja. A conversa fica serena: este é o número, esta é a tendência, esta é a ação. Por onde começar: sequência de decisões com serenidade Como começar sem transformar a agenda da TI em um labirinto? Um caminho honesto é encarar a consolidação como uma sequência de decisões, não como um programa gigantesco. Primeiro, mapeie onde existe redundância óbvia e qual o impacto disso no dia a dia. Depois, escolha um ou dois recortes para prova de valor — áreas onde a mudança tem grande chance de mostrar resultado rápido e seguro. Feita a prova, leve à diretoria um cenário comparável, com custos e riscos claros, e proponha a decisão de expandir, adaptar ou parar. Esse vai e vem consciente evita teimosias, protege a operação e mantém o time próximo da realidade. Experiência do usuário interno no centro No meio de tudo isso, a experiência do usuário interno precisa continuar no centro. A melhor decisão técnica perde força se, na prática, o gestor de uma área não consegue pedir um serviço sem ligar para alguém. Ferramenta boa se mede por clareza do caminho. O que eu posso fazer aqui? Como acompanho? O que acontece se eu errar? Se a consolidação coloca respostas simples à vista, a adoção vem. E quando a adoção vem, aparecem as evidências que encerram os debates: menos chamados repetidos, menos reaberturas, mais previsibilidade. Governança que guia O papel da governança não é virar um carimbo que atrasa, e sim uma trilha iluminada que orienta. Métricas de negócio no topo, critérios de decisão transparentes no meio, cadência de revisão no rodapé. O resto é barulho. Muitas vezes, o que falta não é tecnologia adicional, mas uma suíte básica de hábitos: publicar indicadores de forma clara, registrar decisões de maneira objetiva, manter um calendário de renovações que não pegue ninguém de surpresa, e revisar contratos com a mesma seriedade com que se revisa código. É pouco glamouroso, mas é o que sustenta valor ao longo do tempo. Cultura e comunicação E o que dizer da cultura? Consolidação mexe com preferências pessoais e pequenas regiões de conforto. A forma de conduzir o diálogo importa. Quando todo mundo entende que o critério é valor para o negócio, e não a “ferramenta favorita do time”, a conversa baixa de temperatura. Quando os resultados são publicados de maneira honesta — o que melhorou, o que piorou, o que ainda não sabemos —, a confiança aumenta. Quando as pessoas percebem que a mudança vem acompanhada de suporte de verdade, e não de um PDF esquecido, a resistência cai. Tudo isso demanda comunicação simples, recorrente e sem triunfalismo. Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: Trocar ou reformar seu sistema? Saiba como tomar a melhor decisão Menos ferramentas, mais resultado: consolide fornecedores para 2026 Do legado à nuvem: modernize os sistemas core sem parar sua operação Conclusão Para fechar, vale retomar a ideia inicial: “menos fornecedores, mais foco” não é um slogan para colar na parede. É uma escolha contínua de onde colocar a energia limitada do seu time. Consolidar sem perder qualidade é possível e desejável quando você organiza a conversa em torno de valor mensurável, risco controlado e experiência real do usuário. O caminho não exige passos heroicos, e sim serenidade: enxergar redundâncias, priorizar onde a prova de valor é mais promissora, executar com cuidado e comunicar sem teatro. Em pouco tempo, a organização nota que as coisas andam com menos atrito. A TI volta a ser percebida como parte do motor do negócio — não como uma sala barulhenta atrás da parede. Se você já identificou duas ou três áreas onde a sobreposição de ferramentas grita, comece por elas. Desenhe o que quer manter, o que faz sentido unir e o que está pronto para aposentar. Dê nomes a meia dúzia de métricas que pais e mães do negócio entendem sem traduções. A partir daí, deixe que os resultados falem. Em ambientes críticos, nada convence mais do que recuperar minutos em um incidente, trazer previsibilidade a uma mudança e reduzir tempo de auditoria sem sacrificar a qualidade. É assim que a consolidação vira sinônimo de foco — e foco, nos dias de hoje, é a vantagem competitiva mais rara. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
Por Romildo Burguez 15 de outubro de 2025
Líderes de TI sabem que quando a experiência do colaborador com a tecnologia funciona, o trabalho flui, as pessoas pedem menos ajuda, os prazos são cumpridos, e os custos desnecessários desaparecem. O problema é que, em ambientes críticos, com sistemas legados, integrações frágeis e estruturas rígidas, esse “funciona” não acontece por acaso. Ele é resultado de escolhas, de uma governança lúcida e de pequenas mudanças bem executadas. Esse post mostra, de forma direta, por que aumentar a satisfação do usuário interno reduz o custo de TI e como colocar isso em prática mesmo com um time enxuto. Quer saber mais? Então, continue a leitura! Antes de tudo, alinhemos a tese: “satisfação do usuário interno reduz custo” não é um slogan. É uma relação de causa e efeito. A frustração do colaborador com as ferramentas aumenta o volume de chamados, gera retrabalho, amplia filas, estoura prazos, provoca horas extras e cria risco reputacional. A satisfação, por sua vez, diminui reaberturas, evita incidentes repetitivos, reduz handoffs desnecessários e melhora a produtividade, que é o principal “ativo” de qualquer organização. Em empresas de setores consolidados — onde tecnologia não é a base do negócio, mas um componente crítico de eficiência e inovação — essa equação fica ainda mais clara: cada minuto que a operação não perde com problemas previsíveis vira margem, qualidade de serviço e fôlego para investir no que realmente importa. Onde o dinheiro vaza quando a experiência é ruim O custo não está apenas na licença de software, no servidor ou no contrato de suporte. Ele mora no tempo que não volta. É o analista que precisa abrir três sistemas e preencher o mesmo dado em todos porque as integrações são frágeis. É o técnico que reabre o mesmo ticket pela terceira vez porque a descrição veio incompleta. É a mudança de sistema que vai ao ar sem uma janela bem combinada e provoca uma “maré” de chamados no dia seguinte. Cada caso desses tem preço: horas pagas para refazer, horas paradas de quem esperou, mais horas para consertar. Coloque nessa conta o desgaste das equipes e a perda de foco dos gestores e você terá uma planilha invisível drenando o orçamento. Há indicadores que revelam esse vazamento. Quando o índice de reabertura de chamados cresce, não é apenas um número feio — é retrabalho pago. Quando a taxa de resolução no primeiro atendimento cai, o tempo de espera aumenta, e as áreas de negócio perdem produtividade. Quando prazos estouram com frequência, aparecem horas extras, contratos pressionados e, às vezes, multas. Quando as pessoas não conseguem se virar sozinhas, por falta de um portal simples ou de uma base de conhecimento útil, o suporte vira gargalo. Em outras palavras: baixa satisfação é alto custo. Ambientes críticos pedem método A realidade de quem cuida de TI em operações sensíveis é dura: não há espaço para “big-bang”. O caminho mais seguro e eficaz é trabalhar com ciclos curtos e controlados. Escolha um fluxo crítico — por exemplo, “acesso a sistemas”, “reset de senha” ou “onboarding de colaboradores” — e trate-o como um pequeno produto: entenda a jornada, identifique as fricções, simplifique o que puder, comunique a mudança e meça o resultado. Planeje uma janela de implementação, teste o plano de reversão e tenha telemetria na primeira hora pós-deploy. Acolha feedbacks com humildade, faça ajustes finos e só então amplie. Esse método evita ondas de chamados, diminui risco e gera resultados em semanas, não em semestres. Três alavancas que pagam a conta A primeira alavanca é simplificar a jornada. Em muitos processos internos, a “burocracia digital” ficou mais complexa que a burocracia de papel. O colaborador não precisa saber a árvore de serviços inteira; ele precisa de um portal que fale a linguagem do negócio, com pedidos claros e formulários que façam perguntas inteligentes. Menos passos, menos campos, menos caminhos confusos. Quando a porta de entrada é simples, os pedidos chegam ao time certo, com as informações certas, e metade da dor desaparece. A segunda alavanca é automatizar o óbvio. Ninguém precisa aprovar manualmente o que sempre é aprovado. Ninguém precisa redigitar dados que o sistema já conhece. Ninguém precisa encaminhar tickets que poderiam ser roteados automaticamente com base no tipo de pedido ou na área do solicitante. Toda automação pequena que evita uma troca de contexto — seja para o usuário, seja para quem atende — devolve minutos à organização. E minutos somados viram horas, que viram dinheiro. A terceira alavanca é governar por valor. Governança não é checklist, é priorização. Em vez de disputar ferramentas preferidas, o time alinha métricas simples com o comitê executivo: redução de reaberturas, aumento da resolução no primeiro atendimento, diminuição de prazos em casos críticos, melhoria da experiência digital medida por pesquisas curtas e sinais objetivos (menos travamentos, menos quedas, menos re-login). Quando a conversa sai do “achismo” e entra nos resultados, a energia que iria para debates sem fim passa a trabalhar a favor de mudanças úteis. Como medir sem complicar Medição não precisa ser um laboratório, precisa ser honesta. Dois gráficos já contam uma história: um “antes e depois” do tempo de resolução para o fluxo escolhido e um “antes e depois” do percentual de reabertura. Se a jornada foi simplificada e a automação entrou, a tendência deve ser clara. Complementarmente, observe a quantidade de chamados evitados pelo autoatendimento: se o portal e a base de conhecimento fizeram efeito, a curva de tickets recorrentes começa a cair. É saudável também acompanhar a percepção do usuário. Uma pesquisa curta, integrada ao fechamento do chamado ou ao uso de um serviço, dá um sinal rápido de satisfação. Não se trata de buscar nota perfeita, mas de entender o movimento. Se o humor melhora enquanto o tempo de resposta cai e as reaberturas diminuem, você tem um ciclo virtuoso em andamento. O poder do conhecimento que realmente ajuda Base de conhecimento não é repositório de PDFs; é ferramenta viva. Pense como o usuário pensa. Em vez de publicar manuais longos, ofereça guias curtos com checklist e, quando fizer sentido, vídeos de dois minutos ensinando o passo a passo. A lógica é simples: quanto mais gente consegue resolver sozinha, menos chamados chegam ao suporte; e os que chegam vêm com mais qualidade. A qualidade do artigo se mede pelo desfecho: se o conteúdo não evita tickets ou não melhora as respostas, precisa ser reescrito. Em ambientes críticos, onde cada minuto parado tem custo, essa curadoria é ouro. Integrações que não quebram a jornada Há um ponto pouco glamoroso e muito importante: integrações. Elas podem ser as grandes vilãs da experiência. Quando o colaborador precisa atualizar o mesmo dado em sistemas diferentes, quando um login falha em um sistema mas não em outro, quando um cadastro não “escorre” de ponta a ponta, o que acontece é previsível: fila. As pessoas desistem do autoatendimento, disparam chamados, param o que estavam fazendo para pedir ajuda. É devastador para a produtividade. A solução passa por atacar integrações que geram mais dor com prioridade, mesmo que a troca de tecnologia não esteja no radar imediato. Às vezes, corrigir a ponte é o que basta para o trânsito fluir. Segurança que não atrapalha Políticas de segurança e compliance são inegociáveis em setores regulados. Mas há uma diferença entre proteger e travar. Quando a experiência do usuário leva em conta a segurança desde o desenho, muitas fricções desaparecem. Autenticação única, reconhecimento do dispositivo, comunicação clara sobre mudanças e exceções bem definidas evitam o “circuito infinito” de tentativas, bloqueios e chamados. Segurança e satisfação não são lados opostos; com desenho cuidadoso, caminham juntas. Pequenas histórias, grandes efeitos Considere três situações reais, adaptadas para preservar confidencialidade. Em uma operação logística, um formulário de pedidos foi refeito com linguagem do negócio, escondendo campos avançados e orientando o usuário conforme suas escolhas. O efeito foi imediato: menos pedidos mal encaminhados, menos reaberturas e uma queda perceptível no tempo total de atendimento. Em uma empresa de energia, o time combinou com a operação janelas de mudança curtas, comunicadas com antecedência e acompanhadas por métricas na primeira hora. O número de chamados pós-implantação despencou. Em uma instituição de saúde, vídeos curtos anexados a artigos da base de conhecimento ensinaram tarefas simples de sistemas clínicos; a busca por suporte para rotinas básicas caiu semana após semana. Em todos os casos, a satisfação do usuário interno subiu junto com a produtividade dos times. Satisfação como política financeira Para convencer quem assina o orçamento, traduza a satisfação em números. Se um fluxo recorrente consome duas horas por solicitação e você consegue reduzir para uma hora, a economia é direta: uma hora recuperada vezes o número de solicitações no período. Se um conteúdo bem feito evita duzentos chamados por mês, multiplique pelo custo médio de atendimento e você terá uma linha de economia. Se a frequência de estouro de prazos cai, some as horas extras evitadas. É um raciocínio simples, quase doméstico: gastar menos tempo para resolver o mesmo problema custa menos — e libera a equipe para iniciativas de maior impacto. Esse raciocínio também ajuda a priorizar. Entre duas melhorias possíveis, avance primeiro na que economiza mais tempo por ocorrência ou que afeta um volume maior de pessoas. Em equipes enxutas, foco é a diferença entre progresso e frustração. Cultura digital: o fio que amarra tudo Tecnologia não muda o jogo sozinha. A cultura digital é o que transforma boas ideias em rotina. Isso significa comunicar mudanças com clareza, treinar com objetividade e acompanhar as primeiras horas depois que algo novo entra em produção. Significa também dar retorno ao usuário: mostrar que uma dor foi ouvida e resolvida. As pessoas se engajam quando percebem que o sistema responde. Quando isso acontece, os indicadores melhoram mais rápido — e se sustentam no tempo. Há, ainda, um benefício silencioso: a autoestima da TI. Times que deixam de apagar incêndios para cuidar do que realmente importa voltam a planejar, a propor, a inovar. A satisfação do usuário interno também é a satisfação da própria TI. E isso não é romântico; é estratégico. Gente motivada produz mais e melhor, com menos erro e menos desperdício. Como começar sem travar a agenda Escolha um processo onde a dor seja óbvia e o impacto, visível. Mapeie a jornada com duas ou três entrevistas rápidas e revisite os dados que você já tem. Identifique os pontos onde as pessoas param, voltam, pedem ajuda. Simplifique o que for possível sem depender de uma mudança de plataforma. Reveja textos, rótulos, acessos. Automatize um passo trivial que hoje toma tempo. Produza um conteúdo de apoio prático, com checklist ou vídeo curto. Combine quando essa evolução entra no ar, como avisará as pessoas e como medirá o efeito. Depois, deixe os números falarem por você. Se os resultados aparecerem — e eles tendem a aparecer quando a intervenção é bem desenhada — repita o ciclo em outro fluxo. Com o tempo, esses ganhos se acumulam. A TI passa a ser vista como parceira que “faz o todo funcionar melhor”, não como um balcão que “segura” pedidos. O investimento se paga no próprio ano e abre espaço para ambições maiores, como consolidar ferramentas e modernizar integrações mais profundas. E quando a estrutura é rígida? Muitas empresas operam em contextos onde quase tudo é regulado, auditado, aprovado em múltiplas instâncias. Ainda assim, há margem para simplificar na borda: melhorar textos, remover campos desnecessários, agrupar solicitações que sempre caminham juntas, padronizar respostas, encurtar aprovações para casos de baixo risco, publicar conteúdo que tira dúvidas repetitivas. Não é preciso uma grande reforma para começar a colher resultados. O segredo é ajustar a rotina onde a caneta da TI alcança e construir uma reputação de entregas que dão certo. Essa reputação, por sua vez, facilita aprovações para mudanças maiores no futuro. Conversa executiva sem ruído Quando chegar o momento de apresentar resultados ao board, leve uma narrativa simples. Primeiro, o problema em linguagem de negócio: tempo demais para resolver pedidos básicos, pico de chamados após mudanças, filas por falta de informação. Segundo, a intervenção: jornada simplificada, conteúdo útil, automação seletiva, comunicação clara. Terceiro, os resultados: menos reaberturas, mais resoluções no primeiro atendimento, queda do tempo de resposta, redução de chamados para o mesmo tema. Quarto, a economia estimada: horas recuperadas, chamados evitados, horas extras que deixaram de existir. Por fim, o próximo passo: replicar o que funcionou em outro fluxo crítico. É direto, mensurável e alinhado com metas de eficiência e risco. Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: Employee Experience: O que você precisa saber. 6 sinais de que sua Infraestrutura precisa de atualização Entenda como reformular seus processos internos com recursos de IA Conclusão Em cenários críticos, com legados e prazos curtos, buscar a satisfação do usuário interno pode soar como luxo. Na prática, é o contrário: é disciplina operacional que reduz custo e risco ao mesmo tempo. Satisfação não é uma campanha; é um método contínuo de entender dores, simplificar jornadas, automatizar o que cansa e medir o que importa. É também um enunciado de respeito: quando a organização mostra que leva a experiência das pessoas a sério, as pessoas levam a organização mais a sério — e fazem sua parte para que tudo funcione. Se você tem um time de TI enxuto e a agenda parecendo uma maratona sem linha de chegada, comece pequeno e comece hoje. Escolha um fluxo, escute quem usa, melhore o que estiver ao alcance, comunique bem e acompanhe de perto. Em poucas semanas, você verá que o “feliz não enche o saco” tem um complemento poderoso: “e o caixa agradece”. Porque, no fim das contas, satisfação do usuário interno não é um bônus; é a forma mais inteligente de diminuir o custo de TI e liberar energia para inovação — sem abrir mão da confiabilidade que o seu negócio exige. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
Por Romildo Burguez 14 de outubro de 2025
Você já viveu isso: alguém encontra um problema, tenta explicar por mensagem, manda um áudio, agenda uma reunião, anota “depois eu detalho no Jira”… e o dia acaba sem nada realmente pronto para começar . Em ambientes críticos — com integrações frágeis, sistemas legados e prazos curtos — esse ruído custa caro. É tempo, é dinheiro, é confiança. Este artigo mostra como cortar esse caminho: usar um vídeo curto no Loom para gerar, direto no Jira , um item de trabalho completo, com responsáveis, contexto e próximo passo claros. Sem espetáculo técnico; só o essencial bem feito. Se você lidera um time de TI enxuto, pressionado por eficiência e por entregas constantes, esta leitura é para você. A pergunta que guia tudo é simples: como sair do “alguém explicou” para o “alguém começou” com o mínimo de atrito? A resposta passa por três ideias: evidência visual para eliminar dúvidas, padronização para evitar retrabalho e um pouco de automação para que o processo não dependa de heróis. O Loom organiza a evidência; o Jira organiza o trabalho. Quando os dois conversam bem, as horas reaparecem no calendário.  Vamos entender mais a fundo? Por que vídeo? Porque vídeo mostra o que acontece na tela e como a pessoa chegou até ali . Em 90 segundos dá para enxergar passos, mensagens de erro, contexto e impacto. Isso reduz a etapa mais cara de qualquer fluxo: a tradução do problema. Quando um analista precisa adivinhar o que o outro quis dizer, todo o resto atrasa. Não se trata de substituir tudo por vídeo; texto continua ótimo para decisões formais e registros regulatórios. A questão é escolher a ferramenta certa para o momento certo. Para diagnóstico, bugs, incidentes e dúvidas operacionais, o vídeo é frequentemente a forma mais rápida de colocar todos na mesma página sem precisar parar a empresa para “ver junto”. O salto que importa: do Loom ao Jira, sem retrabalho Imagine a cena. Marina, analista de suporte, percebe que a emissão de um relatório trava na última etapa. Em vez de escrever um texto longo que será rebatido com perguntas, ela grava um Loom de um minuto. Fala com calma, mostra os passos, lê a mensagem de erro em voz alta e diz por que aquilo importa: sem o relatório, a filial X não consegue fechar o dia. Ao colar o link desse vídeo no Jira, o item já “nasce” mais bem montado. O sistema puxa o título do vídeo, aproveita um trecho da transcrição, sugere etiquetas e notifica o time certo. Em poucos minutos, a tarefa está pronta para começar — sem idas e vindas, sem reunião de emergência para “entender”. Por baixo do capô, existe um conjunto de regras previsíveis. O Jira reconhece o link, preenche campos básicos, inclui um checklist objetivo e direciona os responsáveis. Nada mirabolante; nada que dependa de uma pessoa específica. Na superfície, o que o time percebe é um ganho de clareza que remove fricção do dia a dia. O problema que queremos resolver (e como o vídeo ajuda) Antes do vídeo, o fluxo costuma ser assim: alguém abre um chamado confuso, o analista pede detalhes, marca-se uma call, descobre-se que faltava um passo, abre-se outro item. O tempo se perde em tradução. Com o vídeo, a conversa muda. A pessoa mostra o que viu, aponta o momento do erro, descreve o impacto e pede o próximo passo. A equipe que vai atuar recebe algo mais concreto e pode começar mais cedo. Isso derruba reaberturas por falta de evidência, acelera a triagem, diminui repasses entre camadas de suporte e, acima de tudo, tira reunião desnecessária da agenda . Onde funciona e quais os limites Ela funciona especialmente bem em quatro situações. No suporte, o vídeo encurta o caminho entre a primeira triagem e quem realmente resolve. Em bugs de produção, um Loom com os passos e o ambiente poupa horas tentando reproduzir. Em incidentes, ver rapidamente o comportamento do sistema e a sequência de ações acelera o diagnóstico. Em mudanças e validações, uma demonstração do comportamento esperado evita surpresas na aceitação. Há também limites. Se um processo exige registro formal por obrigação regulatória, o texto continua mandatório — e o vídeo vira complemento. Se houver dados pessoais sensíveis expostos, a gravação precisa de cuidado extra, com telas limpas e informações mascaradas. E quando o vídeo não agrega clareza, insistir nele cria ruído onde não havia. Como gravar vídeos sem gerar confusão Não é cinema; é serviço. Comece pelo impacto: por que aquilo importa agora? Em seguida, mostre os passos, falando devagar e numerando com a voz. Pare no erro, leia a mensagem, diga o que esperava ver e o que apareceu de fato. Indique o ambiente: produção, homologação, filial, navegador. Feche com um pedido objetivo: qual o próximo passo esperado e qual a urgência. Esse roteiro cabe em um minuto e resolve a maior parte dos ruídos. Melhor uma gravação curta e direta do que dez minutos de passeio pela tela. Segurança e LGPD Vídeo é conteúdo. Conteúdo pode conter informação sensível. Trate-o como tal. Comece definindo quem pode ver o que. Nem todo vídeo precisa estar aberto para toda a empresa; às vezes basta que o time responsável tenha acesso. Amarre a vida útil do vídeo à vida útil da issue: quando a tarefa é encerrada e a evidência deixa de ter valor operacional, o material pode ser arquivado ou descartado conforme a política. E, principalmente, adote hábitos de gravação com higiene: evite credenciais visíveis, minimize exposições desnecessárias e feche janelas paralelas que não interessam ao caso. Essas decisões não reduzem eficiência. Ao contrário, evitam retrabalho com pedidos de revisão de segurança e mantêm a adoção sustentável. Time que sabe o que pode gravar e como compartilhar trabalha mais rápido e com menos ruído. Como isso cai no Jira sem virar projeto eterno A ideia é reconhecer o link do Loom e padronizar o que acontece quando ele aparece. Você escolhe os projetos onde a prática faz sentido, define os tipos de item que vão receber vídeos e dá instruções claras ao sistema: ao detectar um link, preencher campos, sugerir prioridade, criar um checklist curto e notificar o responsável. É assim que o item “nasce pronto para começar”. A pessoa que reporta gasta menos tempo descrevendo; quem executa recebe algo trabalhável. Com um catálogo simples de modelos — um para bug, outro para incidente, outro para requisição —, o processo fica previsível e barato de operar. Resultados que interessam O que muda no placar? O tempo de diagnóstico cai quando a tradução do problema deixa de depender de memória ou de reunião. O tempo de resposta e de resolução acelera porque o item chega completo e os repasses diminuem. A reabertura de tickets recua quando a evidência está clara desde o início. E as horas gastas em alinhamentos que poderiam ser assíncronos dão lugar a entregas. Em cenários onde a maior dificuldade era “ver o que a pessoa viu”, ganhos entre 20% e 35% no tempo de solução de chamados recorrentes são realistas. Quando parte das reuniões vira vídeo objetivo, a meta de cortar 30% das reuniões até 2026 deixa de ser um desejo e vira um hábito: menos convites, mais trabalho em progresso. Para traduzir isso em dinheiro, multiplique horas de reunião evitadas pelo custo-hora médio e acrescente a redução de tempo de indisponibilidade, quando aplicável. Some a isso o tempo de desenvolvimento que deixou de ser desperdiçado tentando reproduzir erro. O resultado é concreto o suficiente para convencer qualquer diretoria. O que muda na cultura do time Mudar o meio muda o comportamento. Pessoas passam a argumentar com fatos, mostrando passos e impacto em vez de opiniões soltas. Tarefas deixam de nascer como rascunhos que alguém “um dia organiza” e chegam já com estrutura. Reuniões deixam de ser a primeira opção e viram a última, reservadas para o que realmente exige conversa. O acervo de vídeos se torna um apoio de onboarding: novos integrantes entendem o comportamento real do sistema observando situações que já aconteceram. E tudo isso preserva um princípio essencial para operações críticas: decidir rápido sem perder responsabilidade. Um dia comum, antes e depois Pense em uma terça-feira comum. Antes, alguém abre um chamado genérico às nove da manhã. Uma hora depois, começam as perguntas pedindo detalhe. À tarde, marca-se uma reunião para “ver junto”. No fim do dia, descobre-se que faltava um passo. A tarefa de verdade só começa no dia seguinte. Depois, a pessoa grava um vídeo breve, cola o link no Jira e o sistema organiza o básico. Em quinze minutos, o responsável certo foi notificado e o primeiro teste reproduz o erro. Ainda de manhã, a correção começa. A diferença parece pequena quando vista isoladamente; multiplicada por semana, por equipe e por trimestre, ela muda a curva. “Temos legados, proxy, firewall…” Tudo bem. Modernização não acontece de uma vez. Essa abordagem funciona com o que você tem hoje. Dá para ativar em poucos projetos, começar pelos times que mais sofrem com retrabalho e avançar sem migração completa de ferramentas. Se houver restrições severas de rede ou compartilhamento, inicie por ambientes internos e vídeos com acesso controlado. Ajuste a política de retenção e visibilidade, publique modelos simples por tipo de item e evolua com base no uso real. A ideia é ganhar hoje sem deixar de construir o amanhã. O que é essencial padronizar para não depender de heróis Quatro combinados sustentam a prática. O primeiro é o roteiro de gravação: curto, com impacto, passos, erro e pedido objetivo. O segundo são os modelos de item no Jira, para que cada tipo já nasça com o que precisa. O terceiro são regras simples que detectam o link do vídeo e completam o básico sem intervenção manual. O quarto é uma política de segurança e retenção que define quem pode ver e por quanto tempo. Com isso estabelecido, o resto é hábito e acompanhamento leve: exemplos do “jeito certo”, indicadores visíveis e pequenos ajustes a cada ciclo. O que fazer ainda esta semana Você não precisa de um plano grandioso. Precisa começar. Escolha dois times: um de suporte e um de desenvolvimento. Combine o roteiro de vídeo com todos, publique dois modelos no Jira — um para bug e outro para incidente — e ative uma regra que preencha campos e crie um checklist quando houver link do Loom. Meça quantas reuniões esses times fazem só para “entender problema” e quanto tempo um chamado leva até ficar pronto para começar. Repita as mesmas medições depois de duas semanas. O contraste fala por você. Riscos reais e como evitá-los Toda mudança relevante traz riscos. Vídeos longos e confusos atrapalham; o roteiro curto combate isso. Itens mal classificados viram bagunça; modelos simples e um pequeno conjunto de etiquetas obrigatórias resolvem. Exposição indevida de dados derruba a confiança; hábitos de gravação com higiene, máscaras quando necessárias e retenção coerente reduzem o risco. Dependência de uma pessoa só para “saber como faz” é frágil; documente o processo em duas páginas para que ele sobreviva às férias de qualquer um. Trate os pontos de atenção de forma direta e a adoção cresce com segurança. O que muda para empresas consolidadas Se tecnologia é meio e não fim no seu negócio, o que importa é previsibilidade, tempo e foco. Esta forma de trabalhar devolve horas ao calendário e reduz variabilidade. Seu time fica menos reativo, as entregas ficam mais claras e as conversas com o board mudam de “por que atrasou” para “o que ganhamos ao remover ruído”. Você não precisa transformar a empresa em produtora de vídeo. Precisa de vídeos bons o suficiente , no momento certo , alimentando um Jira que joga a seu favor . Em organizações com departamentos enxutos, essa combinação tende a ser o atalho mais honesto entre intenção e execução. Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: Como usar o Loom para Melhorar sua Comunicação Como utilizar o Loom para potencializar a comunicação e a qualidade nas entregas Estratégias avançadas com o Loom: Melhore a comunicação e garanta entregas de alta qualidade Conclusão Transformar vídeos do Loom em itens prontos no Jira parece um detalhe, mas detalhes acertados em ambientes críticos movem a agulha. O vídeo certo elimina dúvida, a padronização elimina variação, e a automação elimina esperas. Comece pequeno, proteja os dados, meça o que importa e repita. Em poucas semanas, você deve perceber uma rotina mais silenciosa — menos convites na agenda, menos threads intermináveis, menos “me chama cinco minutos” — e um quadro maior de issues que nascem prontas , gente começando antes e decisões que andam . No fim, é isso que a sua operação precisa: menos explicação, mais execução . Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
Por Romildo Burguez 10 de outubro de 2025
Há decisões que parecem simples até a hora de colocá-las no papel. Definir se um trabalho deve ser feito por squads alocados ou por outsourcing é uma delas. Para quem lidera TI em setores consolidados — indústria, logística, saúde, varejo, finanças, energia — o dia a dia já é intenso: sistemas legados, integrações sensíveis, prazos curtos, equipe enxuta, orçamento pressionado e, ao mesmo tempo, uma nova expectativa do board de que a tecnologia gere eficiência real e abra espaço para inovação. Nesse contexto, escolher o modelo de execução certo não é um tópico acadêmico: é uma decisão que afeta custo, risco, velocidade e, no fim do mês, a reputação da TI como área estratégica. Esse post tem como objetivo ajudar você a reconhecer rapidamente quando squads fazem mais sentido, quando outsourcing traz mais valor, e como combinar os dois sem aumentar o “custo oculto” de coordenação, retrabalho e fricção entre times.  Quer saber mais? Continue a leitura! O ponto de partida: o que realmente está em jogo Antes de falar de modelos, vale alinhar o problema. Quando alguém pergunta “vamos de squads ou outsourcing?”, na verdade está tentando resolver quatro tensões ao mesmo tempo: Velocidade : quão rápido preciso entregar algo que realmente resolva o problema do negócio? Risco : o quanto posso brincar com mudanças perto de sistemas sensíveis sem quebrar nada? Custo : quanto consigo prever do orçamento total, não só a linha do contrato? Conhecimento : quem precisa aprender e reter o “como a casa funciona” para que a operação siga estável? Se tecnologia não é o core do seu negócio — mas é o motor para eficiência e novas receitas — essas quatro perguntas formam a moldura da decisão. E é dentro dessa moldura que squads e outsourcing brilham em momentos diferentes. O que é alocação de squads? Squads alocados são times multifuncionais, dedicados a um problema ou produto, que trabalham próximos do negócio. O valor desse modelo aparece quando o problema exige aprendizado contínuo : cada entrega ensina algo novo que melhora a seguinte. É o caso de produtos digitais com regras específicas da empresa, integrações muito particulares, ou mudanças que dependem de conversas com áreas como Operações, Comercial e Financeiro. Aqui, proximidade e contexto valem ouro. Quanto mais singular for o seu ambiente, mais sentido faz ter um time que aprende os atalhos, entende o “sotaque” dos dados e evita refazer o mesmo caminho. Com squads, você tende a ganhar em velocidade de entendimento do problema, reduzir retrabalho em integrações e tomar decisões melhores porque quem executa também vê o impacto. O preço a pagar é um custo de base mais alto do que um serviço tabelado por chamado, e a necessidade de uma governança clara para que o time não vire um “mini departamento de TI” sem foco. O que é outsourcing? Outsourcing funciona muito bem quando o trabalho é padronizável e mensurável . Pense em sustentação com rotinas definidas, atendimento em turnos, migrações com roteiro repetitivo, ou operações que dependem mais de escala do que de contexto . O ganho está em previsibilidade de custo, cobertura 24×7 quando necessário e disciplina operacional. É o território das SLA (acordos de nível de serviço), das filas bem definidas e do “feito do mesmo jeito toda vez”. O cuidado aqui é não empurrar para outsourcing algo que ainda não está pronto para ser padronizado . Se o processo muda toda semana, se a regra de negócio depende de conversa diária com uma área, ou se a integração é frágil e precisa de decisões finas, o risco de incidentes e retrabalho sobe rápido — e a falsa economia some no primeiro mês. A pergunta que corta caminho Se você lembrar de uma única pergunta deste artigo, que seja esta: “O valor vem do aprendizado contínuo do time ou da repetição confiável do processo?” Se a resposta for aprendizado contínuo , a alocação de squads costuma vencer. Se for repetição confiável , outsourcing tende a entregar melhor. E, em muitos casos, a resposta é “dos dois” — o que nos leva ao próximo ponto. O híbrido que evita o custo oculto Na vida real, poucas empresas conseguem ficar só com um modelo sem pagar algum preço. O arranjo mais saudável costuma separar assim: Squads cuidam do que é core , do que muda com frequência, do que pede conversa com o negócio e decisões de produto. É onde a retenção de conhecimento faz diferença. Outsourcing assume o que é estável , com roteiro claro, metas de atendimento, picos previsíveis e necessidade de escala (turnos, plantão, cobertura nacional/internacional). Esse híbrido não é “meio termo”; é uma divisão inteligente de trabalho. O segredo é governança única . Duas torres de controle, dois catálogos de serviço e métricas que não conversam quase sempre acabam em culpa cruzada, coordenadores exaustos e um gasto significativo escondido em planilhas paralelas. Uma governança única define quem é dono de quê, como medir o que importa e como as mudanças chegam ao ambiente sem surpresas. Um jeito simples de decidir: proximidade e variabilidade Vamos traduzir o dilema em uma régua de bolso, fácil de usar numa reunião com o board: Proximidade ao core : quanto mais perto do “jeito de fazer negócio” da sua empresa, maior a chance de precisar de squads. Variabilidade da demanda : quanto mais o trabalho muda, mais os squads se adaptam; quanto mais repetitivo e previsível, mais o outsourcing rende. Cruze as duas ideias. Core + variável aponta para squads . Não core + estável aponta para outsourcing . Nos quadrantes mistos, vale pilotar e medir. O que o os decisores querem ver Para defender a escolha, evite slides lotados de termos técnicos. Mostre quatro medidas que qualquer executivo entende: Tempo de entrega : quanto tempo leva para sair do “preciso disso” ao “está em produção”. Confiabilidade : quantos problemas são gerados por mudanças e em quanto tempo se resolve. Custo por resultado : quanto custa entregar um conjunto de funcionalidades ou manter um serviço no ar dentro do combinado. Retenção de conhecimento : o quanto o time depende de heróis ou de uma única pessoa para funcionar. Coloque squads e outsourcing lado a lado nesses quatro e deixe os números contarem a história. A decisão deixa de ser “sua opinião contra a minha” e vira um comparativo claro de valor. Quando squads tendem a ganhar Imagine que sua empresa vai modernizar um sistema que conversa com finanças, fiscal e logística. Cada mudança passa por regras específicas da sua operação, e cada integração tem suas pegadinhas. A cada entrega você descobre uma exceção nova. Aqui, o maior risco não é o custo por hora — é errar caminho e ter de refazer. Squads se pagam por reduzir esse retrabalho, por antecipar falhas de integração e por encurtar a distância entre TI e negócio. Outro cenário clássico é o de produtos em evolução : você lança uma primeira versão, mede uso real e ajusta. O que faz a versão 2 ser melhor não é ter mais pessoas apertando parafusos, e sim aprender com dados e refinar prioridades. Squads, com autonomia e foco, produzem esse ciclo de aprendizado. Por fim, há o tema dados e confidencialidade . Quando o serviço pede acesso amplo a informações sensíveis, ou envolve fórmulas comerciais e lógica de preço, faz sentido manter o trabalho em times que respondem diretamente à sua gestão, com controles de acesso sob o seu guarda-chuva. Quando outsourcing tende a brilhar Agora pense em um atendimento 24×7 com volume grande e regras bem estabelecidas, como serviços de suporte de primeiro e segundo nível, operação de plataforma, gestão de filas ou atividades de campo. Aqui o valor está em escala , cobertura e disciplina . Um parceiro que vive esse tipo de operação consegue distribuir turnos, padronizar rotinas, automatizar o que se repete e cumprir prazos de atendimento com previsibilidade. Outsourcing também é poderoso em picos sazonais . Black Friday, fechamento fiscal, matrículas, campanhas que dobram o acesso… Se você sabe quando a maré sobe, faz sentido contratar a capacidade extra sob um acordo claro, e depois reduzir quando a maré baixa, sem carregar custo fixo o ano inteiro. Há ainda os projetos de migração com roteiro claro . Se você tem um runbook bem escrito, ambientes definidos e critérios de pronto muito objetivos, terceirizar a execução libera seu time core para cuidar dos ajustes finos e da evolução do produto. Riscos típicos e como evitá-los Do lado dos squads, o risco é virar “time de tudo”: qualquer demanda cai ali e o foco se perde. A cura é clareza de propósito e uma fila de trabalho bem priorizada, com dono e metas claras. Outro ponto é a substituição de pessoas : saia do herói para o processo. Documentação viva, sombras na transição e uma esteira de onboarding encurtam o tempo de ramp-up. Do lado do outsourcing, os riscos mais comuns são o lock-in (ficar preso a um fornecedor) e a queda de qualidade quando o processo muda . Resolva os dois com contrato que preveja reversibilidade (transição planejada), exigência de registro de conhecimento e critérios de aceitação claros para mudanças. Se o seu processo ainda muda muito, talvez não seja hora de terceirizá-lo — padronize primeiro, terceirize depois. Em ambos os modelos, o inimigo silencioso é o custo oculto de gestão : coordenação, alinhamento, homologação, refazer testes, resolver ruídos entre times. Ao construir o business case, inclua essas horas. É melhor parecer caro no papel do que barato na proposta e caro na operação. Como explicar o custo de forma que o board compreenda Em vez de debater preços por pessoa ou por chamado, traduza em custo por resultado . Se for desenvolvimento, calcule quanto custa entregar um conjunto de funcionalidades com qualidade e sem voltar atrás. Se for operação, calcule quanto custa manter o serviço estável dentro do combinado, incluindo prevenção de incidentes. Uma boa regra prática: comparar o que é comparável . Se você comparar a diária de um desenvolvedor de squad com o preço de um chamado de suporte, vai concluir qualquer coisa. Coloque na mesma unidade. Para squads, mostre entregas por mês e defeitos evitados. Para outsourcing, mostre níveis de atendimento, prazos cumpridos e horas economizadas do seu time interno. E em ambos, some o tempo de quem coordena e aprova — isso também é dinheiro. Exemplos do dia a dia 1) Sistema com 15 integrações críticas. A cada ajuste, três áreas precisam se alinhar. Squads funcionam melhor: aprendem as exceções, criam testes específicos e aceleram o “caminho feliz”. O outsourcing pode apoiar com tarefas de plataforma já padronizadas, mas não deve liderar a mudança do core. 2) Suporte de plataforma estável, com volume alto de chamados repetitivos. Outsourcing ganha de lavada: escala, automação, cobertura 24×7 e metas de atendimento claras. O seu time interno fica livre para projetos de evolução. 3) Pico sazonal conhecido. Contrate capacidade extra no modelo terceirizado com início e fim definidos. O squad mantém o que é sensível; o parceiro absorve o excesso. 4) Produto novo, com muita descoberta. Squads tocam a frente, perto do negócio e das métricas de uso. Outsourcing aparece como esteira complementar para tarefas bem definidas (provisionar ambiente, acompanhar rotinas, cuidar de algo padronizado). 5) Migração com roteiro repetível. Se o caminho está escrito e testado, outsourcing executa melhor. Seu squad fica na retaguarda, garantindo que padrões e qualidade não se percam. Operacionalizando sem complicar Em vez de um “plano mágico” com datas bonitas, pense em três movimentos simples e objetivos: Mapeie. Liste serviços e produtos e marque dois atributos: quão perto do core eles estão e o quanto variam. Esse mapa já indica o que é candidato a squad e o que é candidato a outsourcing. Pilote. Escolha um item de cada coluna. Rode um piloto de squad em algo variável e sensível, e um piloto de outsourcing em algo estável e mensurável. Use as mesmas quatro métricas para ambos: tempo de entrega, confiabilidade, custo por resultado e retenção de conhecimento. Escalone com governança única. O que performar melhor, amplia. Mas amplie com uma única torre de controle: catálogo de serviços, papéis e responsabilidades claros, rotas de mudança combinadas e revisão trimestral para ajustar o que não estiver funcionando. Esse ciclo não é demorado e traz luz ao debate. Em poucas semanas você passa a discutir fatos, não bandeiras. Cultura: o fator invisível que muda tudo Modelos são planos. Quem os faz funcionar são pessoas. Em ambientes críticos, o que mantém a casa em pé é uma cultura de donos : cada serviço ou produto com um responsável claro, metas de negócio visíveis e canais de conversa diretos. Squads florescem quando têm autonomia com responsabilidade. Outsourcing dá certo quando o parceiro é tratado como extensão do time , com acesso às informações que precisa e espaço para sugerir melhorias, não só executar ordens. Uma boa prática é adotar rituais simples que sirvam aos dois lados: reuniões curtas para checar riscos da semana, um painel único de indicadores, e uma política de mudança que diga de forma objetiva como algo sai da ideia para a produção . Quando todos jogam o mesmo jogo, a troca entre squad e outsourcing deixa de ser uma briga e vira ajuste fino de capacidade. Como ir direto ao assunto Em vez de termos de moda, leve histórias curtas com números . “Tínhamos uma fila de solicitações que demorava 30 dias; com o squad, caiu para 12 dias e os retrabalhos reduziram 40%.” Ou: “Com o outsourcing, passamos a atender 95% dos chamados no prazo e liberamos 300 horas/mês do time interno.” Conte a história da dor, do experimento e do resultado. Mostre como isso bate no caixa e na satisfação do cliente interno. E deixe claro o que vem a seguir: manter, ampliar, corrigir. O erro mais comum e caro O erro mais caro é “empurrar” trabalho para um modelo porque sobrou . Não terceirize porque “não tem quem faça”, nem monte um squad porque “tem gente parada”. Ambos os caminhos criam dívidas que se pagam com incidentes, atrasos e desgaste. Decida pelo tipo de problema , não pela folga do momento. Outro erro é tentar terceirizar descoberta de produto ou decisões de arquitetura . São atividades que definem o seu diferencial competitivo. Nelas, o parceiro pode apoiar, mas a liderança tem de ser sua, ou de um time que responda diretamente a você. Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: Veja como fazer uma boa gestão de outsourcing de TI Squads ágeis para TI enxuta: quando vale optar por times alocados especializados Sua empresa precisa gastar menos e operar melhor? Conte com a alocação de squads ágeis Conclusão No fim do dia, squads e outsourcing são ferramentas. A boa escolha não acontece porque uma é “moderna” e a outra “antiga”, mas porque você entendeu onde está o valor e onde mora o risco . Se o valor nasce do aprendizado contínuo , do contato próximo com as áreas de negócio e de decisões rápidas sobre caminhos ainda em aberto, alocação de squads é a melhor aposta. Se o valor está na repetição confiável , na cobertura em turnos, em metas de atendimento e na disciplina do processo, outsourcing entrega melhor. A maioria das empresas bem-sucedidas combina os dois: squads guardando o core e outsourcing escalando o que já é padronizado. O que separa um híbrido saudável de um caos caro é ter governança única , métricas simples e contratos que favorecem a reversibilidade e o compartilhamento de conhecimento. Se, ao terminar este texto, você conseguir responder com clareza: “onde preciso aprender rápido” e “onde preciso repetir bem”, a decisão já está 80% tomada. O resto é executar com disciplina e comunicar com transparência. E, sempre que pintar a dúvida, volte à pergunta de ouro: o valor vem do aprendizado do time ou da repetição do processo? A resposta aponta o caminho — sem ruído, sem fé cega em rótulos e com foco no que realmente importa: entregar resultado com menos risco e menos custo oculto . Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
Por Romildo Burguez 8 de outubro de 2025
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Por Romildo Burguez 8 de outubro de 2025
Você já deve ter sentido isso na pele: a informação existe — em algum lugar — mas não aparece quando o relógio está contra você. O chamado crítico chega, o fornecedor liga, o jurídico quer uma atualização, a diretoria pergunta “e aí?”… e cada minuto vira um garimpo entre Jira, Confluence, e-mails, planilhas, threads de chat e documentos dispersos. O time é enxuto, o contexto é sensível, integrações são frágeis, e mexer no legado dá arrepio. Mesmo assim, o negócio precisa de resposta agora. Esse post é para CIOs, gerentes e coordenadores de TI em setores consolidados — empresas em que tecnologia não é “o” produto, mas sustenta eficiência, confiabilidade e, cada vez mais, inovação. A proposta é simples: mostrar como reduzir o ruído informacional e ganhar velocidade de decisão com o Rovo , uma camada de busca , chat e agentes que se apoia no trabalho já existente e transforma conhecimento disperso em ação com casos de uso reais e passos curtos que se pagam rápido. O ruído que custa caro Em ambientes críticos, o problema raramente é “falta de dado”; é achabilidade . O que você precisa está quebrado em pedaços, cada um com dono, formato e atualização próprios. A informação existe, mas chega tarde, incompleta ou sem contexto. Isso se agrava com a dependência de “heróis” (as duas ou três pessoas que sabem tudo de cabeça), com o medo de tocar no legado e quebrar algo, com filas inchadas por triagem manual e chamados repetidos, e com a pressão por auditoria e conformidade. Para quem opera com times enxutos, tempo perdido vira atraso, retrabalho e risco — e nenhum desses itens cabe no orçamento. O que é o Rovo, dito de forma direta O Rovo funciona como um atalho inteligente para três necessidades do dia a dia. Achar. Uma busca que não apenas indexa palavras, mas entende relações entre tarefas, pessoas, metas, times e documentos. Em vez de despejar links, ela retorna o que tem chance real de resolver o problema, respeitando o contexto de trabalho e as permissões da sua organização. Entender. Um chat que lê as fontes certas e devolve resumos, briefings e próximos passos com links de origem. Você faz perguntas e recebe uma narrativa coerente, conectando o que está espalhado em Jira, Confluence e outros aplicativos. Agir. Agentes configuráveis que executam tarefas repetitivas e previsíveis — preparar um briefing de incidente, propor rascunhos de release notes, sugerir agrupamento de tickets duplicados, preencher esboços de relatórios — sempre com governança de fontes e limites claros. Não se trata de substituir pessoas, e sim de tirar atrito das rotinas e devolver horas para o que realmente move a agulha: reduzir MTTR, evitar reincidências, padronizar conhecimento e decidir com mais contexto, mais rápido. Três cenas do “antes e depois” que todo CIO reconhece Suporte/ITSM: respostas com contexto, fila mais limpa No cenário antigo, o time recebe tickets que poderiam ser resolvidos com base na KB. O analista caça artigos parecidos, cola trechos, pede logs e reenvia links que poucos leem. O usuário volta e reabre. A fila cresce. Com o Rovo, o chat explica o problema em linguagem clara, puxa a KB relevante e sugere uma resposta inicial com links e passos; a busca lida com sinônimos e encontra casos similares; um agente detecta duplicidade e encaminha para a fila correta com evidências resumidas. O resultado aparece no placar executivo: primeira resposta resolutiva sobe, reabertura cai e o tempo médio de atendimento diminui — sem mudar sua pilha inteira de ferramentas. Operação/SRE: briefing de incidente em minutos Quando o pager toca, o antigo ritual é juntar prints, logs, status de serviços e mudanças recentes, enquanto alguém tenta explicar o impacto. Com o Rovo, a busca traz de uma vez as alterações mais recentes, tickets relacionados e a documentação relevante; o chat devolve um briefing inicial objetivo e linkado; e um agente ajuda a estruturar o pós-incidente com base em template, reduzindo lacunas e acelerando o aprendizado. A consequência é prática: MTTR menor e postmortems mais consistentes , o que, com o tempo, reduz ocorrências repetidas. Produto/Projetos: requisitos dispersos viram decisão Antes, partes da especificação estão em uma página, outras em um comentário antigo, outras em tickets e outras em uma reunião sem registro. Para alinhar tudo, convoca-se nova reunião. Com o Rovo, o chat compila o que existe, devolve um resumo com dúvidas em aberto e sugere próximos passos; a busca aponta dependências e decisões passadas; e um agente gera changelogs legíveis para o negócio ao término de cada ciclo. Menos reuniões de alinhamento, mais foco no que precisa de decisão. “E o meu legado? Não posso quebrar nada.” Não é preciso salto no escuro. O caminho seguro começa ao ativar a busca e o chat nas fontes mais estáveis — frequentemente a documentação em Confluence e os projetos críticos no Jira. Nessa fase, você apenas lê e entende melhor o que tem; nada de automações invasivas. Em seguida, quando o time já enxerga valor, introduzem-se agentes em tarefas de baixo risco , como rascunhos de briefings, release notes ou consolidação de informações repetitivas. As permissões são herdadas , isto é, cada pessoa vê e faz no Rovo o que já poderia ver e fazer nas ferramentas de origem. Pequenos ajustes de nomenclatura e templates — nomes de campos, labels, estrutura mínima de páginas — multiplicam a qualidade das respostas. E, para fechar, auditoria e revisão periódica mantêm o sistema alinhado: logs de uso, aferição de fontes, calibração de agentes e correções de rota. O motor invisível: um grafo do seu trabalho A diferença entre “mais uma busca” e um verdadeiro atalho para a decisão é o mapa por trás. O Rovo se apoia em um grafo de trabalho que conecta conteúdo, tarefas, pessoas e objetivos. Isso faz com que, ao procurar por um tema, ele não apenas traga o texto relevante, mas também dê pistas sobre quem está envolvido , quais tickets se relacionam , em que épico aquilo se encaixa e que decisão já foi tomada . Em resumo, menos ruído e mais contexto útil na primeira resposta. Agentes: quando o repetitivo deixa de ser problema A imagem de “agentes” às vezes parece futurista, mas a utilidade é prosaica: eliminar tarefas repetitivas . Eles podem ser chamados no chat (“gere um esqueleto de pós-incidente com base nos links X e Y”), acionados por automação (quando um ticket muda de estado) ou usados como atalhos durante a edição de conteúdo. Em todos os casos, é você quem define quais fontes valem , o que o agente pode fazer e quando exige revisão humana . Para times de desenvolvimento, existe ainda um assistente focado em fluxo de código e terminal; não é o foco deste texto, mas mostra que a filosofia é a mesma: reduzir atrito e liberar capacidade . Métricas que importam — e que o board entende Evite indicadores que ficam bonitos em relatórios técnicos, mas não dizem nada para o negócio. Dê atenção ao tempo para encontrar informação crítica , ao percentual de tickets desviados para autoatendimento e à taxa de reabertura , ao MTTR e à redução de incidentes repetidos , ao tempo para produzir um briefing confiável , ao retrabalho por falta de contexto em projetos, e à saúde da base de conhecimento (uso e atualização). Se quiser um atalho para o ROI, combine três elementos: horas economizadas (menos busca, menos reuniões para “juntar peças”), custos evitados (menos N1, menos horas extras e plantões drenando energia) e riscos reduzidos (menos exposição, melhor rastreabilidade). Use números conservadores; é preferível surpreender positivamente do que justificar promessas exageradas. Cinco pilotos que se pagam rápido Há iniciativas que, mesmo pequenas, entregam efeito imediato. Pós-incidente assistido é uma delas: um agente junta evidências de tickets, mudanças e documentação, e monta um esqueleto de relatório com campos obrigatórios e links de origem. Com o tempo, o time só ajusta as conclusões e as ações de prevenção — o resultado é padronização e velocidade. Desvio inteligente de N1 é outra: quando há boa cobertura de KB, o chat orienta a resposta e sugere atualizar (ou criar) artigos quando uma solução ainda não existe. Briefings executivos “na hora” reduzem a necessidade de reuniões longas: no fim do dia ou do sprint, o chat reúne o que mudou, os riscos emergentes e as decisões pendentes. Release notes decentes — que o negócio realmente lê — nascem de um agente que compila mudanças marcadas, agrupa por impacto e linka as referências. E, por fim, grooming com contexto ajuda o PO a decidir melhor: sugerir agrupamentos, marcar duplicados, destacar bloqueios e propor próximos passos, deixando o julgamento final com o humano. Governança leve que sustenta qualidade Para que a qualidade não se perca conforme mais gente usa, vale instituir três hábitos simples. O primeiro é a higiene de base : templates de página, donos definidos e datas de atualização à vista; páginas antigas vão para arquivo com critério. O segundo é um vocabulário controlado com um punhado de termos canônicos por área, o suficiente para reduzir a ambiguidade que confunde a busca. O terceiro é a revisão trimestral : conferir fontes do Rovo, olhar logs de uso, ajustar agentes e desativar o que não faz mais sentido. É uma governança pequena, mas constante — o tipo de disciplina que protege sem travar. Segurança e compliance sem complicação Três princípios resolvem a maior parte das preocupações. O primeiro é respeitar permissões : quem não pode ver algo no sistema de origem, também não vê no Rovo, e agentes só atuam dentro das mesmas cercas. O segundo é trilhar as ações : manter registros de prompts e execuções em tarefas críticas, para auditoria e aprendizado. O terceiro é evitar fantasia : respostas sempre citam fontes e datas; templates de conteúdo reduzem ambiguidade; e revisões pontuais tiram de circulação aquilo que ficou obsoleto. Quando esses pilares estão no lugar, o time de segurança tende a abraçar, e não barrar, o movimento. Como Começar O caminho pode ser estruturado em três ciclos curtos , que se repetem. No ciclo de Descoberta (uma ou duas semanas), escolha um time — suporte ou SRE são boas portas —, duas fontes confiáveis e três casos de uso “no-regret”. Ative busca e chat e meça um baseline simples: tempo de busca, FCR/MTTR, retrabalho. No ciclo de Validação (duas a três semanas), introduza um ou dois agentes de baixo risco com revisão humana , ajuste templates e refine rótulos; no final, apresente um antes/depois com números modestos, porém sólidos. No ciclo de Escala , crie uma biblioteca de prompts por persona, um catálogo de agentes por função e leve os KPIs para o scorecard executivo . A partir daí, estenda fontes com critério e institua um programa de champions para disseminar boas práticas. Disponibilidade e acesso: o que esperar O Rovo vem sendo liberado gradualmente no ecossistema Atlassian Cloud ao longo de 2025, com recursos de Search, Chat e Agents apoiados por um grafo de trabalho que dá contexto às respostas. Organizações em planos Enterprise e Premium costumam receber primeiro; o plano Standard também entrou na rota de liberação em ondas. Em termos práticos, vale conferir a elegibilidade da sua instância e o status de ativação para saber o que já está disponível e quais pilotos podem começar amanhã . O que contar ao board Troque o discurso de “IA porque é o futuro” por três histórias curtas, com números modestos . “Reduzimos pela metade o tempo para achar informações críticas de operação.” “Desviamos 20–30% de chamados N1 para autoatendimento.” “Cortamos entre 15% e 25% o MTTR em incidentes porque o briefing inicial sai na primeira interação.” Esses números, quando sustentados por exemplos reais, falam a língua do negócio. Não é milagre; é método. Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: Atlassian System of Work: como unir metas, trabalho e conhecimento Como solucionar os desafios da gestão do conhecimento com o Rovo Atlassian Rovo: A revolução da Busca e Automação baseada em IA para Empresas Conclusão “ Menos ruído, mais entrega ” não é slogan; é uma decisão de desenho organizacional. Quando o conhecimento fica encontrável , quando texto vira decisão e quando o repetitivo é padronizado , a TI volta a operar no ritmo do negócio , e não no ritmo do garimpo. O Rovo ajuda porque entende como o trabalho se conecta , traz respostas com fonte e permite automatizar o que não merece cérebro humano . É a maneira mais pragmática de dar superpoderes a um time enxuto — sem arriscar o que não pode quebrar. Se quiser começar já, escolha um time, mapeie duas fontes confiáveis, defina três casos de uso no-regret, meça antes, execute por duas semanas e compare. Se a curva for positiva — e a tendência é que seja —, você não precisará “vender IA”; os números venderão por você . Quando perguntarem “por que agora?”, a resposta cabe numa frase: porque ruído custa caro — e já dá para trocá-lo por entrega. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
Por Romildo Burguez 2 de outubro de 2025
Se você lidera TI ou transformação digital, provavelmente vive um paradoxo: quanto mais ferramentas adiciona, mais caro, lento e confuso tudo fica. Equipes usam apps diferentes para pensar, outros para executar, mais alguns para comunicar — e, no fim, os objetivos do negócio não “conversam” com o que acontece no dia a dia. O Atlassian System of Work nasceu para quebrar esse ciclo: conectar metas, trabalho e conhecimento em um fluxo só, com colaboração assíncrona e inteligência aplicada onde o trabalho acontece. Na prática, o coração são três experiências que trabalham como uma só — Confluence , Jira e Loom — ampliadas por AI (Atlassian Intelligence e Rovo) , Analytics & Data Lake e governança/segurança com Atlassian Guard . A ideia é simples e poderosa: tirar o atrito entre planejar e executar . Você ideia no Confluence (inclusive em whiteboards ), transforma um post-it em item do Jira em um clique, atualiza o time em vídeo com Loom sem sair do documento e mede resultados em painéis unificados — tudo sob uma camada de AI e de segurança de classe empresarial. Na prática, isso reduz trocas de contexto, acelera decisões e encurta ciclos. Vamos entender como funciona na prática? O problema que estamos resolvendo Empresas que crescem por aquisições, que operam com sistemas legados ou que têm squads espalhados acabam empilhando ferramentas para “tampar buracos”. A cada novo app, a promessa é de mais produtividade. Na vida real, você ganha ilhas de informação , retrabalho, handoffs infinitos e decisões tomadas tarde demais. A resposta não é “mais uma ferramenta”, e sim um sistema de trabalho que costura as peças que já existem e derruba paredes entre pensamento, execução e comunicação. É essa a tese do one-pager executivo da Atlassian: um sistema de trabalho único, de ponta a ponta, que integra tecnologias complementares para transformar colaboração, comunicação e produtividade . O fluxo fim a fim, na prática Pensar juntos (e já sair com entregáveis) No Confluence , a ideação acontece em páginas e nos whiteboards — um quadro visual com stickies , fluxos e formas. Terminou a sessão? Selecione os stickies e crie issues de Jira em um clique . Ninguém precisa “traduzir” anotações depois da reunião; o que foi decidido vira trabalho rastreável instantaneamente. Executar com menos trabalho manual No Jira , você organiza épicos, histórias, sprints e dependências. O “pulo do gato” está no Jira Automation : gatilhos + condições + ações que eliminam atividades repetitivas (atualizar status, postar comentários, avisar responsáveis, criar sub-tarefas, sincronizar campos etc.). A própria documentação oficial sugere começar por regras simples e evoluir para a biblioteca de templates conforme sua maturidade. Comunicar no ritmo do time (sem mais calls do que o necessário) Loom está integrado ao Confluence: você grava e incorpora vídeos diretamente na página para dar contexto, explicar decisões e compartilhar feedback assíncrono — perfeito para equipes híbridas e distribuídas. Em diversos casos, dá até para gerar notas de reunião no Confluence automaticamente , mantendo todos alinhados sem mais uma ata manual. Medir e aprender (com dados que já existem) Com Atlassian Analytics e Atlassian Data Lake , você consulta dados de múltiplos produtos (Jira, Confluence, etc.) em um só lugar e cria dashboards executivos sem planilhas paralelas. Existem templates prontos (service, DevOps, conteúdo), um editor visual SQL e recursos para resumos e insights com AI — úteis para destacar tendências e anomalias de um gráfico em segundos. E a camada de inteligência (AI) — o que muda de verdade? Atlassian Intelligence adiciona recursos de geração e resumo diretamente no Jira, Confluence e Analytics: sugerir uma atualização, transformar notas bagunçadas em documentação, resumir páginas e issues , gerar SQL e explicar gráficos quando você precisa de uma leitura rápida. É AI no contexto do seu trabalho — não um chatbot genérico. Mas a maior virada está no Rovo — agentes de AI que rodam sobre o Teamwork Graph (a representação da sua organização: pessoas, trabalho, metas e conhecimento) para buscar, compor e até executar tarefas , como diagramar um whiteboard , criar um brief ou acompanhar um projeto . Os agentes podem ser chamados no Chat , usados em regras de automação , ou invocados durante a edição no Confluence e no Jira (atalho /ai ). É literalmente um colega de time que conhece seu contexto e opera dentro da plataforma. Sobre segurança e privacidade de AI: a Atlassian documenta publicamente que os provedores de LLM utilizados não retêm seus dados para treinar serviços e mantém transparência sobre sub-processadores e políticas. Isso ajuda CISOs e Jurídico a avaliarem o risco com base em fatos, não em suposições. Metas conectadas ao trabalho (sem planilhas à parte)  Objetivos não podem morar em um slide esquecido. Com o app Goals , você rastreia metas no nível da organização, conecta trabalho a resultados e mantém a liderança informada por uma prática regular de comunicação . Criar uma meta começa pela Atlassian Home , com dono, acompanhamento e ligação com iniciativas — é o elo que fecha o circuito entre estratégia e execução. Governança e segurança: visibilidade e controle sem atrito Atlassian Guard centraliza políticas e detecções: descoberta de produtos não sancionados , alertas configuráveis , visão unificada de ações de usuários (ex.: exportações de páginas, logins suspeitos) e camadas para reduzir shadow IT e responder a riscos antes que virem incidentes. Isso vem acoplado ao Trust Center — com documentação de segurança, privacidade, conformidade e resiliência para suportar seu processo de vendor risk . Um dia na vida (exemplo realista, de ponta a ponta) Imagine que sua empresa vai lançar um novo serviço regulado. Você começa com um whiteboard no Confluence para mapear riscos, requisitos e milestones. No final da sessão, converte os stickies em issues de Jira e liga os épicos às metas da diretoria no Goals. Enquanto squads trabalham, regras de automação cuidam do básico (atualizações, notificações, criação de tarefas de conformidade, sincronização de campos). No meio do sprint, a liderança pede “um resumo em 3 minutos” — você grava um Loom direto da página com o que mudou, impactos e próximos passos. Precisa acelerar uma parte complexa? Você chama um Rovo Agent para esboçar um diagrama de arquitetura no whiteboard , revisar dependências e preparar um brief com links de requisitos. Ao final da semana, você abre o Analytics : um dashboard mostra lead time , throughput , riscos, dependências e a tendência dos itens críticos; um clique em Insights gera um resumo automático do gráfico para a diretoria. Resultado: menos reuniões , decisões mais cedo , evidências em uma só tela — e rastreabilidade do objetivo ao ticket. Por que isso reduz o número de ferramentas (e não adiciona mais uma camada) Porque o System of Work não é mais um app “colado com fita isolante”. Ele parte de três tecnologias poderosas que já têm tração nas empresas — Jira, Confluence e Loom — e as integra de fábrica , do planejamento à execução. A AI está inserida (não paralela), a medição é nativa (não manual) e a segurança é plataforma (não um plugin isolado). É uma mudança de arquitetura operacional, não só de software. O que medir (para não se apaixonar pela ferramenta e esquecer do resultado) Tempo de ciclo : do sticky no whiteboard ao Done. Taxa de handoffs e retrabalho : automação e documentação viva tendem a reduzir ambos. Aderência à meta : % de épicos/okrs ligados a Goals com status atualizado. Saúde da colaboração assíncrona : quantos updates em Loom substituíram status meetings. Qualidade dos dados de fluxo : se o que entra no Analytics traduz a realidade do time (e gera insights úteis). Todos esses indicadores podem ser montados com templates e consultas do Atlassian Analytics/Data Lake — além de receber insights com AI em gráficos críticos. Segurança não é capítulo à parte (é design do sistema) Qualquer iniciativa que una conhecimento, execução e AI precisa nascer com segurança e privacidade. O Trust Center expõe como a Atlassian estrutura proteção de dados , recuperação , identidade e conformidade — com artefatos para acelerar seu vendor risk management . Já o Atlassian Guard cria uma camada de políticas e detecções para reduzir superfícies de ataque, cortar shadow IT e centralizar visibilidade de riscos. E, no contexto de AI , a Atlassian publica que os provedores de LLM não retêm seus dados — um ponto sensível para setores regulados. “Tá bom, e como eu começo sem virar um projeto de 6 meses?” Sem planos mágicos de “90 dias” — o que funciona é travar 4 movimentos progressivos , com resultados percebidos a cada passo: Escolha uma jornada curinga (ex.: “da ideia ao go/no-go”). Modele o whiteboard no Confluence, converta stickies em issues e ligue épicos a uma meta no Goals. Publique uma página-mestre com visão, critérios e trilhas de decisão. Automatize o trivial no Jira (notificações, atualizações, criação de sub-tarefas, políticas de definition of done). Comece com 3–5 regras de alto impacto. Troque status meeting por Loom : atualizações em vídeo curtas incorporadas à página, com checklists e próximos passos. Se fizer sentido, habilite a geração automática de notas de reunião no Confluence. Dê luz aos números com um dashboard do Analytics apontando para o Data Lake . Ative insights com AI nos gráficos mais críticos para reforçar sua narrativa executiva. Esses quatro movimentos já entregam rastreabilidade ponta a ponta e alívio de carga no time — sem pedir implantações heroicas. E você ainda abre caminho para os agentes do Rovo operarem rotinas repetitivas (briefings, diagramas, checks), sempre no contexto do seu trabalho. E quando o cenário inclui legados e múltiplas instâncias? É aqui que a plataforma faz diferença. O Data Lake foi pensado para cruzar dados de diversos produtos e sites/instâncias ; o Analytics permite consolidar essa visão em dashboards compartilháveis para diretoria e operações. Guard ajuda a manter a casa em ordem com políticas unificadas . Ao mesmo tempo, o Marketplace e parceiros certificados permitem cobrir lacunas sem inflar a quantidade de fornecedores — mantendo o sistema de trabalho coeso. O que isso significa para 2026 (e por que começar já) 2026 vai cobrar das empresas decisões baseadas em evidências, operadas por times híbridos e assistidas por AI . Quem estruturar agora um sistema de trabalho com ideação → execução → comunicação → medição na mesma linha contínua, chega mais leve e rápido . E não é só sobre velocidade: é sobre clareza de prioridade , menos retrabalho , menos dependência de heróis e mais previsibilidade . Se você só levar uma mensagem deste texto, leve esta: pare de “colar” ferramentas e comece a costurar o trabalho . Use Confluence para pensar e decidir, Jira para executar com automação, Loom para comunicar no tempo certo, Analytics/Data Lake para medir o que importa, AI (Intelligence + Rovo) para acelerar o que dói, e Guard/Trust para garantir que tudo isso seja seguro, auditável e escalável. É assim que o Atlassian System of Work transforma planejamento em entrega — e objetivos em resultado . Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: Identifique falhas antes do cliente com o Guard Detect, da Atlassian Licenciamento Atlassian: como funciona e por que escolher um Solution Partner? Teamwork Collection: a “língua comum” que sua TI precisa para entregar mais com menos Conclusão No fim, a questão não é adotar “mais uma ferramenta”, e sim adotar um sistema de trabalho que una o que a sua empresa pensa, faz, comunica e mede. Quando metas, trabalho e conhecimento passam a viver no mesmo fluxo — da ideia no Confluence ao acompanhamento no Jira, com atualizações em vídeo pelo Loom — o resultado é menos ruído, mais decisão e um caminho curto entre estratégia e entrega. A força do Atlassian System of Work é justamente essa costura: três tecnologias poderosas operando como uma solução integrada , com AI (Atlassian Intelligence e Rovo) acelerando o que dói, Analytics & Data Lake iluminando o que importa e Atlassian Guard garantindo segurança e governança sem atrito. Você reduz trocas de contexto, evita retrabalho, torna visível o que estava espalhado e cria uma base confiável para escalar. Se há um próximo passo óbvio, é este: escolha uma jornada crítica (da ideação à decisão), ligue épicos a uma meta real , automatize o trivial , substitua parte das reuniões por updates em Loom e traga os números para o Analytics . Em pouco tempo, o seu time percebe que o valor não está no “brilho” da ferramenta, mas na clareza do fluxo e na confiança dos dados que sustentam cada decisão. 2026 vai premiar quem transforma objetivos em resultados com menos atrito, menos dependência de heróis e mais previsibilidade. O caminho está posto: pare de colar ferramentas; comece a costurar o trabalho . Quando o sistema muda, o resultado aparece — e permanece. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
Por Romildo Burguez 30 de setembro de 2025
Você não precisa de um mapa para perceber: o seu ambiente cresceu em camadas, como uma cidade que foi se virando. Cada dor trouxe uma ferramenta. Cada demanda urgente, mais um contrato. O resultado é um ecossistema que funciona, mas custa caro, é difícil de explicar e, em momentos críticos, faz barulho demais. Em 2026, a pressão por eficiência aumenta, porém sem licença para piorar a qualidade . A pergunta certa não é “qual ferramenta é melhor?”, e sim: quais capacidades o negócio precisa, quanto elas custam de verdade e como mantê-las simples e confiáveis . Este texto apresenta uma forma prática de consolidar fornecedores através de um sistema de decisão contínua , que cabe na rotina de uma TI enxuta e orienta escolhas responsáveis — o tipo de escolha que não vira manchete por ter parado operação, nem “sangra” seu orçamento com promessas vazias. Vamos lá? O que “menos ferramentas, mais resultado” quer dizer na prática Ferramenta é o meio; capacidade é o fim. Quando você fala em “monitorar ambientes”, “integrar sistemas”, “armazenar e servir dados”, “atender chamados”, está falando de capacidades. O problema não é ter muitas ferramentas; é ter várias ferramentas para a mesma capacidade , cada uma puxando treinamento, integração, suporte e custo. É essa sobreposição que rouba tempo e previsibilidade. Consolidar é alinhar ferramentas às capacidades essenciais e, com isso, reduzir ruído e recuperar clareza de custo. A régua é simples e não tem jargão: Impacto : essa solução move um indicador que o negócio enxerga? Qualidade : mantém (ou melhora) a disponibilidade e a segurança? Previsibilidade : o custo total é claro, estável e justificável? Se a resposta a essas três perguntas não for um “sim” convincente, há espaço para juntar ou aposentar. O inimigo invisível: ruído, retrabalho e custos escondidos A sobreposição de ferramentas cria um efeito multa que ninguém vê na fatura: mais alertas duplicados, mais telas para um mesmo processo, mais ajustes manuais para “colar” sistemas que não conversam direito. Isso vira retrabalho, demora e stress nos piores horários. E vira também custo de gente : horas valiosas vão para reconciliar dados, contornar bugs e manter integrações frágeis. Consolidar é, antes de tudo, devolver tempo produtivo ao time e tirar tijolos do caminho do usuário na ponta. Esqueça o calendário: adote um Sistema de Decisão Contínua (SDC) Em vez de um cronograma com marcos e semanas, pense em um sistema leve que roda sempre e orienta escolhas. Ele tem cinco peças. Juntas, elas trocam “opinião” por evidência e “apego à ferramenta” por compromisso com capacidade . Mapa de capacidades em uma página Liste de 5 a 8 capacidades que sustentam o seu negócio (monitorar, integrar, dados, atendimento, desenvolvimento, distribuição de aplicações etc.). Para cada uma, responda quatro linhas: quem usa , para quê , que indicador de negócio move e quais ferramentas entregam isso hoje . Esse mapa revela duplicidades em minutos: “temos três formas de monitorar o mesmo ativo”, “duas entradas de chamado para o mesmo fluxo”, “dois caminhos para levar o mesmo dado ao relatório”. Scoreboard de valor Escolha três indicadores que o executivo reconhece sem legenda: disponibilidade que o cliente percebe, tempo para resolver um problema importante e custo por capacidade (quanto custa monitorar uma loja por mês? quanto custa processar um lote? quanto custa manter uma integração crítica?). Toda decisão de consolidação deve apontar como mexe nesses números . Sem isso, é opinião contra opinião. Filtros de decisão (quatro perguntas que não trapaceiam) Move o indicador certo? Mantém ou melhora a qualidade percebida pelo usuário? Torna o custo mais claro e estável? Evita dependências perigosas? (nada de amarrar o futuro a um ponto único de falha, técnico ou contratual) Se qualquer resposta for “não”, não avance. Se forem “sim”, você tem uma decisão defensável. Salvaguardas de continuidade (as três travas de segurança) Janela protegida para mudanças em processos críticos, combinada com quem opera. Plano de volta simples e testado: se deu errado, retornamos sem drama. Comprovação curta de que nada regrediu: um checklist claro (“a leitura do sensor chega em até X minutos?”, “o ticket abre em até Y segundos?”). Política de depreciação responsável (regras sem exceção) Nada sai do ar sem alternativa validada . Treinamento de bolso , direto ao ponto, antes de trocar. Encerramento real : contratos, acessos e integrações desligados e registrados, para não pagar “duas vezes pelo mesmo”. Esse SDC é o seu “osso” de governança: poucos itens, sempre os mesmos, e usados em toda decisão. Ele não depende de datas. Depende de disciplina. Como aplicar sem travar a rotina: as Quatro Conversas que destravam decisões Você não precisa de comitê. Precisa de quatro conversas curtas e objetivas , repetidas quando surgir uma decisão de consolidação. Conversa de valor (executiva) Trinta minutos para conectar a troca a um resultado claro: menos tempo parado em campo, mais velocidade no atendimento, custo por capacidade mais baixo e transparente. Aqui só entram números que o negócio reconhece. Conversa de arquitetura (técnica, sem jargão) Quinze minutos para a pergunta certa: “o caminho novo é mais simples que o atual?” Se a resposta for “depende”, não está pronto. O novo tem de reduzir caminhos e diminuir pontos de falha . Conversa de operação (quem sente na pele) Quinze minutos com quem roda a rotina. É aí que aparece o detalhe que derruba planos: aquele script que ninguém sabia, aquele relatório que o gerente da loja usa às 7h, aquela sincronização que acontece de madrugada. Sem esse olhar, a troca vira surpresa. Conversa de adoção (gente e comunicação) Quinze minutos para planejar como as pessoas vão aprender o novo caminho. Não precisa manual de 40 páginas: um passo-a-passo de 1 página, com imagem, resolve muito. E um canal claro para dúvidas nos primeiros dias. Quatro conversas, pouco tempo, grandes riscos evitados. Decidindo o destino: manter, juntar, aposentar Com o mapa e o scoreboard prontos, a classificação deixa de ser “gosto ou não gosto”. Manter quando a solução move o indicador de negócio e entrega qualidade estável a um custo sensato. Juntar quando duas (ou mais) ferramentas entregam a mesma capacidade. Escolhe-se a mais simples, confiável e barata de operar; a outra vira rota de saída com as salvaguardas. Aposentar quando não há impacto claro, há ruído ou o custo não se justifica. Importante: “juntar” é uma decisão tão estratégica quanto “manter” . Não é empilhar. É convergir para um caminho único e melhor, com ensaio e plano de volta. Casos curtos com resultado Operação de campo: Muitos alertas, pouca ação Três sistemas diferentes avisavam sobre o mesmo evento. Havia duplicidade de scripts, dashboards e contatos. A decisão foi unir a monitoração em uma rota, com alertas priorizados por impacto. O NOC saiu do modo “apito” para “ação”: menos alarmes por turno, mais tempo aplicado em incidentes verdadeiros e redução de falhas que estouravam no horário crítico. Ninguém sentiu falta do “brilho” da ferramenta aposentada. Varejo: Abertura de chamado aparecia em duas telas Por histórico, conviviam duas formas de registrar problemas da loja. Cada uma tinha fila, regras e integrações próprias. Ao consolidar, a jornada do operador ficou uma só. Na prática: menos reenvio , menos “cadê meu ticket?” e uma visão de ponta a ponta que o gerente entendia. A TI parou de reconciliar planilhas; a loja parou de explicar o óbvio duas vezes. Energia: Dados duplicados, verdades diferentes Havia dois caminhos de ingestão para alimentar relatórios e previsões. A consolidação criou um pipeline com catálogo simples: nomes claros, dono visível e política mínima de qualidade. Acabou a discussão sobre “qual número é o certo”. Mais que economia em armazenamento, houve ganho de confiança — e isso decide reunião. Métricas que cabem no bolso Fuja de apresentações que começam com 20 índices. Seu scoreboard precisa falar de três coisas : Disponibilidade percebida por quem usa (parada que deixou de acontecer, lentidão que deixou de atrapalhar). Tempo de resolução do que é crítico (do pedido travado ao sistema que volta). Custo por capacidade , não por ferramenta (quanto custa manter uma loja monitorada? quanto custa tratar um chamado até fechar?). Conte a história com antes e depois e meia dúzia de números honestos. É isso que apoia a próxima decisão e fecha a conversa com o board. Erros que mantêm a pilha inchada (e como evitá-los) Trocar tudo de uma vez . Em ambientes críticos, isso não é coragem; é imprudência. Consolidação boa é por ondas pequenas , sempre com alternativa de volta. Decidir por preferência pessoal. Goste ou não, a régua é o indicador de negócio, não a marca. Ignorar contratos. Licenças, auditorias e bundles mudam o custo de verdade. Leia cedo, não depois. Esquecer treinamento. A troca dá errado quando o usuário não sabe o que fazer no dia seguinte. Um guia de bolso salva projetos. Não desligar de verdade. Deixar “só por garantia” é pagar duas vezes e manter ruído. Encerrar é parte da consolidação. Como comunicar sem travar: do executivo ao técnico A comunicação mata ou salva a consolidação. Para o executivo , mostre o scoreboard e diga o que mudou na vida do cliente/operador. Para quem opera , mostre o passo-a-passo com imagem e onde tirar dúvidas. Para quem decide junto , mostre o mapa de capacidades e como cada decisão passou pelos filtros. Evite o “powerpoint de encantamento”. Prefira a honestidade que dá segurança: “saímos de X ferramentas para Y nesta capacidade; a disponibilidade ficou igual ou melhor; economizamos tanto; o caminho novo é mais curto”. Cultura digital: quando a régua é clara, o ego perde força Sempre que a conversa escorregar para “eu prefiro tal marca”, puxe de volta para o sistema: capacidade, scoreboard, filtros, salvaguardas e política de saída . Essa disciplina tira o peso do gosto pessoal e protege a relação com o negócio. É assim que se mantém foco quando prazos são curtos e integrações são frágeis. Perguntas que destravam a próxima decisão Se eu fosse começar do zero, eu escolheria esse caminho ? O caminho novo é mais simples que o antigo? Qual evento real (parada, fila, perda) fica melhor com essa troca? Se der errado, como eu volto sem alarde? Daqui a seis meses, qual custo recorrente essa decisão evita? Se você tem respostas diretas, está pronto. Se não tem, falta trabalho — e é melhor descobrir agora do que no horário de pico. Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: Se sua empresa ainda usa planilhas para organizar dados, leia este texto agora! Sua empresa precisa gastar menos e operar melhor? Conte com a alocação de squads ágeis Quanto custa NÃO modernizar? Calculando o ROI de projetos core em empresas consolidadas Conclusão Consolidar fornecedores para 2026 não é pintar a casa; é reorganizar o guarda-roupa de forma que você encontre o que precisa no escuro, sob pressão, e saiba exatamente quanto custa manter tudo em ordem. É assim que a TI de empresas de setores consolidados — com times enxutos e metas grandes — vira motor de eficiência e inovação , sem prometer o que não consegue cumprir. O caminho não pede um calendário rígido. Pede um sistema simples, repetível e honesto : mapa de capacidades, scoreboard, filtros de decisão, salvaguardas de continuidade e política de depreciação responsável. Com isso, cada escolha é justificável, cada troca é mais segura e cada economia é real — aparece no resultado e alivia a rotina. “Menos ferramentas, mais resultado” não é um slogan; é um jeito de trabalhar. Quando a régua está clara, você decide melhor, gasta menos, para menos e entrega mais. E, no fim, é isso que o seu negócio precisa em 2026: uma TI que faz escolhas maduras, sem glamour e com impacto . Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
Por Romildo Burguez 24 de setembro de 2025
Você já viu essa cena. O técnico sai da base com pressa porque o alarme do ativo disparou. Na metade do caminho, a conexão cai. Ao chegar ao site, descobre que a falha era menos grave do que parecia — bastaria uma inspeção simples e uma reconfiguração que poderia ter sido orientada à distância. Sem as informações certas, a triagem foi imprecisa, a peça que veio no carro não era a ideal e a subestação ficou tempo demais esperando. Tudo isso custou horas paradas, deslocamentos desnecessários e uma fila de ordens de serviço que poderia ter sido menor. O que dói não é só a falha; é a espera . Este texto é um guia direto para CIOs, gerentes e coordenadores de TI que atuam em ambientes críticos, onde a transformação digital precisa ser responsável. A proposta é simples: mostrar como tomar decisões mais perto do ativo com IA na borda — ou seja, com processamento local — pode cortar a espera e transformar custo de parada em disponibilidade. Sem jargões. Sem promessas mágicas. Com prudência, respeito ao legado e foco em um piloto que se paga. O que, afinal, é “IA na borda”, e por que isso reduz espera? A ideia é colocar, no próprio site (subestação, parque eólico, planta), um “pacote” leve de inteligência capaz de classificar alarmes, sugerir prioridades e adiantar diagnósticos . Em vez de depender sempre de conexão com a nuvem para analisar dados, parte dessa análise acontece ali , do lado do ativo, com milissegundos a segundos de latência. Quando o link está instável, a operação não fica de mãos atadas: o sistema continua oferecendo recomendações locais, registra as decisões e, quando a conexão volta, sincroniza o histórico. Esse modelo não mexe no que é sagrado. Proteção e intertravamentos continuam mandando : tudo que envolve seletividade, tempo real duro e segurança fica onde sempre esteve — em relés e esquemas determinísticos. A IA entra como assistente para priorizar, filtrar ruído e antecipar sintomas , não para violar limites operacionais. Em português claro: ela ajuda a equipe a chegar mais rápido à ação certa , sem improviso e sem atalhos perigosos. Onde essa espera aparece, e quanto ela custa? Em operações de campo, a espera aparece em pequenos momentos que somados viram dinheiro. A primeira é a triagem imperfeita : quando o alarme dispara e ninguém consegue confirmar, com confiança, se é crítico ou só barulho. A equipe pega estrada para “ver de perto”. Se o caso não exigia deslocamento, perdemos tempo e combustível; se exigia, mas com outra peça, teremos de voltar. A segunda é a fila por autorização : o técnico está no site, mas precisa esperar a liberação da base. A terceira é a intermitência de link : a decisão simples fica pendurada porque o supervisory ou a aplicação na nuvem está fora de alcance. A quarta é a falta de contexto : dados existem, mas não estão organizados para responder à pergunta mais simples: “o que fazer agora, neste site, com este ativo?”. IA na borda ataca exatamente esses pontos: filtra falsas ocorrências , classifica o que é realmente urgente , sugere os próximos passos e funciona mesmo quando a conexão cai . Não é teoria: é prática aplicada à rotina — a cada ordem de serviço, a cada alarme, a cada deslocamento. Decidir perto do ativo, sem abrir mão da segurança Quando o assunto é operação crítica, a régua é alta. Por isso, a implementação correta segue um princípio: “Proteção comanda; IA sugere.” A proteção e o controle têm a palavra final sobre o que pode ou não pode acontecer no painel e no pátio. A IA fica responsável por: Separar sinal de ruído : reduzir a avalanche de alarmes que não levam a ação. Enxergar padrões : reconhecer, em vibração, temperatura, corrente e outros sinais, a formação de um problema. Propor uma prioridade : indicar que ordem de serviço merece ir para frente da fila e qual pode esperar a próxima janela. Oferecer roteiro prático : um checklist orientado por evidências, com fotos, leituras e passos simples para a equipe de campo. Nada disso substitui o que é determinístico. Em ativos com seletividade rígida, a IA não atua ; ela apenas recomenda . O resultado é um técnico que chega com as peças corretas , com a orientação certa e com log de evidências que facilita auditorias. “Treinamos no data center, ganhamos tempo na borda” Uma objeção comum é: “isso vai exigir trocar tudo ?”. Não. O caminho responsável respeita o parque instalado. Os modelos são treinados centralmente , onde há poder de processamento, e depois empacotados para rodar nos dispositivos de campo ou gateways que você já utiliza — desde que caibam no consumo e na temperatura previstos para aquele ambiente. As atualizações acontecem em janelas controladas , com assinatura de conteúdo e capacidade de rollback para a versão anterior se algo sair do esperado. Nada de “atualizar ao vivo” no meio de uma manobra. Do lado de dados, o segredo é mais organização do que tecnologia nova. É montar um dicionário simples dos pontos e eventos que interessam, para que a IA não se perca no significado de cada tag. O que sobe para a nuvem não é o mundo inteiro, mas resumos úteis : indicadores de funcionamento, estatísticas do modelo, amostras de sinais quando há algo a aprender. Treina-se com calma, implanta-se com prudência e colhe-se o ganho no lugar onde a espera acontece. Conectividade: autonomia quando a nuvem some Conexão ajuda, mas autonomia resolve. Em áreas remotas, não é realista depender 100% de backhaul. A arquitetura certa assume, de saída, que o link pode cair . Nesses momentos, o sistema local continua: classificando alarme, sugerindo prioridades, registrando decisões, e armazenando o que precisa ser sincronizado depois. Quando o sinal volta, a base recebe um histórico completo , como se o “diário de bordo” da subestação fosse fechado no fim do dia. Essa postura muda o jogo: não há pânico quando a conexão oscila, porque a operação não para e a inteligência não depende de uma chamada a cada segundo. Segurança e Conformidade O setor de Energia opera sob normas rigorosas por um excelente motivo. A IA na borda não é um convite para atalhos; ela é um meio de fortalecer a disciplina que você já tem. Isso significa isolar funções por zonas, manter credenciais sob controle, garantir que cada modelo carregado seja legítimo (com assinatura) e que exista registro imutável de qual versão deu qual recomendação e com base em quais dados. Em auditorias, essa trilha de evidências vira aliada: mostra disciplina, repetibilidade e critério. Se seu caso inclui imagens ou áudio para inspeções, privacidade precisa estar na mesa desde o primeiro dia. Dá para anonimizar, ofuscar rostos e trabalhar com recortes que preservam a finalidade sem expor pessoas. Não é burocracia: é o que separa soluções escaláveis de experimentos que morrem no jurídico. O piloto de 90 dias que paga a conta Em empresas com ambientes críticos e equipes de TI enxutas, o que mais atrapalha não é tecnologia — é escopo demais . O antídoto é um piloto cirúrgico, focado em um ativo com alta criticidade e dados já disponíveis . Pense num transformador de potência ou num aerogerador. O plano é simples e cabe em três fases. Fase 1: Preparar o terreno (semanas 1 a 3). Converse com operação e confiabilidade para escolher o ativo e listar três problemas que mais geram espera. Reúna sinais que já existem, defina como será o checklist no site e combine como os técnicos vão registrar o passo a passo. Ajuste o “pacote” que vai rodar localmente, respeitando consumo e temperatura do equipamento onde será instalado. Feche com a proteção o que é linha vermelha : onde a IA só sugere e onde não toca. Defina também como será o log assinado para auditoria. Fase 2: Rodar e observar (semanas 4 a 8). Coloque a solução em operação num site e monitore sem ansiedade. O objetivo não é provar genialidade, é cortar espera . Repare em quantas ordens de serviço exigiram retorno à base, quanto tempo se perdeu antes da ação e quantos alarmes foram rebaixados por serem ruído. Verifique como o sistema se comporta quando o link oscila. Colete relatos do time de campo: a recomendação ajudou? o checklist foi claro? a peça era a certa? Fase 3: Fechar as contas (semanas 9 a 12). Com quatro a oito semanas de dados, você já consegue comparar. Quanto tempo de site parado foi evitado? Quantos deslocamentos deixaram de acontecer? Quanto mais rápido foi o reparo quando a triagem foi feita localmente? Esses números contam uma história que faz sentido para o financeiro: hora parada multiplicada pela quantidade de eventos evita discussões intermináveis sobre “efeito de tecnologia”. É comum ver ganhos como redução de tempo de reparo em ordens padrão, diminuição de deslocamentos desnecessários por triagem melhor e aumento de disponibilidade em ativos críticos quando sintomas são pegos cedo. Não são promessas; são resultados prováveis quando o problema está bem definido e o escopo não estoura. Casos curtos que ilustram o caminho Imagine uma distribuidora com muitos alarmes “barulhentos” em horários de pico. Ao colocar uma camada local que classifica eventos e sugere prioridades, o centro de operação passou a despachar equipes para os locais que realmente precisavam de intervenção. Não foi necessário trocar relé nem mexer em proteção: a inteligência filtrou o que não merecia deslocamento e levou ao topo da fila o que não podia esperar. Em poucas semanas, o indicador de continuidade começou a reagir, e a equipe no campo relatou menos idas “para conferir”. Em uma usina eólica , a leitura de vibração e temperatura de alguns componentes ajudou a agendar inspeções antes que uma falha parasse toda a máquina. A IA, rodando no próprio parque, olhou para padrões que o humano não vê de relance e, em vez de soar um alarme apocalíptico, sugeriu um ajuste simples na próxima janela. A manutenção ficou mais barata e menos emergencial . Numa subestação de transmissão , a autonomia foi a chave. A conexão com a base oscilava em dias de tempo severo, e justamente nessas horas a classificação de eventos ficava mais importante. A solução local não travou ; seguiu orientando o operador com base nos dados que chegavam, e registrou tudo para a sincronização posterior. No retorno do link, a base recebeu um histórico completo, como se tivesse acompanhado tudo em tempo real. O que você realmente precisa ter para começar Não é um arsenal. Você precisa de um ativo para focar, sinais que já mede (ou que possa medir com facilidade), um inventário do que roda na borda para saber onde o pacote vai ficar, e acordo entre operação, proteção e TI sobre as linhas vermelhas. Precisa também de métricas fáceis de explicar : tempo parado por evento, tempo até começar a intervir, quantidade de deslocamentos que foram evitados porque uma recomendação clara resolveu sem ir ao site. Se essas medidas não estão à mão hoje, comece por colocá-las no papel: é isso que transforma opinião em gestão. Como funciona para CIOs ou gerente de TI Em uma empresa consolidada, seu papel não é colecionar tecnologias, é criar eficiência onde dói . IA na borda conversa com essa expectativa porque não exige um exército , respeita o legado e entrega valor em semanas , desde que o problema seja bem recortado. Você não precisa “virar uma empresa de software” para colher esse resultado. Precisa alinhar poucas áreas, aceitar a disciplina de logs e versões e escolher um pedaço pequeno de operação para provar a tese. O resto vem por gravidade, à medida que o time enxerga os ganhos e pede para expandir. Sem glamour, com método É tentador falar de plataformas, arquiteturas e nomes complicados. Mas cortar espera não precisa de brilho; precisa de método. Mapear onde o tempo escorre, decidir o que pode ser analisado localmente, dar autonomia quando o link cai e manter a segurança como prioridade. Treinar no data center, ganhar tempo na borda . Registrar tudo, para que auditorias e lições aprendidas sejam parte do processo, não um fardo. No fim do dia, o que a operação quer é previsibilidade . Saber que, se um alarme disparar, alguém — humano ou software — vai rapidamente separar o ruído do que é urgente. Que o técnico não vai atravessar a cidade para descobrir que faltava uma arruela. Que a equipe terá um roteiro simples para agir e um log confiável para justificar o que foi feito. E que, na próxima reunião com o financeiro, haverá números que mostram menos horas paradas e menos deslocamentos por causa de uma triagem mais inteligente . Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: Por que 90% das empresas ainda não estão prontas para utilizar IA? Menos retrabalho, mais previsibilidade: o fluxo de IA que se cuida sozinho Sistemas Core: Como projetos estruturantes transformam a eficiência operacional Conclusão Em ambientes críticos, “fazer rápido” não pode significar “fazer de qualquer jeito”. Zero espera não é um gesto de ousadia; é o resultado de mover a inteligência para perto do ativo com responsabilidade. A IA na borda não substitui o que a engenharia de proteção construiu ao longo de décadas. Ela complementa , filtra , prioriza e orienta . Quando a conversa sai do hype e entra no campo, o que aparece é o óbvio que costuma faltar: decisão com contexto, na hora certa, no lugar certo . Comece pequeno, com um ativo. Ajuste o pacote que vai rodar localmente. Combine as regras com proteção e segurança. Ouça o time de campo. Meça o que interessa. Em 90 dias, você terá uma história simples de contar: menos espera, menos custo, mais disponibilidade — sem precisar desmontar seu parque, sem depender 100% de um link perfeito, e com um caminho claro para escalar. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .