Desenvolvimento de software em empresas não digitais: Do suporte à inovação

Romildo Burguez • September 2, 2025

Durante anos, a área de TI foi vista em muitos negócios consolidados como um centro de custo dedicado a manter a luz acesa: emitir notas fiscais, processar folha de pagamento, assegurar que o ERP não pare. Mas, à medida que a concorrência acelera, os consumidores exigem experiências digitais sem fricção e investidores cobram crescimento sustentável, essa visão simplesmente não é mais suficiente. Empresas de setores tradicionais — energia, logística, varejo, saúde, financeiro — já perceberam que a TI pode representar a alavanca competitiva que separa os sobreviventes dos líderes de mercado. O “pulo do gato” está no desenvolvimento de software sob medida: ir além da folha de suporte e colocar a tecnologia na linha de frente da geração de receita, eficiência e inovação. 


Nesse post, você vai entender por que as organizações não nativas digitais precisam urgentemente reposicionar sua TI, quais barreiras tornam essa jornada desafiadora e como uma abordagem estruturada de Product Discovery + Desenvolvimento Ágil transforma a área de suporte em verdadeiro motor de crescimento. 


Quer saber mais? Continue com a gente! 


O Dilema das Empresas Tradicionais 

Em negócios consolidados, o cenário costuma ser semelhante: sistemas legados robustos, processos críticos acoplados a tecnologias antigas e equipes de TI enxutas, historicamente focadas em sustentação. Esse arcabouço foi suficiente enquanto a competição se limitava a players igualmente lentos. Porém, o jogo mudou. 


Startups digitais sem passivos de legado conseguem lançar novas features em semanas, testar hipóteses em dias e ajustar preços em tempo real. Clientes passaram a comparar não apenas produtos, mas experiências. E investidores observaram que valuation está diretamente ligado à capacidade de escalar digitalmente. Assim, o diretor de TI — que antes comemorava uptime e SLA — agora precisa influenciar o P&L, entregar analytics preditivo, implantar canais digitais e até cocriar novos modelos de receita. 


Entretanto, transformar a TI de guardiã de sistemas para geradora de valor esbarra em três frentes: 


  • Ambientes complexos e regulados, onde errar pode significar milhões em prejuízo ou sanções. 
  • Gap de competência: contratação de especialistas em cloud, UX, IA ou DevSecOps demora meses e custa caro. 
  • Cultura organizacional que ainda enxerga tecnologia como fim, e não como meio para objetivos claros de negócio. 


É justamente aqui que o desenvolvimento de software customizado — pensado para pessoas, processos e métricas específicas — se mostra a ponte entre o passado e o futuro. 


Do suporte à estratégia: como o software sob medida muda o jogo 


Software como diferenciador competitivo 

Quando o software nasce de dores reais do negócio, ele deixa de ser commodity e se torna propriedade intelectual. Um algoritmo de roteirização que reduz 12% do gasto logístico, um app de fidelidade que eleva o ticket médio em 18%, um portal que automatiza compliance regulatório — todos esses são resultados que impactam diretamente margens e percepção de valor do cliente. 


Empresas de setores tradicionais detêm dados operacionais profundos que competidores digitais não têm. O desenvolvimento sob medida converte essa vantagem em soluções que concorrentes não conseguem replicar rapidamente. 


Do backlog ao ROI 

O segredo de transformar TI em motor de crescimento não está apenas na codificação, mas em alinhar cada sprint a uma métrica de resultado. Para isso, é fundamental iniciar com um Product Discovery robusto: mapear jornadas de usuário, priorizar funcionalidades pelo impacto financeiro e definir indicadores de sucesso antes da primeira linha de código. 


Quando o backlog nasce dessa lógica, cada funcionalidade carrega um objetivo de receita, eficiência ou mitigação de risco. Dessa forma, o board executivo acompanha trajetória de ROI em tempo quase real, validando ou pivotando o produto com agilidade — e a TI se firma como player estratégico. 


A cultura da entrega contínua 

Em ambientes complexos e regulados, ciclos de release anuais eram regra. Hoje, entrega contínua é mandatória. Não porque seja moda, mas porque a janela competitiva encolheu. O desenvolvimento ágil, ancorado em automação de testes, integração contínua (CI) e pipelines de DevSecOps, permite lançar incrementalmente, controlar riscos e garantir compliance. Com isso, a TI mantém a operação segura enquanto libera valor de negócio em pacotes menores, tangíveis e mensuráveis. 


Barreiras práticas — e como superá-las 


Sistemas legados como barreira imaginária 

“Nosso ERP é muito antigo, impossível inovar”. Se você já ouviu (ou disse) isso, saiba: sistemas legados não precisam ser demolidos. Arquiteturas de microsserviços e APIs criam uma camada de abstração que “embrulha” funcionalidades antigas e permite que novas soluções consumam dados em tempo real — sem quebrar o core. Estratégias como Strangler Pattern modernizam por partes, garantindo continuidade operacional e distribuindo investimento ao longo do tempo. 


Escassez de talentos 

Contratar um cientista de dados, um engenheiro DevOps sênior e um designer de produto pode levar seis meses. O backlog, contudo, não espera. Squads multidisciplinares de parceiros especializados plugam competência de forma instantânea, repassam conhecimento gradualmente e aliviam a TI interna para se focar em governança. O resultado é time-to-talent reduzido e produtividade acelerada. 


Governança e risco regulatório 

Quando dados sensíveis deixam o data center on-premise rumo à nuvem, compliance acende o alerta vermelho. O caminho passa por DevSecOps integrando segurança ao pipeline desde o Dia 0: scan de vulnerabilidade a cada commit, gestão de chaves, esteira de auditoria, testes automatizados de conformidade. O aspecto chave é que governança não se soma ao projeto; ela é o projeto. 


Roadmap para transformar TI em motor de crescimento 

Diagnóstico 360°: não apenas mapas de sistema, mas análise de processos, custos e métricas financeiras ligadas a cada fluxo. 


Discovery orientado a valor: workshops de ideação com negócios, TI e operações; definição de hipóteses, quick wins e backlog priorizado por ROI. 


Arquitetura de integração: escolha de APIs, mensageria, contêineres e cadências de deploy compatíveis com o risco operacional. 


Squad ágil multidisciplinar: engenharia, UX, data science e QA trabalhando em ciclos de duas semanas, com demos de valor para stakeholders. 


Medição contínua: KPIs de negócio atrelados a dashboards de produto; feedback do usuário realimentando priorizações. 


Capacitação interna: pair programming, documentação viva e guildas técnicas para que a equipe do cliente absorva conhecimento — e a inovação se torne processo, não evento. 


Cada etapa reduz dependência de guesswork e cria um caminho claro do investimento ao retorno. 


Casos de Impacto 

Uma companhia logística integrava pedidos via e-mail. Um portal web + API reduziu o tempo de ciclo em 42% e cortou 340 horas mensais de retrabalho. 


Rede varejista implantou motor de recomendação próprio, elevando o cross-sell online em 21% nos três primeiros meses. 


Cooperativa de saúde digitalizou processo de autorização médica, liberando 65% dos atendimentos em menos de 10 minutos. Antes, o SLA era de 24h. 


Esses resultados não nasceram de soluções prontas, mas de software feito sob medida, guiado por métricas de negócio e implementado sobre legados existentes. 


Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo:   



Conclusão 

O debate não é mais se empresas tradicionais devem investir em software próprio, mas quando — e, principalmente, como. A TI que permanece confinada à sustentação está fadada a cortes de orçamento e perda de relevância. Em contrapartida, a TI que abraça o desenvolvimento de software customizado, amparado em discovery robusto, arquitetura integrável e cultura de entrega contínua, desloca-se para o epicentro da estratégia corporativa. 


Transformar TI de centro de custo em motor de crescimento exige coragem para questionar processos herdados, disciplina para mensurar valor a cada sprint e parceiros capazes de navegar em ambientes regulados sem pôr a operação em risco. Mas o retorno compensa: mais eficiência, novas fontes de receita, maior poder de resposta ao mercado e, acima de tudo, vantagem competitiva sustentável. 


Na próxima vez que alguém disser que modernizar legados é inviável, lembre-se: o futuro digital das empresas tradicionais não depende de descartar o passado, mas de conectar inteligentemente o que já funciona ao que precisa evoluir. É nesse ponto de encontro — entre robustez e inovação — que a TI deixa de ser suporte para se tornar o motor que impulsiona o crescimento. 


Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! 


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Você provavelmente já sentiu isso na pele: a operação não espera, o cliente não perdoa, o time está enxuto, o legado “segura o negócio com fita crepe” e boa vontade, e o calendário insiste em ser mais curto do que o bom senso. No meio desse cenário, a inteligência artificial aparece como uma promessa irresistível. Ela escreve, resume, sugere, analisa, responde. Parece uma contratação em massa sem recrutamento, sem onboarding, sem férias. E é exatamente aí que mora o risco. Quando a empresa vive um ambiente crítico — seja por lidar com dados sensíveis, ter integrações frágeis, operar com sistemas antigos ou trabalhar com prazos apertados — a IA pode tanto liberar uma produtividade enorme quanto acelerar erros, vazamentos e decisões ruins com uma velocidade inédita. O problema não é a tecnologia. O problema é a forma como ela entra: como remédio rápido para dor grande, sem o mínimo de disciplina. Entretanto, é possível adotar IA com responsabilidade, mesmo com rigidez, legado e pouco tempo. Só que o caminho não começa “na ferramenta”. Começa em cultura digital, processo e um conjunto simples de regras. Você não precisa falar difícil para fazer bem feito. Precisa ser claro. Nesse post, vamos transformar o tema em algo aplicável ao seu dia a dia: onde começar, o que evitar, como medir valor e como não quebrar o que já funciona. Continue a leitura para saber mais! A pressa das PMEs faz sentido. O perigo é confundir pressa com atalho. Pequenas e médias empresas se movem por necessidade. Elas não têm cinco camadas de aprovação, nem uma fila infinita de especialistas para absorver demanda. Quando surge um gargalo — seja no atendimento, no financeiro, no comercial ou na gestão de projetos — ele aparece com força. A dor é direta. E a vontade de resolver “para ontem” é legítima. Por isso, a IA entra com facilidade. Ela parece um reforço imediato. Só que em operações sensíveis, essa entrada rápida costuma vir acompanhada de três comportamentos perigosos: O primeiro é a “adoção invisível”. Cada área começa a usar ferramentas por conta própria, sem padrão, sem alinhamento, sem proteção. Parece produtividade, mas, na prática, vira um risco espalhado. É quando a empresa acorda e percebe que informações críticas foram copiadas e coladas em lugares errados — e ninguém sabe ao certo o que foi usado, onde, por quem e para quê. O segundo é a “dependência sem critério”. Em vez de apoiar decisões, a IA começa a influenciar decisões. E como ela fala com confiança, muita gente deixa de questionar. O resultado pode ser um erro bem escrito e muito convincente, indo parar em um e-mail para cliente, numa proposta comercial, numa análise de risco ou num plano de ação. O terceiro é o “atalho que vira dívida”. A empresa economiza tempo hoje, mas cria um problema que custará caro amanhã: processos diferentes em cada área, informações desencontradas, retrabalho, perda de qualidade e uma sensação constante de que a operação ficou mais rápida… porém menos confiável. Se você atua em ambientes críticos, precisa de uma ideia simples para guiar decisões: IA não é só uma ferramenta. É uma capacidade. E capacidade precisa de método. IA operacional vs IA estratégica Aqui está a diferença que separa quem “brinca” de IA de quem realmente melhora a empresa. O uso operacional é quando a IA ajuda em tarefas soltas. Ela escreve um e-mail, organiza um texto, revisa uma mensagem, resume uma reunião, gera ideias para um post, cria um roteiro de apresentação. Isso é útil, sim — e costuma trazer ganhos rápidos. Só que é, principalmente, produtividade individual. O uso estratégico é quando a IA melhora o funcionamento da empresa. Ela reduz gargalos recorrentes, diminui retrabalho, melhora prazos, padroniza comunicação, acelera decisões com mais consistência. Isso acontece quando a IA entra conectada a processo, rotina e medida de resultado. É produtividade organizacional. A pergunta que coloca você no trilho certo é bem objetiva: “Isso vai melhorar a empresa ou só vai deixar alguém mais rápido hoje?” Se a resposta for “só hoje” , tudo bem. Mas trate como experimento controlado. Se a resposta for “vai melhorar a empresa” , então você precisa do mínimo de responsabilidade para a coisa escalar sem quebrar a confiança. Em operação crítica, “começar pequeno” não significa “começar solto” Muita gente ouve “comece pequeno” e traduz como “qualquer um começa de qualquer jeito” . Em ambientes críticos, começar pequeno precisa significar outra coisa: começar seguro , com escopo curto, impacto real e regras simples. Pense assim: você quer escolher casos de uso que tragam valor rápido, mas que não exijam mexer no coração frágil das integrações de primeira, nem colocar dados sensíveis em risco . Você quer avançar sem quebrar o que está em produção. A seguir, estão seis pontos de partida que normalmente funcionam bem nesse cenário — e que ajudam a construir confiança. 6 usos iniciais “seguros” para ambientes críticos Resumo e padronização de informações internas. Atas de reunião, planos de ação, registros de decisões, atualizações de status. Aqui a IA vira uma secretária eficiente: organiza, sintetiza e deixa mais claro o que já foi discutido. Desde que você evite conteúdo sensível e tenha revisão humana, o risco é baixo e o ganho costuma ser alto. Documentação e melhoria de procedimentos Em empresas com legado e estruturas rígidas, documentação é ouro — e quase sempre está atrasada. A IA pode ajudar a transformar rascunhos em textos mais claros, sugerir estrutura, padronizar linguagem e identificar lacunas. O segredo é simples: ela não “autoriza”; ela ajuda a escrever. Quem valida é o time. Triagem de demandas e classificação de tickets Antes de automatizar respostas, você pode automatizar organização. Classificar tipos de solicitação, identificar urgência, sugerir responsáveis, apontar provável causa. Isso reduz caos na fila e melhora tempo de resposta sem mexer diretamente em sistemas sensíveis. Base de conhecimento interna com curadoria Em operações corridas, perguntas se repetem: como liberar acesso, como abrir chamado, como registrar incidente, como seguir um procedimento. A IA pode facilitar busca e resposta usando conteúdos aprovados, desde que haja controle de acesso e curadoria. Aqui, o “seguro” não é a tecnologia — é a disciplina de manter a base confiável. Apoio ao comercial e ao atendimento com limites claros A IA pode ajudar a estruturar propostas, organizar argumentos, adaptar linguagem. Mas o limite precisa ser inegociável: não alimentar a IA com informações confidenciais ou dados de clientes sem política definida. Dá para fazer bem com modelos prontos e um padrão de conteúdo. Identificação de padrões de retrabalho e gargalos, usando dados não sensíveis Às vezes, o problema não está no “fazer”. Está no “refazer”. A IA pode ajudar a enxergar recorrências: onde mais dá erro, onde mais volta, onde mais trava. Isso orienta melhorias de processo que liberam tempo real. Veja o ponto comum entre todos esses usos: eles começam melhorando comunicação, organização e consistência — sem pedir que você reconstrua o mundo, nem jogue risco para debaixo do tapete. O mínimo de responsabilidade: governança “leve” para não virar caos Se a palavra “governança” te lembra burocracia, pense nela como um conjunto enxuto de regras para evitar problemas previsíveis. Em ambientes críticos, você não precisa de um manual de 200 páginas. Você precisa de um acordo claro e prático, que caiba em uma página e seja fácil de seguir. Esse mínimo costuma incluir quatro coisas. São elas: Classificação simples de informação O time precisa saber o que pode ser usado com IA e o que não pode. Em geral, o que envolve dados pessoais, informações contratuais, números sensíveis, credenciais, dados operacionais críticos ou qualquer conteúdo sigiloso deve ter uma regra expressa. A empresa não pode depender do “bom senso” de cada pessoa quando a pressão do prazo aperta. Controle de acesso Quem pode usar quais ferramentas? Quem pode acessar quais bases? Em muitas empresas, a IA se torna perigosa não por ser “inteligente”, mas por herdar permissões erradas. Se acesso é frouxo, a IA apenas acelera o aperto. Registro do uso em áreas sensíveis Não precisa ser um tribunal. Precisa ser rastreável. Quando algo der errado, você precisa conseguir entender o caminho: o que foi feito, por quem e com qual objetivo. Isso protege a empresa e também protege as pessoas. Revisão humana em pontos críticos Em áreas sensíveis, a IA não pode ser “quem decide”. Ela pode sugerir. Ela pode resumir. Ela pode organizar. Mas decisões que afetam cliente, segurança, risco ou compliance precisam de validação. Isso é maturidade, não desconfiança. O resultado dessa governança leve é simples: você cria segurança para a adoção crescer sem virar “terra de ninguém” — o que costuma acontecer quando a empresa tenta ser moderna… mas esquece que modernidade sem disciplina vira acidente. Legado e integrações frágeis: como evoluir sem quebrar a operação Em ambientes críticos, o legado não é um vilão. Ele é o que mantém a empresa trabalhando. O problema é tratar esse legado como se fosse um aplicativo novo, pronto para integrações perfeitas e mudanças rápidas. Aqui, o caminho mais responsável é reduzir acoplamento. Ou seja: antes de conectar IA diretamente em sistemas críticos, você começa com etapas mais “externas” e controladas. Você melhora a entrada, a organização e a qualidade do que chega no sistema — e só depois mexe no sistema. Pense como uma reforma com a casa em pé: primeiro, você arruma o fluxo, tira o entulho, melhora o acesso, organiza ferramentas, padroniza procedimentos. Só depois você quebra a parede. Uma boa regra prática é: quanto mais crítico o sistema, mais controlada precisa ser a automação . Isso não é medo; é engenharia de confiança. Você pode acelerar o que está antes e depois do sistema sem tocar no coração do legado no primeiro movimento. ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
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