Lean Inception: Quando fazer? Qual o momento certo para aplicar esta estratégia?

Wagner Hörlle • November 23, 2021

Muitas vezes a pergunta mais importante não é:

❌”qual ferramenta/método usar?”

A pergunta mais eficaz para te ajudar a ter o melhor resultado possível, grande partes das vezes, deverá ser:

✅“quando usar?”

Durante o processo de desenvolvimento de um produto, ele passará por diferentes etapas, cada uma com características e necessidades particulares.

Existem diversos métodos e ferramentas que podem até funcionar em diferentes situações — nem de longe a solução ideal, mas funciona.

Como se você precisasse aparafusar a base de um espelho na parede…

É possível colocar um parafuso na parede batendo nele com um martelo. Mas, além de correr o risco de causar um estrago no processo, por não ter sido fixado da maneira correta, o parafuso pode ficar frouxo e cair depois do espelho fixado — quem quer arriscar 7 anos de azar?

Mas, qual a relação disso com Lean Inception?

A Lean Inception é um poderoso método para diminuir os riscos e ajudar a direcionar, de forma certeira, a criação de um produto de sucesso.

Mas, para que você consiga aproveitar o potencial máximo desta metodologia, é muito importante que saiba o momento certo de aplicá-la.

Para te ajudar nessa tarefa, vamos aprofundar ao máximo neste artigo.

Vamos aprender sobre Lean Inception, quando utilizá-la e como fazer isso da maneira correta.

O que é Lean Inception?

Em primeiro lugar, vamos conhecer um pouco mais sobre a metodologia em si.

Lean Inception é uma metodologia criada por Paulo Caroli, a partir dos conceitos do Lean Startup e técnicas de Design Thinking. Tendo também como influência no seu desenvolvimento, o método ágil RUP (Rational Unified Process).

Quando utilizada da forma certa e no momento adequado, ela é a metodologia ideal para ajudar a diminuir os riscos e aumentar o nível de assertividade de seus produtos.

Tudo isso enquanto acelera o tempo necessário para lançamento do produto e diminui os custos, uma vez que ele evita que seja criado um sistema complexo desnecessário, que acabará tendo mais da metade de suas funcionalidades não utilizadas pelo público.

Esta metodologia se pauta na formação de workshops colaborativos — as Inceptions —  feitos entre pessoas de diversas áreas relacionadas no desenvolvimento do produto. Como, por exemplo:

  • Os stakeholders;
  • desenvolvedores;
  • gerentes de projetos (GP);
  • UX designers.

Você pode entender Lean Inception como uma metodologia que tem por objetivo realizar uma coisa muito simples:

Acelerar a criação de um produto ou serviço, para que seus usuários possam experimentá-lo.

Nestas Inceptions são organizadas e realizadas algumas atividades específicas e organizadas, em um período curto (5 dias), com foco no desenho do MVP. E apenas após isso começaremos a pensar no produto final!

É exatamente neste ponto que deverá ser focada a sua atenção, para entender se está no momento de fazer a Lean Inception ou não.

MVP

É em torno dele que gira toda a atenção do Lean Inception: o MVP — Minimum Viable Product.

Cada atividade, feita em cada dia da inception, é feita com o objetivo de tornar possível o desenho do Canvas do MVP.

O que é?

O MVP, na sua concepção mais ampla, se refere a versão mais básica de um produto. Esta versão é usada como principal ferramenta na validação das premissas e/ou expectativas colocadas no produto.

Um dos grandes problemas de lançamentos de produtos completos — que pulam a etapa do MVP — é o grande número de funcionalidades que acabam sendo ignoradas pelo usuário.

No MVP são definidas não apenas quais as funcionalidades são essenciais para o lançamento do produto em sua forma mais básica, mas também para qual público este produto deve ser lançado primeiro.

Então, são feitas análises a partir dos feedbacks feitos pelos próprios usuários e de dados coletados no decorrer do uso daquele produto, para responder de forma mais realista e segura possível questões como:

  • Quais funcionalidades avançadas são realmente interessantes para o público?
  • Existe algum problema que o desenho inicial do produto ignorou na jornada do usuário?
  • Realmente vale a pena prosseguir com o lançamento completo do produto?

Quais as vantagens de construir um MVP?

Os riscos são muito menores em relação ao lançamento de um produto totalmente novo e já completo, quando se gasta muito tempo e recursos financeiros, mas não se sabe exatamente qual será a aceitação do público e se aquelas funcionalidades realmente atendem as demandas dos clientes.

O ponto é: não existem garantias, entretanto a chance do produto se comprovar comercialmente viável através da checagem dos resultados do MVP é enorme!

Mesmo que durante a análise do MVP as premissas se mostrem erradas e o produto precise ser repensado, os recursos gastos serão muito menores do que no lançamento de um produto completo de uma única vez.

Entre alguns dos muitos benefícios do MVP, inicialmente podemos citar:

  • economizar tempo;
  • economizar recursos;
  • validação de premissas através de dados reais e confirmados;
  • grande taxa de assertividade no desenvolvimento do produto completo.

Aplicação do Lean Inception

A primeira coisa que você deve fazer para decidir se é, ou não, momento de fazer uma Lean Inception é observar em qual momento o seu produto está.

Por mais que a inception desenhe todo o canva do MVP, é necessário ter em mãos algumas informações e dados para, só então, iniciar o workshop colaborativo.

Importante ter em mente que a definição do canva do MVP não é a mesma coisa que a ideia inicial de um produto do zero.

O MVP é focado em validar premissas e hipóteses já definidas, detectar oportunidades, identificar erros com rapidez e corrigi-los de forma rápida.

Desta forma, através do MVP, é possível fazer os ajustes necessários para dar os próximos passos no desenvolvimento e entrega das funcionalidades mais completas do produto, de forma muito mais assertiva.

Quando NÃO aplicar

Alguns momentos até parecem propícios para uma Lean Inception, sua aplicação poderia surtir algum efeito positivo, mas não é o momento ideal para usar.

  • Quando o seu produto já tem um nível alto de impacto para a empresa, mas possui grau de inovação baixo, a aplicação de uma lean inception pode gerar ótimos frutos, mas não no sentido original aplicado a ela: fazer um MVP!

Como o seu produto já está sendo lucrativo, o mais indicado é que você continue explorando as forças que o produto possui.

Mas, você pode sim aplicar os fundamentos da Lean Inception, buscando modos de aumentar a eficiência nos resultados deste produto.

Portanto o foco da Lean Inception não será o desenvolvimento de um MVP para validar premissas e hipóteses sobre o produto ou público. Neste caso, o foco será em desenvolver inovações para um produto que já funciona e já apresenta resultados comprovados.

  • Quando o seu produto possui um baixo nível de impacto para a empresa, mas possui um alto grau de inovação, você ainda não está preparado para fazer uma Lean Inception.

Pode ser um produto muito promissor. Afinal, produtos inovadores carregam um potencial muito grande, para produzir resultados espetaculares — e é isso que todos buscamos quando pensamos em inovações.

Porém, se ainda parece que o produto possui um nível de impacto muito baixo para o negócio, pode ser que não valha a pena produzir um MVP para testar a resposta do mercado.

Afinal, mesmo a produção de um MVP demanda gasto de recursos como tempo e dinheiro.

Por isso, é muito importante que antes de fazer uma Lean Inception, para desenvolver o Canva do MVP, é necessário fazer alguns levantamentos importantes que podem ser desenvolvidos através de uma UX Research, por exemplo.

  • Quando o seu produto possui um baixo nível de impacto para a empresa e não possui um alto grau de inovação — sinal vermelho!

Por que você direcionaria pessoas de diversos times, para ficar 5 dias focadas no desenvolvimento de um MVP para um produto que não apresenta um grande impacto de negócio e também não é inovador?

Alguns produtos simplesmente se encaixam melhor nas metodologias tradicionais e não tem absolutamente nada de errado nisso.

O momento certo!

Quando o produto possui um nível alto de impacto para a empresa e um alto grau de inovação, é o momento perfeito para fazer uma Lean Inception!

Essa é a hora de colocar os achismos de lado, entender quais premissas são fundamentais, quais as funcionalidades essenciais… enfim, tudo mais que irá fazer parte do Canva MVP.

Porém, antes de tudo, temos que atentar para o fato de uma Lean Inception não pode ser considerada como um processo mágico.

Uma Lean Inception demanda foco, trabalho e estudos prévios. É preciso saber onde investir sua atenção e entender quais são suas forças competitivas atuais e como ela pode melhorar.

E, claro, não esqueça do “Fator Uau” do seu produto.

“Fator uau?” Sim!

Por mais que o MVP não seja o produto final completo, para que ele tenha sucesso e possa provar quais premissas e hipóteses são reais de fato.

Se o seu produto não tiver diferencial, não criar algum nível de “encantamento” em seu cliente, as chances dele não ser aceito são muito altas. Afinal, quem vai migrar de um produto/serviço que já está acostumado, já sabe usar, para um novo que não oferece nada de muito atrativo?

Por isso, no MVP, o fator “uau” é muito importante! E mais que isso, ele também precisa ser:

  • Factível

Deve ser algo que realmente seja possível de implementar;

  • Usável

Algo que seja simples de usar, que não apresente dificuldades desnecessárias para o usuário;

  • Valioso

Deve trazer um valor para o cliente — e para a empresa, claro.

Qual diferença isso faz no resultado final?

Uma Lean Inception com um MVP com fator uau, é um caminho para o sucesso! Pode contar que o seu produto será aceito correndo e o retorno sobre o recurso investido no desenvolvimento do MVP não levará muito tempo para aparecer.

A Lean Inception será mais uma aliada neste sucesso! Ela fornecerá um produto de qualidade, que atenda de forma muito mais certeira as necessidades e desejos do seu usuário. E é claro, com a validação das premissas e hipóteses estabelecidas no Canva MVP.

O Lean Inception também irá focar na busca de melhorias e inovações.

Agora que você já sabe quando utilizar Lean Inception e o MVP para garantir elevados índices de sucesso para seu negócio, é hora de aprender como fazê-los!

Se quiser saber como funciona a inception e o que é feito em cada um dos 5 dias de agenda do workshop, basta clicar AQUI para ler o artigo completo sobre o funcionamento do Lean Inception.

E se quiser entrar no universo Agile mais a fundo e leia nosso post sobre Gestão Ágil de Projetos.

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Se acesso é frouxo, a IA apenas acelera o aperto. Registro do uso em áreas sensíveis Não precisa ser um tribunal. Precisa ser rastreável. Quando algo der errado, você precisa conseguir entender o caminho: o que foi feito, por quem e com qual objetivo. Isso protege a empresa e também protege as pessoas. Revisão humana em pontos críticos Em áreas sensíveis, a IA não pode ser “quem decide”. Ela pode sugerir. Ela pode resumir. Ela pode organizar. Mas decisões que afetam cliente, segurança, risco ou compliance precisam de validação. Isso é maturidade, não desconfiança. O resultado dessa governança leve é simples: você cria segurança para a adoção crescer sem virar “terra de ninguém” — o que costuma acontecer quando a empresa tenta ser moderna… mas esquece que modernidade sem disciplina vira acidente. Legado e integrações frágeis: como evoluir sem quebrar a operação Em ambientes críticos, o legado não é um vilão. Ele é o que mantém a empresa trabalhando. O problema é tratar esse legado como se fosse um aplicativo novo, pronto para integrações perfeitas e mudanças rápidas. Aqui, o caminho mais responsável é reduzir acoplamento. Ou seja: antes de conectar IA diretamente em sistemas críticos, você começa com etapas mais “externas” e controladas. Você melhora a entrada, a organização e a qualidade do que chega no sistema — e só depois mexe no sistema. Pense como uma reforma com a casa em pé: primeiro, você arruma o fluxo, tira o entulho, melhora o acesso, organiza ferramentas, padroniza procedimentos. Só depois você quebra a parede. Uma boa regra prática é: quanto mais crítico o sistema, mais controlada precisa ser a automação . Isso não é medo; é engenharia de confiança. Você pode acelerar o que está antes e depois do sistema sem tocar no coração do legado no primeiro movimento. ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
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