Outsourcing de squads: entenda o que são squads, seus benefícios e como levar a solução à sua empresa.

Wagner Hörlle • September 15, 2021

A tecnologia vem avançando rapidamente e hoje já podemos fazer previsões com alto grau de precisão. Ainda assim, no mundo dinâmico em que vivemos, a única certeza que podemos ter é que tudo pode e vai mudar. E as empresas precisam estar preparadas para responder rapidamente a estas mudanças.

É nesse contexto que as organizações vêm buscando ferramentas, metodologias e modelos de trabalho que permitam lidar com o atual mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo.

Neste artigo, vamos falar sobre uma dessas metodologias, baseada na agilidade, que foi popularizada pelas principais empresas de tecnologia do mundo e hoje já ganha espaço em companhias de todos os setores e áreas de atuação: os squads .

Detalhamos aqui tudo que você precisa saber sobre os squads, como eles surgiram, suas vantagens e como fazer para implementá-los na sua empresa.

Vamos lá?

O que são squads?

Os squads são times de desenvolvimento autogerenciáveis, multifuncionais, de tamanho reduzido, composto por profissionais que trabalham em conjunto para resolver problemas de negócio e entregar valor.

Os squads foram criados para funcionar como mini-startups. Isso quer dizer que cada grupo de cerca de 10 pessoas deve conter todas as expertises necessárias para cumprir sua missão. A equipe trabalha em torno de um objetivo específico e, por conter especialistas em diversas áreas, consegue ter uma visão completa do que precisa ser desenvolvido.

Squads são como bandas: cada membro é muito bom uma coisa, mas, para entregar um produto de qualidade, precisam trabalhar juntos em total sincronia.

Se você já ouviu falar sobre o manifesto ágil e as metodologias empregadas para transformar a mentalidade ágil em um produto entregável, provavelmente está se perguntando: o que tem de novo nisso?

Sim, os squads adotam muito do que já é praticado no scrum desde os anos 1990, mas a metodologia trouxe consigo um importante diferencial: a capacidade de escalar a agilidade.

Veja como o Spotify ajudou a popularizar os squads

O modelo de trabalho baseado em squads foi popularizado pelo Spotify – sim, o streaming de música mais famoso do mundo – que viu seu negócio crescer muito em pouco tempo. A consequência do crescimento acelerado foi o grande desafio de lidar com muitas equipes de desenvolvimento ao mesmo tempo.

Rapidamente, a empresa viu sua estrutura ficar maior e mais complexa e logo observou que, se não buscasse uma forma de trabalhar que alinhasse liberdade de criação e velocidade de resposta, seria muito difícil continuar no mesmo ritmo. E assim foram criados os squads.

Eles deram tão certo que, em 2012, a empresa apresentou seu modelo de trabalho ao mundo. Desde então, vem sendo adotado não só por companhias da área de tecnologia, mas também por organizações de outros setores, que vêm adaptando seu modelo tradicional para incorporar entrega de valor, velocidade e qualidade.

Qual o motivo do sucesso dos squads?

Os squads aliam o que há de mais importante para o crescimento de uma empresa no mercado atual: escalabilidade, alinhamento entre técnica e pessoas, desenvolvimento rápido, entrega contínua e satisfação do cliente.

O modelo de squad permite que as empresas trabalhem com inúmeros times de desenvolvimento ao mesmo tempo, sem que um trave o avanço do outro. Essa é a base de um negócio escalável.

Com o desenvolvimento rápido, proporcionado por uma cultura de confiança, os times conseguem criar, testar, obter feedback e avaliar o produto. Nesse processo, os squads podem se adaptar às reais necessidades do mercado e entregar produtos muito mais alinhados às expectativas do cliente.

Como implantar squads na minha empresa?

O primeiro passo para montar um bom squad é entender que não basta ter um grupo de especialistas unido em prol de um objetivo comum. A técnica é importante, mas os grupos não conseguirão alcançar o seu potencial se a cultura da empresa não acompanhar o novo modelo de trabalho – e esse é um problema muito comum, que gera bastante frustração com a equipe e com a metodologia.

Atuar em squad exige alinhamento da cultura da empresa com a mentalidade ágil – e isso quer dizer que:

  • A liderança e a estratégia precisam estar bem alinhadas com o objetivo do squad;
  • A transparência deve ser um valor a ser reforçado todo dia;
  • A comunicação e a colaboração precisam ser prioridades dentro e fora dos squads;
  • Os squads precisam ter liberdade de criar, testar, errar, se adaptar continuamente e isso requer confiança. 

Agora que você já conhece a importância da cultura para o sucesso da agilidade e do modelo de squad, é preciso avaliar a melhor forma de torná-los uma realidade na sua empresa.

Ao montar squads in house, é preciso considerar não só o investimento financeiro, mas também a fase de recrutamento, seleção e desenvolvimento de cada membro etc. – o não é uma tarefa fácil, especialmente para empresas que surgiram a partir de um modelo tradicional e estão começando a entrar no mundo da agilidade.

Existe ainda a opção de fazer o outsourcing de squads , terceirizando o trabalho para uma consultoria especializada, que já tem mais experiência com desenvolvimento ágil e poderá criar times personalizados para atender às necessidades especificadas da sua empresa.

Quando fazer o outsourcing de squads?

Todo processo de desenvolvimento parte do princípio de que existe um problema complexo a ser resolvido. Se você olha para um problema e, com as informações que tem no início do processo, não consegue prever todas as variáveis, é hora de buscar soluções fora do modelo tradicional.

O trabalho em squads é uma dessas soluções, baseada na agilidade, que pode contribuir muito para alavancar o seu negócio. Mas, para isso, é importante ter profissionais capacitados e experientes trabalhando no seu time.

A terceirização, nesse caso, pode ser a melhor saída para a geração de bons resultados em um curto espaço de tempo. Com o outsourcing de squads, você garante que a equipe que irá trabalhar no desenvolvimento e gestão de produtos vai conseguir tirar o máximo proveito da agilidade.

As vantagens do outsourcing de squads

A terceirização de squads pode trazer um ganho representativo à sua empresa ao delegar a equipes altamente especializadas o trabalho de desenvolver soluções rápidas, alinhadas aos seus objetivos de negócio e às necessidades do seu cliente. Tudo isso sem precisar se preocupar com burocracias de contratação e capacitação de pessoas.

Conheça as principais vantagens desse modelo a seguir.

Rapidez e produtividade alinhados à qualidade

No modelo tradicional de gestão de projetos , o time começa com uma ideia do que quer desenvolver, planeja prazos, custos e demais recursos e, ao final, entrega algo pronto. O problema com esse modelo é que, muitas vezes, a ideia inicial não é necessariamente o que o usuário final quer ou precisa. E a empresa só percebe isso após meses de trabalho.

No modelo ágil, com o trabalho sendo executado por uma equipe experiente, já se assume que a ideia inicial não é obrigatoriamente o que será entregue no final. Com isso em mente, os times dividem o trabalho de forma a realizar entregas curtas, que são testadas, validadas e adaptadas de acordo com o feedback do cliente. Esse processo é feito continuamente, em menos tempo, e garante que o que está sendo entregue é o que o cliente realmente precisa.

O ganho em produtividade no modelo ágil de desenvolvimento, então, é muito grande. Com os ciclos curtos e obtenção de feedback, os squads conseguem aprender mais e melhor, errar rápido se for o caso e, mais importante, evitar o desperdício de tempo e dinheiro.

Melhoria contínua

Melhoria contínua nada mais é do que estar em constante aperfeiçoamento. A prática permite a redução de desperdícios, o melhor aproveitamento do tempo e a entrega de produtos de qualidade. Mas fazer isso tudo na teoria é muito mais simples do que na prática.

Primeiro, é preciso entender o que é o melhor. é o que o gestor da empresa quer? É o que o squad acha que o cliente deseja? Você já deve ter percebido que a resposta para estas perguntas é “não”. 

A melhoria contínua precisa ser baseada em um dos valores básicos da agilidade: a capacidade de responder às mudanças de forma rápida. E, para ser realmente adaptável, o time precisa estar totalmente alinhado e capacitado a desenvolver soluções a partir dos feedbacks coletados na fase de testes.

A satisfação do cliente é fundamental para uma estratégia de sucesso. Acontece que muitas vezes o cliente não sabe exatamente o que quer – mas um bom time é capaz de desenvolver, testar, analisar dados de testes e trabalhar continuamente em melhorias que vão garantir o sucesso do produto.

Colaboração e engajamento entre as equipes

A própria definição de cultura ágil incentiva a colaboração e o engajamento entre as equipes. Para que os ciclos de entrega funcionem de maneira eficiente, os squads precisam de alinhamento contínuo e comunicação efetiva.

Como a responsabilidade pelo desenvolvimento e entrega do produto é do squad, um grupo pequeno com liberdade para tomar decisões, todos se esforçam para construir um ambiente de colaboração, em que um ajuda o outro, independente da sua função específica.

Essa dinâmica cria equipes que valorizam a confiança, a contribuição, a comunicação e o entrosamento, sempre em busca da melhor entrega de valor. Em termos práticos, o resultado é uma equipe que interage bem entre si, tem um forte senso de compromisso com o trabalho e busca sempre entregar os melhores resultados.

Autonomia para tomada de decisão

O conceito de autonomia para tomada de decisão no modelo de squad pode até mesmo soar estranho para quem está acostumado com o modelo tradicional de trabalho. Em muitas empresas, é impensável deixar que um grupo tome decisões importantes sem antes passar por um gerente, diretor ou CEO.

Na cultura ágil, por outro lado, parte-se da premissa de que ninguém pode saber tudo sobre algo – nem o CEO, nem o diretor, nem o gerente. E quem pode tomar as melhores decisões são exatamente as pessoas que estão diariamente trabalhando naquele produto e conhecem a fundo todos os detalhes sobre ele: os membros do squad.

No contexto do desenvolvimento de produtos, a autonomia confere aos profissionais maior empoderamento e a sensação de que suas contribuições realmente são importantes. Entretanto, vale ressaltar que todo o trabalho do squad é alinhado com os objetivos estratégicos da empresa. Tendo esta base firmada, os grupos conseguem trabalhar em conjunto para atingir um objetivo específico.

Times orientados à entrega de valor

Independente da metodologia utilizada, ou do nome que os profissionais recebem, os squads costumam ter duas figuras importantes: uma responsável por garantir que todo o processo vai funcionar de maneira correta, eficiente e produtiva e outra que vai apoiar constantemente o time, organizando as prioridades e facilitando seu trabalho.

A combinação entre esses esforços, o time de desenvolvimento e uma cultura baseada em autonomia, troca, colaboração, experimentação e inovação, cria o cenário perfeito para que os squads sejam sempre desafiados a entregar a melhor proposta de valor.

Retorno sobre o investimento (ROI)

Ao implantar a metodologia de squads, é preciso levar em consideração o investimento em cultura, recrutamento e seleção, capacitação e desenvolvimento, entre outros. E é por isso que a melhor solução para a sua empresa pode estar no outsourcing de squads. 

Uma equipe especializada está muito mais apta a entender os objetivos de negócio e transformar ideias em entregáveis que vão atender às reais necessidades dos clientes.

Com conhecimentos técnicos, experiência comprovada em metodologias ágeis e um olhar de fora sobre o negócio, os squads terceirizados são alternativas poderosas para empresas que estão entrando agora no mundo da agilidade.

Agora que você já entendeu o que são squads, viu quais são as principais vantagens de implantar esse modelo de trabalho e terceirizar o serviço a equipes especializadas, é o momento de avaliar a realidade da sua empresa.

Você precisa de soluções rápidas, inovadoras, que geram resultados positivos para o negócio? Percebe a urgência de acompanhar as demandas de um mercado cada vez mais volátil e complexo? Não sabe bem como e por onde começar a adotar um modelo de trabalho que possibilite à companhia entregar exatamente o que o cliente precisa com qualidade e velocidade?

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Curva da Demanda por BI: da Pandemia à Maturidade dos Dados
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A IA pode ajudar a transformar rascunhos em textos mais claros, sugerir estrutura, padronizar linguagem e identificar lacunas. O segredo é simples: ela não “autoriza”; ela ajuda a escrever. Quem valida é o time. Triagem de demandas e classificação de tickets Antes de automatizar respostas, você pode automatizar organização. Classificar tipos de solicitação, identificar urgência, sugerir responsáveis, apontar provável causa. Isso reduz caos na fila e melhora tempo de resposta sem mexer diretamente em sistemas sensíveis. Base de conhecimento interna com curadoria Em operações corridas, perguntas se repetem: como liberar acesso, como abrir chamado, como registrar incidente, como seguir um procedimento. A IA pode facilitar busca e resposta usando conteúdos aprovados, desde que haja controle de acesso e curadoria. Aqui, o “seguro” não é a tecnologia — é a disciplina de manter a base confiável. Apoio ao comercial e ao atendimento com limites claros A IA pode ajudar a estruturar propostas, organizar argumentos, adaptar linguagem. Mas o limite precisa ser inegociável: não alimentar a IA com informações confidenciais ou dados de clientes sem política definida. Dá para fazer bem com modelos prontos e um padrão de conteúdo. Identificação de padrões de retrabalho e gargalos, usando dados não sensíveis Às vezes, o problema não está no “fazer”. Está no “refazer”. A IA pode ajudar a enxergar recorrências: onde mais dá erro, onde mais volta, onde mais trava. Isso orienta melhorias de processo que liberam tempo real. Veja o ponto comum entre todos esses usos: eles começam melhorando comunicação, organização e consistência — sem pedir que você reconstrua o mundo, nem jogue risco para debaixo do tapete. 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Se acesso é frouxo, a IA apenas acelera o aperto. Registro do uso em áreas sensíveis Não precisa ser um tribunal. Precisa ser rastreável. Quando algo der errado, você precisa conseguir entender o caminho: o que foi feito, por quem e com qual objetivo. Isso protege a empresa e também protege as pessoas. Revisão humana em pontos críticos Em áreas sensíveis, a IA não pode ser “quem decide”. Ela pode sugerir. Ela pode resumir. Ela pode organizar. Mas decisões que afetam cliente, segurança, risco ou compliance precisam de validação. Isso é maturidade, não desconfiança. O resultado dessa governança leve é simples: você cria segurança para a adoção crescer sem virar “terra de ninguém” — o que costuma acontecer quando a empresa tenta ser moderna… mas esquece que modernidade sem disciplina vira acidente. Legado e integrações frágeis: como evoluir sem quebrar a operação Em ambientes críticos, o legado não é um vilão. Ele é o que mantém a empresa trabalhando. O problema é tratar esse legado como se fosse um aplicativo novo, pronto para integrações perfeitas e mudanças rápidas. Aqui, o caminho mais responsável é reduzir acoplamento. Ou seja: antes de conectar IA diretamente em sistemas críticos, você começa com etapas mais “externas” e controladas. Você melhora a entrada, a organização e a qualidade do que chega no sistema — e só depois mexe no sistema. Pense como uma reforma com a casa em pé: primeiro, você arruma o fluxo, tira o entulho, melhora o acesso, organiza ferramentas, padroniza procedimentos. Só depois você quebra a parede. Uma boa regra prática é: quanto mais crítico o sistema, mais controlada precisa ser a automação . Isso não é medo; é engenharia de confiança. Você pode acelerar o que está antes e depois do sistema sem tocar no coração do legado no primeiro movimento. ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
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