O que um bom programa para controle de vendas precisa ter?

Wagner Hörlle • March 20, 2021

A transformação digital trouxe uma excelente oportunidade para as empresas utilizarem a tecnolog ia. Assim, as organizações podem agilizar suas operações e ter mais praticidade, eficiência, produtividade e lucratividade.

Um dos setores que mais se beneficiou é o de vendas, com sistemas de gerenciamento que foram desenvolvidos exclusivamente para a área e trazem funções primordiais à fluidez das operações. O controle de vendas gerencia e fiscaliza todas as movimentações de uma empresa, permitindo ao gestor avaliar seu desempenho.

Mas a pergunta que não quer calar é: como escolher um bom programa de controle de vendas? Quais funções ele precisa ter? Para ajudar você nessa missão, preparamos o conteúdo a seguir. Continue a leitura e faça a melhor escolha de software para esse setor tão importante!

Qual é a importância do controle de vendas?

Antes de falarmos diretamente sobre o programa, vamos entender a importância de um bom controle de vendas para o sucesso de qualquer negócio.

Não importa se a sua empresa é prestadora de serviços ou um comércio: a saúde financeira de uma corporação está diretamente ligada às vendas. São elas que possibilitam a entrada de recursos no caixa.

Então, podemos dizer que o controle de vendas requer cuidar bem e fiscalizar a porta de entrada para os lucros. Além disso, há uma série de benefícios proporcionados, os quais veremos a seguir. Acompanhe!

Planejamento a longo prazo

Se o gestor conseguir alinhar o controle de vendas com o de estoque, por exemplo, identificará os produtos que têm mais ou menos saída. Assim, fica mais fácil planejar as compras principalmente em empresas que trabalham com sazonalidades, ou seja, que precisam controlar a aquisição de produtos específicos de acordo com cada época do ano.

Esse controle do histórico de vendas ajudará também outros setores. Um deles é o de atendimento, que poderá preparar melhor os profissionais para vender o produto ou serviço específico, com mais informações.

Em uma loja física, essa análise prévia permite realocar funcionários aos departamentos de maior demanda, além de planejar a estruturação do layout do estabelecimento e das vitrines.

Maior controle financeiro

Um dos grandes problemas de pequenas e médias empresas é manter o controle financeiro. Além de não misturar o dinheiro pessoal com o faturamento do negócio, outra maneira de garantir uma boa saúde financeira é controlando as vendas.

Assim, o gestor terá uma visão mais ampla do funcionamento do fluxo de caixa em cada época, deixando a área financeira sempre em dia e facilitando os trâmites fiscais do negócio.

Mais argumentos para negociar com os fornecedores

O controle de vendas e o volume permitem argumentar, com base em dados sólidos, com os fornecedores. Como falamos, isso possibilita a identificação de sazonalidades.

Nesse cenário, o gestor pode antecipar os pedidos ao fornecedor, evitando perdas de vendas por falta de produtos. Imagine só um supermercado ficar, em pleno natal, sem as comidas típicas da época (como peru, chester, tender, vinhos e frutas)?

Certamente, haverá enormes prejuízos e a perda de uma fatia enorme de clientes para a concorrência. Essa capacidade preventiva, junto ao volume de vendas, permitirá ao gestor negociar descontos e facilidades para o pagamento.

Por que ter um programa para fazer o controle de vendas?

Agora que você já entendeu a importância de um bom controle de vendas, vamos mostrar por que ter um programa para auxiliar nessa atividade, quais são suas vantagens e como fazer uma boa escolha.

Ao utilizar um software especializado, com a centralização dos dados, é possível avaliar métricas de forma automática e emitir relatórios para fazer projeções, corrigir erros e tomar decisões mais embasadas.

Portanto, contar com um programa de controle de vendas é obrigação para as empresas que pretendem se manter vivas em um mercado cada vez mais competitivo. Utilizar o controle manual nos dias atuais faz com que o negócio fique parado no tempo.

Como escolher o sistema ideal para minha empresa?

Vamos a um dos grandes dilemas dos gestores: o que analisar na hora de escolher o melhor programa de controle de vendas para a empresa? Confira nossas dicas abaixo!

Faça um mapeamento do seu processo de vendas

Antes de contratar um software de vendas, faça uma avaliação detalhada do processo de vendas na empresa. Analise como o cliente chegou até você e de que forma ele mantém contato, por exemplo.

Entender os principais pontos de contato com o consumidor é a primeira etapa para saber qual sistema adquirir. Assim, o gestor vai optar por uma solução que facilite o tipo de abordagem mais adequado — telefone, e-mail, chat ou redes sociais, entre outros.

Como ocorrem a negociação e a apresentação do produto (via e-mail, telefone ou loja física)? De que modo a empresa envia as propostas comerciais aos clientes? Como os negócios são fechados? Ao responder a cada uma dessas questões, você vai reunindo informações que darão base para o mapeamento.

Outra parte importante desse processo é a definição das maneiras de fechamento das vendas, incluindo as formas de pagamento e a possibilidade de parcelamento, além dos descontos e acréscimos. Já a última fase envolve a organização das entregas — por data, local ou cliente.

Entenda como o controle de vendas se adapta ao seu método de trabalho

Você quer um software para facilitar os processos, não é mesmo? Então, é importante que o sistema escolhido não traga mais entraves, criando burocracias desnecessárias e capazes de atrapalhar o andamento do trabalho.

Existem empresas que vendem em pontos físicos, aquelas que trabalham a partir de escritórios e outras com forte presença online. Todas vendem, mas apresentam dinâmicas diferentes e necessitam de softwares que supram essas demandas.

O programa de controle de vendas deve atender a todas as etapas, indo desde o primeiro contato até a entrega. Quando falamos de praticidade, é impossível não pensarmos em mobilidade. Esse recurso será importante independentemente do modelo de vendas adotado.

Poder acessar o sistema de qualquer local e por múltiplos dispositivos desburocratiza o trabalho do vendedor. Como resultado, ele conquistará mais clientes e estará apto para responder aos consumidores a qualquer momento.

Opte por um programa proporcional ao tamanho da sua empresa

Antes da popularização da computação em nuvem, os programas eram vendidos por licenças e de forma estática. Isso significa que, em muito dos casos, os gestores eram obrigados a pagar por funcionalidades que não faziam a menor diferença em suas operações.

Hoje em dia, é possível contratar um sistema por meio de assinaturas, pagando um plano de acordo com os recursos de que você realmente precisa. A computação em nuvem facilitou também a vida dos desenvolvedores, que podem vender programas sob medida por um preço justo para as empresas .

Trata-se de uma boa oportunidade para que você adquira um software 100% alinhado ao negócio.

Verifique a credibilidade da companhia que desenvolveu o programa

Por mais que você tenha gostado do preço e das funcionalidades de um programa de controle de vendas, fique atento à credibilidade da companhia que desenvolveu a aplicação.

Faça uma avaliação gratuita e tente entrar em contato com outros clientes. Procure saber como é o suporte, a política de cancelamento, o modelo de SLA e o que mais for necessário para evitar dores de cabeça após o fechamento do negócio.

Quais funcionalidades são essenciais?

Agora que já sabemos a importância do controle de vendas e do uso de um programa para isso, vamos entender melhor quais são as funcionalidades essenciais que um bom software deve ter. Acompanhe!

Agilidade e personalização

Um atendimento de qualidade é primordial para a fidelização dos clientes — e isso se dá com agilidade e personalização. O software de vendas ideal é aquele que centraliza o histórico dos clientes, permitindo que os membros da equipe tenham um acesso facilitado às informações.

Assim, fica mais prático indicar outros produtos com base em compras anteriores e agilizar o processo, evitando perguntar dados repetitivos e solicitar o preenchimento de formulários a cada compra.

Um dos grandes erros que muitas empresas cometem é achar que o processo de venda termina quando o cliente adquire o produto. Elas focam o tempo todo em prospecção e se esquecem de que um consumidor satisfeito continua a se relacionar com a marca e faz publicidades espontâneas.

Trata-se de uma chance para a empresa garantir receita recorrente e divulgação (que, em tempos de redes sociais, pode atingir centenas de pessoas). Portanto, é muito importante que seja criada uma cultura de valorização do pós-venda, sendo que o programa de controle deve ajudar nesse sentido.

Somente assim será possível realizar um up-selling — quando o vendedor consegue agregar mais funcionalidades a um produto ou serviço. Há também a oportunidade de fazer o cross-selling, que consiste em nada mais do que conseguir vender um serviço que complementa o já adquirido.

Comunicação interna entre a equipe

É fundamental que o programa escolhido amplie a capacidade de comunicação da equipe de vendas. Isso significa que ele precisa trazer funcionalidades como as que veremos a seguir.

Deve-se possibilitar a criação de alertas programáveis, para avisar quando houver uma reunião ou se for estabelecido um deadline específico. Um bom sistema é aquele que envia lembretes a toda a equipe, via e-mail, notificações no app do smartphone ou pelo próprio sistema.

O programa também deve oferecer a visualização das tarefas em formato de calendário, possibilitando que todos os membros da equipe enxerguem as atividades e o andamento de cada uma delas. Temos mais facilidade de entender aquilo que conseguimos visualizar, certo?

A centralização dos e-mails trocados entre vendedores e clientes é outro aspecto importante. Esse cuidado evita o extravio de informações que podem ser utilizadas no pós-venda ou caso ocorra alguma inconsistência na comunicação, agilizando o processo.

Fácil visualização de negócios em fechamento

Um bom software de gestão é aquele que automatiza os processos burocráticos que tomariam tempo produtivo da equipe, com a estruturação dos dados em formato de métricas e relatórios. Isso é primordial para que o gestor consiga avaliar o andamento dos processos e a atuação da equipe.

Assim, será possível criar planos de ação para melhorar o atendimento e investir nos processos que estão tendo mais sucesso. Quanto mais refinada for essa avaliação, maior será a taxa de conversão. É no último passo da jornada de compra que é tomada a decisão do fechamento, por isso a avaliação dessa etapa se faz tão importante.

Ampla análise dos resultados dos negócios

Quando falamos que um bom programa deve ir muito além das funcionalidades triviais, na verdade estamos querendo dizer que ele precisa agregar valor ao negócio como um todo.

Isso inclui ferramentas que ajudem na análise detalhada de métricas relacionadas ao core business, como analisar a performance individual e coletiva, fazer projeções ou indicar melhorias. Um bom software de controle pode auxiliar na gestão da empresa com indicadores importantíssimos.

Taxas de conversão

A conversão de leads (potenciais clientes) é primordial para a saúde financeira de um negócio. Monitorar as taxas de conversão durante o processo é importante para identificar se os leads que a empresa está atraindo são qualificados ou não. Somente com uma avaliação será possível detectar a melhor estratégia para aumentar essa conversão.

Ticket médio

O valor médio que cada cliente gasta na empresa é uma métrica importante para avaliar o que impede as pessoas de comprarem um volume maior. Muitas vezes, o problema está mais em não conseguir aumentar o ticket médio do que na prospecção de novos consumidores — e isso deve ser avaliado.

Custo de aquisição do cliente

Essa métrica complementa o ticket médio. Será que você não está gastando muito para atrair um consumidor? Os esforços para a captação não são maiores do que o lucro? Se o programa de controle de vendas traz essa métrica, facilita muito a vida do gestor no entendimento do custo de aquisição do cliente.

Um programa de controle de vendas potencializa a execução desse processo que é tão importante para a existência de qualquer empresa. Com essa solução, a equipe aumentará a produtividade, seus clientes serão bem atendidos e o gestor poderá tomar decisões baseadas em dados sólidos.

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ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
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