Confira 7 vantagens do Power BI e como usá-lo melhor

Wagner Hörlle • March 17, 2021

Antes de falarmos sobre as Vantagens do Power BI, quero convidar você a pensar nos principais departamentos da sua empresa: vendas, gestão de pessoas, relacionamento com o cliente, marketing, logística, financeiro e o que mais você quiser. Todos eles, sem exceção, produzem dados.

E no cenário atual – marcado por transformações e incertezas – sai na frente quem consegue utilizar estes dados de maneira estratégica, para basear a tomada de decisão.

É exatamente isso que o Power BI pode fazer pelo seu negócio.

Para escolher a melhor infraestrutura de business intelligence (BI) para a sua empresa, é importante conhecer alguns conceitos importantes. Isso porque, apesar de o Power BI ser uma plataforma extremamente popular, há muitas dúvidas sobre suas funcionalidades e reais capacidades.

Entenda melhor como funciona o processo de business intelligence, o próprio Power BI e as 7 principais vantagens de utilizar a ferramenta na sua empresa.

O que é o Power BI?

O Power BI – desenvolvido pela Microsoft – é uma plataforma de business intelligence líder de mercado, que oferece uma estrutura completa para a implementação de soluções de BI em qualquer negócio. A suíte é capaz de capturar dados de variadas fontes, transformá-los e gerar dashboards interativos e automatizados que apoiam a tomada de decisão estratégica para a empresa.

O software foi desenvolvido para que até mesmo usuários sem conhecimentos técnicos consigam trabalhar diariamente no processo de análise – tendo acesso mais rápido aos dados, podendo acompanhar diariamente os KPIs e propor melhorias de acordo com a necessidade.

É por isso que o Power BI vem mudando a relação entre as áreas de tecnologia e negócios. Com o chamado self-service BI, o usuário final ganha mais autonomia no desenvolvimento de relatórios – o que permite maior independência da área de negócios em relação ao TI e, a consequente democratização dos dados dentro da empresa.

Entendendo onde o Power BI se encaixa

Business intelligence não é uma ferramenta. Na verdade, se trata de uma solução que combina estratégia e tecnologia para transformar dados brutos em informações relevantes para o negócio.

Em outras palavras, business intelligence te ajuda a resolver problemas.

Com as informações organizadas de maneira clara, objetiva e acessível, os gestores podem tomar decisões mais embasadas – melhorando os indicadores de performance da companhia.

O processo de business intelligence inclui 5 etapas: 

  • Definição de um problema de negócios
  • Extração de dados
  • Armazenamento
  • Limpeza dos dados
  • Geração de relatórios.

Para cada uma dessas etapas, o tipo e o porte do projeto é o principal fator para determinar quais ferramentas precisam ser utilizadas – mas, em geral, o Power BI vem se destacando.

O diferencial em comparação a outras soluções de BI

A Gartner, empresa global de consultoria e pesquisa em tecnologia, divulga todo ano Quadrante Mágico da Gartner – relatório que aponta as empresas que mais se destacaram em diversos segmentos. O estudo é referência para as companhias que querem implementar soluções de BI.

Há 14 anos consecutivos, a suíte da Microsoft lidera o Quadrante Mágico na área de BI e Analytics e o Power BI é o grande responsável por esse destaque.

O eixo horizontal representa a integridade da visão de mercado da companhia, enquanto o vertical corresponde à habilidade de execução do que é planejado. O estudo posiciona as empresas em quatro categorias: líderes, desafiantes, competidores de nicho e visionários.

A posição no quadrante de líderes é cobiçada pela maioria das grandes empresas e a Microsoft, como podemos ver na imagem, está muito à frente das suas principais concorrentes. E o destaque se dá em razão de fatores como:

  • Capacidade de execução;
  • Visão de mercado ambiciosa e abrangente;
  • Foco no sucesso do cliente;
  • Custo;
  • Qualidade e credibilidade. 

São exatamente estes fatores – combinados com as próprias funcionalidades da ferramenta – que representam o diferencial do Power BI em relação às demais soluções no mercado.

Por que usar o Power BI?

Hoje, os insights obtidos através dos dados são fundamentais para que empresas de qualquer segmento estejam capacitadas a acompanhar suas metas e resultados. O Power BI possibilita a análise de informações com a precisão e a profundidade que as demandas exigem.

Se a sua meta é aumentar a margem de lucro da empresa, é possível utilizar o Power BI para, através dos dados coletados e analisados, entender em qual patamar seu negócio está em relação ao seu objetivo principal. A partir desses resultados e de uma abordagem analítica, o tomador de decisão consegue compreender quais esforços serão necessários para, enfim, atingir a meta.

Se, na sua empresa, é comum: 

  • Excesso de uso do Excel para construir relatórios
  • Precisar de um dado e ter que aguardar dias até que ele seja consolidado
  • Ter dificuldade para integrar e cruzar os números de várias áreas e fontes diferentes

Então chegou a hora de investir em uma plataforma de business intelligence como o Power BI.

Com uma solução de self-service BI, os analistas podem construir relatórios uma vez e programar atualizações – automatizando o trabalho e eliminando atividades repetitivas que desperdiçam tempo e dinheiro. Por outro lado, os gestores ganham mais autonomia e agilidade.

Quais são as 7 principais vantagens do Power BI?

A suíte de business intelligence da Microsoft oferece aplicativos integrados para auxiliar o usuário em todo o processo de obtenção de informações por meio de dados. O Power BI inclui extração, preparação, análise, visualização e governança de dados – tudo em uma solução.

O Power BI é ainda uma ferramenta chave para impulsionar a cultura de negócios data driven. E conhecer em detalhes suas vantagens é muito importante para ter uma visão 360° de todo o seu potencial. A seguir, veja os 7 motivos pelos quais recomendamos o uso da ferramenta.

Suporte na tomada de decisões

Tomar decisões baseadas em “feeling”, por mais experiente que um gestor seja, já não é mais suficiente. Também não é suficiente trabalhar com dados desorganizados, espalhados em centenas de planilhas que precisam ser atualizadas manualmente e demandam horas – ou até dias e semanas – de trabalho repetitivo.

Em um mundo rápido, complexo, em constante transformação e que gera cada vez mais dados por segundo, o alto escalão das empresas precisa de agilidade e confiabilidade. E, para isso, é indispensável desenvolver soluções capazes de guiar e oferecer suporte à tomada de decisão. O Power BI, por meio de suas inúmeras funcionalidades, possibilita a construção de relatórios interativos, completos e confiáveis.

Com esse recurso, gestores podem tomar decisões com mais segurança e até antecipar problemas antes que eles escalem.

Autonomia graças à facilidade de operação

Durante muito tempo, as áreas de negócio eram totalmente dependentes da TI para obter qualquer tipo de dado. E isso tem uma razão de ser: é muito perigoso fornecer acesso irrestrito a usuários não técnicos. Um simples deslize pode tirar toda a sua produção de operação, causando prejuízos gigantescos.

Com o Power BI – construído com uma interface intuitiva para que o usuário consiga fazer quase tudo com cliques – o analista tem mais autonomia para desenvolver soluções, monitorar resultados e propor melhorias. Isso traz autossuficiência para as áreas de negócios que, em poucas semanas, podem começar a trabalhar com dados sem grandes dificuldades. Por consequência, melhoram o acesso aos indicadores mais relevantes, a produtividade e a busca por novas soluções.

Fácil compartilhamento de relatórios

De nada adianta ter terabytes de dados armazenados se eles não podem ser apresentados de modo claro e intuitivo a um número significativo de pessoas dentro da organização. Com o Power BI, é possível compartilhar relatórios com qualquer pessoa, de maneira segura, através dos navegadores, do recurso de embedding e do aplicativo para celular. 

É muito comum a visão de que apenas a alta liderança precisa de acesso a dados para a tomada de decisão – e isso é verdade em casos de dados mais sensíveis e estratégicos – mas uma cultura realmente data driven se preocupa com a democratização dos dados dentro da empresa. 

Do estagiário ao CEO – todos podem obter insights importantes a partir de dados. Quando todos têm acesso às informações relevantes para sua área ou cargo, o trabalho se torna mais estratégico e relevante para a empresa como um todo.

Trabalho em nível colaborativo

Como um desdobramento da função de compartilhamento, a possibilidade de trabalho em nível colaborativo é outro grande benefício da ferramenta. Adotando algumas boas práticas de desenvolvimento em equipe, vários desenvolvedores podem trabalhar em conjunto para construir um relatório do zero.

Através dos workspaces do Power BI, conseguimos incluir usuários para que eles possam gerenciar relatórios, conjuntos de dados, pastas de trabalho, fazer versionamento etc. É possível ainda controlar permissões e níveis de acesso.

Na prática, essa flexibilidade facilita a integração entre departamentos, enriquece as análises e oferece toda a base que os gestores precisam para tomar decisões respaldadas por dados concretos.

Dados protegidos e com acesso restrito

O grande objetivo de uma aplicação como o Power BI é tornar os dados acessíveis a quem precisa deles – mas é preciso de muito cuidado com qualquer tipo de tratamento de dados, afinal trabalhamos com informações muitas vezes sensíveis. 

Compartilhar arquivos na nuvem para que outras pessoas acessem não quer dizer que qualquer um poderá vê-los. E os recursos de segurança do Power BI dão conta de resolver esse problema.

O Power BI possibilita o compartilhamento seguro de dados por meio de recursos de: 

  • Classificação e rotulação de dados como confidenciais
  • Governança de dados
  • Controle de permissões
  • Monitoramento e proteção da atividade dos usuários

É possível, ainda, combinar os recursos do Power BI com boas práticas de gestão de tecnologia, como a implantação de um modelo de Gerenciamento de Nível de Serviço (Service Level Management – SLM) – um conjunto de rotinas que têm como objetivo guiar o suporte em tecnologia, oferecer melhor atendimento ao cliente e garantir proteção e segurança.

Com estes recursos, conseguimos, por exemplo, compartilhar relatórios em nuvem com permissão para que apenas os colaboradores da área de marketing possam visualizar e fazer alterações. O mesmo pode ser feito de maneira ainda mais segmentada, selecionando apenas pessoas autorizadas.

Integração com diversas fontes de dados

Com o Power BI, é muito simples conectar e obter dados de uma quantidade incrível de fontes. Atualmente, a ferramenta dá suporte à conexão a arquivos em diversas extensões, aos sistemas baseados em nuvem e muitos outros. 

Veja algumas das possibilidades de conexão:

  • Planilhas de Excel
  • Arquivos CSV
  • Bancos de dados
  • Softwares de gerenciamento
  • Soluções em nuvem como Azure
  • Google Analytics
  • DropBox
  • Sharepoint
  • SalesForce
  • Redes sociais

Com esses conectores nativos, é possível criar análises rápidas e customizadas, com a certeza de acesso aos dados de fato relevantes para o negócio.

Baixo custo de licença

Um dos principais destaques do software é o seu custo de licenciamento, acessível para empresas de qualquer tamanho, das PMEs às multinacionais.

O Power BI Desktop é gratuito por tempo ilimitado, mas permite apenas compartilhamento público. Se a sua empresa quer aproveitar as vantagens de controle de compartilhamento, programação de atualizações e outros, é preciso pagar uma licença mensal de USD 9.99 por usuário – valor muito abaixo das principais soluções concorrentes.

Mesmo com custo menor, como você viu ao longo deste artigo, a qualidade dos serviços não deixa a desejar, colocando o Power BI como líder de mercado no seu segmento.

Com tantos benefícios, não é difícil entender porque o Power BI é tão popular entre as empresas que estão em busca de soluções integradas para basear a tomada de decisão. A combinação entre tecnologia de ponta, baixo custo, possibilidade de implementação em pouco tempo e serviços valiosos para guiar a estratégia dos negócios, o Power BI vem se tornando a plataforma queridinha dos gestores.

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O problema é tratar esse legado como se fosse um aplicativo novo, pronto para integrações perfeitas e mudanças rápidas. Aqui, o caminho mais responsável é reduzir acoplamento. Ou seja: antes de conectar IA diretamente em sistemas críticos, você começa com etapas mais “externas” e controladas. Você melhora a entrada, a organização e a qualidade do que chega no sistema — e só depois mexe no sistema. Pense como uma reforma com a casa em pé: primeiro, você arruma o fluxo, tira o entulho, melhora o acesso, organiza ferramentas, padroniza procedimentos. Só depois você quebra a parede. Uma boa regra prática é: quanto mais crítico o sistema, mais controlada precisa ser a automação . Isso não é medo; é engenharia de confiança. Você pode acelerar o que está antes e depois do sistema sem tocar no coração do legado no primeiro movimento. ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
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