Identifique falhas antes do cliente com o Guard Detect, da Atlassian

Romildo Burguez • August 21, 2025

Identifique falhas antes do cliente com o Guard Detect, da Atlassian 

Há um ponto em comum entre incidentes técnicos que viram crise: o cliente percebe antes da sua equipe. A página que “sumiu”, o relatório que traz dado sensível, a permissão que alguém ganhou “sem querer”, a exportação grande demais feita na madrugada. Em empresas consolidadas — onde tecnologia é meio para eficiência e crescimento, e não o produto principal — isso cobra um preço alto: risco de imagem, retrabalho, atraso em metas e horas caras investidas em investigação. 


O Guard Detect, da Atlassian, foi desenhado para detectar atividade suspeita e conteúdo sensível antes que o problema chegue ao usuário, avisando quem precisa agir e automatizando os primeiros passos da resposta. Nesse post, vamos falar sobre como antecipar incidentes, conectando segurança a governança e valor para o negócio. 


Quer saber mais? Continue a leitura! 


O que é o Guard Detect — em uma frase


É um sistema inteligente de detecção que monitora, em nível de organização, os seus ambientes Atlassian (Jira, Confluence, Bitbucket e Administração Atlassian), procurando dois tipos de sinais: atividade suspeita de usuários (logins, acessos, mudanças de configuração, integrações) e conteúdo potencialmente sensível (credenciais, dados financeiros ou de identidade em páginas e issues). Faz isso como parte do Atlassian Guard Premium — não é algo que você precisa “ligar” por site, e sim configurar no topo da organização. 


Onde ele “segura a onda” antes do impacto


Atividade suspeita que indica risco


O Guard Detect “escuta” eventos relevantes do seu ecossistema Atlassian. Exemplos claros: autorização e acesso (mudanças de SSO e MFA), exfiltração de dados (exportações incomuns), atividade fora do padrão (padrões de acesso anormais) e alterações em apps e integrações (o tipo de mudança que pode abrir portas sem querer). Quando os critérios são atendidos, ele dispara um alerta para o time certo — e você enxerga o que aconteceu, quando e por quem. 


Conteúdo sensível antes que vaze 


Outra frente é a de varredura de conteúdo em Confluence e Jira. O Guard Detect monitora criação e atualização de páginas, posts de blog e issues para identificar credenciais, dados financeiros e dados de identidade. Ao encontrar um padrão suspeito, gera um alerta com contexto para investigação — e você pode redigir (apagar) o dado sensível direto do alerta, trocando-o por uma barra sólida que indica que houve remoção (ação irreversível, por desenho). É simples, objetivo e reduz a janela de exposição. 


Dica: além dos detectores prontos, você pode criar detecções personalizadas para termos específicos da sua empresa (codenames, nomes de projeto, cifras), elevando a precisão para o seu contexto. 


Mudanças críticas em apps e integrações


Muitas falhas começam com “só mais um app” que pediu escopo demais, ou com uma integração que mudou de comportamento. O Guard Detect também cobre mudanças de configuração que elevam risco, ajudando seu time a agir antes do efeito dominó. 


Como os alertas viram resposta — sem “gargalo humano” 


De nada adianta detectar rápido se a resposta emperra. O Guard Detect se conecta às suas ferramentas do dia a dia para cortar caminho: Slack, Microsoft Teams, SIEM (como Splunk), Jira e Opsgenie. Você escolhe para onde o alerta vai, quem precisa ver primeiro e o que fazer automaticamente (abrir ticket, notificar um canal, classificar a gravidade, anexar contexto). É segurança operando no mesmo fluxo do time, não fora dele. 


Um exemplo prático: 


  • Um colaborador cola uma senha em uma página do Confluence. 
  • O Guard Detect detecta o padrão, dispara um alerta e o envia para um canal do Slack do time de segurança. 
  • Uma automação abre um ticket no Jira com os detalhes, menciona o dono da página e adiciona um checklist de investigação. 
  • O analista confirma que é credencial válida e aciona a redação no próprio alerta, eliminando o dado da página. 
  • O ticket muda de status automaticamente e um resumo vai para o relatório executivo semanal. 


O que conta como “dado escaneado”? 


Importante para calibrar expectativa: o Guard Detect escaneia texto do corpo e título de páginas e posts no Confluence, e de campos livres do Jira (como Summary e Description). Ele não escaneia anexos, comentários, whiteboards, bases de dados do Confluence ou campos pré-preenchidos do Jira. O escaneamento acontece na criação e atualização do conteúdo — não há “varredura histórica” completa de tudo de uma vez. (Se uma página antiga for atualizada, o corpo inteiro é rechecado; em Jira, o alerta acontece quando o campo alterado contém o dado sensível.) 


Observação: anexos em Jira, Confluence e Trello são escaneados para malware por mecanismos próprios do Atlassian Cloud — é uma camada diferente de proteção, voltada a arquivos maliciosos, não a “segredos” de texto. 


Segurança que conversa com governança e valor 


O Guard Detect ajuda a contar essa história em três linhas: 


Governança visível: Você centraliza sinais de risco, usa audit logs para reconstruir o que aconteceu e reduz a “TI paralela” (descobrindo produtos Atlassian fora do radar). Isso conecta segurança a controle operacional. 


Tempo de resposta: Com insights e alertas centralizados, o time age em minutos, não horas, e o retrabalho cai. É a métrica que mais pesa quando o incidente custa caro por minuto. 


FinOps aplicado à segurança: Você mede o impacto real: incidentes evitados, horas poupadas em investigação, redações realizadas e exports suspeitos bloqueados ou investigados. Junta isso ao custo da licença e do setup e mostra retorno com clareza. (A página de preços ajuda a projetar o investimento por plano.) 


Uma fórmula simples para medir o ROI é (Incidentes evitados x custo médio por incidente) + (Horas poupadas x custo/hora) - (licenças + setup). 


Se você não tiver histórico, rode um piloto de 30 dias e trate o período como amostra. 


Um plano de 7 passos para colocar de pé — sem drama 


Ative o Guard Detect na organização: Precisa ser org admin e ter Guard Premium. Esse é o começo para ter visão em toda a organização. 


Escolha as detecções padrão: Revise as categorias de atividade de usuário e varredura de conteúdo e ative o que faz sentido para o seu risco atual. Menos é mais no primeiro ciclo. 


Crie 2–3 detecções personalizadas: Termos internos, siglas de projetos, codenames. É o “tempero” que aumenta assertividade e reduz o ruído. 


Defina o destino dos alertas: Comece com Slack/Teams + um projeto no Jira para triagem. Se você usa SIEM (ex.: Splunk), já conecte para consolidar sinais. 


Automatize as primeiras ações: Crie regras simples: abrir issue, atribuir ao dono da página/issue, marcar severidade, notificar o canal certo, habilitar a redação com confirmação. Isso encurta MTTA/MTTR. 


Treine o time em 1 hora: Mostre como ler um alerta, quando redigir, quando escalar, e como documentar a resposta. A curva é curta porque o fluxo acontece nas ferramentas que eles já usam. 


Meça por 30 dias e ajuste: Acompanhe: número de alertas, % acionáveis, tempo até o primeiro alerta após a ativação, MTTA/MTTR, e casos de “quase-incidente” que vocês evitaram. Use isso para calibrar detecções e automações no mês seguinte. 


O que não prometer (e por que isso é bom) 


Toda solução séria tem limites claros — e isso ajuda a manter confiança com as áreas de negócio. 


Plano e escopo: o Guard Detect faz parte do Guard Premium e roda no nível da organização. Você não precisa “ligar por site”, mas precisa planejar o rollout com governança. 


Onde funciona: não está disponível no Atlassian Government Cloud. 


Retenção de alertas: 180 dias. Se precisar de retenções maiores, direcione para o seu SIEM/armazenamento. 


Escopo de varredura de conteúdo: texto de páginas/posts do Confluence e campos livres do Jira (na criação/atualização). Não varre anexos nem comentários (para anexos existe a camada de antimalware do Atlassian Cloud, que é outro tipo de proteção). 


Ambientes híbridos: se você tem Data Center além do Cloud, há integração do Guard Premium para estender cobertura — avalie caso a caso, pensando em pessoas, processo e ferramentas. 


Como melhorar a qualidade das suas entregas 


Se você lidera TI em uma empresa grande, com time enxuto e metas agressivas, a proposta é direta: 


Menos sustos para o cliente: detectar sinais precoces corta o efeito “o cliente avisou primeiro”. 


Menos horas em investigação: o alerta vem com contexto, e as automações já abrem o caminho. 


Governança que o conselho enxerga: risco sob controle, política que sai do papel e indicadores que fazem sentido — não só “número de alertas”, mas incidentes evitados, tempo de resposta e exposição reduzida. 


Crescimento com segurança: times seguem produzindo em Jira/Confluence com confiança; dados sensíveis aparecem e são removidos rápido; integrações continuam, mas com faróis acesos. 


Perguntas que vão surgir (e como responder) 


Isso vai encher a caixa com alertas? 


Comece pequeno. Ative os detectores que cobrem suas dores prioritárias e crie 2–3 detecções custom de alto valor. Com automações simples (abrir issue, mencionar dono, aplicar severidade), o volume vira fluxo, não ruído. 


Dá para apagar o que é sensível com segurança? 


Sim. A redação remove o texto e coloca uma barra sólida no lugar. Não é reversível — exatamente para reduzir risco de exposição futura. 


E se o problema estiver num anexo? 


O Guard Detect não lê anexos para “segredos” em texto, mas o Atlassian Cloud escaneia anexos para malware. Para segredos em anexos, use políticas de processo (evitar anexar credenciais) e ferramentas complementares se fizer sentido ao seu risco. 


Como isso aparece para o time? 


No mesmo lugar onde eles já trabalham: Slack/Teams para aviso, Jira/Opsgenie para coordenar, SIEM para visão corporativa. Quanto menos “troca de tela”, maior a chance de resposta rápida. 


Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo:   


Proteja sua equipe com o Atlassian Guard Premium 


Segurança e privacidade de dados: Saiba como se prevenir de eventuais ameaças 


Descubra por que a Atlassian está entre os principais fornecedores de software de gestão de TI 


Conclusão 


Antecipar incidente é tirar o cliente do centro do problema. Com o Guard Detect, você ganha olhos sobre eventos e dados sensíveis que importam, conecta alertas ao fluxo do time e mede valor em indicadores que o conselho entende. O resultado aparece onde dói: menos crises, menos retrabalho, mais confiança para crescer. 


Se o seu próximo passo é sair do discurso para a prática, siga o plano de 7 passos, rode um piloto de 30 dias e leve os números à mesa. Segurança e governança são, no fim do dia, sobre evitar surpresas. Surpresa boa é quando o cliente nunca chega a notar que havia algo a ser notado. 


Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post!  


Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco, clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados

 

Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br. 

Fale com a CSP Tech

.

Curva da Demanda por BI: da Pandemia à Maturidade dos Dados
Por Romildo Burguez 11 de dezembro de 2025
Entenda como a demanda por BI cresceu após a pandemia, quais barreiras de maturidade persistem e por que muitas empresas ainda não extraem valor real dos dados.
Por Romildo Burguez 9 de dezembro de 2025
Você provavelmente já sentiu isso na pele: a operação não espera, o cliente não perdoa, o time está enxuto, o legado “segura o negócio com fita crepe” e boa vontade, e o calendário insiste em ser mais curto do que o bom senso. No meio desse cenário, a inteligência artificial aparece como uma promessa irresistível. Ela escreve, resume, sugere, analisa, responde. Parece uma contratação em massa sem recrutamento, sem onboarding, sem férias. E é exatamente aí que mora o risco. Quando a empresa vive um ambiente crítico — seja por lidar com dados sensíveis, ter integrações frágeis, operar com sistemas antigos ou trabalhar com prazos apertados — a IA pode tanto liberar uma produtividade enorme quanto acelerar erros, vazamentos e decisões ruins com uma velocidade inédita. O problema não é a tecnologia. O problema é a forma como ela entra: como remédio rápido para dor grande, sem o mínimo de disciplina. Entretanto, é possível adotar IA com responsabilidade, mesmo com rigidez, legado e pouco tempo. Só que o caminho não começa “na ferramenta”. Começa em cultura digital, processo e um conjunto simples de regras. Você não precisa falar difícil para fazer bem feito. Precisa ser claro. Nesse post, vamos transformar o tema em algo aplicável ao seu dia a dia: onde começar, o que evitar, como medir valor e como não quebrar o que já funciona. Continue a leitura para saber mais! A pressa das PMEs faz sentido. O perigo é confundir pressa com atalho. Pequenas e médias empresas se movem por necessidade. Elas não têm cinco camadas de aprovação, nem uma fila infinita de especialistas para absorver demanda. Quando surge um gargalo — seja no atendimento, no financeiro, no comercial ou na gestão de projetos — ele aparece com força. A dor é direta. E a vontade de resolver “para ontem” é legítima. Por isso, a IA entra com facilidade. Ela parece um reforço imediato. Só que em operações sensíveis, essa entrada rápida costuma vir acompanhada de três comportamentos perigosos: O primeiro é a “adoção invisível”. Cada área começa a usar ferramentas por conta própria, sem padrão, sem alinhamento, sem proteção. Parece produtividade, mas, na prática, vira um risco espalhado. É quando a empresa acorda e percebe que informações críticas foram copiadas e coladas em lugares errados — e ninguém sabe ao certo o que foi usado, onde, por quem e para quê. O segundo é a “dependência sem critério”. Em vez de apoiar decisões, a IA começa a influenciar decisões. E como ela fala com confiança, muita gente deixa de questionar. O resultado pode ser um erro bem escrito e muito convincente, indo parar em um e-mail para cliente, numa proposta comercial, numa análise de risco ou num plano de ação. O terceiro é o “atalho que vira dívida”. A empresa economiza tempo hoje, mas cria um problema que custará caro amanhã: processos diferentes em cada área, informações desencontradas, retrabalho, perda de qualidade e uma sensação constante de que a operação ficou mais rápida… porém menos confiável. Se você atua em ambientes críticos, precisa de uma ideia simples para guiar decisões: IA não é só uma ferramenta. É uma capacidade. E capacidade precisa de método. IA operacional vs IA estratégica Aqui está a diferença que separa quem “brinca” de IA de quem realmente melhora a empresa. O uso operacional é quando a IA ajuda em tarefas soltas. Ela escreve um e-mail, organiza um texto, revisa uma mensagem, resume uma reunião, gera ideias para um post, cria um roteiro de apresentação. Isso é útil, sim — e costuma trazer ganhos rápidos. Só que é, principalmente, produtividade individual. O uso estratégico é quando a IA melhora o funcionamento da empresa. Ela reduz gargalos recorrentes, diminui retrabalho, melhora prazos, padroniza comunicação, acelera decisões com mais consistência. Isso acontece quando a IA entra conectada a processo, rotina e medida de resultado. É produtividade organizacional. A pergunta que coloca você no trilho certo é bem objetiva: “Isso vai melhorar a empresa ou só vai deixar alguém mais rápido hoje?” Se a resposta for “só hoje” , tudo bem. Mas trate como experimento controlado. Se a resposta for “vai melhorar a empresa” , então você precisa do mínimo de responsabilidade para a coisa escalar sem quebrar a confiança. Em operação crítica, “começar pequeno” não significa “começar solto” Muita gente ouve “comece pequeno” e traduz como “qualquer um começa de qualquer jeito” . Em ambientes críticos, começar pequeno precisa significar outra coisa: começar seguro , com escopo curto, impacto real e regras simples. Pense assim: você quer escolher casos de uso que tragam valor rápido, mas que não exijam mexer no coração frágil das integrações de primeira, nem colocar dados sensíveis em risco . Você quer avançar sem quebrar o que está em produção. A seguir, estão seis pontos de partida que normalmente funcionam bem nesse cenário — e que ajudam a construir confiança. 6 usos iniciais “seguros” para ambientes críticos Resumo e padronização de informações internas. Atas de reunião, planos de ação, registros de decisões, atualizações de status. Aqui a IA vira uma secretária eficiente: organiza, sintetiza e deixa mais claro o que já foi discutido. Desde que você evite conteúdo sensível e tenha revisão humana, o risco é baixo e o ganho costuma ser alto. Documentação e melhoria de procedimentos Em empresas com legado e estruturas rígidas, documentação é ouro — e quase sempre está atrasada. A IA pode ajudar a transformar rascunhos em textos mais claros, sugerir estrutura, padronizar linguagem e identificar lacunas. O segredo é simples: ela não “autoriza”; ela ajuda a escrever. Quem valida é o time. Triagem de demandas e classificação de tickets Antes de automatizar respostas, você pode automatizar organização. Classificar tipos de solicitação, identificar urgência, sugerir responsáveis, apontar provável causa. Isso reduz caos na fila e melhora tempo de resposta sem mexer diretamente em sistemas sensíveis. Base de conhecimento interna com curadoria Em operações corridas, perguntas se repetem: como liberar acesso, como abrir chamado, como registrar incidente, como seguir um procedimento. A IA pode facilitar busca e resposta usando conteúdos aprovados, desde que haja controle de acesso e curadoria. Aqui, o “seguro” não é a tecnologia — é a disciplina de manter a base confiável. Apoio ao comercial e ao atendimento com limites claros A IA pode ajudar a estruturar propostas, organizar argumentos, adaptar linguagem. Mas o limite precisa ser inegociável: não alimentar a IA com informações confidenciais ou dados de clientes sem política definida. Dá para fazer bem com modelos prontos e um padrão de conteúdo. Identificação de padrões de retrabalho e gargalos, usando dados não sensíveis Às vezes, o problema não está no “fazer”. Está no “refazer”. A IA pode ajudar a enxergar recorrências: onde mais dá erro, onde mais volta, onde mais trava. Isso orienta melhorias de processo que liberam tempo real. Veja o ponto comum entre todos esses usos: eles começam melhorando comunicação, organização e consistência — sem pedir que você reconstrua o mundo, nem jogue risco para debaixo do tapete. O mínimo de responsabilidade: governança “leve” para não virar caos Se a palavra “governança” te lembra burocracia, pense nela como um conjunto enxuto de regras para evitar problemas previsíveis. Em ambientes críticos, você não precisa de um manual de 200 páginas. Você precisa de um acordo claro e prático, que caiba em uma página e seja fácil de seguir. Esse mínimo costuma incluir quatro coisas. São elas: Classificação simples de informação O time precisa saber o que pode ser usado com IA e o que não pode. Em geral, o que envolve dados pessoais, informações contratuais, números sensíveis, credenciais, dados operacionais críticos ou qualquer conteúdo sigiloso deve ter uma regra expressa. A empresa não pode depender do “bom senso” de cada pessoa quando a pressão do prazo aperta. Controle de acesso Quem pode usar quais ferramentas? Quem pode acessar quais bases? Em muitas empresas, a IA se torna perigosa não por ser “inteligente”, mas por herdar permissões erradas. Se acesso é frouxo, a IA apenas acelera o aperto. Registro do uso em áreas sensíveis Não precisa ser um tribunal. Precisa ser rastreável. Quando algo der errado, você precisa conseguir entender o caminho: o que foi feito, por quem e com qual objetivo. Isso protege a empresa e também protege as pessoas. Revisão humana em pontos críticos Em áreas sensíveis, a IA não pode ser “quem decide”. Ela pode sugerir. Ela pode resumir. Ela pode organizar. Mas decisões que afetam cliente, segurança, risco ou compliance precisam de validação. Isso é maturidade, não desconfiança. O resultado dessa governança leve é simples: você cria segurança para a adoção crescer sem virar “terra de ninguém” — o que costuma acontecer quando a empresa tenta ser moderna… mas esquece que modernidade sem disciplina vira acidente. Legado e integrações frágeis: como evoluir sem quebrar a operação Em ambientes críticos, o legado não é um vilão. Ele é o que mantém a empresa trabalhando. O problema é tratar esse legado como se fosse um aplicativo novo, pronto para integrações perfeitas e mudanças rápidas. Aqui, o caminho mais responsável é reduzir acoplamento. Ou seja: antes de conectar IA diretamente em sistemas críticos, você começa com etapas mais “externas” e controladas. Você melhora a entrada, a organização e a qualidade do que chega no sistema — e só depois mexe no sistema. Pense como uma reforma com a casa em pé: primeiro, você arruma o fluxo, tira o entulho, melhora o acesso, organiza ferramentas, padroniza procedimentos. Só depois você quebra a parede. Uma boa regra prática é: quanto mais crítico o sistema, mais controlada precisa ser a automação . Isso não é medo; é engenharia de confiança. Você pode acelerar o que está antes e depois do sistema sem tocar no coração do legado no primeiro movimento. ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
Pessoa sorridente em um escritório iluminado com luz verde, olhando para um monitor de computador.
Por Romildo Burguez 27 de novembro de 2025
Entenda como decidir entre Lakehouse, DW ou híbrido para sua empresa, equilibrando custo, disponibilidade e latência sem comprometer sistemas críticos legados.
Por Guilherme Matos 26 de novembro de 2025
Conheça os novos recursos do Atlassian Service Collections e como eles transformam o Jira Service Management para operações modernas.
Uma mulher e um homem conversam em uma mesa em um espaço moderno com iluminação azul-esverdeada.
Por Romildo Burguez 25 de novembro de 2025
Descubra os seis blocos da plataforma enxuta que padronizam processos, reduzem riscos e liberam seu time para atuar em tarefas estratégicas com eficiência.
Por Guilherme Matos 24 de novembro de 2025
Descubra como usar a API do Jira para automatizar processos, integrar sistemas e aumentar a produtividade com consultoria Jira especializada.
Homem ajustando os óculos, iluminado por dados verdes, com expressão concentrada.
Por Romildo Burguez 20 de novembro de 2025
Saiba como aplicar 5 padrões práticos para reduzir falhas em integrações críticas, encurtar tempo de recuperação e garantir continuidade nas operações de TI.
Homem de terno e óculos, segurando um tablet, olhando para telas com dados. Sala escura,
Por Romildo Burguez 18 de novembro de 2025
Adote a governança enxuta com regras simples de acesso, glossário e linhagem para aumentar a confiança nos dados sem burocracia e acelerar decisões estratégicas.
Homem de blazer verde segurando um telefone com efeitos brilhantes em um ambiente de tecnologia.
Por Romildo Burguez 13 de novembro de 2025
Descubra como usar o Guard Detect para criar alertas inteligentes, reduzir ruídos, agir rapidamente em riscos e integrar segurança ao fluxo diário da operação.