Como a nova navegação do Jira conecta produtividade, acessibilidade e consistência

July 8, 2025

A Atlassian reformulou a experiência do Jira Cloud, e, por extensão, de Confluence, Compass, Rovo e Atlassian Home – com o maior redesenho desde a migração total para SaaS. A nova interface substitui o antigo cabeçalho horizontal por uma barra lateral personalizável, enxuga o topo da tela, reorganiza completamente a Issue View e adota padrões rígidos de acessibilidade (WCAG 2.2). O objetivo é reduzir trajetos de clique, padronizar o visual entre produtos, abrir espaço para recursos de IA generativa e, acima de tudo, tornar o trabalho diário mais rápido e inclusivo. 


Nesse post vamos detalhar a nova navegação do Jira, mostrando como ela reduz trajetos de clique, alinha o visual em toda a suíte e estabelece a base para IA generativa, permitindo ganhos de produtividade, acessibilidade e governança. 


Continue a leitura para saber mais!



Visão Geral da Reformulação


Em 2024, a telemetria da Atlassian revelou que mais de 40% do tempo “perdido” pelos usuários estava ligado a jornadas de navegação entre projetos, issues e produtos. A empresa então definiu três metas para o redesign: 


Reduzir a distância: menos cliques, mais foco


Quando analisou os logs de uso de 2024, a equipe de produto descobriu que quase 40% do tempo improdutivo dos usuários acontecia em “viagens” entre projetos, issues e produtos. Os designers estabeleceram como meta cortar trajetos redundantes e deixar tudo a dois cliques de distância. Para isso: 


Barra lateral fixa e personalizável: A nova barra lateral reúne “Recentes”, “Favoritos” e “Projetos”, permitindo acesso imediato a epics, boards e filtros críticos sem abrir menus suspensos. 


Redução comprovada de cliques: Testes A/B durante o programa Early Access mostraram queda média de 18% na troca de projetos e 12% na criação de issues, economizando até 11 min por colaborador por semana em squads que alternam vários repositórios. 


Atalhos unificados e rolagem infinita: A visão de issue ganhou rolagem suave e botões de colapso, evitando a “scroll fatigue” que aparecia nos fóruns desde 2022. 


O resultado imediato é um Jira que “desaparece” e deixa o trabalho à vista, reduzindo o atrito cognitivo em tarefas repetitivas. 


Criar coerência visual: a mesma linguagem em toda a suíte


Antes da atualização, cada produto Atlassian carregava variações de cores, ícones e posicionamento de menus, o que prolongava a curva de aprendizado de novos usuários. Para alinhar a experiência: 


Atlassian Design System como base única: Jira, Confluence, Compass e Rovo agora compartilham a mesma tipografia, espaçamento e tokens de cor definidos no ADS. 


Refresh simultâneo em Confluence: O time de Confluence adotou a mesma barra lateral e atualizou ícones e componentes, garantindo que a transição entre produtos pareça natural. 


Componentes React compartilhados: A adoção de um kit de componentes único diminuiu retrabalho entre engenharias e eliminou layout shifts, melhorando em média 15% a taxa de frames por segundo em telas Full HD. 


Essa coerência reduz a necessidade de treinamento formal: quem aprende a navegar no Jira replica o comportamento, sem esforço, em Confluence ou Compass. 


Preparar terreno: fundação para IA generativa e extensões


O redesenho não mira apenas o presente; ele cria a infraestrutura visual e técnica para recursos de Atlassian Intelligence e futuras integrações Forge. Entre as ações-chave: 


Pontos de extensão na barra lateral: Novos módulos (jira:navigationBadge, uiModifications) permitem que apps exibam contadores em tempo real e links contextuais na própria navegação. 


Seções inteligentes em 2025 Q4: A Cloud Roadmap antecipa blocos gerados por IA que sugerem filtros ou dashboards baseados no comportamento do time. 


Camada semântica compartilhada: Unificar menus, hierarquias e atalhos cria o “grão fino” de metadados que os modelos de linguagem precisam para responder a comandos em linguagem natural, como “mostre bugs bloqueando o release X”. 


A navegação vertical é o pilar que sustenta automações, respostas conversacionais e alertas preditivos que chegam com Atlassian Intelligence, garantindo que todos os produtos falem a mesma língua de design e dados. 


Principais mudanças no layout


Barra lateral personalizável

A mudança mais marcante é a barra vertical fixa, que agrupa Para você, Recentes, Favoritos, Projetos e Apps. A hierarquia facilita o acesso a itens usados com frequência e libera pixels horizontais – ponto crítico para monitores ultrawide. Qualquer usuário pode esconder, renomear ou reordenar entradas em More > Customize Sidebar, com preferências salvas por dispositivo. 


Cabeçalho global minimalista e product switcher

O topo da tela agora exibe apenas quatro ícones (Create, Search, Notifications, Help) e, à esquerda, um seletor que alterna Jira, Confluence, Compass e Rovo sem recarregar a sessão. Isso eliminou layout shifts e aumentou em média 15% a taxa de FPS em telas Full HD, segundo benchmarks internos divulgados na comunidade. 


Issue View redesenhada

Campos passam a ser agrupados em blocos (“Details”, “People”, “Tracking”), que se expandem ou colapsam conforme a largura da tela. O infinite scroll na linha do tempo de comentários ameniza a antiga “scroll fatigue” relatada por administradores. Para equipes que usam dezenas de custom fields, o ganho de legibilidade é imediato.


Consistência entre boards e projetos

Boards Kanban, filas do Jira Service Management e mesmo páginas do Confluence agora herdam tipografia, espaçamento e ícones da nova barra lateral, reduzindo a curva de aprendizado ao alternar produtos. 

Impactos positivos para os usuários


Produtividade imediata


Testes A/B mostraram queda média de 18% nos cliques para alternar de projeto e de 12% para criar uma issue. Em squads que trocam de repositório várias vezes ao dia, isso significa cerca de 11 min/semana por colaborador. 


Descoberta e contexto


Seções Starred e Recent tornaram-se um hub automático de epics, boards e filtros críticos, dispensando buscas manuais. 


Inclusão e acessibilidade


O contraste mínimo 4,5:1, labels consistentes e navegação 100% via teclado atendem WCAG 2.2 AA, beneficiando pessoas com deficiência visual ou motora. 


Performance percebida


A remoção de menus suspensos complexos e o uso de componentes React compartilhados reduziram re-renders, melhorando a fluidez em telas grandes. 


Governança e extensibilidade


Novas APIs Forge (jira:uiModifications, router bridge) permitem inserir links corporativos na navegação ou exibir alertas em tempo real na barra lateral, sem quebrar consistência. 


Boas práticas para adoção


Comunique-se com antecedência: a Atlassian recomenda avisar times 30 dias antes do switch definitivo. 


Pilotos controlados: habilite grupos de teste para coletar feedback e ajustar favoritos corporativos. 


Atualize materiais de treinamento: vídeos e capturas precisam refletir a nova UI; o suporte oferece quadros comparativos. 


Revise apps do Marketplace e Forge: verifique módulos compatíveis (glance, content, adminPage). 


O que vem a seguir?


A Cloud Roadmap prevê, para o Q4 2025, seções inteligentes geradas pelo Atlassian Intelligence que sugerem filtros ou painéis com base no comportamento do time. Também está em desenvolvimento o ponto de extensão jira:navigationBadge, que exibirá contadores dinâmicos (por exemplo, incidentes críticos) diretamente na barra lateral. 


Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo:   



Conclusão


O novo Jira não é apenas um “facelift”. Ao atacar gargalos de navegação, acessibilidade e desempenho, a Atlassian entrega um ambiente unificado que reduz cliques, acelera respostas e prepara o terreno para recursos de IA. Para organizações que dependem de múltiplos produtos da suíte, o redesign diminui a curva de aprendizado e simplifica o change management. Com algumas horas de comunicação interna, revisão de materiais e ajuste de apps, o retorno em produtividade e bem-estar digital justifica plenamente a adoção da nova interface. 


Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! 


Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco, clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados


Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br

Título

Sub-título

.

Por Romildo Burguez 21 de agosto de 2025
Identifique falhas antes do cliente com o Guard Detect, da Atlassian Há um ponto em comum entre incidentes técnicos que viram crise: o cliente percebe antes da sua equipe. A página que “sumiu”, o relatório que traz dado sensível, a permissão que alguém ganhou “sem querer”, a exportação grande demais feita na madrugada. Em empresas consolidadas — onde tecnologia é meio para eficiência e crescimento, e não o produto principal — isso cobra um preço alto: risco de imagem, retrabalho, atraso em metas e horas caras investidas em investigação. O Guard Detect, da Atlassian, foi desenhado para detectar atividade suspeita e conteúdo sensível antes que o problema chegue ao usuário, avisando quem precisa agir e automatizando os primeiros passos da resposta. Nesse post, vamos falar sobre como antecipar incidentes, conectando segurança a governança e valor para o negócio. Quer saber mais? Continue a leitura! O que é o Guard Detect — em uma frase É um sistema inteligente de detecção que monitora, em nível de organização, os seus ambientes Atlassian ( Jira , Confluence , Bitbucket e Administração Atlassian), procurando dois tipos de sinais: atividade suspeita de usuários (logins, acessos, mudanças de configuração, integrações) e conteúdo potencialmente sensível (credenciais, dados financeiros ou de identidade em páginas e issues). Faz isso como parte do Atlassian Guard Premium — não é algo que você precisa “ligar” por site, e sim configurar no topo da organização. Onde ele “segura a onda” antes do impacto Atividade suspeita que indica risco O Guard Detect “escuta” eventos relevantes do seu ecossistema Atlassian. Exemplos claros: autorização e acesso (mudanças de SSO e MFA), exfiltração de dados (exportações incomuns), atividade fora do padrão (padrões de acesso anormais) e alterações em apps e integrações (o tipo de mudança que pode abrir portas sem querer). Quando os critérios são atendidos, ele dispara um alerta para o time certo — e você enxerga o que aconteceu, quando e por quem. Conteúdo sensível antes que vaze Outra frente é a de varredura de conteúdo em Confluence e Jira. O Guard Detect monitora criação e atualização de páginas, posts de blog e issues para identificar credenciais, dados financeiros e dados de identidade. Ao encontrar um padrão suspeito, gera um alerta com contexto para investigação — e você pode redigir (apagar) o dado sensível direto do alerta, trocando-o por uma barra sólida que indica que houve remoção (ação irreversível, por desenho). É simples, objetivo e reduz a janela de exposição. Dica: além dos detectores prontos, você pode criar detecções personalizadas para termos específicos da sua empresa (codenames, nomes de projeto, cifras), elevando a precisão para o seu contexto. Mudanças críticas em apps e integrações Muitas falhas começam com “só mais um app” que pediu escopo demais, ou com uma integração que mudou de comportamento. O Guard Detect também cobre mudanças de configuração que elevam risco, ajudando seu time a agir antes do efeito dominó. Como os alertas viram resposta — sem “gargalo humano” De nada adianta detectar rápido se a resposta emperra. O Guard Detect se conecta às suas ferramentas do dia a dia para cortar caminho: Slack, Microsoft Teams, SIEM (como Splunk), Jira e Opsgenie. Você escolhe para onde o alerta vai, quem precisa ver primeiro e o que fazer automaticamente (abrir ticket, notificar um canal, classificar a gravidade, anexar contexto). É segurança operando no mesmo fluxo do time, não fora dele. Um exemplo prático: Um colaborador cola uma senha em uma página do Confluence. O Guard Detect detecta o padrão, dispara um alerta e o envia para um canal do Slack do time de segurança. Uma automação abre um ticket no Jira com os detalhes, menciona o dono da página e adiciona um checklist de investigação. O analista confirma que é credencial válida e aciona a redação no próprio alerta, eliminando o dado da página. O ticket muda de status automaticamente e um resumo vai para o relatório executivo semanal. O que conta como “dado escaneado”? Importante para calibrar expectativa: o Guard Detect escaneia texto do corpo e título de páginas e posts no Confluence, e de campos livres do Jira (como Summary e Description). Ele não escaneia anexos, comentários, whiteboards, bases de dados do Confluence ou campos pré-preenchidos do Jira. O escaneamento acontece na criação e atualização do conteúdo — não há “varredura histórica” completa de tudo de uma vez. (Se uma página antiga for atualizada, o corpo inteiro é rechecado; em Jira, o alerta acontece quando o campo alterado contém o dado sensível.) Observação: anexos em Jira, Confluence e Trello são escaneados para malware por mecanismos próprios do Atlassian Cloud — é uma camada diferente de proteção, voltada a arquivos maliciosos, não a “segredos” de texto. Segurança que conversa com governança e valor O Guard Detect ajuda a contar essa história em três linhas: Governança visível: Você centraliza sinais de risco, usa audit logs para reconstruir o que aconteceu e reduz a “TI paralela” (descobrindo produtos Atlassian fora do radar). Isso conecta segurança a controle operacional. Tempo de resposta: Com insights e alertas centralizados, o time age em minutos, não horas, e o retrabalho cai. É a métrica que mais pesa quando o incidente custa caro por minuto. FinOps aplicado à segurança: Você mede o impacto real: incidentes evitados, horas poupadas em investigação, redações realizadas e exports suspeitos bloqueados ou investigados. Junta isso ao custo da licença e do setup e mostra retorno com clareza. (A página de preços ajuda a projetar o investimento por plano.) Uma fórmula simples para medir o ROI é (Incidentes evitados x custo médio por incidente) + (Horas poupadas x custo/hora) - (licenças + setup). Se você não tiver histórico, rode um piloto de 30 dias e trate o período como amostra. Um plano de 7 passos para colocar de pé — sem drama Ative o Guard Detect na organização: Precisa ser org admin e ter Guard Premium. Esse é o começo para ter visão em toda a organização. Escolha as detecções padrão: Revise as categorias de atividade de usuário e varredura de conteúdo e ative o que faz sentido para o seu risco atual. Menos é mais no primeiro ciclo. Crie 2–3 detecções personalizadas: Termos internos, siglas de projetos, codenames. É o “tempero” que aumenta assertividade e reduz o ruído. Defina o destino dos alertas: Comece com Slack/Teams + um projeto no Jira para triagem. Se você usa SIEM (ex.: Splunk), já conecte para consolidar sinais. Automatize as primeiras ações: Crie regras simples: abrir issue, atribuir ao dono da página/issue, marcar severidade, notificar o canal certo, habilitar a redação com confirmação. Isso encurta MTTA/MTTR. Treine o time em 1 hora: Mostre como ler um alerta, quando redigir, quando escalar, e como documentar a resposta. A curva é curta porque o fluxo acontece nas ferramentas que eles já usam. Meça por 30 dias e ajuste: Acompanhe: número de alertas, % acionáveis, tempo até o primeiro alerta após a ativação, MTTA/MTTR, e casos de “quase-incidente” que vocês evitaram. Use isso para calibrar detecções e automações no mês seguinte. O que não prometer (e por que isso é bom) Toda solução séria tem limites claros — e isso ajuda a manter confiança com as áreas de negócio. Plano e escopo: o Guard Detect faz parte do Guard Premium e roda no nível da organização. Você não precisa “ligar por site”, mas precisa planejar o rollout com governança. Onde funciona: não está disponível no Atlassian Government Cloud. Retenção de alertas: 180 dias. Se precisar de retenções maiores, direcione para o seu SIEM/armazenamento. Escopo de varredura de conteúdo: texto de páginas/posts do Confluence e campos livres do Jira (na criação/atualização). Não varre anexos nem comentários (para anexos existe a camada de antimalware do Atlassian Cloud, que é outro tipo de proteção). Ambientes híbridos: se você tem Data Center além do Cloud, há integração do Guard Premium para estender cobertura — avalie caso a caso, pensando em pessoas, processo e ferramentas. Como melhorar a qualidade das suas entregas Se você lidera TI em uma empresa grande, com time enxuto e metas agressivas, a proposta é direta: Menos sustos para o cliente: detectar sinais precoces corta o efeito “o cliente avisou primeiro”. Menos horas em investigação: o alerta vem com contexto, e as automações já abrem o caminho. Governança que o conselho enxerga: risco sob controle, política que sai do papel e indicadores que fazem sentido — não só “número de alertas”, mas incidentes evitados, tempo de resposta e exposição reduzida. Crescimento com segurança: times seguem produzindo em Jira/Confluence com confiança; dados sensíveis aparecem e são removidos rápido; integrações continuam, mas com faróis acesos. Perguntas que vão surgir (e como responder) Isso vai encher a caixa com alertas? Comece pequeno. Ative os detectores que cobrem suas dores prioritárias e crie 2–3 detecções custom de alto valor. Com automações simples (abrir issue, mencionar dono, aplicar severidade), o volume vira fluxo, não ruído. Dá para apagar o que é sensível com segurança? Sim. A redação remove o texto e coloca uma barra sólida no lugar. Não é reversível — exatamente para reduzir risco de exposição futura. E se o problema estiver num anexo? O Guard Detect não lê anexos para “segredos” em texto, mas o Atlassian Cloud escaneia anexos para malware. Para segredos em anexos, use políticas de processo (evitar anexar credenciais) e ferramentas complementares se fizer sentido ao seu risco. Como isso aparece para o time? No mesmo lugar onde eles já trabalham: Slack/Teams para aviso, Jira/Opsgenie para coordenar, SIEM para visão corporativa. Quanto menos “troca de tela”, maior a chance de resposta rápida. Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: Proteja sua equipe com o Atlassian Guard Premium Segurança e privacidade de dados: Saiba como se prevenir de eventuais ameaças Descubra por que a Atlassian está entre os principais fornecedores de software de gestão de TI Conclusão Antecipar incidente é tirar o cliente do centro do problema. Com o Guard Detect, você ganha olhos sobre eventos e dados sensíveis que importam, conecta alertas ao fluxo do time e mede valor em indicadores que o conselho entende. O resultado aparece onde dói: menos crises, menos retrabalho, mais confiança para crescer. Se o seu próximo passo é sair do discurso para a prática, siga o plano de 7 passos, rode um piloto de 30 dias e leve os números à mesa. Segurança e governança são, no fim do dia, sobre evitar surpresas. Surpresa boa é quando o cliente nunca chega a notar que havia algo a ser notado. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
Por Romildo Burguez 19 de agosto de 2025
Se a sua equipe ainda busca informação entre e-mails, páginas antigas do Confluence, pastas do Drive e mensagens perdidas no chat, há duas certezas: tempo está sendo desperdiçado e decisões estão sendo tomadas com base em versões desatualizadas. O Rovo foi criado justamente para transformar esse labirinto em uma experiência única de procurar, entender e agir — sem sair do fluxo de trabalho. Com Search , Chat e Agents , o Rovo integra o que sua empresa já usa (Jira, Confluence, JSM e apps terceiros como Google Drive e SharePoint) e devolve respostas contextuais com fontes, reduzindo a busca manual e liberando a equipe para o que mais importa. Nesse post, vamos mostrar como ativar o Rovo, conectar suas fontes, criar “atalhos inteligentes” (bookmarks), implantar a extensão de navegador e aproveitar Agents prontos e personalizados para automatizar tarefas. Continue a leitura e saiba mais! O que é o Rovo e por que ele reduz buscas manuais? O Rovo é um app que ajuda você a encontrar, aprender e agir sobre informações espalhadas por aplicativos Atlassian e de terceiros. Em vez de abrir cinco sistemas, você consulta o Rovo, que retorna resultados relevantes (com as permissões corretas) e oferece Chat para aprofundar, além de Agents que executam tarefas ou padronizam respostas. Em dispositivos móveis, é possível usar o Chat no app do Confluence ; e, quando for preciso “ir fundo”, o recurso de Deep Research produz um relatório completo e citado. Um destaque prático: Rovo Search e Rovo Chat funcionam também fora dos produtos Atlassian quando você usa a extensão de navegador — por exemplo, numa página pública ou em um serviço conectado (como SharePoint). Isso permite levar a busca unificada para qualquer aba do seu dia a dia. Passo-a-passo para ativar e configurar Ative o Rovo e o AI nos apps certos Em planos Standard, Premium e Enterprise, o Rovo é ativado automaticamente no seu site. Para aproveitar todos os recursos (Chat e Agents), confirme que o AI está ativado nos apps em que você quer usar Rovo: admin.atlassian.com → Settings → AI-enabled apps . Se necessário, você pode desativar o AI em apps específicos — o Rovo continua com o núcleo (como Search/Studio), mas Chat e Agents baseados em AI ficam indisponíveis. Conecte as fontes externas que concentram conhecimento Quanto mais fontes conectadas, menos “garimpo” manual. O Rovo possui conectores para apps como Google Drive, SharePoint, Teams, Figma e outros. A indexação respeita permissões de origem e alimenta o Search/Chat/Agents com dados atualizados. Para cada conector, há guias específicos de configuração. Google Drive: o conector indexa Docs, Sheets, Slides e PDFs até 10 MB, com atributos como nome, URL, datas, autor, colaboradores, pasta e corpo do documento — suficientes para buscas precisas e respostas contextualizadas. Microsoft SharePoint: a configuração começa em admin.atlassian.com → Settings → Rovo → Add connector → SharePoint . É um fluxo passo a passo que inclui o Azure. Além disso, administradores podem gerenciar conectores (pré-requisitos, permissões e cotas de indexação) diretamente na Administração. Implemente a extensão de navegador do Rovo A Rovo Browser Extension leva Search, Chat e Agents para toda nova aba e ainda habilita definições e resumos em páginas públicas/serviços conectados. Para escalar a adoção, instale automaticamente via Google Admin Console (para toda a organização ou grupos/unidades específicas). Por que isso reduz busca manual? Porque os atalhos do Rovo passam a estar onde o usuário já está — o que reduz trocas de contexto e evita janelas paralelas só para “pesquisar”. Crie Rovo Search Bookmarks para perguntas recorrentes Bookmarks são resultados “pinados” que aparecem no topo da busca quando alguém digita um termo específico. Eles funcionam como atalhos oficiais para a “resposta confiável” (ex.: “política de férias”, “SOW template”, “padrão de PR”), inclusive apontando para qualquer URL, mesmo fora dos produtos Atlassian. Você adiciona e gerencia esses bookmarks em Admin → Settings → Rovo → Search bookmarks (com suporte a importação em massa). Isso é ouro para padronizar respostas e encurtar a busca. Habilite Agents prontos e crie Agents personalizados Os Rovo Agents são “colegas de time” configuráveis: recebem instruções, fontes e permissões para executar tarefas, responder de forma padronizada ou atuar em regras de automação. Você acessa Agents no Chat, em automations, no editor com /ai e no app Studio. A Atlassian fornece mais de 20 agents prontos que você pode usar e até duplicar para cenários específicos. Para criar os seus, é necessário que o Rovo esteja habilitado e o AI ativo em algum app. Exemplos úteis para reduzir busca manual: Responder dúvidas de políticas internas: Agent aponta para políticas de RH/Segurança, devolvendo respostas consistentes com fontes. Localizar incidentes relacionados: Agent consulta issues no Jira e páginas de postmortem no Confluence para acelerar diagnóstico. Descobrir o documento certo: Agent prioriza bookmarks oficiais e Drive/SharePoint para indicar um único link confiável por tema. Defina cotas, monitore uso e ajuste O Rovo tem limites de uso (quotas) e itens indexados por conector. Entender e monitorar essas cotas evita surpresas e ajuda a priorizar as fontes que realmente derrubam o tempo de busca. Garanta privacidade, segurança e residência de dados A Atlassian deixa claro: dados do cliente (incluindo os dados submetidos ao Rovo/Atlassian Intelligence) não são usados para treinar modelos de IA, nem pelos provedores terceiros que suportam esses recursos. Além disso, existem guias de residência de dados: quando habilitada para o Rovo, o armazenamento segue a mesma região dos seus dados em Jira/Confluence; e os dados indexados do app Atlassian permanecem naquela aplicação (por exemplo, dados de Confluence no índice do Rovo ficam “pinados” no Confluence). Um roteiro de implantação para “zerar” a busca manual Abaixo, um plano prático para você sair do zero ao “parei de caçar link”. Semana 1: Fundamentos e piloto Confirme ativação do Rovo e habilite AI nos apps (Jira, Confluence, JSM) em que o ganho será maior inicialmente (por exemplo, onde a equipe mais busca políticas, padrões, anexos e incidentes). Conecte o Google Drive (Docs, Sheets, Slides, PDFs até 10 MB) e pelo menos um site do SharePoint que concentre documentos críticos de negócio. Valide permissões de leitura para um grupo piloto. Implante a extensão de navegador para o grupo piloto (forçada via Google Admin Console). Faça um “tour” rápido de como usar a nova aba. Crie 10 bookmarks iniciais (os termos mais buscados). Publique a lista e peça feedback. Habilite 3–5 Agents prontos e duplique 1 deles para o seu contexto — por exemplo, padronizando respostas de segurança ou suporte interno. Medida de sucesso (rápida): número de acessos ao Search/Chat pela extensão, consultas respondidas com fonte e cliques nos bookmarks. Semanas 2–3: Escala e padronização Amplie conectores (outros sites do SharePoint, repositórios críticos), observando as cotas de indexação para não sobrecarregar com pastas obsoletas. Aumente os bookmarks para 25–40 termos: políticas, modelos, padrões, links “canônicos” de sistema, runbooks. Aproveite a importação em massa se fizer sentido. Treine a equipe para usar /ai no editor do Jira/Confluence e acionar Agents via Chat e automations. Isso substitui “procura manual + cola” por uma resposta assistida. Instale a extensão de navegador em larga escala e comunique a padronização (“procure sempre primeiro no Rovo”); isso reduz o impulso de abrir o Drive/SharePoint diretamente. Medida de sucesso (intermediária): queda nas solicitações repetitivas de “onde está X?”, uso de bookmarks, e tempo médio para localizar documentos essenciais. Semanas 4–6: Automação e governança Crie Agents personalizados para perguntas repetitivas de negócio (RH, Segurança, Finanças) e para descobrir incidentes relacionados no Jira. Centralize instruções e fontes por domínio. Revise dados sensíveis e áreas sob compliance; reconfirme as políticas de acesso nos conectores e valide residência de dados se aplicável. Ajuste cotas e priorização de coleções indexadas conforme o uso real. Rode comunicação recorrente: publique os “Top 10 Bookmarks do mês”, eduque sobre a extensão e celebre os ganhos (ex.: tempo poupado). Medida de sucesso (estável): queda consistente do tempo de busca por informação, aumento de respostas com fonte, satisfação do usuário. Boas práticas que aumentam o retorno Comece pelo que dói mais Levante as perguntas que mais interrompem o time: “política X”, “template Y”, “como abrir acesso Z”, “runbook de incidente W”. Transforme em bookmarks oficiais e divulgue, para que a equipe crie o hábito de buscar no Rovo antes de abrir tickets ou pings. Leve o Rovo para onde as pessoas já estão A extensão de navegador muda o jogo: em vez de ensinar alguém a “abrir o Rovo”, você insere o Rovo no fluxo natural de trabalho, em cada nova aba e em sites públicos/serviços conectados (como o SharePoint). Restrinja para clarear Conectar “tudo” sem curadoria pode poluir a busca. Use a gestão de conectores e cotas para priorizar áreas que realmente concentrarão as respostas oficiais. Padronize a resposta “certa” Agents prontos já cobrem muitos cenários e podem ser duplicados para o contexto da sua empresa. Isso reduz variação de respostas e evita “cada um responde de um jeito” nas dúvidas frequentes. Trate a governança como parte do produto A documentação oficial detalha uso de dados e residência; leve essas diretrizes à área de segurança e compliance logo no início do rollout para evitar bloqueios tardios. Exemplos de uso que eliminam o “garimpo” Onboarding mais rápido: novos colaboradores encontram as políticas e os modelos certos via bookmark e validam dúvidas com um Agent de RH, tudo com fonte. Suporte interno mais leve: ao invés de abrir um ticket para perguntar “onde está a planilha X?”, o colaborador busca no Rovo Search e recebe como primeiro resultado o bookmark oficial. Gestão de incidentes: um Agent coleta issues similares no Jira e páginas de postmortem no Confluence, encurtando a investigação — menos caça manual, mais análise. Pesquisa profunda sob demanda: quando o time precisa “ir fundo”, o Deep Research gera um relatório completo e citado, eliminando aquele esforço manual de consolidar links e trechos. Curiosidade de produto: a Atlassian reporta que usuários são 60% mais bem-sucedidos com o Rovo Search do que com soluções open-source de busca empresarial — um indicativo direto do potencial de reduzir retrabalho de busca. Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: Atlassian Rovo: O Futuro do Trabalho Impulsionado por IA Como solucionar os desafios da gestão do conhecimento com o Rovo Rovo: Conheça a nova Ferramenta da Atlassian que usa IA Generativa Conclusão O Rovo já nasce integrado ao ecossistema Atlassian e se conecta aos seus repositórios externos para reduzir ao mínimo a busca manual, oferecendo respostas com fonte e automação por meio de Agents. O caminho é simples: ativar Rovo e o AI nos apps certos, conectar as fontes que concentram o conhecimento, implantar a extensão de navegador para colocar o Rovo onde as pessoas já trabalham, padronizar com bookmarks, automatizar com Agents prontos e customizados. Feche o ciclo com monitoramento de cotas e uma camada de governança sólida. Ao final, sua equipe deixa de caçar links e passa a tomar decisões mais rápidas, com consistência e traço de auditoria (fontes, permissões, residência de dados). E você ganha o que CIOs e gerentes de TI mais precisam: tempo e foco para liderar transformações reais, em vez de ficar perseguindo informações que o Rovo encontra em segundos. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
Por Romildo Burguez 14 de agosto de 2025
Se você é CIO, gerente ou coordenador de TI em uma empresa consolidada, provavelmente seu dia começa com uma equação difícil: manter o core funcionando sem falhas, seguir regras de segurança e compliance, e ainda acelerar entregas que suportam metas ambiciosas de negócio. Tudo isso com um time enxuto, pressão por custos e, muitas vezes, um legado que não nasceu para a velocidade de hoje. É nesse cenário que os erros que param o sistema viram notícia rapidamente — não por serem complexos, mas por acontecerem nos momentos mais críticos: no fechamento do mês, na liquidação de pagamentos, no cadastro de um grande cliente ou na virada de uma campanha comercial. A boa notícia é que dá para reduzir drasticamente a chance desses apagões sem transformar sua equipe em um exército dedicado só a testes. Este post mostra um caminho para construir testes automáticos que protegem receita, reduzem risco e liberam sua cabeça para dormir tranquila. Continue a leitura para saber mais! O que realmente derruba a operação Quando um sistema cai, quase nunca é por um “detalhe” do código. Em empresas de setores tradicionais, as falhas costumam estar concentradas em poucos fluxos de negócio: autorizar um pagamento, calcular um preço, emitir uma nota, integrar um pedido, consolidar um relatório, fechar um lote contábil. Ou seja, o que para o time é uma “funcionalidade”, para a empresa é movimento de caixa, reputação e risco. Por isso, o primeiro passo é simples e cabe numa manhã: reúna negócio, operação e TI por duas horas e faça a pergunta direta — quais 10 a 12 cenários que, se quebrarem, geram prejuízo ou multa? Dê nomes claros, como “cartão aprovado e capturado”, “pedido faturado com imposto correto”, “fechamento diário consolidado”. Essa lista vira a espinha dorsal da sua suíte de regressão crítica, a bateria de testes automáticos que vai rodar a cada alteração relevante para garantir que nada essencial se perca no caminho. Não estamos falando de cobertura total do sistema. Estamos falando de uma rede de segurança para os pontos que sustentam a receita e a conformidade. É aqui que mora a diferença entre automatizar por automação e automatizar para dormir tranquilo. Pirâmide de testes Se você já ouviu falar de “pirâmide de testes” e achou que era papo de engenheiro, vale ressignificar. A ideia é apenas colocar a maior parte da verificação onde é mais rápido e barato e deixar um número pequeno de testes mais “caros” para o final. Em português claro: Na base , ficam testes curtinhos que validam partes isoladas do código e componentes. Eles rodam em segundos e pegam muitos erros cedo. No miolo , entram testes que verificam a conversa entre serviços, filas e APIs — aquilo que costuma quebrar quando um sistema fala com outro. No topo , um punhado de testes que percorrem a jornada completa como um usuário faria. Esses são os mais demorados e instáveis; por isso, precisam ser poucos e muito bem escolhidos. O efeito prático é imediato: pipelines mais leves, menos “falsos alarmes” e feedback rápido para quem está desenvolvendo. Em times enxutos, isso economiza horas por dia. Em vez de tentar aumentar o número de testes a qualquer custo, você passa a redistribuir o esforço, tirando peso do topo e ampliando a base — sem perder a visão do que importa. Regressão que protege a receita Depois de mapear os 10 a 12 cenários que sustentam o negócio, transforme-os em testes automáticos de regressão. O nome assusta, mas a lógica é simples: toda vez que o sistema mudar, esses mesmos cenários são executados de forma repetível para garantir que o que funcionava continua funcionando. É o equivalente a testar os freios do carro depois de trocar uma peça do motor. A diferença entre uma regressão que só existe no papel e uma que protege de verdade está em duas escolhas: dados de teste confiáveis e checagens objetivas de resultado. Se você testa “aprovação de pagamento”, por exemplo, o dado precisa representar um cartão válido, com regras conhecidas, e a checagem precisa verificar o resultado do ponto de vista do negócio: pedido aprovado, valor correto, status no lugar certo. Não basta “a tela carregou”, nem “o log não acusou erro”. A pergunta é: o processo rodou certo de ponta a ponta? Com uma regressão dessas em produção, você ganha coragem para mudar o necessário, sem aquela sensação de andar em piso molhado. E, quando algo falha, o alerta acende cedo, ainda no ambiente de teste, em vez de estourar no cliente. “Coverage gate”: números que realmente importam Você já viu discussões intermináveis sobre “cobertura de testes”? Em muitas empresas, esse número vira uma meta vazia. O segredo é tratar coverage como sinal de saúde por módulo crítico, não como troféu. Em prática: comece com um patamar viável nos pontos sensíveis — digamos, 60% a 70% — e suba aos poucos, sempre amarrado a mudanças reais. Não é a porcentagem em si que salva sua noite de sono; é o fato de que, onde o risco é maior, você tem uma malha de testes que funciona. Para que isso não vire burocracia, transforme cobertura em gate: só passa para a próxima etapa quem atingiu o mínimo combinado nos módulos que importam, e quem não quebrou a regressão crítica. Assim, você evita que um time cumpra uma meta de número e, ao mesmo tempo, deixe escapar um erro em um fluxo vital. Performance e confiabilidade antes do “go”: o checklist que reduz incidentes Nem toda queda de sistema é “o sistema fora do ar”. Muitas vezes, o mal está disfarçado em lentidão e erro intermitente. É por isso que vale levar uma pitada de confiabilidade de produção para o ambiente de testes. Sem complicar: defina, com o time de operação, dois ou três indicadores simples para os fluxos críticos — por exemplo, tempo de resposta aceitável e taxa máxima de erro — e verifique isso automaticamente antes de qualquer liberação. Pense nisso como um checklist de segurança de voo: se o tempo de resposta explodiu ou se os erros passaram de um limite, o deploy não segue. Melhor descobrir cedo do que de madrugada. Esse mesmo raciocínio se aplica a segurança e segredos. Um varredor rápido em cada alteração para encontrar falhas graves ou chaves expostas evita problemas que, quando aparecem em produção, custam caro e demoram para explicar. Feito do jeito certo, isso não atrasa; apenas barra o que não pode passar. Compliance: evidência automática e trilha de auditoria Empresas de setores regulados precisam mostrar como chegam a um resultado e quem aprovou cada passo. Quando a auditoria bate à porta, ninguém quer iniciar uma caça ao tesouro em planilhas. A mesma automação que testa seus fluxos pode guardar evidências de forma automática: versão do sistema, quem revisou, quais testes rodaram, quando rodaram e qual foi o resultado. Isso é o suficiente para transformar a auditoria de um bicho de sete cabeças em uma conversa objetiva, com provas organizadas. Na prática, o efeito é duplo: você protege o negócio e libera o time de um trabalho manual que suga tempo e atenção. E o legado? Como testar sem derrubar tudo Toda empresa tradicional carrega integrações que ninguém quer tocar. Uma troca apressada num serviço novo, e o sistema antigo (aquele que ninguém ousa desligar) pode se comportar de forma inesperada. Em vez de aceitar esse risco como “parte do jogo”, vale investir em testes de contrato. Eles não testam a tela, mas sim o acordo entre sistemas: o formato de uma mensagem, os campos de uma API, o que um envia para o outro. Quando o contrato está automático e claro, mudanças deixam de ser um salto no escuro. Isso também ajuda na modernização gradual: você pode eliminar partes do legado, substituindo aos poucos, sempre com a certeza de que o que já funciona continua funcionando. Dados e migrações: o erro silencioso que vira prejuízo Há um tipo de falha que não derruba tela, mas compromete o negócio: dados errados . Uma migração de estrutura, um cálculo ajustado, uma integração que duplica registros — e, sem perceber, você passa a tomar decisões com base em números tortos. A solução é simples e barata: automatize verificações de qualidade junto com seus testes. Se você consolidou vendas, confira reconciliando totais. Se ajustou uma base, avalie nulos, duplicados e consistência entre tabelas relevantes. Esses testes são tão rápidos quanto os demais e evitam que o problema só apareça no fechamento do mês, quando o tempo para corrigir é curto e a pressão é alta. Como começar em 30 dias com um time enxuto A beleza de um programa de testes bem desenhado é que ele não precisa nascer grande. Em quatro semanas, dá para sair do zero a um conjunto que já muda a rotina. Na primeira semana , concentre-se em descobrir os cenários que sustentam a receita e em ligar verificações simples de segurança em cada alteração. São decisões rápidas, construídas com as áreas que convivem com as dores do dia a dia. Ao final dessa semana, você tem um mapa claro do que precisa ser protegido e uma linha de base de segurança. Na segunda semana , automatize mais da metade desses cenários em versão direta, sem depender de tela, usando dados previsíveis. É o momento de colocar um patamar de cobertura mínimo nos módulos mais sensíveis. Ao mesmo tempo, já deixe as evidências de execução sendo guardadas automaticamente. Com isso, toda nova mudança passa por uma rede de proteção que representa o seu negócio — não uma lista impessoal de casos técnicos. Na terceira semana , adicione um teste rápido de desempenho em dois ou três pontos que costumam sofrer sob carga e crie testes de contrato para integrações que, se quebrarem, causam efeito dominó. Monte um painel simples, objetivo, que responda à pergunta que realmente interessa: estamos prontos para ir a produção, sim ou não? Nada de buscar perfeição estética aqui; o foco é clareza e velocidade. Na quarta semana , traga para o processo um limite de confiabilidade para pelo menos um fluxo crítico: se o tempo de resposta ou a taxa de erro ultrapassarem o combinado, o sistema não segue. Finalize a suíte de regressão com os 10 a 12 cenários essenciais, valide o caminho de volta (rollback) e certifique-se de que, após um retorno de versão, a regressão roda novamente para garantir estabilidade. Ao fim do mês, você terá menos incidentes, mais previsibilidade e uma equipe com tempo para trabalhar no que faz o negócio avançar. Medindo o que realmente importa Em iniciativas técnicas, o que convence de verdade é resultado visível. Três medidas costumam resumir o impacto para diretoria e finanças. A primeira é o tempo de pipeline: quando a base de testes está bem distribuída, o retorno sobre cada mudança chega em minutos, não em horas. Isso acelera ciclos e dá fluidez ao time. A segunda é a queda de incidentes após liberação — não precisa virar um relatório complexo; comparar mês a mês já mostra tendência. A terceira é o tempo para resolver problemas (MTTR), que diminui quando os erros são pegos antes e os dados de diagnóstico são melhores. Há também o lado financeiro, que não precisa de cálculos mirabolantes: quantas quedas críticas foram evitadas, quanto tempo de operação foi preservado, qual o custo médio de uma interrupção. Quando a regressão automática barra um erro que teria travado a liquidação de pagamentos ou atrasado um fechamento contábil, é fácil traduzir o ganho: você evitou perda. Some essa conta ao longo de um trimestre e o retorno costuma falar por si. Como superar objeções comuns É natural que, no começo, surjam dúvidas. “Vai travar a entrega?” é a primeira. A resposta está no desenho: travas inteligentes são específicas e rápidas; elas bloqueiam o que quebraria a operação e deixam o resto passar. “Nosso time é pequeno” vem em seguida. Justamente por isso, selecionar 10 a 12 cenários que pagam a conta é a estratégia certa — o objetivo não é cobertura total, é proteção do essencial. “Não temos tempo para performance” aparece no pacote. Um teste de fumaça de cinco minutos em pontos críticos encontra regressões grosseiras com custo baixíssimo. “Auditoria dá trabalho” fecha a lista. Com evidência automática, a pauta deixa de ser um mutirão de planilhas e vira um download de artefatos. Perceba um padrão: o que dá trabalho é o improviso. Quando o processo está claro e automatizado, o time gasta menos energia para se defender e mais energia para construir. Um exemplo prático para visualizar Imagine uma empresa de serviços financeiros que processa pagamentos para milhares de clientes B2B. O time de TI é competente, mas pequeno. O core funciona, só que cada alteração vira um evento: testes manuais, horários ingratos, todo mundo atento. Em um mês, uma mudança relativamente simples em regras de parcelamento derruba, sem aviso, a captura de transações acima de determinado valor. A equipe corre para corrigir, mas a janela de liquidação passa; o resultado é um efeito cascata em conciliações e em cobrança. Agora imagine o mesmo cenário com regressão crítica ativa. “Pagamento aprovado e capturado”, “parcelamento com juros correto” e “conciliação do dia” são três dos 12 cenários. A alteração cai na malha de testes, que detecta que transações acima de um valor deixam de mudar de status no ponto certo. O deploy é bloqueado antes de ir ao ar. O time corrige, roda de novo, tudo passa, e a janela de liquidação segue. Nada vira crise. Ninguém precisa explicar o inexplicável. E a TI, em vez de apagar incêndio, segue com a agenda que move o negócio. Teste automático como estratégia de risco, não como tarefa de desenvolvedor Quando falamos de testes, é comum imaginar uma atividade que “o time técnico precisa fazer”. O salto de maturidade vem quando a gestão enxerga testes automáticos como estratégia de risco, com impacto direto em receita, reputação e custos. Isso muda conversas e prioridades. O que merecia discussão na diretoria — “quais fluxos não podem falhar?”, “qual a tolerância de tempo de resposta?”, “que evidência precisamos guardar?” — deixa de ser assunto técnico e vira governança do negócio. Nesse modelo, as decisões são tomadas em conjunto, mas a execução é tranquila. A TI orquestra a automação, a operação define critérios de prontidão, o compliance recebe evidência pronta, e todo mundo sabe por que um deploy foi liberado ou travado. É assim que o teste automático deixa de ser uma fila de tarefas e passa a ser segurança operacional. Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: Quality Assurance (QA): Tendências e inovações para o desenvolvimento de software Desenvolvimento de software em empresas não digitais: Do suporte à inovação Do legado à nuvem: modernize os sistemas core sem parar sua operação Conclusão Sistemas param quando pequenas mudanças escapam pelos cantos. Eles deixam de parar quando o que realmente importa está protegido por uma rede de segurança simples, automatizada e transparente. Você não precisa de um programa grandioso para chegar lá; precisa de clareza sobre o que não pode falhar, de testes curtos no lugar certo e de travas inteligentes que barrem o que traria prejuízo. Em trinta dias, um time enxuto consegue sair do improviso e instalar essa base. Em três meses, os números já contam a história: menos incidentes, menos madrugada, mais confiança para evoluir o core e, principalmente, mais foco naquilo que faz a empresa avançar. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
Por Romildo Burguez 12 de agosto de 2025
Squad pronto em 30 dias: receba talento extra sem dor de cabeça Se você lidera tecnologia em uma empresa consolidada, já viveu o dilema: a demanda cresce, os prazos não diminuem e sua equipe — talentosa, mas enxuta — precisa entregar mais, sem perder a confiabilidade do que mantém o negócio de pé. É nessa hora que a ideia de “trazer um squad pronto” ganha força. Mas tão importante quanto velocidade é não criar um novo problema enquanto resolve o atual. Um time extra só ajuda de verdade quando entra rápido, entende o contexto, entrega valor visível e não deixa rastros de risco na segurança, nos processos e na cultura. Este post é destinado a CIOs, gerentes e coordenadores de TI em setores onde tecnologia é meio para resultado, não o produto final. Aqui você vai ver, em linguagem direta, como receber um squad produtivo em 30 dias — do pré-boarding ao primeiro release — com um plano simples, critérios de sucesso objetivos e um checklist prático de integração cultural, segurança, ferramentas e métricas. Quer saber mais? Continue a leitura! O que “pronto em 30 dias” realmente significa “Pronto” não é reformar o mundo em um mês. “Pronto” é ter uma capacidade produtiva mínima funcionando com risco controlado. Em termos práticos, isso significa três marcos: código aprovado e integrado logo na primeira semana, um primeiro deploy seguro até a terceira semana e um release com valor percebido pelo negócio até o fim do mês. Nada de transformar sua operação em laboratório; o foco é criar um fluxo previsível, repetível e mensurável. O squad precisa sair do campo das intenções para o das evidências: problema mapeado, hipótese de solução fatiada, pequena entrega em produção e um antes/depois que qualquer sponsor consegue enxergar. Esse conceito muda a conversa. Em vez de disputar ideias, você combina resultados: qual dor o squad vai aliviar primeiro, qual melhora o usuário interno vai sentir e como isso aparece em números simples — menos espera, menos retrabalho, menos incidentes, mais pedidos resolvidos. Quando a expectativa é concreta, o caminho fica mais curto e as reuniões ficam mais objetivas. Antes de começar: cinco decisões que evitam retrabalho Primeiro, defina junto ao sponsor de negócio os três problemas prioritários do mês. Nada de lista infinita: escolha batalhas que caibam no tempo e entreguem algo palpável. Segundo, acerte o significado de “pronto” de forma mensurável: que evidência vai provar que funcionou? Terceiro, alinhe como o time vai trabalhar: rituais, horários, canais, prazo de resposta e como serão tomadas as decisões. Quarto , elimine barreiras de acesso antes do dia 1: contas criadas, permissões configuradas, ambientes disponíveis, repositórios e quadro de tarefas em ordem. Quinto , combine como será medida a evolução: frequência de entregas, tempo até a primeira entrega, taxa de problemas que escapam e tempo de recuperação quando algo falha. Com essas cinco escolhas sacramentadas, o restante é logística e disciplina. Integração cultural Squads não falham por falta de talento; eles tropeçam quando a cultura da casa é um livro fechado. Acelere isso com três ferramentas simples. A primeira é um “buddy system”: cada pessoa do squad externo tem um par interno que conhece os atalhos, as siglas, quem decide o quê e onde estão as informações. A segunda é um “contrato social” do time, curto e claro: como pedimos ajuda, em quanto tempo respondemos, como registramos decisões e o que é aceitável em termos de qualidade. A terceira é um glossário vivo com termos, sistemas e fluxos centrais. Tudo isso cabe em poucas páginas no seu espaço de documentação. Some a isso um plano de comunicação de uma página: atualização semanal para stakeholders em cinco linhas, demonstração em 15 minutos no meio do mês e outra no final. Pronto: você reduz ansiedade e ruído, aumenta previsibilidade e dá sinal verde para o time produzir sem pisar em ovos. Segurança e privacidade Receber um time externo requer um acesso mínimo necessário, com autenticação centralizada e confirmação em dois passos. Dados sensíveis não devem passear por ambientes de teste; use versões embaralhadas ou catálogos limitados ao que é preciso trabalhar. Informações como senhas e chaves precisam ficar guardadas em cofres próprios, nunca em arquivos ou mensagens. Registre quem acessou o quê, e por quanto tempo, e tenha um passo a passo para retirar acessos quando alguém sai do projeto. Por fim, avalie rapidamente se o trabalho mexe com dados pessoais e, se mexer, mapeie quais campos entram nessa categoria e como serão tratados. Ferramentas certas O segredo não está no nome da ferramenta, mas no fluxo. Você precisa de quatro peças funcionando juntas. Uma ferramenta de gestão do trabalho, com um quadro simples e etapas claras do “a fazer” ao “entregue”; um repositório de código com uma estratégia de ramificações que evite conflitos e incentive entregas pequenas; uma esteira automática que constrói, testa, analisa qualidade básica e publica a nova versão com poucos cliques; e um painel de observação que mostra erros, lentidão e disponibilidade de forma que qualquer pessoa entenda. Se o seu squad chegar com modelos prontos e a sua equipe abraçar o padrão, metade do caminho já foi percorrido. O resto é ajustar pequenos detalhes à realidade da casa, sem perder a simplicidade. O plano de 30 dias, semana a semana Antes do dia 1 já existe trabalho feito. Dez dias antes, os contratos estão assinados, as contas criadas, as permissões definidas por papel e o projeto configurado no gerenciador de tarefas. Os repositórios foram abertos, a esteira básica está pronta e os ambientes estão disponíveis para uso. A agenda das primeiras duas semanas foi combinada e as cerimônias do time foram marcadas. Na semana 1, o onboarding é objetivo. Em duas horas, as regras de segurança, privacidade e conduta são alinhadas; em outras duas, o funcionamento das ferramentas e o fluxo de trabalho. O “contrato social” é escrito e revisado com todos, o glossário é conhecido, o padrinho (buddy) de cada pessoa é apresentado e a primeira hipótese de valor é escolhida. O plano é terminar a semana com um pequeno pedido concluído e integrado, mesmo que não esteja em produção ainda. Isso dá confiança para todos. Na semana 2, a esteira começa a rodar com ritmo. O time produz pequenas melhorias, demonstra o que já tem no fim da semana e combina os próximos passos com quem patrocina o projeto. Se for necessário tocar em sistemas antigos, o caminho mais seguro é criar uma camada intermediária que proteja o que já existe, sem tentar mexer no núcleo de imediato. Isso reduz o risco e permite testar sem medo, enquanto os times internos seguem a rotina normal. Na semana 3, você liga os sensores. Alarmes básicos para erros, lentidão e quedas ficam ativos, e o time testa um primeiro envio para produção em pequena escala. Para reduzir ansiedade, dá para esconder a nova função atrás de um “interruptor” que libera o recurso só para um grupo pequeno de pessoas, medindo o impacto real sem expor todo mundo de uma vez. Se algo não sair como o esperado, o plano de volta está pronto e é executado rapidamente. Na semana 4, vem o release que o negócio vê. Não precisa ser grandioso; precisa ser útil e verificável. Uma etapa que ficou mais rápida, uma fila que diminuiu, um relatório que chega antes, um erro que deixa de acontecer. O time apresenta o resultado, compara o antes e depois com números simples e fecha o mês com uma retrospectiva de integração: o que funcionou, o que ajustar e como será a cadência do segundo mês. O conhecimento fica documentado para que ninguém dependa de memória ou boa vontade. O que medir sem transformar o time em planilha Métricas não existem para punir; existem para decidir com mais segurança. No primeiro mês, escolha poucas e boas. Conte quantas versões foram colocadas no ar — quanto mais frequente, menor a ansiedade por “o grande dia”. Meça o tempo entre começar um trabalho e vê-lo útil para o usuário; isso mostra se o fluxo é saudável. Observe quantas mudanças deram problema e o tempo para recuperar quando algo dá errado; isso sinaliza qualidade e maturidade do processo. Repare em quantos itens prometidos foram de fato concluídos; isso revela se o planejamento está realista. Some a isso um pulso semanal muito simples: como as pessoas do time estão percebendo a colaboração, de zero a dez? Com esse conjunto, a conversa com o sponsor deixa de ser opinião e vira gestão baseada em fatos. Ganho visível para o negócio (e como contar essa história) Resultados técnicos são importantes, mas é o efeito no dia a dia que conquista apoio. Traduza as melhorias em linguagem de operação. Se uma tarefa ficou mais rápida, diga quantas horas foram economizadas no mês e o que isso liberou para a equipe fazer. Se um erro deixou de acontecer, mostre quantos chamados a menos chegaram e quanto isso reduz custo indireto. Se um relatório passou a sair mais cedo, detalhe como isso antecipou decisões. Quando você apresenta “menos espera, menos retrabalho, menos incidente” de forma que o sponsor reconhece na rotina dele, a confiança cresce e o investimento se torna óbvio. Riscos comuns e como neutralizar O primeiro risco é acesso travado. Resolva com um “cartão vermelho”: quando um bloqueio acontece, existe um caminho curto com dono claro para destravar em até um dia. O segundo é dependência de outros times para cada passo. Evite começar pelo que depende de todo mundo; priorize integrações que podem ser simuladas nas primeiras semanas e alinhe as dependências críticas com antecedência. O terceiro é backlog nebuloso, em que cada conversa abre três frentes novas. A resposta é um “descoberta expressa” de dois dias com quem entende do processo: mapear o fluxo atual, identificar gargalos e escolher hipóteses com impacto e escopo enxuto. O quarto é a armadilha da “fábrica de tickets”, quando o time vira apenas executor. Reforce que cada entrega precisa estar ligada a um resultado e reserve uma parte pequena do tempo para melhorar aquilo que bloqueia a fluidez da entrega. O quinto é segurança reativa, que só aparece depois do problema. A prevenção é rodar checagens básicas automaticamente sempre que uma nova versão for criada, desde o primeiro dia. O parceiro certo de tecnologia O parceiro certo não promete milagres; traz disciplina e padrões testados. Ele chega com modelos de projeto, repositório e esteira prontos para usar, respeita suas regras de segurança e adapta o necessário sem criar exceções para tudo. Ele topa metas mensuráveis no primeiro mês: primeiro código integrado na semana 1, primeira versão controlada na semana 3, release útil no final. Ele não tenta reinventar o seu modo de trabalhar, mas propõe pequenos ajustes que reduzem atrito: cerimônias curtas, decisões registradas, documentação viva. E, sobretudo, ele se compromete com transferência de conhecimento para que você não fique refém. Um bom teste é pedir que descreva, em uma página, como foi o último ramp-up de 30 dias que realizou e quais foram os resultados concretos. Quem tem experiência responde com simplicidade. Checklist prático para usar hoje Se você precisa começar agora, aqui vai um roteiro que cabe em um e-mail interno. No pré-boarding, verifique se contratos e acessos estão resolvidos, se as permissões por papel estão configuradas, se o projeto está criado no gerenciador de tarefas, se os repositórios estão prontos e se a esteira básica de construção e testes está ativa. No dia 1, faça um onboarding de quatro horas somando segurança, ferramentas e forma de trabalho, publique o contrato social do time, apresente os buddies e revise o glossário. Na semana 1, selecione três problemas com impacto e escopo realistas para o mês, conclua um primeiro pedido pequeno e integre o código. Na semana 2, demonstre o que já existe, alinhe expectativas e siga com entregas curtas. Na semana 3, ative alarmes simples e faça um primeiro envio controlado para produção. Na semana 4, entregue algo útil que possa ser medido, apresente o antes e depois e planeje o mês seguinte. Ao longo de todo o mês, acompanhe a cadência de entregas, o tempo até a primeira entrega, a proporção de problemas que escapam, o tempo de recuperação e a percepção de colaboração do time. Por que esse formato funciona para equipes enxutas Empresas com TI enxuta precisam de foco e de efeito rápido sem comprometer o core do negócio. O plano de 30 dias não tenta “modernizar tudo”; ele cria uma linha de montagem que dá resultado pequeno, porém real, enquanto protege o que já funciona. É um arranque que respeita o contexto e abre espaço para evoluções maiores com baixo atrito. Ao privilegiar entregas pequenas, medidas simples e acordos claros, você evita a gangorra entre “pressa” e “pânico”, e constrói uma base que se mantém quando o mês acaba. O ganho não é só técnico; é de confiança. O sponsor passa a ver a tecnologia como aliada prática do plano da área dele, e não como uma promessa distante. Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: Ganhe eficiência e reduza custos com equipes de TI alocadas Squads ágeis para TI enxuta: quando vale optar por times alocados especializados Sua empresa precisa gastar menos e operar melhor? Conte com a alocação de squads ágeis Conclusão Receber um squad pronto em 30 dias é possível quando você troca a ansiedade por método. Defina o que é “pronto” de forma objetiva, elimine travas antes do dia 1, una cultura e segurança em hábitos simples, escolha ferramentas pelo fluxo e não pelo nome e meça o que realmente muda a vida de quem usa. O resultado é um mês que termina com uma entrega em produção, números que contam a história e um time que se encaixa sem ruído no seu modelo operacional. É assim que talento extra vira produtividade de verdade — sem dor de cabeça. Se quiser transformar este roteiro em um plano sob medida para o seu cenário, com templates prontos de onboarding, esteira de entrega e scorecard executivo, é só dizer. A partir daqui, colocar um squad para rodar é mais questão de disciplina do que de sorte. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
Por Romildo Burguez 7 de agosto de 2025
Seu sistema core continua funcionando, mas cada pequena mudança parece exigir doses crescentes de café, nervos de aço e um nível de paciência que nenhum CIO deveria precisar demonstrar. Em paralelo, o conselho quer respostas rápidas: “Vamos modernizar? Quanto custa? Em quanto tempo paga o investimento?” A pergunta que se repete em todas as reuniões soa simples, mas traz camadas de implicações estratégicas: vale mais a pena trocar tudo de uma vez ou reformar aos poucos?  Nesse post, você encontrará um guia prático que ajudará líderes de tecnologia a comparar quatro abordagens populares ( lift-and-shift, replatform, strangler e rebuild ) e decidir, em minutos, qual delas gera mais valor com o menor risco possível. Quer saber mais? Continue a leitura! O dilema do legado Se você trabalha em uma empresa consolidada, o software que sustenta a operação provavelmente nasceu antes da maioria dos apps que são usados hoje. Ele cresceu sob sucessivas camadas de regras de negócio, integrações pontuais e correções de emergência. Resultado: é confiável...até o ponto em que deixa de ser. Quando isso acontece, abrir um chamado não resolve. É preciso encarar a raiz do problema. Ao mesmo tempo, há uma demanda crescente por novas jornadas digitais, integração com parceiros e lançamento de produtos financeiros em ciclos cada vez menores. É aqui que surge o impasse: reconstruir tudo do zero pode levar dois anos e custar uma fortuna; ficar onde está pode engessar a empresa e reduzir competitividade. Entre esses extremos, existem rotas intermediárias. Conhecê-las é o primeiro passo para escolher bem. As quatro rotas possíveis Lift-and-shift: mudar de endereço Pense em transportar uma biblioteca inteira de um prédio antigo para outro mais moderno, prateleira por prateleira, sem alterar os livros. Na TI, isso significa colocar o sistema que você tem hoje em um ambiente mais robusto, normalmente na nuvem , sem mexer no código-fonte. É rápido, exige pouco esforço de engenharia e, de imediato, reduz custos de infraestrutura. Por outro lado, não resolve gargalos de performance nem facilita a criação de novas funcionalidades, porque o “livro” segue igual. Replatform: trocar parte do motor Aqui, você leva o carro para a oficina e troca o carburador por injeção eletrônica, mantendo a carroceria original. Na prática, significa adaptar componentes críticos (como banco de dados ou servidor de aplicação) para tecnologias mais eficientes, sem redesenhar toda a lógica de negócio. O ganho aparece em performance e escalabilidade, mas ainda existe dependência de bases de código antigas, o que limita quão longe a modernização pode chegar. Strangler: reforma cômodo por cômodo Inspirada no cipó que abraça a árvore até substituí-la, essa abordagem cria módulos novos ao redor do legado e, aos poucos, retira pedaços antigos de circulação. Em vez de um projeto monolítico, você executa várias entregas menores, cada uma gerando valor de forma incremental. O risco fica diluído e a equipe aprende com cada etapa. Por outro lado, há necessidade de conviver com dois mundos (antigo e novo) durante um certo período, exigindo atenção redobrada à segurança e à governança de dados. Rebuild: casa nova em lote vizinho Quando o imóvel ameaça cair e a planta não comporta mais a família, demolir tudo e começar do zero se torna inevitável. No software, reconstruir significa reimaginar processos, interfaces e bases de dados. É a chance de eliminar dívidas históricas e adotar padrões de mercado já consolidados. O custo e o tempo, porém, são maiores; além disso, a mudança cultural é profunda, pois equipes precisam aprender novas tecnologias e rotinas quase do zero. Como comparar risco e valor em minutos Para não cair em “achismo”, use uma matriz simples de dois eixos: valor (longo prazo) e risco (curto prazo). Quanto mais no quadrante superior direito, melhor: alto retorno, baixo risco. Liste ganhos de negócio medidos em dinheiro, tempo ou satisfação do cliente. Exemplo: reduzir o tempo para lançar um novo produto de seis meses para seis semanas. Identifique riscos imediatos, como indisponibilidade do sistema, multas regulatórias ou perda de dados. Plote cada estratégia na matriz. Lift-and-shift tende a ficar em “baixo risco, baixo valor”. Rebuild ocupa “alto risco, alto valor”. Replatform e Strangler variam conforme contexto. Em equipes pequenas, geralmente se encontram em zonas intermediárias. Ao visualizar o gráfico, fica mais fácil explicar ao CFO por que você defende um piloto de replatform agora e um rebuild no horizonte de dois anos, por exemplo. Critérios que mudam o jogo Orçamento e Payback Empresas com caixa apertado preferem iniciativas que paguem a conta em até 12 meses. Nesse cenário, lift-and-shift ou um replatform em módulo de baixo risco são cartas na manga. Projetos mais ousados pedem reservas financeiras ou uma fonte de receita incremental que banque a transformação. Urgência competitiva Se um concorrente já oferece conta digital em tempo real e o seu sistema leva horas para atualizar saldos, esperar três anos por um rebuild pode frustrar clientes e acionistas. Nesse caso, uma estratégia strangler , focando primeiro nos canais de maior visibilidade, entrega resultados rápidos sem sacrificar a visão de longo prazo. Regulatório e segurança Instituições financeiras obedecem a normas de tráfego, criptografia e segregação de funções. Qualquer movimento exige trilha de auditoria. Lift-and-shift demanda certificações do novo data center. Rebuild permite desenhar segurança desde o início, mas exige homologação completa. Mapear esses pontos evita surpresas com o departamento de compliance. Equipe e cultura Squads enxutos precisam de automação “até o osso”: provisionar ambientes em minutos, monitorar tudo num painel único, executar rollback ao toque de um botão. Se a equipe ainda vive de tarefas manuais , começar por lift-and-shift e adotar boas práticas de observabilidade já prepara o terreno para passos maiores. Exemplos práticos Extrato bancário em 90 dias: uma instituição moveu o serviço de consulta de extrato para nuvem em um lift-and-shift rápido, instalou camada de observabilidade e cortou custos de infraestrutura em 30%, tudo sem interrupção para o cliente final. Aplicativo de crédito sob strangler: ao lançar uma linha de crédito digital, o banco isolou o cálculo de juros em um microsserviço novo, enquanto o resto do core seguia no legacy. Em seis meses, metade das novas contas já consumia o serviço moderno, sem migração em massa. Rebuild do motor de precificação: com base nos sucessos anteriores, a equipe aprovou um rebuild completo do motor de precificação de crédito, garantindo margens melhores e mais transparência regulatória. A decisão só foi aprovada porque KPIs de projetos menores comprovaram redução de incidentes e aumento de receita. Roteiro em 5 passos para decidir em 10 minutos Faça um inventário rápido: quais módulos mais irritam usuários e geram custo extra? Associe cada módulo a dinheiro ou reputação: atraso no extrato afeta satisfação? Falha em débito automático gera multa? Escolha uma abordagem preliminar para cada módulo (use a matriz risco x valor). Desenhe um MVP que caiba em três meses: quanto custa, quem executa, qual KPI comprova valor. Valide com o board: apresente o gráfico, destaque quick wins e peça aval para o piloto — lembre-se de mostrar cenário de longo prazo para evitar o “moderniza-e-para”. Esse ciclo rápido coa complexidade e dá segurança de que a empresa não vai investir milhões no escuro. Erros comuns que viram armadilhas Confundir tecnologia com solução: migrar para nuvem sem repensar processo gera economia limitada. Ignorar custos de convivência híbrida: em strangler , mantenha monitoramento unificado; dois painéis de alerta dobram o trabalho. Deixar compliance para depois: ajustar trilha de auditoria no fim custa caro e pode atrasar go-live. Superestimar a equipe: rebuild sem capacitação vira “rebuilder”. Um projeto que nunca conclui. Evitar esses tropeços protege prazo, orçamento e reputação. Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: Evite retrabalho caro: o checklist que todo projeto de migração precisa Como desenvolver software em ambientes legados com segurança e eficiência Sistemas Core: Como projetos estruturantes transformam a eficiência operacional Conclusão Modernizar sistemas não precisa ser sinônimo de maratona sem linha de chegada. Ao entender as quatro rotas possíveis, plotar cada uma numa matriz risco x valor e seguir um roteiro enxuto de decisão, você transforma um dilema complexo em um plano objetivo. Trocar tudo? Reformar aos poucos? A resposta certa depende do seu contexto, mas o caminho para descobri-la ficou mais curto. Comece pelo módulo que dói mais, escolha a estratégia que dê retorno rápido sem afetar a operação e mostre resultados tangíveis. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a revisar seus sistemas, identificar riscos, priorizar ganhos e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
Por Romildo Burguez 5 de agosto de 2025
Evite retrabalho caro: o checklist que todo projeto de migração precisa Em projetos de modernização de legados, boa parte dos custos não aparece no contrato inicial. Surge depois, em forma de retrabalho. Retrabalho é aquela despesa que ninguém planeja, mas todos pagam: reescrever código porque as permissões não foram definidas direito, reconfigurar redes porque a latência explodiu, fazer horas e horas de auditoria adicional porque ninguém juntou evidências de conformidade ao longo do processo. A boa notícia? Essas surpresas têm um padrão. E, como todo padrão, podem ser previstas e evitadas. Nesse post, você verá por que toda migração precisa de um checklist prático, e qual é o passo a passo que garante segurança, desempenho e visibilidade de custos sem exigir uma grande quantidade de profissionais ou meses de análise. Se a sua meta é modernizar sistemas críticos sem estourar prazos nem orçamento, continue a leitura! Por que as migrações falham (e como isso afeta o bolso) Antes de mergulhar no checklist, vale entender de onde nascem as falhas que mais geram retrabalho. Em cerca de quinze anos acompanhando programas de transformação em setores como energia, logística e finanças, três padrões se repetem: Pressa para mostrar resultado Quando o board aprova a migração, a pressão por “vitórias rápidas” costuma levar os times a acelerar o re-hosting: levantar máquinas virtuais idênticas às do data center no provedor de nuvem, copiar as bases e declarar missão cumprida. É tentador, mas perigoso. Sem rever arquitetura nem dependências, o que era um monólito caro em on-premise vira um monólito caro em nuvem — agora com conta de tráfego de saída e picos de latência. Segurança opcional Em empresas reguladas, segurança não é diferencial, é obrigação. Mesmo assim, é comum ver ambientes criados sem política de rotação de chaves, inventário de segredos ou segregação de funções. O motivo? “Vamos resolver quando tudo estiver rodando”. Resultado: retrabalho para reconfigurar criptografia, refazer permissões e, às vezes, justificar multas ao regulador. Observabilidade tardia Migrar sem habilitar coleta de logs, métricas e rastreamento distribuído é como trocar o motor do avião em voo, vendando o piloto. Sem visibilidade, qualquer instabilidade vira caça ao tesouro: gasta-se mais tempo encontrando a causa do que resolvendo. No pós-migração, falta histórico para comprovar desempenho e justificar investimentos, gerando desconfiança nas áreas de negócio. Esses padrões geram custos diretos (horas de trabalho, multas, instâncias ociosas) e, principalmente, custos de oportunidade: O tempo gasto apagando incêndio não gera valor novo. Felizmente, o caminho para evitar essas armadilhas é claro — e cabe em oito checkpoints essenciais. O checklist “sem retrabalho” que você vai querer colar na parede Abaixo, apresentamos cada item do checklist em linguagem direta, sem jargões desnecessários. Em vez de uma lista seca de requisitos, explicamos o porquê por trás de cada ponto, para que você possa vender a ideia internamente e mobilizar as áreas envolvidas. Classifique seus sistemas antes de mover Decidir, para cada aplicação, se ela será simplesmente transferida (re-host), ajustada (re-platform) ou reescrita (re-architect). Sem essa tag de destino definida no “sprint zero”, você começa com a falsa sensação de velocidade — e descobre tarde que o banco relacional não escala no modelo de cobrança atual ou que aquela integração via arquivo batch não conversa bem com APIs em nuvem. Classificar evita surpresas de performance e licenciamento. Segurança by-design, não "by-remendo" Inventariar segredos, definir política de chaves criptográficas e criar funções de acesso mínimo antes do primeiro deploy. Remendar segurança depois de a aplicação estar no ar é como trocar fechaduras com a porta aberta. Sai caro, gera downtime e não acalma o auditor. Embutir controle de chaves e permissões desde o início evita refazer infraestrutura e garante evidências de conformidade. Redes desenhadas para o tráfego real Planejar topologia de redes virtuais, faixas de IP e regras de segmentação ajustadas ao padrão de comunicação entre sistemas internos e externos. Ignorar fluxos de dados leva a gargalos de latência e conta inesperada de tráfego. Um mapa de fluxos bem feito permite balancear segurança e desempenho, além de ajudar a antecipar custos de transferência de dados. Observabilidade full-stack ainda em homologação Habilitar logs, métricas e rastreamento distribuído no ambiente de testes, com alertas básicos configurados. Reunir histórico de performance antes do go-live permite comparar “antes e depois” e detectar regressões. Mais que isso: evita que incidentes iniciais virem sessões intermináveis de “achismo”, reduzindo tempo médio de solução. Guard-rails de custos desde o dia 1 Definir alertas de orçamento, políticas de desligamento automático e, no início, usar instâncias sob demanda até entender o perfil de uso. Comprar reservas de capacidade cedo demais cria ociosidade cara. Já controlar orçamento em tempo real dá conforto financeiro para a diretoria e evita a manchete interna: “conta de nuvem dobra em 30 dias”. Governo dos dados sem drama Planejar verificação de integridade no corte de bases, versionar esquemas e manter rollback possível caso algo fuja do script. A integridade de dados é o oxigênio dos processos críticos. Descobrir divergência de saldo no fechamento do mês sai infinitamente mais caro do que rodar checksums e testes de consistência na migração. Inteligência artificial responsável Se parte do legado envolve modelos de decisão ou scripts automatizados, revise vieses e critérios de explicabilidade antes de recarregar o mesmo algoritmo em novo ambiente. Um modelo que recomendava crédito de forma aceitável em 2019 pode ser considerado discriminatório em 2025. Modernizar sem revisar governança de IA traz risco reputacional, regulatório e financeiro. Capacitação e suporte prontos para assumir a operação Treinar quem vai operar, documentar runbooks e alinhar expectativas de suporte antes de transferir responsabilidade. Times de suporte que não conhecem as novas ferramentas abrem mais tickets do que resolvem. Um hand-over bem feito reduz curva de aprendizado e libera especialistas para inovar, não para apagar incêndio. Como colocar o checklist em prática com equipes enxutas Você pode estar se perguntando: “Ok, mas como executar tudo isso sem duplicar minha equipe?”. A resposta está em três estratégias de orquestração que observamos funcionar em empresas com times enxutos. Sprint 0 bem definido Reserve uma ou duas semanas para alinhar classificação de workloads, premissas de segurança e topologia de redes. Nessa fase, a equipe de arquitetura trabalha em conjunto com segurança e redes, evitando retrabalho em loops posteriores. Cada decisão vira história no backlog com responsável e data. Métricas de valor, não de vaidade Em vez de monitorar volume de linhas de código migradas, acompanhe indicadores que importam para o negócio: tempo de diagnóstico de incidentes, redução de custos de infraestrutura, tempo de fechamento contábil. Esses números mostram valor real à diretoria e ajudam a manter o projeto prioritário. Parcerias cirúrgicas em vez de terceirização massiva Trazer especialistas externos não significa entregar as chaves do cofre. Mapear lacunas de conhecimento (por exemplo, FinOps ou Responsible AI) e contratar workshops de curta duração — ou consultoria pontual — costuma sair mais barato do que ampliar headcount permanente. O segredo é ter um gerente de programa interno que orquestre e garanta transferência de conhecimento. O que dá errado quando o checklist é ignorado Nada ilustra melhor a importância de cada item do que histórias de fracasso, e como elas foram evitadas com o checklist. Latência surpresa em empresa logística Uma transportadora nacional migrou seu sistema de roteirização para nuvem em 45 dias. A pressa ignorou redes; pacotes viajaram de São Paulo a Miami para chegar a Curitiba, elevando de 90 ms para 450 ms o tempo de resposta. Resultado? Caminhões esperando ordem de rota e multas por atraso. O retrabalho envolveu redesenhar VPCs e mover bancos para região correta — custo adicional: R$ 380 mil. Se o item 3 tivesse sido seguido, a latência-alvo teria sido detectada no sprint 0. Auditoria de dados em banco regional Um banco intermediário precisou refazer parte da migração porque as evidências de segregação de funções não foram arquivadas. O regulador exigiu log completo da movimentação de chaves. Refazer auditoria envolveu baixar ambientes de produção, recriar acessos e contratar suporte premium. O checklist, item 2, teria salvado pelo menos duas semanas de trabalho e evitado multa. Superservidor ocioso em indústria de manufatura Na ânsia de aproveitar desconto, a equipe comprou instâncias reservadas de alta capacidade para previsão de demanda. O modelo era executado três vezes por dia e não manteve as máquinas ocupadas. Cinco meses depois, ociosidade de 40% e custo inesperado de R$ 120 mil. Guard-rails de custosteriam indicado uso real antes da compra. Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: Do legado à nuvem: modernize os sistemas core sem parar sua operação Como desenvolver software em ambientes legados com segurança e eficiência Sistemas Core: Como projetos estruturantes transformam a eficiência operacional Conclusão Migrar um sistema legado não precisa ser uma saga de retrabalho. Ao aplicar os oito checkpoints descritos, da classificação inicial à capacitação final, sua empresa reduz custo total de propriedade, protege a reputação diante de reguladores e libera a TI para inovar. Lembre-se: o serviço de Modernização de Legados não é só uma troca de tecnologia; é uma oportunidade de repensar processos, fortalecer a governança e preparar sua organização para futuras integrações de inteligência artificial, IoT ou qualquer inovação que o mercado exigir. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a revisar o seu plano de migração, identificar riscos, priorizar ganhos e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
Por Romildo Burguez 31 de julho de 2025
Você cruzou a linha de chegada: o MVP foi lançado, operou sem colapsar a infraestrutura e até arrancou elogios pontuais dos usuários mais entusiasmados. Mas, passados os primeiros brindes, uma pergunta ecoa nos corredores (ou nos grupos do Teams): “E agora?” Para empresas de setores tradicionais — onde tecnologia é peça de eficiência, não o core — esse momento é crítico. Departamentos de TI enxutos precisam decidir rápido o que evoluir, onde investir e como provar valor ao board, sem deixar a operação parar. As métricas de produto funcionam como um painel de carro em estrada desconhecida: mostram velocidade, combustível, alertas e, principalmente, se você ainda está no caminho do destino planejado. No entanto, medir tudo é tão improdutivo quanto não medir nada. O segredo está em escolher poucos números que contem a história completa: valor entregue agora, saúde do engajamento amanhã e oportunidades para crescer depois. Nesse post, vamos guiar você por essa escolha através de um roteiro prático para transformar métricas de produto em decisões claras sobre o próximo passo e munir seu time de argumentos que convencem até o financeiro mais cético. Continue a leitura e saiba mais! Por que o pós‑MVP exige outro tipo de métrica Durante o MVP, a ansiedade gira em torno de uma única dúvida: “Isso funciona?” Você mede cliques, confirma que o fluxo não quebra e registra depoimentos para o slide de celebração. Quando o protótipo vira produto, a pergunta muda para: “Isso gera resultado de verdade?” Nesse ponto, três armadilhas comuns derrubam iniciativas promissoras: Foco em números de vaidade: downloads, visitas, likes. Nada contra, mas eles não pagam boletos nem sustentam o negócio. Relatórios infinitos: planilhas que viram troféus de complexidade, sem tempo hábil para agir. Discussões sem dono: cada área cria seu próprio painel e o sprint vira debate sobre qual coluna está certa. Sair dessas armadilhas passa por construir um conjunto enxuto de métricas de produto que amarram três dimensões: valor, retenção e eficiência . Vamos destrinchar cada uma a seguir. A “métrica farol”: a bússola que evita rotas erradas Imagine conduzir um navio à noite sem farol: seria fácil confundir luz de costa com estrela e acabar em recife. Produtos digitais enfrentam cenário semelhante: são bombardeados por dados, mas precisam de uma métrica farol (também conhecida como North Star Metric) que aponte para o impacto real gerado ao usuário. Como escolher? Pense no benefício que justificou o projeto diante do board. Se você opera uma rede de varejo, a métrica farol pode ser “pedidos fechados por cliente ativo”. Em logística, “entregas dentro do prazo por remessa”. No RH, “processos de admissão concluídos sem retrabalho”. Essa métrica: Mostra valor percebido, não apenas uso. É influenciada pelas equipes de produto e negócio. Pode crescer de maneira sustentável (não explode custos a cada avanço). Coloque‑a no topo do painel, discuta em toda reunião e vincule bônus ou OKRs a ela. Quando todo mundo usa a mesma bússola, conflitos de prioridade viram diálogo construtivo. Métricas satélites: o sistema solar do produto
Por Romildo Burguez 30 de julho de 2025
Rede de dados leve: governança sem burocracia para empresas enxutas Imagine tentar navegar um veleiro pequeno carregando a âncora de um transatlântico. É assim que muitos CIOs de empresas consolidadas se sentem ao falar de governança de dados: eles sabem que precisam dessa âncora para não “derivar” em mares regulatórios — LGPD, SOX, auditorias internas — mas também sabem que, se o equipamento for grande demais, o barco simplesmente não se move. E por que o tema ganhou tanta urgência agora? Porque os executivos de negócios pedem, quase em uníssono, três coisas que pareciam incompatíveis até pouco tempo atrás: Informação à mão para tomar decisões rápidas. Custos enxutos , já que TI não é área‑fim. Conformidade infalível , sob risco de multas milionárias. Esse tripé costuma travar quando se aplica o mesmo receituário das big techs: data lakes mastodônticos, squads sob medida para cada pipeline e um batalhão de engenheiros cuidando de scripts noturnos. Para quem conta nos dedos quantos analistas de BI tem disponíveis, esse modelo simplesmente não fecha. Daí nasce o conceito de rede de dados leve — uma abordagem que entrega governança sem burocracia, cabe no bolso e não exige contratar meio exército para funcionar. Nesse post, veremos como esse modelo substitui implantações pesadas por SaaS plug‑and‑play, infraestrutura que liga e desliga sozinha, políticas “escritas em código” e pipelines que se autodiagnosticam. Continue a leitura e saiba mais! Por que uma rede de dados leve melhora sua estratégica Tempo é receita (ou perda) Quando uma análise importante demora dias, as oportunidades passam. Uma rede inchada, cheia de cópias de planilhas e integrações manuais, cria um gargalo invisível: o custo de esperar. Em mercados voláteis, esperar é perder dinheiro hoje — não no balanço de fim de ano. Compliance não pode parar o show Regulamentos pedem trilhas de auditoria, políticas de retenção, mascaramento de dados sensíveis. Quem resolve tudo “na mão” logo se vê em labirintos de avaliações, passagens de e‑mail e versões conflitantes de planilhas. Leveza, nesse contexto, significa automatizar evidências e deixar a máquina fazer a parte chata. Escala elástica e previsível Infraestrutura subdimensionada quebra; superdimensionada vira desperdício. Arquiteturas serverless e warehouses que fazem “auto‑pause” cobram por segundo de uso — e se desligam quando ninguém está consultando. Assim, até uma equipe enxuta consegue adotar regras de ouro de FinOps sem virar especialista em nuvem. Menos gente, mais inteligência Se os poucos profissionais disponíveis precisam escolher entre “arrumar a casa” e entregar valor analítico, a balança tende a pender para os projetos visíveis — e os bastidores ficam esquecidos. Uma rede de dados leve automatiza justamente esses bastidores: catalogação, classificação de colunas sensíveis, monitoramento de qualidade. Resultado? O time foca em gerar insights, não em “consertar canos”. Três princípios para construir (e manter) uma rede de dados leve Mova menos dados. Consulte onde ele já está Cada vez que copiamos informações de um sistema para outro, criamos latência, custo de armazenamento e risco de vazamento. Plataformas de virtualização de dados permitem consultas federadas: o analista precisa de um indicador do ERP e de um log de pedidos no banco operacional? Ele executa uma única query, em tempo real, sem ETL. Para a TI, isso significa menos pipelines para monitorar; para o negócio, respostas mais rápidas. Automatize o que é necessário e guarde energia para o que importa Catálogos modernos se conectam via API a bancos, planilhas e serviços em nuvem . Em minutos, sugerem descrições de colunas, inferem quem usa cada tabela e destacam onde existem dados sensíveis. Ferramentas de observabilidade vigiam a qualidade: se chega um valor fora do padrão ou o volume despenca inesperadamente, um alerta pipoca no Teams. Tudo isso substitui reuniões infinitas sobre “quem é dono” e correria de madrugada quando o dashboard do CFO quebra. Políticas como código e governança em velocidade DevOps Escrever regras de acesso, retenção e mascaramento em arquivos YAML (ou JSON ) versionados em Git parece técnico demais? Na prática, significa aprovar mudanças com um clique, rastrear quem alterou o quê e ter um histórico perfeito para o auditor baixar. O time ganha agilidade; o jurídico ganha rastreabilidade; ninguém perde tempo copiando e colando cláusulas de um PDF para outro. Do legado à leveza: um roteiro de 90 dias sem inflar headcount Semanas 1 e 2: diagnóstico ativo, nada de powerpoint vazio Em vez de entrevistas longas, conecte um catálogo SaaS ao banco de produção, à planilha‑mãe e ao repositório de relatórios. Em poucas horas você terá um raio‑X dos ativos: fontes mais acessadas, colunas com dados pessoais, tabelas zumbis que consomem espaço. Esse mapa substitui hipóteses por fatos e direciona esforços para os 20% dos dados que geram 80% de valor. Semanas 3 e 4: pipelines gerenciados Integrações Fivetran‑like puxam dados de ERP, CRM ou mesmo bancos legados de forma incremental. Se algo falhar, a própria plataforma reenvia o lote. Nada de script cron em servidor misterioso. Melhor: tudo monitorado num dashboard único, que sua equipe e o fornecedor de SaaS conseguem ver em tempo real. A diferença na produtividade é visível já no primeiro mês. Semanas 5 e 6: warehouse serverless (pay‑per‑second) Substitua a instância eterna de banco analítico por um serviço que sobe quando precisa, escala com a consulta e dorme quando acaba. Nesse ponto você vai descobrir o “custo do silêncio”, horas de CPU que antes eram pagas só para ficar ocioso. O business case se paga quase sozinho. Semanas 7 e 8: observabilidade de qualidade Escolha duas tabelas de impacto alto: pedidos faturados e cadastro de clientes, por exemplo. Configure checagens de anomalia de volume, esquema e outliers. O primeiro alerta chegará rápido (spoiler: sempre há um nulo onde não deveria). Quando o CFO vir que recebeu aviso antes de o problema se espalhar, você terá a bênção para expandir a cobertura. Semanas 9 a 12: policy‑as‑code e auditoria “clique‑único” Traduza sua política de retenção em duas variáveis: tipo de dado e prazo em meses. Escreva expressões que mascaram automaticamente CPF após X dias. Faça merge request, aprove e pronto: a regra passa a valer para todo novo dataset. Um script gera um PDF de evidências a cada 30 dias. Se a auditoria ligar, o documento já está pronto. Casos de Sucesso: quando a “leveza” se torna vantagem Logística: menos panes, mais entregas pontuais Uma distribuidora nacional de bebidas sofria para integrar o WMS (sistema de estoque) e o app do motorista. Dados chegavam em lotes noturnos; qualquer atraso mudava rotas e penalizava o SLA de entrega. Em 60 dias, a empresa migrou os eventos para streaming incremental e usou warehouse serverless para relatórios em tempo quase real. A “rede de dados leve” cortou em 35% o tempo de replanejamento diário, liberando turnos extras sem custo adicional. Finanças: compliance sem estresse Uma instituição de crédito regional precisava responder ao Banco Central sobre transações suspeitas. Com um catálogo SaaS que já classificava PII, o analista gerava relatórios clicando em “export compliance view”. O auditor recebeu logs assinados digitalmente; reuniões que antes levavam semanas ficaram em 90 minutos. O case virou vitrine para diretoria justificar novos pilotos de IA. Varejo: promoção em tempo certo, margem preservada Um e‑commerce de moda usava planilhas para acompanhar ruptura de estoque. Quando o dado finalmente chegava, era tarde para reverter a campanha. Ao federar consultas direto no ERP e ativar alertas de qualidade, a empresa passou a pausar anúncios em até dez minutos após identificar falta de produto. O resultado foi um ganho de margem de dois pontos percentuais em apenas um trimestre, sem contratar ninguém novo. Mantendo a leveza a longo prazo Rede de dados leve não é projeto‑relâmpago; é prática contínua. A diferença é que ela cresce por automação e padronização, não por peso humano. Três rituais garantem a sustentabilidade: Revisão trimestral de catálogo: ajuste classificações, arquive tabelas obsoletas. FinOps review: olhe o dashboard de custo por domínio e negocie metas com cada área de negócio. Rotação de “data champions”: mantenha a cultura viva promovendo novos embaixadores, evitando que o conhecimento fique preso numa única cabeça. Mesmo em empresas enxutas, esses rituais tomam poucas horas ao mês graças às ferramentas automatizadas. E é dessa constância leve que nasce a confiança de board, auditoria e usuários finais. Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: Como utilizar a governança de dados na empresa? Nós te ajudamos! Supere os desafios do seu negócio com Inteligência de Processos e Dados Governança de dados em setores regulados: checklist de eficiência e compliance Conclusão Quando tecnologia não é o core da companhia, ela precisa ser a força silenciosa que empurra o negócio, não um peso que exige constante reboque. A rede de dados leve resolve esse paradoxo: oferece governança robusta, visibilidade executiva e custos sob controle, sem exigir batalhões de engenheiros ou mudanças radicais na cultura. O que você leva para casa: Mover menos dados reduz riscos e acelera decisões. Automatizar metadados e qualidade libera o time para inovar. Políticas como código tornam compliance quase invisível. Infraestrutura elástica faz o orçamento caber no planejamento. Se a sua equipe é enxuta, mas a ambição é grande, comece pequeno: conecte um catálogo SaaS, habilite um warehouse serverless , escolha um pipeline crítico para testar observabilidade. Em semanas você verá dashboards mais confiáveis, alertas proativos e, principalmente, um sorriso no rosto do board quando a próxima auditoria bater à porta. Leveza, afinal, não é ausência de estrutura. É ter a estrutura certa, no lugar certo, só quando precisa . E isso está ao alcance de qualquer empresa que fatura alto, mas não quer perder agilidade pagando pedágio ao excesso de tecnologia. A rede de dados leve é o caminho. Basta dar o primeiro passo. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
Por Romildo Burguez 24 de julho de 2025
Imagine um depósito abarrotado de caixas valiosas, mas fechadas. Dentro delas estão anos de pedidos, medições de máquinas, histórico de manutenção, preferências de clientes. Tudo isso custa para ser armazenado, mas não coloca um centavo novo no caixa. Foi assim que dados corporativos se tornaram, ao longo do tempo, um “ativo invisível”: caros de manter, difíceis de vender. A boa notícia? Hoje existe maturidade tecnológica, modelos de negócio testados e, sobretudo, demanda. Empresas dispostas a pagar por informações que encurtem seus próprios ciclos de decisão. Monetização de dados deixou de ser um tema restrito a gigantes da internet. Fabricantes de aço, distribuidoras de energia, operadoras de logística — qualquer organização que opere sob processos complexos e produza grandes volumes de informação pode transformar esse “peso morto” em nova linha de receita. Mas não basta “abrir planilhas” e cobrar assinatura. É preciso estruturar, empacotar e ofertar valor de forma que o mercado compreenda e confie. Nesse post, você vai conhecer um roteiro prático, comprovado em empresas que faturam centenas de milhões de reais e operam sob SLAs rigorosos, para transformar bases históricas em produtos de dados geradores de receita — sem sobrecarregar a TI nem colocar risco jurídico sobre a mesa. Quer saber como? Continue a leitura! Por que monetizar dados virou prioridade A margem que encolhe Empresas consolidadas sentem a pressão de margens cada vez mais apertadas. Competidores globais, custos de matéria-prima e expectativa do cliente por respostas imediatas comprimem lucros. Transformar dados em produto não depende de novas fábricas nem de grandes contratações. É escala digital, de custo incremental baixo e receita recorrente. Demanda aquecida do lado de fora Startups, bancos, seguradoras e até órgãos públicos buscam informação confiável para alimentar seus algoritmos de risco, previsão de demanda ou manutenção preditiva. Comprar dados prontos, com qualidade garantida, sai mais barato do que coletar do zero. Ponto de virada regulatório No Brasil e no mundo, leis de proteção de dados tornaram-se mais claras. Ao contrário do que parece, isso facilita a monetização: regras objetivas de anonimização, licenciamento e auditoria ampliam a confiança do comprador. Da montanha de dados ao protótipo de produto Comece pelo problema de mercado, não pelo dataset Antes de abrir o data lake, converse com possíveis clientes. Que decisão eles precisam tomar mais rápido? Quanto vale para eles reduzir um dia de estoque parado ou prever falha de equipamento? Somente depois mapeie quais tabelas internas podem responder a essa dor. Defina o MVP em três perguntas Qual insight é entregue? Ex.: tempo real de temperatura de forno, média semanal ou indicador agregador? Em que formato? API, dashboard embutido ou arquivo mensal? Com que garantias? Frequência de atualização, nível de anonimização, suporte. Responda a essas questões e você terá um produto mínimo viável de dados com escopo, preço e público-alvo claros. Storytelling de valor Mesmo o CIO mais técnico do comprador quer entender em negócios: redução de custo, abertura de mercado, mitigação de risco. Crie uma narrativa simples que conecte o dado ao resultado. Afinal, ninguém paga por CSV . Paga por ganho mensurável. Arquitetura que sustenta (sem implodir a TI) Reaproveite o que você já tem Se sua empresa roda relatórios diários em um data warehouse, use esse mesmo pipeline como base. Basta adicionar uma camada de API ou streaming em pontos de alto valor. Assim, não se cria projeto paralelo que consome o time enxuto de tecnologia. Lakehouse e catalogação Convergir dados brutos e modelados em um lakehouse facilita o versionamento, o controle de qualidade e, principalmente, a rastreabilidade exigida pelo comprador. Um catálogo claro de metadados — horário de coleta, unidade de medida, origem — aumenta a confiança e justifica preço premium. Segurança por design Implemente mascaramento, anonimização e trilhas de auditoria na origem. Evita retrabalho, reduz risco jurídico e serve de argumento de venda: “Nossos dados passam por 30 testes automáticos antes de irem para o cliente.” Modelos de receita que funcionam