Diferenças entre Cultura e Clima Organizacional

Wagner Hörlle • July 15, 2021

Se você chegou a este texto é porque está buscando compreender melhor as diferenças entre Cultura e Clima Organizacional, não é?

Pode parecer confuso no início, pois os conceitos são complementares, por isso semelhantes, mas nesse post vamos te ajudar a entender, de uma vez por todas, o que é cada um deles.

Vamos começar retomando o conceito e informações importantes sobre cada um deles e depois faremos uma comparação direta entre os dois.

Cultura Organizacional

A cultura organizacional de uma empresa, que também pode ser chamada de cultura empresarial ou corporativa, é um conjunto de elementos que irão definir a forma como a empresa irá conduzir seus negócios e como ela vai se relacionar com seus colaboradores, clientes e parceiros . Atuando também como uma bússola, que norteia e alinha os comportamentos dos seus funcionários à cultura da empresa.

O conceito de cultura organizacional sintetiza um conjunto de práticas, ações, políticas e comportamentos que regem a rotina da empresa e que se concretizam no dia a dia do trabalho.

A cultura organizacional de uma empresa se constrói com base em alguns elementos essenciais. Os elementos são:

  • Pressupostos: são crenças e sentimentos que estão presente nos colaboradores e parceiros da empresa. Essas crenças são estabelecidas por meio da convivência do grupo. Os pressupostos aparecem de forma mais nítida na primeira impressão causada pela empresa. 

  • Valores compartilhados: eles têm origem nos valores organizacionais da empresa e são definidos a partir do que é fundamental para a instituição

  • Artefatos: se originam a partir dos valores estabelecidos pela empresa. Eles se constituem através de práticas de gestão, símbolos, padrões e histórico do negócio. Representam ações concretas que sustentam a cultura da empresa no dia a dia. Exemplos: ritos, protocolos e as atividades desenvolvidas e incentivadas no ambiente de trabalho, assim como encontros, cerimônias e eventos

Clima organizacional 

O clima organizacional de uma empresa é definido a partir da percepção coletiva que os membros têm a respeito da instituição . Através de múltiplas experiências, sentimentos e opiniões o colaborador cria uma impressão sobre o local de trabalho.

Com base nessa junção de percepções, os colaboradores e parceiros irão reagir de um determinado modo às tarefas e as demandas do dia a dia, causando um impacto positivo ou negativo ao clima do ambiente compartilhado. E esse efeito irá repercutir diretamente na produtividade da empresa.

Para que o clima de uma empresa seja considerado positivo pelos colaboradores, eles costumam levar em conta diversos fatores, tais como: 

  • Benefícios oferecidos pela empresa;

  • Conduta dos colegas e superiores; 

  • Modelo de gestão;

  • Carga horária;

  • Estrutura e ferramentas de trabalho e

  • Características do trabalho.

Mas afinal, quais são as diferenças entre cultura e clima organizacional?

Como foi dito anteriormente, os nomes e conceitos são bastante parecidos, e isso pode atrapalhar na hora de entender o papel de cada um dentro de uma empresa. Abaixo iremos destacar as principais diferenças entre as categorias e ao final do texto será possível consultar um quadro informativo com os conceitos sintetizados em palavras e frases chaves.

Essa compreensão dos pontos que constituem cada conceito é de extrema importância para que ações na empresa possam ser planejadas e executadas. É a partir dessa compreensão inicial que poderemos avaliar os pontos positivos e os que necessitam de ajustes, para que a instituição forneça um bom ambiente de trabalho para todos que a compõe.

Já sabemos que a cultura organizacional de uma instituição, representa e sintetiza um conjunto de práticas, ações, políticas e comportamentos que orientam e regulam a rotina da empresa, e que todos esses elementos se concretizam no dia a dia do trabalho . Eles estão presente em todas as ações que envolvem o negócio, e não apenas nas decisões de quem é responsável pela instituição.  Está presente desde as tarefas diárias executadas por uma equipe ou time, até em grandes decisões como, por exemplo, posicionamento ou reestruturação de marca. Ela congrega valores, comportamentos, hábitos e pontos de vista em comum no ambiente de trabalho.  

A cultura organizacional está diretamente ligada com a maneira com que uma empresa irá administrar seus negócios e a forma como ela se relaciona com seus colaboradores, parceiros e clientes.  

Ela também  não surge do nada , mas sim pré-estabelecida . Ela é gerada e cresce juntamente a empresa . É construída e adaptada no processo de evolução da empresa, por isso negócios pequenos também possuem cultura, mesmo tendo poucos colaboradores e clientes. Cultura organizacional se refere a forma como a ações são pensadas, direcionadas e firmadas dentro da empresa e derivam dos valores organizacionais estipulados e incentivados pela mesma.

Pode ser considerado também como o DNA da instituição, aquilo que a torna única, sua identidade. Esse conceito irá definir a maneira como ela será vista e interpretada por seus colaboradores, parceiros e clientes.

Pela força e importância que a cultura tem dentro de uma empresa podemos perceber que se trata de algo consistente e duradouro . Apesar de passar por adaptações naturais como: a entrada de novos colaboradores, mudança de líderes e até mesmo de CEO, existe uma margem para mudança, pois a essência de uma instituição tende a se perpetuar através do tempo. Dificilmente uma empresa conseguirá mudar sua cultura radicalmente de forma rápida, pois é algo que já está posto e com certeza enfrentará resistências, por isso não se trata de algo que possa ser facilmente e rapidamente modificado.   

Isso não quer dizer, de forma alguma, que mudanças, atualizações e melhoramentos não possam e devam ser feitos. Muito pelo contrário, empresas que se preocupam ter uma cultura forte e positiva veem demostrando maior sucesso em seus empreendimentos.

Independente da área ou setor de atuação de uma empresa, é fundamental que ela tenha uma cultura estabelecida e bem-estruturada, pois é a partir dela que os colaboradores saberão os caminhos que devem seguir, proporcionando assim um alinhamento natural nas atitudes e nos comportamentos de todos os membros da organização.

Já o clima organizacional diz respeito a percepção da cultura de uma determinada empresa por seus colaboradores e parceiros , e que pode ser mensurada através de técnicas e métodos apropriados para essas situações. O clima pode ser avaliado pois, se trata de fatores técnicos e emocionais. E a partir deles podem ser levantadas informações essenciais para manter um ambiente de trabalho onde a cultura e o bem-estar de todos os colaboradores sejam preservados.

Uma das técnicas mais utilizadas realizar essa análise é a Pesquisa de Clima. Muitos aspectos podem ser diagnosticados através de observações, avaliações e pesquisas resultando em dados valiosíssimos para instituição

São muitos os fatores que influenciam na percepção que os colaboradores e parceiros tem da empresa.

  • Relacionamento do colaborador com seus líderes e pares ;

  • Estrutura física oferecida pela empresa, assim como as condições dos recursos materiais disponibilizados para que o colaborador execute suas funções. Aqui estão inclusas também as condições higiênicas do local.
  • Nível de autonomia que o colaborador possui para desenvolver o seu trabalho e que estará diretamente ligado a quanto a empresa é flexível nesse assunto;

  • Sistema de incentivos , que são as premiações, bonificações ou qualquer outro modelo que recompense os colaboradores. Para que esse método funcione é fundamental que os incentivos sejam oferecidos de forma proporcional e correta;

  • Nível de responsabilidade  que os colaboradores sentem em relação à instituição. Funcionários que acreditam que a empresa não é responsável para com seus colaboradores e clientes, dificilmente irão ter uma visão positiva sobre a mesma;

  • Grau de comprometimento entre empresa e colaborador. Para isso, é importante que as metas da instituição e as do funcionário estejam alinhadas, para que haja o devido comprometimento por ambas as partes;

  • A transparência  é primordial em uma empresa, para que sempre se possa avaliar se os valores e cultura da instituição estão sendo passados de forma nítida e compreensível;

  • Grau de satisfação dos colaboradores com seus cargos e com suas remunerações . Um colaborador que se sente injustiçado dentro de um espaço, seja por baixa remuneração ou por ocupar um cargo que não lhe satisfaz, terá uma percepção ruim a respeito da empresa e isso vai refletir diretamente no seu desempenho e no clima organizacional da instituição.

Diferentemente da cultura, o clima organizacional muda constantemente , pois se trata de  um reflexo de como os colaboradores pensam e agem dentro da empresa. Sendo assim, pode variar rapidamente a partir de acontecimentos diários. Qualquer insatisfação ou conflito que possa surgir tem potencial para alterá-lo de um minuto para outro, exigindo muito jogo de cintura por parte dos líderes e das equipes de RH. Isso acontece, pois, o clima está associado a fatores internos e externos ao colaborador.

Em resumo , um clima saudável e positivo permite que seus colaboradores experimentem o que é chamado de bem-estar organizacional. Que engloba o bem-estar psicológico, físico e social. Na ausência de um bom clima, existem grandes possibilidades de que situações de estresse, assédio moral e até mesmo Síndrome de Burnout se desenvolvam e ganhem força nesse ambiente.

Em síntese, a cultura organizacional está diretamente ligada ao propósito, às crenças, a missão e aos valores da empresa.  Já o clima organizacional, se constitui pela percepção coletiva dos colaboradores sobre o ambiente de trabalho.

Comparativo entre Cultura e Clima Organizacional

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ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
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