Frameworks de Governança de TI: O que são, quais os benefícios e os 6 principais frameworks

Wagner Hörlle • November 19, 2021

Os frameworks de governança de TI são um conjunto de diretrizes e melhores práticas que visam estabelecer uma cultura para a gestão empresarial, que está comprometida com os objetivos da organização.

O objetivo é ter uma estratégia de operação eficiente que permita a integração entre TI e outros processos da empresa. Este sistema de controle ajuda as empresas a se tornarem mais competitivas, pois tem sido reconhecido como um importante ativo organizacional.

As estruturas — frameworks — de governança de TI são consideradas como uma parte fundamental do negócio que fornece controle, estabelecimento de metas e poder de decisão. Elas foram criadas para ajudar as empresas a estabelecer algumas diretrizes básicas sobre como devem gerenciar riscos, problemas potenciais com projetos de TI e que incentivos existem para os funcionários, dependendo de seu comportamento.

Ainda que seja um assunto muito falado e a sua importância seja amplamente reconhecida, existem algumas dúvidas gerais e equívocos frequentemente cometidos quando o assunto é Framework de Governança de TI.

Para que você consiga aproveitar todas as vantagens e benefícios que o uso destes frameworks tem a oferecer, é importante entender:

  • o que de fato é a Governança de TI, como ela funciona e os benefícios;
  • o que são frameworks de governança de TI e quais as suas vantagens;
  • quais os principais frameworks.

A seguir, vamos entrar um pouco mais a fundo em cada um destes temas, para te ajudar a entender melhor a estrutura de gerenciamento de projetos de TI, além de conseguir identificar qual framework se adapta melhor a sua empresa e pode te ajudar a atingir os resultados que você busca.

O que é governança de TI ?

Podemos definir a governança de TI como sendo a estrutura que permite estabelecer quais regras as empresas devem seguir ao utilizar TI. Essas regras devem estar alinhadas com a estratégia e a forma de trabalho de sua empresa, de modo que elas possam ser eficazes.

A governança de TI é frequentemente confundida com a gestão de TI ou mesmo com a Gestão de Segurança da Informação. Apesar de serem tópicos relacionados, não são a mesma coisa.

A governança de TI , estabelece o quadro onde a administração de TI opera e assegura que as responsabilidades estejam sendo definidas corretamente.

Ela pode ser vista como uma ferramenta para alinhar as políticas, procedimentos e tecnologias da empresa a fim de atingir os objetivos comerciais, levando em conta os riscos que estão envolvidos pelo uso de sistemas de informação.

Quando a estrutura está em vigor, todas as unidades organizacionais sabem quais são suas tarefas e o que podem fazer de acordo com as regras definidas pela governança de TI.

A governança de TI é o processo pelo qual podemos assegurar que as iniciativas relacionadas à tecnologia sejam implementadas e identificar quais melhorias precisam ser feitas para otimizar os resultados.

O que são Frameworks de TI ?

Eles são um modelo de melhores práticas que discute como os projetos de TI, procedimentos e outras exigências das ferramentas de TI para a governança de TI devem ser gerenciados.

São geralmente multidimensionais e ajudam as organizações a compreender, gerenciar e controlar os riscos envolvidos com o uso de sistemas de informação.

A estrutura ideal é simples e completa o suficiente para cobrir todos os diferentes tipos de riscos relacionados ao uso de sistemas de informação.

Quais as vantagens de utilizar frameworks?

Existem diversas vantagens em adotar Frameworks para a governança de TI. Algumas das principais são:

  • Ter acesso a indicações sobre como criar estratégias bem direcionadas e eficientes, alinhadas com o objetivo central de negócio;
  • Evitar falhas e mitigar os riscos, assegurando que todas as tarefas estejam sendo cumpridas de forma correta;
  • Facilitar a colaboração entre colaboradores e diferentes setores de forma mais efetiva e simples, uma vez que eles traçam os processos e boas práticas de forma clara;
  • Fornecer diretrizes para ações que garantem eficiência em termos de custo/retorno financeiro e de tempo.

É importante levar em conta que existem diversos frameworks disponíveis e, naturalmente, para que você consiga tirar o máximo destes benefícios para a sua empresa, é necessário escolher o(s) que mais se adapta(m) às suas necessidades.

Para te ajudar nessa escolha, separamos 6 dos Frameworks de governança de TI mais utilizados.

Conheça 6 dos principais frameworks para a governança de TI

COBIT

O COBIT — sigla para Control Objectives for Information and Related Technologies — é um framework de governança de TI conhecido e utilizado mundialmente.

Ele se pauta em 5 princípios centrais:

  • avaliar, dirigir e monitorar;
  • alinhar, planejar e organizar;
  • construir, adquirir e implementar;
  • entregar, serviços e suporte;
  • monitorar, avaliar e analisar.

Ele se concentra na transformação das metas da empresa em objetivos da área de TI, particularmente no gerenciamento dos processos e controles da tecnologia da informação. Podemos dizer que o COBIT indica “o que” deve ser feito.

As empresas podem atingir seus objetivos desta maneira, alinhando efetivamente os planos de TI com as metas comerciais, permitindo-lhes estabelecer os controles apropriados e identificar seus objetivos em um período de tempo mais curto. Além de demonstrar a eficácia dos métodos que suportam as metas da empresa.

ITIL

Como o próprio nome sugere, o ITIL — Information Technology Infrastructure Library — se trata de uma biblioteca que apresenta o conjunto das melhores práticas para o gerenciamento da TI.

Este framework tem uma ampla abrangência, que inclui desde a infraestrutura a TI, até a manutenção e a operação.

Ele possui 2 objetivos principais:

O primeiro , com foco interno, preza pela gestão de processos de forma eficaz;

O segundo , esse com foco mais externo, preza pela qualidade da experiência dos clientes.

Sem dúvidas, este é um dos frameworks mais populares e utilizados, por empresas de diversos portes em todo o mundo.

Uma curiosidade é que o nome “biblioteca” não é dado à toa, uma vez que ele é composto por um conjunto de cinco livros, que são:

  • Estratégia de Serviço — Service Strategy;
  • Desenho de Serviço — Service Design;
  • Transição de Serviço — Service Transition;
  • Operação de Serviço — Service Operation;
  • Melhoria Contínua de Serviço — Continual Service Improvement.

A flexibilidade da ITIL, que permite manter uma infra-estrutura de TI mais funcional e flexível, no gerenciamento de informações é um de seus maiores benefícios. A empresa pode implementar apenas parte das táticas delineadas na documentação, mas ainda assim alcançará os objetivos esperados a médio e longo prazo.

GSTI

O GSTI — Gerenciamento de Serviços de TI — auxilia na interação e incorporação de valores e benefícios entre as diferentes áreas da empresa. Ao mesmo tempo, ajuda a definir uma estrutura que lhes permite coordenar e colaborar mais efetivamente, trabalhando em equipe para atingir suas metas ou objetivos.

A partir do seus três pilares básicos — Pessoas | Processos | Ferramentas — As operações da indústria de TI são projetadas para atender às necessidades dos clientes, ao mesmo tempo em que otimizam a satisfação do usuário, fornecendo uma infraestrutura de alto desempenho que se forma em torno de práticas de gestão que estão ligadas às metas comerciais, e gerando competitividade para a empresa.

SAFe

O SAFe — Scaled Agile Framework — se trata de um framework de desenvolvimento ágil, como seu próprio nome já indica.

Ele ajuda na coordenação, colaboração e entrega através de equipes variadas. É o resultado de três princípios e métodos, são eles:

  • Lean;
  • Agile;
  • DevOps.

SCRUM

Scrum , que é uma das mais populares técnicas ágeis para equipes que precisam colaborar em diversas atividades, é frequentemente utilizada em projetos que requerem coordenação de diferentes tarefas ao mesmo tempo.

É baseada em Sprints, que são reuniões de planejamento realizadas em intervalos bem definidos – geralmente com intervalos de 1 a 4 semanas. Cada Sprint tem seu próprio conjunto de metas e objetivos que devem ser alcançados para que o projeto tenha sucesso. Estes são estabelecidos no início de cada Sprint, que é completado de acordo com o plano de Backlog até o seu término.

Consiste em procedimentos bem definidos como estimativa, previsão e controle que lhe permitem medir seu desempenho e fazer ajustes rápidos, se necessário.

Simplicidade, estabilidade e maior controle sobre cada etapa de execução são alguns de seus maiores benefícios.

PMBOK

O Guia PMBOK — Project Management Body of Knowledge — é uma coleção, organizada pelo PMI, que indica as melhores práticas que cobrem todos os elementos da gestão de projetos.

Ele tem como principal função padronizar e distribuir as abordagens mais bem-sucedidas, testadas e comprovadas, em um único manual.

É, sem dúvidas um dos sistemas de gerenciamento de projetos mais utilizados no mundo, mas, por ter uma abordagem convencional que funciona intensivamente com planejamento e documentação de projetos, acaba por ser muito criticado por profissionais da TI

  • Ainda assim, ele entrega grandes benefícios como:
  • Visualização mais ampla de cada projeto;
  • Maior controle sobre a execução dos projetos;
  • Torna a Comunicação mais eficiente;
  • Padroniza e ajuda a controlar e orientar o ciclo de vida dos projetos.

Esperamos que você tenha adquirido uma melhor compreensão da estrutura de gerenciamento de projetos de TI e, que esse conteúdo, tenha te ajudado e entender qual framework se adapta melhor a sua empresa e pode te ajudar a atingir os resultados que você busca.

Muitas organizações sofreram como resultado de uma má governança de TI. Dada a importância da tecnologia da informação no mundo dos negócios de hoje, integrar métodos de TI com o plano geral da empresa é fundamental para o sucesso. Uma boa estrutura de governança de TI deve abordar a integração e aplicá-la.

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Pense assim: você quer escolher casos de uso que tragam valor rápido, mas que não exijam mexer no coração frágil das integrações de primeira, nem colocar dados sensíveis em risco . Você quer avançar sem quebrar o que está em produção. A seguir, estão seis pontos de partida que normalmente funcionam bem nesse cenário — e que ajudam a construir confiança. 6 usos iniciais “seguros” para ambientes críticos Resumo e padronização de informações internas. Atas de reunião, planos de ação, registros de decisões, atualizações de status. Aqui a IA vira uma secretária eficiente: organiza, sintetiza e deixa mais claro o que já foi discutido. Desde que você evite conteúdo sensível e tenha revisão humana, o risco é baixo e o ganho costuma ser alto. Documentação e melhoria de procedimentos Em empresas com legado e estruturas rígidas, documentação é ouro — e quase sempre está atrasada. A IA pode ajudar a transformar rascunhos em textos mais claros, sugerir estrutura, padronizar linguagem e identificar lacunas. O segredo é simples: ela não “autoriza”; ela ajuda a escrever. Quem valida é o time. Triagem de demandas e classificação de tickets Antes de automatizar respostas, você pode automatizar organização. Classificar tipos de solicitação, identificar urgência, sugerir responsáveis, apontar provável causa. Isso reduz caos na fila e melhora tempo de resposta sem mexer diretamente em sistemas sensíveis. Base de conhecimento interna com curadoria Em operações corridas, perguntas se repetem: como liberar acesso, como abrir chamado, como registrar incidente, como seguir um procedimento. A IA pode facilitar busca e resposta usando conteúdos aprovados, desde que haja controle de acesso e curadoria. Aqui, o “seguro” não é a tecnologia — é a disciplina de manter a base confiável. Apoio ao comercial e ao atendimento com limites claros A IA pode ajudar a estruturar propostas, organizar argumentos, adaptar linguagem. Mas o limite precisa ser inegociável: não alimentar a IA com informações confidenciais ou dados de clientes sem política definida. Dá para fazer bem com modelos prontos e um padrão de conteúdo. Identificação de padrões de retrabalho e gargalos, usando dados não sensíveis Às vezes, o problema não está no “fazer”. Está no “refazer”. A IA pode ajudar a enxergar recorrências: onde mais dá erro, onde mais volta, onde mais trava. Isso orienta melhorias de processo que liberam tempo real. Veja o ponto comum entre todos esses usos: eles começam melhorando comunicação, organização e consistência — sem pedir que você reconstrua o mundo, nem jogue risco para debaixo do tapete. 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Se acesso é frouxo, a IA apenas acelera o aperto. Registro do uso em áreas sensíveis Não precisa ser um tribunal. Precisa ser rastreável. Quando algo der errado, você precisa conseguir entender o caminho: o que foi feito, por quem e com qual objetivo. Isso protege a empresa e também protege as pessoas. Revisão humana em pontos críticos Em áreas sensíveis, a IA não pode ser “quem decide”. Ela pode sugerir. Ela pode resumir. Ela pode organizar. Mas decisões que afetam cliente, segurança, risco ou compliance precisam de validação. Isso é maturidade, não desconfiança. O resultado dessa governança leve é simples: você cria segurança para a adoção crescer sem virar “terra de ninguém” — o que costuma acontecer quando a empresa tenta ser moderna… mas esquece que modernidade sem disciplina vira acidente. Legado e integrações frágeis: como evoluir sem quebrar a operação Em ambientes críticos, o legado não é um vilão. Ele é o que mantém a empresa trabalhando. O problema é tratar esse legado como se fosse um aplicativo novo, pronto para integrações perfeitas e mudanças rápidas. Aqui, o caminho mais responsável é reduzir acoplamento. Ou seja: antes de conectar IA diretamente em sistemas críticos, você começa com etapas mais “externas” e controladas. Você melhora a entrada, a organização e a qualidade do que chega no sistema — e só depois mexe no sistema. Pense como uma reforma com a casa em pé: primeiro, você arruma o fluxo, tira o entulho, melhora o acesso, organiza ferramentas, padroniza procedimentos. Só depois você quebra a parede. Uma boa regra prática é: quanto mais crítico o sistema, mais controlada precisa ser a automação . Isso não é medo; é engenharia de confiança. Você pode acelerar o que está antes e depois do sistema sem tocar no coração do legado no primeiro movimento. ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
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