Do legado à nuvem: modernize os sistemas core sem parar sua operação

July 11, 2025

Nenhum CIO quer ser lembrado como o executivo que “derrubou o faturamento” porque decidiu atualizar o sistema de pedidos em plena virada de trimestre. Ainda assim, continuar rodando o mesmo código de dez ou quinze anos atrás custa cada vez mais caro — em licenças, em falta de talento capaz de dar manutenção e, principalmente, em oportunidades de negócio que ficam na mesa porque novas ideias esbarram na rigidez do legado. 


A boa notícia é que modernização de sistemas core e continuidade operacional não precisam ser interesses opostos. Nos últimos anos, surgiram padrões de arquitetura, práticas de engenharia e serviços de nuvem que viabilizam uma transição gradual, enxuta e mensurável.  


Nesse post, você encontrará um passo a passo testado em empresas que faturam centenas de milhões de reais, operam sob rígidos SLAs e são auditadas de forma rigorosa — para migrar sistemas críticos do legado para a nuvem sem interromper o seu negócio.  


Quer saber como isso é possível? Continue a leitura! 


O ponto de partida certo: diagnóstico de risco e valor 


Toda jornada de modernização começa com uma pergunta simples: qual parte do core mais limita o crescimento do negócio hoje? Pode ser o tempo que o batch de faturamento leva para fechar o mês, a instabilidade durante picos de vendas ou a impossibilidade de expor APIs para novos parceiros. 


Para responder com objetividade: 


Mapeie fluxos de receita e compliance: liste quais módulos sustentam etapas críticas de cobrança, cálculo tributário, estoque regulado ou registro de operações fiscais. 


Colete dados de dor real: latência na ponta, custo de infraestrutura, horas gastas em incidentes P1, multas por atraso em relatórios obrigatórios. 


Estime janela de intervenção tolerada: mesmo ambientes 24x7 costumam ter minutos de folga que podem ser aproveitados, desde que identificados. 


Esse “raio-X” revela duas coisas: onde a modernização de sistemas core gera maior retorno imediato e quanto risco se pode assumir em cada sprint de mudança. 


Quebrar para construir: encapsulamento antes da reescrita 


Tentar reescrever um monólito de anos em uma tacada só é a rota mais curta para o fracasso. O segredo está em encapsular primeiro, refatorar depois


Criando a casca protetora (API Gateway ou Proxy) 


Coloque um layer na frente do sistema: ele intercepta chamadas, autentica usuários, aplica rate-limit e, de quebra, coleta métricas em tempo real. Nada muda para quem está do lado de fora, mas você ganha a alavanca para redirecionar tráfego quando o primeiro microsserviço estiver pronto. 


Padrão Strangler Fig 


Em vez de “derrubar e reconstruir”, envolve-se o módulo herdado com serviços novos. Um a um, esses serviços assumem funcionalidades específicas (por exemplo, cálculo de ICMS ou consulta de limite de crédito). Quando 100% das requisições migram, o pedaço legado é aposentado — sem nenhum segundo de indisponibilidade


O maior benefício? Feedback constante do mundo real. Cada pequena vitória valida a arquitetura, motiva o time e gera um caso de uso concreto para convencer áreas vizinhas. 


Dados: o coração que nunca pode parar 


Código ruim se reescreve; dados perdidos não voltam. Por isso, a modernização de sistemas core só funciona quando a estratégia de informação é tão robusta quanto o código. 


Change Data Capture (CDC) 


Ferramentas como Debezium ou Fleet por streaming replicam alterações do banco legado em tempo quase real para um repositório moderno. Assim, novos serviços podem ler dados frescos sem enfileirar transações no mainframe. 


Event Streaming 


Transforme cada insert, update ou delete em evento publicado no Kafka. Serviços consumidores criam projeções próprias (materialized views) e rodam lógicas independentes. Caso algo falhe, basta reprocessar o log — e o estado se reconstrói. 


Shadow writes e validação 


Durante a migração, escreva em paralelo no banco antigo e no novo. Relatórios de consistência rodam em background até que qualquer divergência fique abaixo de um limiar definido com a área de negócio. Só então a fonte da verdade troca de lugar. 


Resultado: nenhuma virada arriscada, dados íntegros e auditoria feliz. 


Esteira de deploy pensada para Zero-Downtime 


Nada adianta ter microsserviços fantásticos se o go-live precisar de sábado inteiro parado. 


Três práticas tornam a mexida quase invisível: 


Blue-Green Deployment: dois ambientes idênticos; o load balancer aponta para o verde quando o check de saúde confirma estabilidade. Reversão é trocar o ponteiro de volta. 


Canary Release: começa com 1% do tráfego, avança para 5%, 20%, 50%. Se o alerting pegar algo estranho, basta congelar a progressão. 


Feature Toggles: a funcionalidade nova existe em produção, porém desligada. Liga-se para grupos de controle e, só depois, para todos. Isso separa deploy técnico de lançamento comercial, dando paz ao marketing e ao desenvolvedor. 


Com essa tríade, janelas de manutenção viram exceção, não regra. 


Segurança e compliance “shift left” 


Empresas de setores consolidados respondem a reguladores: BACEN, SUSEP, ANP, ANVISA ou quem quer que fiscalize seu nicho. Qualquer brecha de dados custa caro — e modernizar não pode abrir flanco. 


Infra-as-Code: Terraform ou CloudFormation garantem que toda modificação vira commit versionado. Auditoria encontra o “quem fez o quê” em minutos. 


Pipeline de segurança automatizado: testes SAST/DAST e varredura de dependências rodam em cada build; uma CVE crítica bloqueia o deploy antes de chegar à nuvem. 


Data Masking dinâmico: amostras de produção, usadas por squads de analytics, chegam ofuscadas por padrão, preservando LGPD e SOX sem atrito. 


O resultado é um SOS jurídico zerado: aquilo que antes dependia de planilha manual agora sai de logs assinados digitalmente. 


Governança de custo e performance na nuvem 


Migrar para nuvem sem controle vira boleto surpresa. Por isso, cada microsserviço ganha limites claros de: 


Orçamento mensal: budgets e alerts enviam e-mail (ou Slack) se o gasto diário extrapolar a média histórica. 


Autoscaling preditivo: modelo de ML simples (geralmente baseado em sazonalidade) prevê pico e sobe units antes de o usuário sentir lentidão. 


Tagueamento obrigatório: nome do sistema, squad responsável e centro de custo acompanham o recurso desde o primeiro terraform apply


Dessa forma, a modernização de sistemas core entrega elasticidade sem causar descontrole nas despesas operacionais. 


O lado humano: cultura, processo e comunicação 


Tecnologia não move sozinha. Três pilares garantem que o pessoal compre a mudança: 


Transparência radical: dashboards públicos (para TI e negócio) exibem SLAs, incidentes e economia real. O ceticismo se dissolve diante de números. 


Treinamento hands-on: devs que mexiam em COBOL (linguagem comum orientada para os negócios) recebem labs de contêiner e pipelines; ao ver o ganho de tempo, viram evangelistas internos. 


Governança Lean: mantenha o comitê que aprova mudanças pequeno, com pessoas de negócio que falam a dor em linguagem de valor (“cada 1 h de indisponibilidade custa X em vendas”). Isso agiliza e dá propósito. 


Com o clima certo, ninguém luta contra a modernização; ao contrário, pede para ser o próximo módulo contemplado. 


Métricas que importam para o board 


Modernizar por amor à engenharia não sustenta orçamento. Use indicadores que o CFO entende: 

Nenhum CIO quer ser lembrado como o executivo que “derrubou o faturamento” porque decidiu atualizar o sistema de pedidos em plena virada de trimestre. Ainda assim, continuar rodando o mesmo código de dez ou quinze anos atrás custa cada vez mais caro — em licenças, em falta de talento capaz de dar manutenção e, principalmente, em oportunidades de negócio que ficam na mesa porque novas ideias esbarram na rigidez do legado. 


A boa notícia é que modernização de sistemas core e continuidade operacional não precisam ser interesses opostos. Nos últimos anos, surgiram padrões de arquitetura, práticas de engenharia e serviços de nuvem que viabilizam uma transição gradual, enxuta e mensurável.  


Nesse post, você encontrará um passo a passo testado em empresas que faturam centenas de milhões de reais, operam sob rígidos SLAs e são auditadas de forma rigorosa — para migrar sistemas críticos do legado para a nuvem sem interromper o seu negócio.  


Quer saber como isso é possível? Continue a leitura! 


O ponto de partida certo: diagnóstico de risco e valor 


Toda jornada de modernização começa com uma pergunta simples: qual parte do core mais limita o crescimento do negócio hoje? Pode ser o tempo que o batch de faturamento leva para fechar o mês, a instabilidade durante picos de vendas ou a impossibilidade de expor APIs para novos parceiros. 


Para responder com objetividade: 


Mapeie fluxos de receita e compliance: liste quais módulos sustentam etapas críticas de cobrança, cálculo tributário, estoque regulado ou registro de operações fiscais. 


Colete dados de dor real: latência na ponta, custo de infraestrutura, horas gastas em incidentes P1, multas por atraso em relatórios obrigatórios. 


Estime janela de intervenção tolerada: mesmo ambientes 24x7 costumam ter minutos de folga que podem ser aproveitados, desde que identificados. 


Esse “raio-X” revela duas coisas: onde a modernização de sistemas core gera maior retorno imediato e quanto risco se pode assumir em cada sprint de mudança. 


Quebrar para construir: encapsulamento antes da reescrita 


Tentar reescrever um monólito de anos em uma tacada só é a rota mais curta para o fracasso. O segredo está em encapsular primeiro, refatorar depois


Criando a casca protetora (API Gateway ou Proxy) 


Coloque um layer na frente do sistema: ele intercepta chamadas, autentica usuários, aplica rate-limit e, de quebra, coleta métricas em tempo real. Nada muda para quem está do lado de fora, mas você ganha a alavanca para redirecionar tráfego quando o primeiro microsserviço estiver pronto. 


Padrão Strangler Fig 


Em vez de “derrubar e reconstruir”, envolve-se o módulo herdado com serviços novos. Um a um, esses serviços assumem funcionalidades específicas (por exemplo, cálculo de ICMS ou consulta de limite de crédito). Quando 100% das requisições migram, o pedaço legado é aposentado — sem nenhum segundo de indisponibilidade


O maior benefício? Feedback constante do mundo real. Cada pequena vitória valida a arquitetura, motiva o time e gera um caso de uso concreto para convencer áreas vizinhas. 


Dados: o coração que nunca pode parar 


Código ruim se reescreve; dados perdidos não voltam. Por isso, a modernização de sistemas core só funciona quando a estratégia de informação é tão robusta quanto o código. 


Change Data Capture (CDC) 


Ferramentas como Debezium ou Fleet por streaming replicam alterações do banco legado em tempo quase real para um repositório moderno. Assim, novos serviços podem ler dados frescos sem enfileirar transações no mainframe. 


Event Streaming 


Transforme cada insert, update ou delete em evento publicado no Kafka. Serviços consumidores criam projeções próprias (materialized views) e rodam lógicas independentes. Caso algo falhe, basta reprocessar o log — e o estado se reconstrói. 


Shadow writes e validação 


Durante a migração, escreva em paralelo no banco antigo e no novo. Relatórios de consistência rodam em background até que qualquer divergência fique abaixo de um limiar definido com a área de negócio. Só então a fonte da verdade troca de lugar. 


Resultado: nenhuma virada arriscada, dados íntegros e auditoria feliz. 


Esteira de deploy pensada para Zero-Downtime 


Nada adianta ter microsserviços fantásticos se o go-live precisar de sábado inteiro parado. 


Três práticas tornam a mexida quase invisível: 


Blue-Green Deployment: dois ambientes idênticos; o load balancer aponta para o verde quando o check de saúde confirma estabilidade. Reversão é trocar o ponteiro de volta. 


Canary Release: começa com 1% do tráfego, avança para 5%, 20%, 50%. Se o alerting pegar algo estranho, basta congelar a progressão. 


Feature Toggles: a funcionalidade nova existe em produção, porém desligada. Liga-se para grupos de controle e, só depois, para todos. Isso separa deploy técnico de lançamento comercial, dando paz ao marketing e ao desenvolvedor. 


Com essa tríade, janelas de manutenção viram exceção, não regra. 


Segurança e compliance “shift left” 


Empresas de setores consolidados respondem a reguladores: BACEN, SUSEP, ANP, ANVISA ou quem quer que fiscalize seu nicho. Qualquer brecha de dados custa caro — e modernizar não pode abrir flanco. 


Infra-as-Code: Terraform ou CloudFormation garantem que toda modificação vira commit versionado. Auditoria encontra o “quem fez o quê” em minutos. 


Pipeline de segurança automatizado: testes SAST/DAST e varredura de dependências rodam em cada build; uma CVE crítica bloqueia o deploy antes de chegar à nuvem. 


Data Masking dinâmico: amostras de produção, usadas por squads de analytics, chegam ofuscadas por padrão, preservando LGPD e SOX sem atrito. 


O resultado é um SOS jurídico zerado: aquilo que antes dependia de planilha manual agora sai de logs assinados digitalmente. 


Governança de custo e performance na nuvem 


Migrar para nuvem sem controle vira boleto surpresa. Por isso, cada microsserviço ganha limites claros de: 


Orçamento mensal: budgets e alerts enviam e-mail (ou Slack) se o gasto diário extrapolar a média histórica. 


Autoscaling preditivo: modelo de ML simples (geralmente baseado em sazonalidade) prevê pico e sobe units antes de o usuário sentir lentidão. 


Tagueamento obrigatório: nome do sistema, squad responsável e centro de custo acompanham o recurso desde o primeiro terraform apply


Dessa forma, a modernização de sistemas core entrega elasticidade sem causar descontrole nas despesas operacionais. 


O lado humano: cultura, processo e comunicação 


Tecnologia não move sozinha. Três pilares garantem que o pessoal compre a mudança: 


Transparência radical: dashboards públicos (para TI e negócio) exibem SLAs, incidentes e economia real. O ceticismo se dissolve diante de números. 


Treinamento hands-on: devs que mexiam em COBOL (linguagem comum orientada para os negócios) recebem labs de contêiner e pipelines; ao ver o ganho de tempo, viram evangelistas internos. 


Governança Lean: mantenha o comitê que aprova mudanças pequeno, com pessoas de negócio que falam a dor em linguagem de valor (“cada 1 h de indisponibilidade custa X em vendas”). Isso agiliza e dá propósito. 


Com o clima certo, ninguém luta contra a modernização; ao contrário, pede para ser o próximo módulo contemplado. 


Métricas que importam para o board 


Modernizar por amor à engenharia não sustenta orçamento. Use indicadores que o CFO entende: 

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Sub-título

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Por Romildo Burguez 31 de julho de 2025
Você cruzou a linha de chegada: o MVP foi lançado, operou sem colapsar a infraestrutura e até arrancou elogios pontuais dos usuários mais entusiasmados. Mas, passados os primeiros brindes, uma pergunta ecoa nos corredores (ou nos grupos do Teams): “E agora?” Para empresas de setores tradicionais — onde tecnologia é peça de eficiência, não o core — esse momento é crítico. Departamentos de TI enxutos precisam decidir rápido o que evoluir, onde investir e como provar valor ao board, sem deixar a operação parar. As métricas de produto funcionam como um painel de carro em estrada desconhecida: mostram velocidade, combustível, alertas e, principalmente, se você ainda está no caminho do destino planejado. No entanto, medir tudo é tão improdutivo quanto não medir nada. O segredo está em escolher poucos números que contem a história completa: valor entregue agora, saúde do engajamento amanhã e oportunidades para crescer depois. Nesse post, vamos guiar você por essa escolha através de um roteiro prático para transformar métricas de produto em decisões claras sobre o próximo passo e munir seu time de argumentos que convencem até o financeiro mais cético. Continue a leitura e saiba mais! Por que o pós‑MVP exige outro tipo de métrica Durante o MVP, a ansiedade gira em torno de uma única dúvida: “Isso funciona?” Você mede cliques, confirma que o fluxo não quebra e registra depoimentos para o slide de celebração. Quando o protótipo vira produto, a pergunta muda para: “Isso gera resultado de verdade?” Nesse ponto, três armadilhas comuns derrubam iniciativas promissoras: Foco em números de vaidade: downloads, visitas, likes. Nada contra, mas eles não pagam boletos nem sustentam o negócio. Relatórios infinitos: planilhas que viram troféus de complexidade, sem tempo hábil para agir. Discussões sem dono: cada área cria seu próprio painel e o sprint vira debate sobre qual coluna está certa. Sair dessas armadilhas passa por construir um conjunto enxuto de métricas de produto que amarram três dimensões: valor, retenção e eficiência . Vamos destrinchar cada uma a seguir. A “métrica farol”: a bússola que evita rotas erradas Imagine conduzir um navio à noite sem farol: seria fácil confundir luz de costa com estrela e acabar em recife. Produtos digitais enfrentam cenário semelhante: são bombardeados por dados, mas precisam de uma métrica farol (também conhecida como North Star Metric) que aponte para o impacto real gerado ao usuário. Como escolher? Pense no benefício que justificou o projeto diante do board. Se você opera uma rede de varejo, a métrica farol pode ser “pedidos fechados por cliente ativo”. Em logística, “entregas dentro do prazo por remessa”. No RH, “processos de admissão concluídos sem retrabalho”. Essa métrica: Mostra valor percebido, não apenas uso. É influenciada pelas equipes de produto e negócio. Pode crescer de maneira sustentável (não explode custos a cada avanço). Coloque‑a no topo do painel, discuta em toda reunião e vincule bônus ou OKRs a ela. Quando todo mundo usa a mesma bússola, conflitos de prioridade viram diálogo construtivo. Métricas satélites: o sistema solar do produto
Por Romildo Burguez 30 de julho de 2025
Rede de dados leve: governança sem burocracia para empresas enxutas Imagine tentar navegar um veleiro pequeno carregando a âncora de um transatlântico. É assim que muitos CIOs de empresas consolidadas se sentem ao falar de governança de dados: eles sabem que precisam dessa âncora para não “derivar” em mares regulatórios — LGPD, SOX, auditorias internas — mas também sabem que, se o equipamento for grande demais, o barco simplesmente não se move. E por que o tema ganhou tanta urgência agora? Porque os executivos de negócios pedem, quase em uníssono, três coisas que pareciam incompatíveis até pouco tempo atrás: Informação à mão para tomar decisões rápidas. Custos enxutos , já que TI não é área‑fim. Conformidade infalível , sob risco de multas milionárias. Esse tripé costuma travar quando se aplica o mesmo receituário das big techs: data lakes mastodônticos, squads sob medida para cada pipeline e um batalhão de engenheiros cuidando de scripts noturnos. Para quem conta nos dedos quantos analistas de BI tem disponíveis, esse modelo simplesmente não fecha. Daí nasce o conceito de rede de dados leve — uma abordagem que entrega governança sem burocracia, cabe no bolso e não exige contratar meio exército para funcionar. Nesse post, veremos como esse modelo substitui implantações pesadas por SaaS plug‑and‑play, infraestrutura que liga e desliga sozinha, políticas “escritas em código” e pipelines que se autodiagnosticam. Continue a leitura e saiba mais! Por que uma rede de dados leve melhora sua estratégica Tempo é receita (ou perda) Quando uma análise importante demora dias, as oportunidades passam. Uma rede inchada, cheia de cópias de planilhas e integrações manuais, cria um gargalo invisível: o custo de esperar. Em mercados voláteis, esperar é perder dinheiro hoje — não no balanço de fim de ano. Compliance não pode parar o show Regulamentos pedem trilhas de auditoria, políticas de retenção, mascaramento de dados sensíveis. Quem resolve tudo “na mão” logo se vê em labirintos de avaliações, passagens de e‑mail e versões conflitantes de planilhas. Leveza, nesse contexto, significa automatizar evidências e deixar a máquina fazer a parte chata. Escala elástica e previsível Infraestrutura subdimensionada quebra; superdimensionada vira desperdício. Arquiteturas serverless e warehouses que fazem “auto‑pause” cobram por segundo de uso — e se desligam quando ninguém está consultando. Assim, até uma equipe enxuta consegue adotar regras de ouro de FinOps sem virar especialista em nuvem. Menos gente, mais inteligência Se os poucos profissionais disponíveis precisam escolher entre “arrumar a casa” e entregar valor analítico, a balança tende a pender para os projetos visíveis — e os bastidores ficam esquecidos. Uma rede de dados leve automatiza justamente esses bastidores: catalogação, classificação de colunas sensíveis, monitoramento de qualidade. Resultado? O time foca em gerar insights, não em “consertar canos”. Três princípios para construir (e manter) uma rede de dados leve Mova menos dados. Consulte onde ele já está Cada vez que copiamos informações de um sistema para outro, criamos latência, custo de armazenamento e risco de vazamento. Plataformas de virtualização de dados permitem consultas federadas: o analista precisa de um indicador do ERP e de um log de pedidos no banco operacional? Ele executa uma única query, em tempo real, sem ETL. Para a TI, isso significa menos pipelines para monitorar; para o negócio, respostas mais rápidas. Automatize o que é necessário e guarde energia para o que importa Catálogos modernos se conectam via API a bancos, planilhas e serviços em nuvem . Em minutos, sugerem descrições de colunas, inferem quem usa cada tabela e destacam onde existem dados sensíveis. Ferramentas de observabilidade vigiam a qualidade: se chega um valor fora do padrão ou o volume despenca inesperadamente, um alerta pipoca no Teams. Tudo isso substitui reuniões infinitas sobre “quem é dono” e correria de madrugada quando o dashboard do CFO quebra. Políticas como código e governança em velocidade DevOps Escrever regras de acesso, retenção e mascaramento em arquivos YAML (ou JSON ) versionados em Git parece técnico demais? Na prática, significa aprovar mudanças com um clique, rastrear quem alterou o quê e ter um histórico perfeito para o auditor baixar. O time ganha agilidade; o jurídico ganha rastreabilidade; ninguém perde tempo copiando e colando cláusulas de um PDF para outro. Do legado à leveza: um roteiro de 90 dias sem inflar headcount Semanas 1 e 2: diagnóstico ativo, nada de powerpoint vazio Em vez de entrevistas longas, conecte um catálogo SaaS ao banco de produção, à planilha‑mãe e ao repositório de relatórios. Em poucas horas você terá um raio‑X dos ativos: fontes mais acessadas, colunas com dados pessoais, tabelas zumbis que consomem espaço. Esse mapa substitui hipóteses por fatos e direciona esforços para os 20% dos dados que geram 80% de valor. Semanas 3 e 4: pipelines gerenciados Integrações Fivetran‑like puxam dados de ERP, CRM ou mesmo bancos legados de forma incremental. Se algo falhar, a própria plataforma reenvia o lote. Nada de script cron em servidor misterioso. Melhor: tudo monitorado num dashboard único, que sua equipe e o fornecedor de SaaS conseguem ver em tempo real. A diferença na produtividade é visível já no primeiro mês. Semanas 5 e 6: warehouse serverless (pay‑per‑second) Substitua a instância eterna de banco analítico por um serviço que sobe quando precisa, escala com a consulta e dorme quando acaba. Nesse ponto você vai descobrir o “custo do silêncio”, horas de CPU que antes eram pagas só para ficar ocioso. O business case se paga quase sozinho. Semanas 7 e 8: observabilidade de qualidade Escolha duas tabelas de impacto alto: pedidos faturados e cadastro de clientes, por exemplo. Configure checagens de anomalia de volume, esquema e outliers. O primeiro alerta chegará rápido (spoiler: sempre há um nulo onde não deveria). Quando o CFO vir que recebeu aviso antes de o problema se espalhar, você terá a bênção para expandir a cobertura. Semanas 9 a 12: policy‑as‑code e auditoria “clique‑único” Traduza sua política de retenção em duas variáveis: tipo de dado e prazo em meses. Escreva expressões que mascaram automaticamente CPF após X dias. Faça merge request, aprove e pronto: a regra passa a valer para todo novo dataset. Um script gera um PDF de evidências a cada 30 dias. Se a auditoria ligar, o documento já está pronto. Casos de Sucesso: quando a “leveza” se torna vantagem Logística: menos panes, mais entregas pontuais Uma distribuidora nacional de bebidas sofria para integrar o WMS (sistema de estoque) e o app do motorista. Dados chegavam em lotes noturnos; qualquer atraso mudava rotas e penalizava o SLA de entrega. Em 60 dias, a empresa migrou os eventos para streaming incremental e usou warehouse serverless para relatórios em tempo quase real. A “rede de dados leve” cortou em 35% o tempo de replanejamento diário, liberando turnos extras sem custo adicional. Finanças: compliance sem estresse Uma instituição de crédito regional precisava responder ao Banco Central sobre transações suspeitas. Com um catálogo SaaS que já classificava PII, o analista gerava relatórios clicando em “export compliance view”. O auditor recebeu logs assinados digitalmente; reuniões que antes levavam semanas ficaram em 90 minutos. O case virou vitrine para diretoria justificar novos pilotos de IA. Varejo: promoção em tempo certo, margem preservada Um e‑commerce de moda usava planilhas para acompanhar ruptura de estoque. Quando o dado finalmente chegava, era tarde para reverter a campanha. Ao federar consultas direto no ERP e ativar alertas de qualidade, a empresa passou a pausar anúncios em até dez minutos após identificar falta de produto. O resultado foi um ganho de margem de dois pontos percentuais em apenas um trimestre, sem contratar ninguém novo. Mantendo a leveza a longo prazo Rede de dados leve não é projeto‑relâmpago; é prática contínua. A diferença é que ela cresce por automação e padronização, não por peso humano. Três rituais garantem a sustentabilidade: Revisão trimestral de catálogo: ajuste classificações, arquive tabelas obsoletas. FinOps review: olhe o dashboard de custo por domínio e negocie metas com cada área de negócio. Rotação de “data champions”: mantenha a cultura viva promovendo novos embaixadores, evitando que o conhecimento fique preso numa única cabeça. Mesmo em empresas enxutas, esses rituais tomam poucas horas ao mês graças às ferramentas automatizadas. E é dessa constância leve que nasce a confiança de board, auditoria e usuários finais. Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: Como utilizar a governança de dados na empresa? Nós te ajudamos! Supere os desafios do seu negócio com Inteligência de Processos e Dados Governança de dados em setores regulados: checklist de eficiência e compliance Conclusão Quando tecnologia não é o core da companhia, ela precisa ser a força silenciosa que empurra o negócio, não um peso que exige constante reboque. A rede de dados leve resolve esse paradoxo: oferece governança robusta, visibilidade executiva e custos sob controle, sem exigir batalhões de engenheiros ou mudanças radicais na cultura. O que você leva para casa: Mover menos dados reduz riscos e acelera decisões. Automatizar metadados e qualidade libera o time para inovar. Políticas como código tornam compliance quase invisível. Infraestrutura elástica faz o orçamento caber no planejamento. Se a sua equipe é enxuta, mas a ambição é grande, comece pequeno: conecte um catálogo SaaS, habilite um warehouse serverless , escolha um pipeline crítico para testar observabilidade. Em semanas você verá dashboards mais confiáveis, alertas proativos e, principalmente, um sorriso no rosto do board quando a próxima auditoria bater à porta. Leveza, afinal, não é ausência de estrutura. É ter a estrutura certa, no lugar certo, só quando precisa . E isso está ao alcance de qualquer empresa que fatura alto, mas não quer perder agilidade pagando pedágio ao excesso de tecnologia. A rede de dados leve é o caminho. Basta dar o primeiro passo. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
Por Romildo Burguez 24 de julho de 2025
Imagine um depósito abarrotado de caixas valiosas, mas fechadas. Dentro delas estão anos de pedidos, medições de máquinas, histórico de manutenção, preferências de clientes. Tudo isso custa para ser armazenado, mas não coloca um centavo novo no caixa. Foi assim que dados corporativos se tornaram, ao longo do tempo, um “ativo invisível”: caros de manter, difíceis de vender. A boa notícia? Hoje existe maturidade tecnológica, modelos de negócio testados e, sobretudo, demanda. Empresas dispostas a pagar por informações que encurtem seus próprios ciclos de decisão. Monetização de dados deixou de ser um tema restrito a gigantes da internet. Fabricantes de aço, distribuidoras de energia, operadoras de logística — qualquer organização que opere sob processos complexos e produza grandes volumes de informação pode transformar esse “peso morto” em nova linha de receita. Mas não basta “abrir planilhas” e cobrar assinatura. É preciso estruturar, empacotar e ofertar valor de forma que o mercado compreenda e confie. Nesse post, você vai conhecer um roteiro prático, comprovado em empresas que faturam centenas de milhões de reais e operam sob SLAs rigorosos, para transformar bases históricas em produtos de dados geradores de receita — sem sobrecarregar a TI nem colocar risco jurídico sobre a mesa. Quer saber como? Continue a leitura! Por que monetizar dados virou prioridade A margem que encolhe Empresas consolidadas sentem a pressão de margens cada vez mais apertadas. Competidores globais, custos de matéria-prima e expectativa do cliente por respostas imediatas comprimem lucros. Transformar dados em produto não depende de novas fábricas nem de grandes contratações. É escala digital, de custo incremental baixo e receita recorrente. Demanda aquecida do lado de fora Startups, bancos, seguradoras e até órgãos públicos buscam informação confiável para alimentar seus algoritmos de risco, previsão de demanda ou manutenção preditiva. Comprar dados prontos, com qualidade garantida, sai mais barato do que coletar do zero. Ponto de virada regulatório No Brasil e no mundo, leis de proteção de dados tornaram-se mais claras. Ao contrário do que parece, isso facilita a monetização: regras objetivas de anonimização, licenciamento e auditoria ampliam a confiança do comprador. Da montanha de dados ao protótipo de produto Comece pelo problema de mercado, não pelo dataset Antes de abrir o data lake, converse com possíveis clientes. Que decisão eles precisam tomar mais rápido? Quanto vale para eles reduzir um dia de estoque parado ou prever falha de equipamento? Somente depois mapeie quais tabelas internas podem responder a essa dor. Defina o MVP em três perguntas Qual insight é entregue? Ex.: tempo real de temperatura de forno, média semanal ou indicador agregador? Em que formato? API, dashboard embutido ou arquivo mensal? Com que garantias? Frequência de atualização, nível de anonimização, suporte. Responda a essas questões e você terá um produto mínimo viável de dados com escopo, preço e público-alvo claros. Storytelling de valor Mesmo o CIO mais técnico do comprador quer entender em negócios: redução de custo, abertura de mercado, mitigação de risco. Crie uma narrativa simples que conecte o dado ao resultado. Afinal, ninguém paga por CSV . Paga por ganho mensurável. Arquitetura que sustenta (sem implodir a TI) Reaproveite o que você já tem Se sua empresa roda relatórios diários em um data warehouse, use esse mesmo pipeline como base. Basta adicionar uma camada de API ou streaming em pontos de alto valor. Assim, não se cria projeto paralelo que consome o time enxuto de tecnologia. Lakehouse e catalogação Convergir dados brutos e modelados em um lakehouse facilita o versionamento, o controle de qualidade e, principalmente, a rastreabilidade exigida pelo comprador. Um catálogo claro de metadados — horário de coleta, unidade de medida, origem — aumenta a confiança e justifica preço premium. Segurança por design Implemente mascaramento, anonimização e trilhas de auditoria na origem. Evita retrabalho, reduz risco jurídico e serve de argumento de venda: “Nossos dados passam por 30 testes automáticos antes de irem para o cliente.” Modelos de receita que funcionam
Por Romildo Burguez 22 de julho de 2025
Imagine chegar para a reunião de resultados e descobrir que o relatório já sabe – desde ontem à noite – que determinada linha de produtos vai estourar a meta este trimestre, enquanto outra precisa de atenção urgente. Nada de vasculhar planilhas ou buscar “versão final_FINAL2” . Em vez disso, o sistema avisa de antemão, aponta a causa provável e indica qual ação traz o maior retorno. Por trás desse cenário vivo há dois pilares: data lake e inteligência artificial. Sozinho, o lake guarda todos os dados brutos da companhia. Sozinha, a IA reconhece padrões escondidos. Juntos, eles formam uma fábrica de insight que entrega alerta, previsão e recomendação assim que o fato acontece. Nesse post, você vai entender como transformar seus dados em uma fonte de inteligência em tempo real, sem colocar em risco os processos que mantêm a operação de pé. Quer ver como isso acontece na prática? Continue a leitura! Data lake: o depósito que fala a língua do negócio Para começar, vale revisitar o conceito de data lake. Pense num grande depósito onde cabe desde arquivos de vendas até fotos de inspeção, sem a rigidez de um banco tradicional. Ele aceita o dado como ele vem, seja um CSV do sistema de logística, um JSON do aplicativo móvel ou um vídeo capturado na linha de produção. Essa flexibilidade sai barata, porque o armazenamento de nuvem foi feito para empilhar informação até onde a imaginação alcançar. Mas um depósito não serve de muito se ninguém souber o que há lá dentro. Aqui entram camadas de organização: uma simples etiqueta dizendo de onde o arquivo vem, outra dizendo quem pode acessá-lo, e assim por diante. Nada que lembre termos como schema-on-read ou particionamento em colmeia – conceitos que existem nos bastidores, mas não precisam aparecer no discurso para o board. Quando o Data lake fica inteligente Chamar o data lake de “inteligente” parece exagero até você observar o que acontece quando a inteligência artificial entra em campo. Com ela, o lago deixa de ser um cofre passivo e ganha voz. O que antes ficava à espera de analistas agora se move em tempo real: Cada venda é avaliada em milissegundos para identificar fraude. Cada leitura de sensor dispara previsão de falha antes que a máquina pare. Cada clique no site calcula automaticamente o próximo melhor produto a oferecer. A mágica está na sequência: coletar, interpretar, agir. Coleta é a entrada constante de dados. Interpretação vem dos modelos de IA que entendem o que aquilo significa. A ação, por fim, pode ser bloquear uma transação suspeita ou mandar uma notificação ao time de manutenção. Tudo sem recorrer a lotes noturnos ou reuniões para “fechar número”. Do dado à decisão: o fluxo em linguagem simples Vamos percorrer esse trajeto usando um exemplo comum a qualquer empresa consolidada: autorizar crédito. Primeiro, o pedido chega pelo canal de venda – loja, aplicativo ou central de atendimento. Em segundos, a informação cai no data lake, acompanhada de detalhes como valor, histórico do cliente e hora do dia. Nesse momento, um pequeno serviço de software aciona o modelo de inteligência artificial treinado para medir risco. O modelo devolve uma nota, algo como 0,87 em 1, indicando probabilidade de inadimplência. Enquanto o cliente ainda está na linha, o sistema compara a nota a uma política interna. Se ficar abaixo do limite, a operação segue; se ultrapassar, o pedido entra em análise manual ou recebe uma contra-proposta de limite menor. Em seguida, o resultado – aprovado ou negado – volta para o data lake, alimentando o histórico que servirá para aprimorar o modelo no próximo ciclo. Perceba que tudo acontece em cadeia: o pedido não “dorme” em nenhuma área, não depende de exportar para ferramenta externa e nem força a TI enxuta a criar regras pontuais. Uma vez implantado, o motor roda no piloto automático, aprendendo com o passar do tempo e reportando métricas que qualquer executivo entende: inadimplência evitada, receita protegida e clientes que voltam a comprar. Benefícios visíveis para empresas que não nasceram digitais Nas organizações jovens, nascidas na era da nuvem, fluxos como o descrito acima são quase rotina. Para indústrias mais antigas, no entanto, eles ainda soam distantes. Justamente aí o data lake inteligente mostra valor, porque resolve dores que já pesam no dia a dia: Velocidade de resposta Quando o número de fraudes sobe ou um equipamento dá sinais de falha, cada hora conta. Pipelines em tempo real colocam o tema sobre a mesa antes que vire crise. Visão unificada Ao reunir dados de ERP, CRM, produção e logística num mesmo lugar, o lake elimina debates sobre “qual relatório está certo”. A palavra final sai de um repositório único, auditável e sempre atualizado. Produtividade do time Processos manuais, como cruzar planilhas ou elaborar scripts de integração, cedem espaço a tarefas de maior valor, como avaliar hipóteses de negócio ou refinar modelos. Escalabilidade de custos Armazenar muito dado não significa gastar horrores. O segredo é usar camadas frias e quentes de forma eficiente – arquivos raramente acessados podem ficar em estágio econômico, enquanto dados frescos recebem mais atenção. Inovação sem ruptura A implantação acontece em fatias. Você começa por um caso de uso, mede retorno, aprende e só então expande para outros setores. O legado continua operando, mas aos poucos ganha companhia de serviços mais modernos. Desafios (e como contorná-los) Transformar a teoria em prática exige atenção a três pontos sensíveis: governança, talento e retorno sobre investimento. Governança Com tanta informação centralizada, as perguntas surgem: quem pode ver a folha de pagamento? Quem pode alterar a regra de risco? Soluciona-se com políticas simples: etiquetas de acesso, trilhas de auditoria e um pequeno comitê que define regras de negócio. Ferramentas de mercado já fazem parte do pacote, evitando construir do zero. Talento Profissionais que falam com fluidez sobre IA e dados não aparecem da noite para o dia. A boa notícia é que a curva de aprendizado cai quando o ambiente dispõe de assistentes baseados em IA para gerar código, documentar fonte e até sugerir correções. Além disso, parceiros de consultoria ajudam a completar o quadro sem inflar folha de pagamento fixa. Retorno Cálculo de ROI assusta quem ainda lembra de projetos de BI que demoravam 18 meses. A filosofia atual é oposta: escolher um alvo rápido (por exemplo, reduzir fraudes em 10%), entregar em semanas e capitalizar o resultado. Esse capital, tangível e comprovado, financia a fase seguinte. Primeiros passos (sem mistério) Se você chegou até aqui, talvez se pergunte por onde começar. A jornada não exige uma virada de chave, mas sim pequenas vitórias consecutivas. Defina um problema que sangra Pode ser perda de venda por falta de estoque, atraso na entrega ou crédito concedido a quem não paga. Quanto mais sentido fizer para o negócio, maior apoio enfim receberá. Mire nos dados já existentes Em 90% dos casos, a matéria-prima está disponível: logs de transação, registros de manutenção, carteiras de clientes. Falta apenas trazê-los ao lake de forma constante. Comece pelo tempo real onde ele realmente importa Não faz sentido colocar toda a empresa em streaming de um dia para o outro. Escolha o ponto dentro do processo em que a decisão imediata traz ganho evidente. Construa um protótipo funcional Em quatro a seis semanas já é possível ter um pipeline pequeno: ingestão, modelo de IA e alerta. Esse protótipo vira vitrine e convence a área de negócio que a promessa é concreta. Documente o impacto A cada iteração, registre números: minutos economizados, redução de erro, aumento de receita. Esses indicadores sustentam investimento futuro sem cair em justificativas teóricas. Visão de futuro: quando o lake vira plataforma de decisão À medida que novas fontes de dados se conectam, o data lake evolui de repositório para plataforma de decisão contínua. Isso significa: Modelos que atualizam sozinhos sempre que surge informação fresca. Serviços de recomendação plugados em aplicativos internos, oferecendo a melhor ação no momento exato. Painéis que saem da simples visualização e passam a interagir: o usuário ajusta o cenário e já vê o impacto. Colaboração entre áreas antes isoladas, porque agora falam sobre a mesma verdade numérica. Com o tempo, discutir dados deixa de ser gasto operacional e vira investimento estratégico, capaz de abrir novas avenidas de receita ou prolongar a vida útil de ativos. É o tipo de vitória que ganha manchete em reunião de conselho, pois mostra a TI não como centro de custo, mas como motor de crescimento. Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: Análise Preditiva: Antecipando o Futuro com Business Intelligence (BI) Supere os desafios do seu negócio com Inteligência de Processos e Dados A importância do Data Storytelling para melhor compreensão de dados e decisões assertivas Conclusão Integrar inteligência artificial a um data lake pode soar audacioso para quem administra legado, equipe enxuta e orçamento contado. Ainda assim, a proposta tem muito de pragmatismo: guardar o que já é produzido, deixar máquinas encontrarem sinais que o olho humano demora a ver e agir enquanto o problema ainda é pequeno. O segredo não está em dominar todos os jargões, mas em alinhar três elementos: clareza do desafio, fluxo consistente de dados e um modelo que gere resposta útil sem exigir tese de doutorado. A tecnologia existe, a nuvem barateou o caminho e o mercado já provou que a conta fecha. Portanto, olhar para a pilha de relatórios atrasados ou para o histórico de falhas não precisa ser frustrante. É exatamente aí que mora o material bruto que alimenta o próximo ciclo de crescimento. E, se cada dado conta uma história, a combinação de data lake com inteligência artificial garante que essa história será contada a tempo de fazer diferença no resultado do trimestre. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
Por Romildo Burguez 17 de julho de 2025
Se você dirige a tecnologia em uma empresa que nasceu décadas antes da nuvem, de siderúrgicas a companhias logísticas, de fabricantes de máquinas agrícolas a distribuidoras de energia, talvez carregue uma sensação de déjà-vu: toda reunião estratégica termina com a mesma pergunta. Não é “como reduzir custo”, mas “qual será nossa próxima fonte de faturamento?” Antes, vender mais significava produzir mais. Por isso, durante anos, a resposta sempre era abrir filiais, comprar equipamentos ou contratar mais vendedores. O problema é que essa conta já não fecha: margens ficam mais apertadas, o capital para investimentos pesa no balanço, e o cliente, acostumado a apps sob demanda, não aceita esperar meses por um upgrade. Nesse novo jogo, produtos digitais viraram a ponte entre operações robustas — que já mantêm a empresa de pé — e novas receitas capazes de sustentar o crescimento daqui para frente. Resumo em uma frase: se antes a vantagem competitiva estava em altos-fornos ou frotas, agora ela mora em dados , software e serviços recorrentes. Nesse post, vamos explorar como produtos digitais criados a partir de ativos que você já possui – dados operacionais, expertise de processo e relacionamento com clientes – podem abrir novas fontes de faturamento sem aumentar despesas, estourar o orçamento de TI e, o mais importante, sem interromper a rotina produtiva que mantém o negócio girando. Continue a leitura para saber mais! Por que olhar além da operação já não é opcional Pressão dupla de mercado e acionistas Setores tradicionais costumam ter gastos fixos altos — matéria-prima, manutenção, logística. Quando a economia esfria, sobra pouco espaço para manobra. Boa parte das organizações responde apertando o cinto. Mas cortar custo tem limite; ampliar o bolo de receita é o que, de fato, destrava valor. Cliente mais exigente Mesmo no agro ou na mineração, o comprador usa smartphone, compara ofertas em tempo real e quer previsibilidade de resultado. Quem entrega dados de performance, alertas e relatórios online passa na frente de quem vende só o produto físico. Valuation movido a recorrência Empresas que ampliam a fatia de faturamento mensal previsível atraem mais investidores, porque tornam o fluxo de caixa menos volátil. Foi assim que a Schneider Electric viu 77% do dinheiro vindo de software tornar-se receita recorrente em 2025 e colocou a meta de 80% até 2027. Dos ativos à assinatura: quatro caminhos possíveis Dados que antes “sobravam” viram serviço de inteligência Sensores em tratores, medidores de energia, rastreadores de frota — tudo isso gera telemetria 24 horas por dia. Quando consolidada em um painel simples, essa informação responde perguntas que sempre doeram no bolso do cliente: “Quanto combustível estou gastando por hectare?” “Que parte da fábrica mais provoca paradas inesperadas?” A John Deere, por exemplo, calcula que 10% da receita virá de software até 2030 ao monetizar o Operations Center, que já conecta 1,5 milhão de máquinas no campo. Nada disso exige reinventar o trator; basta traduzir dado em decisão. Resultado como serviço: cobrar pelo ganho, não pela peça Pense na locadora de máquinas que, em vez de vender equipamento, garante “toneladas movimentadas” e participa do valor gerado quando ajuda o cliente a ser mais eficiente. A ideia inverte o risco: se a eficiência não vem, a cobrança diminui; se vem, todos ganham. No mundo da energia, contratos de economia compartilhada já financiam motores mais eficientes sem que a indústria gaste um centavo à vista. Ecossistema de parceiros: quando abrir a porta rende comissão Você não precisa desenvolver todos os modules do seu produto digital sozinho. Ao publicar APIs e criar um marketplace dedicado — gestão de estoque, roteirização, compliance — parceiros trazem inovação que seu time não teria fôlego para construir. Em troca, pagam uma taxa de uso. A Siemens seguiu lógica parecida: comprou a Dotmatics em 2025, adicionando US$ 300 milhões anuais de software e expandindo o mercado em mais US$ 11 bilhões dentro do Xcelerator. Fintech embutida: transformar fluxo de pagamento em margem Se o cliente já usa seu sistema para monitorar produção, por que não adicionar crédito, seguro ou antecipação de recebíveis dentro da mesma tela? Cada transação gera pequena comissão que, multiplicada pelo volume, se transforma em nova linha de receita sem pressionar a fábrica. Estudos de caso que quebram o mito “isso não serve para meu setor” Agricultura de precisão: de ferro a bytes A John Deere, nascida em 1837, demorou quase dois séculos para entrar de fato no mundo digital, mas, uma vez dentro, acelerou: autonomia de tratores, algoritmos que identificam pragas, e um cockpit de dados que os agricultores acessam no celular. O resultado? Projeção oficial de bilhões de dólares em assinaturas até o fim da década. Indústria pesada: do parafuso à plataforma A Siemens, símbolo da engenharia alemã, percebeu que vender apenas automação não faria cócegas no valuation comparado às big techs . Por isso, comprou a Dotmatics e, agora, empacota ciência dos materiais em software com margem superior a 40%. Energia e automação: a receita que não dorme A Schneider Electric começou a empilhar serviços digitais no portfólio EcoStruxure. Resultado: quase quatro quintos da receita de software já pingam todo mês sem depender do próximo pedido de quadros elétricos. Química: algoritmos no pomar A BASF lançou, em 2025, o xarvio Field Manager para frutas e hortaliças: análise de clima, solo e pragas específica para cada pomar. A assinatura anual custa menos que um inseticida errado e, em troca, reduz perdas de safra, atraindo um mercado altamente pulverizado. Como começar quando o seu time é enxuto e as prioridades são muitas Escolher a dor mais gritante Nada de reunir 40 ideias em um workshop interminável. Colete reclamações reais de clientes: atraso de entrega, falha de revisão de máquina, excesso de estoque. Valide qual problema, se resolvido, o comprador pagaria amanhã. Fazer um inventário dos dados já disponíveis Você ficaria surpreso ao descobrir quantas bases estão prontas: logs de sistemas, medições de sensores, planilhas de manutenção. Mesmo que desalinhadas, elas oferecem a matéria-prima para o produto digital. Desenhar a proposta de valor em português claro Troque “reduzir OEE” por “diminuir paradas não planejadas em 15%”. Conversas que usam números simples atravessam áreas e convencem finanças sem tradutor simultâneo. Construir um MVP em 90 dias Escolha uma nuvem pública, conecte o sensor essencial, crie um painel web simples — às vezes, até um relatório em PDF serve de prova. O objetivo não é lançar o app perfeito, mas ver o cliente usar. Medir como negócio, não como projeto Defina receita recorrente mensal, desistência de clientes e margem bruta. Reúna-se com finanças a cada trimestre. Isso muda a conversa de “TI como custo” para “TI como linha de faturamento”. Escalar sem inflar a estrutura Parcerias resolvem o problema clássico de falta de gente: integradores plugam seus módulos e pagam comissão; universidades testam algoritmos; startups acrescentam serviços de nicho. Você libera inovação sem contratar dezenas de desenvolvedores. Armadilhas Comuns (e como escapar) Dados sem qualidade Se o sensor marca temperatura negativa dentro de um forno, o diagnóstico vai dar erro. Invista em governança logo no primeiro piloto; limpar depois custa caro. Time sem autonomia para priorizar Se cada pequena mudança precisa de aprovação do comitê de capital, o produto trava. Crie um time multidisciplinar com metas próprias, acesso ao cliente e liberdade para lançar versões rápidas. Falta de incentivo para vendas Nada desanima um vendedor mais rápido do que comissão zero sobre assinatura. Ajuste o plano de metas: parte pelo hardware, parte pelo serviço digital. Escopo inflado Quanto mais requisitos você empilhar antes de colocar algo nas mãos do usuário, maior o risco de não lançar nada. Divida o projeto em sprints curtas, cada qual entregando valor tangível. Métricas que fazem sentido na sala de diretoria Receita recorrente mensal: o indicador-chefe de previsibilidade. Margem bruta do software: costuma ficar entre 60% e 80%, bem acima da venda de ativos físicos. Tempo de retorno: projetos de sucesso resgatam o investimento em 12 a 18 meses. Desistência anual abaixo de 5% : prova de que o produto é indispensável. Percentual da base instalada conectada: mostra velocidade de adoção dentro do universo que você já domina. Apresente esses números e o diálogo muda de “Quanto custa?” para “Quando podemos ampliar?” . Para além da tecnologia: cultura, pessoas e narrativa Nenhum pacote de sensor, nuvem e código se sustenta sem gente que acredite no propósito. É preciso: Mentalidade de produto: mais iterativa, menos “projeto fechado”. Comunicação transparente: roadmap visível ao cliente, feedback constante. Aprendizado contínuo: sua equipe de manutenção sabe mais sobre a máquina que qualquer consultoria; envolva essas pessoas no desenho do serviço. E principalmente, celebre pequenos resultados : o primeiro contrato-piloto, o primeiro cliente que renova, o primeiro relatório que substitui planilhas. Cada marco reforça a convicção interna de que a aposta em produtos digitais é real e rentável. Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: O papel de um parceiro de tecnologia na transformação digital Produtos digitais como novas fontes de receita: Oportunidade ou risco? Desafios na gestão de produtos digitais: como superá-los com estratégias práticas Conclusão Empresas centenárias mostraram que produtos digitais não são adorno de marketing, mas alavanca concreta de novas receitas. Elas não abandonaram a operação física; apenas enxergaram que dado + software = valor que o mercado reconhece, paga e renova. Para o CIO ou gerente de TI que comanda um time enxuto, o caminho não passa por transformações gigantescas nem pelo modismo da semana. Ele começa com um problema do cliente, um conjunto mínimo de dados confiáveis e a coragem de entregar uma versão simplificada em poucas semanas. Quando a primeira assinatura cai na conta, as assombrações sobre risco, custo e mudança cultural perdem força. E a pergunta que se impõe na próxima reunião de diretoria deixa de ser “será que dá certo?” para “como escalamos antes do concorrente fazer o mesmo?”. Em outros tempos, máquinas e galpões definiram quem dominava um setor. Agora, a vantagem pertence a quem transforma linhas de código em valor — além da operação, onde nascem as novas receitas. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar sua empresa a encontrar as melhores soluções e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
Por Romildo Burguez 15 de julho de 2025
Você provavelmente já viveu essa cena: o conselho aprova um projeto de modernização de sistemas ou de automação de processos e marca a entrega para “o mais rápido possível”. Enquanto isso, seu departamento de TI — enxuto e focado em manter a operação diária — já mal dá conta de manter os sistemas atuais de pé, atender à área de negócios e cumprir normas de auditoria. Surge, então, a dúvida inevitável: vale trazer um time externo dedicado ou dá para resolver tudo só com a equipe interna? Nesse post vamos discutir essa decisão, mostrando como squads ágeis montados por meio de alocação especializada destravam resultados sem inflar quadro fixo, sem comprometer regras de conformidade e, mais importante: sem interromper a operação . Quer saber mais? Continue a leitura. O Dilema da TI Enxuta Departamentos de TI em empresas consolidadas costumam seguir uma lógica parecida: equipes pequenas, enorme pressão por eficiência e foco em manter sistemas legados críticos funcionando 24x7. Esse modelo controla gastos e concentra o conhecimento essencial dentro de casa. Porém, cria um gargalo quando o negócio exige mudanças rápidas. Pense numa rede de varejo que precisa lançar, em seis meses, um marketplace para fornecedores ou numa indústria farmacêutica que deve adequar todo o ciclo de dados clínicos a regras de fiscalização mais rígidas. Essas iniciativas exigem habilidades novas — design de experiência, engenharia de dados, automação na nuvem — e dedicação exclusiva de tempo que simplesmente não cabem na agenda da TI enxuta. O resultado? O backlog cresce, as oportunidades passam e a reputação da área de tecnologia sofre. O Conceito de Squads Ágeis “Squad” ganhou fama em empresas de produto digital, mas a ideia é simples: um grupo pequeno, com competências variadas, autonomia alta e meta clara. Em vez de uma estrutura vertical, o squad reúne pessoas de diversas especialidades (negócio, design, desenvolvimento, garantia de qualidade, dados) focadas num objetivo mensurável. Quando o squad chega por alocação externa, ele já vem com processos de trabalho maduros (Scrum, Kanban ou Lean adaptado) e ritmo de entrega constante. Para quem contrata, isso significa ramp-up de semanas, não de meses: define-se o objetivo, integra-se às ferramentas e a máquina gira. Alocação especializada: muito além de “corpo extra” Alocação não é simplesmente contratar um contingente para tapar buraco. Um bom parceiro entrega três ingredientes em cada squad: Conhecimento pronto para usar: profissionais que já enfrentaram desafios parecidos — migração de sistemas antigos para serviço na nuvem, automação de testes obrigatórios, integrações em tempo real. Ritmo de entrega: práticas de integração e entrega contínuas, testes automatizados e indicadores de fluxo (tempo total de entrega, volume de histórias concluídas) que encurtam o ciclo de valor. Governança sob medida: combinam cerimônias de acompanhamento, painéis de indicadores e acordos de nível de serviço adaptados à forma de decidir do CIO e do negócio. Com esses três pontos, a alocação vira extensão estratégica da TI — não um custo pendurado na contabilidade. Quatro sinais de que você precisa de um squad alocado Prazo curto para algo de alto impacto A diretoria comercial quer lançar um portal de autosserviço até o trimestre que vem, mas 80% da força interna já está comprometida com manutenção de sistemas. Habilidades raras ou temporárias Surge a demanda por cientistas de dados e profissionais de automação, mas seu time é especialista em manutenção de sistemas internos. Montanha de tarefas acumuladas Cada semana vira malabarismo entre correções urgentes e pequenas melhorias, sem espaço para inovar. Pressão regulatória elevada Finanças, saúde ou energia exigem relatórios de conformidade a cada atualização de sistema. Um time externo com experiência comprovada reduz risco de multas e atrasos. Dois ou mais desses sintomas costumam indicar que reforço é urgente. Benefícios que Fazem Sentido para o board Executivos aprovarão um squad externo só se enxergarem retorno claro. Eis alguns números que costumam pesar: Velocidade de lançamento: projetos que levariam um ano podem chegar em seis meses, antecipando receita ou economia. Previsibilidade de despesa: em vez de criar vagas permanentes, paga-se por capacidade sob demanda, encaixada no orçamento de despesas operacionais. Risco menor de indisponibilidade: especialistas reduzem falhas, retrabalho e horas de sistema fora do ar. Foco da equipe interna no que sustenta o negócio: o time da casa mantém processos críticos enquanto o squad externo ataca a inovação. Quando traduzidos em indicadores de valor presente líquido (VPL), margem e satisfação de cliente, esses benefícios convencem mesmo o financeiro mais cuidadoso. Integração sem Tropeços Contratar o squad é metade do trabalho. A outra metade é integrá-lo sem atrito: Onboarding rápido: acesso a ambientes, documentação e workshop sobre o negócio no primeiro dia. Patrocínio visível: o CIO participa das primeiras revisões de sprint, valida prioridades e corta barreiras internas. Ferramentas compartilhadas: quadro de tarefas, repositórios, chat e dashboards abertos entre times interno e externo. Feedback transparente: impedimentos subindo diariamente, antes de virarem incêndio. Esquecer esses pontos cria ruído de comunicação e mata a velocidade que o squad promete trazer. Casos Práticos Modernizar sistemas críticos sem parar a operação Uma seguradora precisou migrar aplicações antigas de mainframe para a nuvem. A equipe interna dominava o “código legado”, mas não tinha experiência com contêineres e automação de infraestrutura. Um squad terceirizado, formado por engenheiros de plataforma, arquitetos de nuvem e especialistas em confiabilidade, escalonou a migração em fatias pequenas. Em doze meses, a empresa cortou 45% do custo de infraestrutura e não teve um minuto de indisponibilidade. Criar um canal de venda direto ao consumidor Um fabricante de bens de consumo queria lançar um aplicativo próprio. A TI interna mantinha SAP, CRM e banco de dados, mas não desenvolvia apps. Um squad de design, desenvolvedores de celular e teste automatizado colocou um MVP nas mãos dos clientes em quatro sprints. Seis meses depois, o novo canal respondia por 12% das vendas diretas, sem sobrecarregar a equipe existente. Como Calcular o Retorno antes de Assinar Liste o ganho esperado: aumento de receita, economia de mão de obra, redução de multas. Some todas as despesas: valor da alocação, licenças adicionais e horas de integração. Crie cenários otimista, base e crítico: e avalie em quanto tempo o investimento se paga. Compare com projetos equivalentes no mercado: benchmarks evitam projeções irreais. Se o payback vem em até 18 meses, o projeto costuma passar sem grande resistência. Atenção às Armadilhas Escopo indefinido: sem backlog claro, o squad vira “exército de aluguel” sem rumo. Falta de dono interno: nomeie alguém da TI para ser ponte oficial. Troca constante de pessoas: cláusula de estabilidade mínima garante continuidade. Cultura de “nós versus eles”: promova reuniões conjuntas e canais de chat únicos. Escolhendo o Parceiro Certo Experiência no seu setor: peça casos em mercados regulados parecidos. Processo de qualidade: avalie normas de segurança, cobertura de testes e indicadores de entrega. Modelo de cobrança claro: seja por hora, valor fixo por mês ou remuneração por objetivo. Governança firme: SLA sobre substituição de profissional e confidencialidade contratuais. Comunicação fluida: idioma, fuso horário e acesso fácil aos decisores contam muito. Um piloto curto ajuda a validar aderência antes de assinar algo maior. Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: Ganhe eficiência e reduza custos com equipes de TI alocadas Do legado à nuvem: modernize os sistemas core sem parar sua operação Alocação de Profissionais: 10 soluções para os principais desafios em tecnologia Conclusão  Para empresas tradicionais que contam com TI enxuta, a pressão por inovação cria um vazio que a equipe interna sozinha não consegue preencher. Squads ágeis montados via alocação deixam o departamento mais flexível, entregam velocidade e trazem conhecimento de ponta sem transformar folha de pagamento em bola de neve. Reforço externo não significa abrir mão de controle. Significa ampliar capacidade sem perder o foco no que mantém o negócio rodando. Se a lista de projetos cresce mais rápido do que seu quadro de gente, talvez seja hora de experimentar um squad alocado. Defina metas claras, escolha um parceiro compatível com sua cultura e teste em pequena escala. O retorno costuma surpreender até o conselho mais cauteloso. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar o melhor time profissionais e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
8 de julho de 2025
“Comece pequeno, valide cedo, escale com segurança” Esse mantra do desenvolvimento ágil parece simples — até você se deparar com uma barreira de siglas e normativos como LGPD, HIPAA, PCI-DSS, Bacen ou Anvisa. Ambientes altamente regulados impõem regras rígidas sobre coleta, guarda e processamento de dados, exigindo auditoria detalhada de cada mudança em sistemas críticos. Nessas circunstâncias, como unir a urgência de lançar um MVP enxuto à necessidade de atender centenas de requisitos legais? A resposta passa por um product discovery que já nasce alinhado à conformidade, permitindo “acertar no escopo” logo na primeira sprint. Nesse post, vamos nos aprofundar em práticas e mentalidades para atingir esse equilíbrio, mostrando que restrições normativas, quando tratadas desde o dia 1, podem acelerar (e não travar) a inovação. Continue a leitura e saiba mais!
8 de julho de 2025
Durante décadas, quem comprava de outra empresa aceitava a ideia de que as interfaces B2B eram, por natureza, cinzentas, confusas e lentas. “É assim mesmo, estamos plugados no ERP” , dizia-se. Só que o jogo virou: a explosão de marketplaces, o home office e a pressão por eficiência provaram que o executivo corporativo também exige experiências fluídas, mobile-first e em tempo real. O desafio? Essas jornadas modernas precisam conversar com um backoffice que foi erguido num mundo pré-cloud, repleto de customizações e dados espalhados. Nesse post, você vai ver por que integrar o legado não é um freio para a inovação, mas a virada que pode transformar portais e apps em máquinas de receita, fidelização e dados valiosos para o negócio.
8 de julho de 2025
A Atlassian reformulou a experiência do Jira Cloud , e, por extensão, de Confluence, Compass, Rovo e Atlassian Home – com o maior redesenho desde a migração total para SaaS. A nova interface substitui o antigo cabeçalho horizontal por uma barra lateral personalizável, enxuga o topo da tela, reorganiza completamente a Issue View e adota padrões rígidos de acessibilidade (WCAG 2.2). O objetivo é reduzir trajetos de clique, padronizar o visual entre produtos, abrir espaço para recursos de IA generativa e, acima de tudo, tornar o trabalho diário mais rápido e inclusivo. Nesse post vamos detalhar a nova navegação do Jira, mostrando como ela reduz trajetos de clique, alinha o visual em toda a suíte e estabelece a base para IA generativa, permitindo ganhos de produtividade, acessibilidade e governança. Continue a leitura para saber mais! Visão Geral da Reformulação Em 2024, a telemetria da Atlassian revelou que mais de 40% do tempo “perdido” pelos usuários estava ligado a jornadas de navegação entre projetos, issues e produtos. A empresa então definiu três metas para o redesign: Reduzir a distância: menos cliques, mais foco Quando analisou os logs de uso de 2024, a equipe de produto descobriu que quase 40% do tempo improdutivo dos usuários acontecia em “viagens” entre projetos, issues e produtos . Os designers estabeleceram como meta cortar trajetos redundantes e deixar tudo a dois cliques de distância . Para isso: Barra lateral fixa e personalizável: A nova barra lateral reúne “Recentes”, “Favoritos” e “Projetos”, permitindo acesso imediato a epics, boards e filtros críticos sem abrir menus suspensos. Redução comprovada de cliques: Testes A/B durante o programa Early Access mostraram queda média de 18% na troca de projetos e 12% na criação de issues, economizando até 11 min por colaborador por semana em squads que alternam vários repositórios. Atalhos unificados e rolagem infinita: A visão de issue ganhou rolagem suave e botões de colapso, evitando a “ scroll fatigue ” que aparecia nos fóruns desde 2022. O resultado imediato é um Jira que “desaparece” e deixa o trabalho à vista, reduzindo o atrito cognitivo em tarefas repetitivas. Criar coerência visual: a mesma linguagem em toda a suíte Antes da atualização, cada produto Atlassian carregava variações de cores, ícones e posicionamento de menus, o que prolongava a curva de aprendizado de novos usuários. Para alinhar a experiência: Atlassian Design System como base única: Jira, Confluence, Compass e Rovo agora compartilham a mesma tipografia, espaçamento e tokens de cor definidos no ADS. Refresh simultâneo em Confluence: O time de Confluence adotou a mesma barra lateral e atualizou ícones e componentes, garantindo que a transição entre produtos pareça natural. Componentes React compartilhados: A adoção de um kit de componentes único diminuiu retrabalho entre engenharias e eliminou layout shifts, melhorando em média 15% a taxa de frames por segundo em telas Full HD. Essa coerência reduz a necessidade de treinamento formal: quem aprende a navegar no Jira replica o comportamento, sem esforço, em Confluence ou Compass. Preparar terreno: fundação para IA generativa e extensões O redesenho não mira apenas o presente; ele cria a infraestrutura visual e técnica para recursos de Atlassian Intelligence e futuras integrações Forge . Entre as ações-chave: Pontos de extensão na barra lateral: Novos módulos (jira:navigationBadge, uiModifications) permitem que apps exibam contadores em tempo real e links contextuais na própria navegação. Seções inteligentes em 2025 Q4: A Cloud Roadmap antecipa blocos gerados por IA que sugerem filtros ou dashboards baseados no comportamento do time. Camada semântica compartilhada: Unificar menus, hierarquias e atalhos cria o “grão fino” de metadados que os modelos de linguagem precisam para responder a comandos em linguagem natural, como “mostre bugs bloqueando o release X ”. A navegação vertical é o pilar que sustenta automações, respostas conversacionais e alertas preditivos que chegam com Atlassian Intelligence, garantindo que todos os produtos falem a mesma língua de design e dados. Principais mudanças no layout Barra lateral personalizável