Scrum ou Kanban: qual a melhor escolha para o seu time?

Wagner Hörlle • October 25, 2021

As metodologias ágeis são muitas e, apesar de todas elas se desenvolverem respeitando e seguindo os princípios do Manifesto Ágil, cada uma delas possui suas particularidades, vantagens e desvantagens na aplicação para diferentes tipos de projetos.

Não é possível definir, no entanto, qual das metodologias é a melhor, de uma forma generalizada.

A escolha da melhor metodologia irá variar de acordo com a equipe e o tipo de projeto que esteja sendo desenvolvido.

Scrum Vs Kanban

De todos os métodos utilizados em projetos ágeis, o Scrum e Kanban definitivamente são os dois mais conhecidos e amplamente utilizados por equipes ágeis de todos os níveis de complexidade e experiência.

Ambos foram criados por razões diferentes e com focos de processo bem divergente, ainda assim são frequentemente comparados entre si, devido a sua simplicidade e eficiência.

Ao longo deste artigo você entenderá quais são as principais características de cada método, quais as suas similaridades e principais diferenças.

Além disso, você também aprenderá quais são os pontos mais importantes a serem levados em consideração no momento da escolha do método e como entender qual deles mais se adequa ao seu time.

Por que implementar a cultura Ágil?

Antes de falarmos especificamente dos métodos Scrum e Kanban, é importante pensar na implementação da cultura ágil em si.

A cultura ágil incentiva o trabalho em equipe, funcionando como uma valiosa ferramenta para aumentar a eficiência e colaboração no desenvolvimento dos projetos.

Embora Agile seja frequentemente visto como uma metodologia de processo, ele é muito mais do que isso.

Na verdade, ela não se trata de uma metodologia fria e crua, mas sim de um conjunto de valores e princípios que, quando aplicados ao processo de desenvolvimento, resultam em melhorias significativas quando comparados com as metodologias tradicionais.

A fim de alcançar resultados melhores, de forma mais ágil e gerar benefícios durante o processo de desenvolvimento dos produtos, Agile propõe o uso de:

  • Interações pessoais entre os membros da equipe;
  • Autonomia para os membros da equipe, partindo de um gerenciamento de baixo para cima — bottom-up.
  • Colaboração com os clientes durante o desenvolvimento do produto;
  • Adaptabilidade e resposta rápida às mudanças;
  • Entregas frequentes, divididas em pequenas etapas de desenvolvimento;
  • Transparência e flexibilidade durante a execução do projeto.

A Metodologia Ágil é uma abordagem de gerenciamento de projetos que visa reduzir os riscos derivados da impossibilidade de prever todas as características de um produto ou software .

É por isso que, em Agile, não pensamos no produto e no processo de forma isolada, mas os vemos como um todo.

As mais usadas metodologias Ágeis: Scrum ou Kanban

Como já falamos anteriormente, as duas metodologias mais utilizadas em projetos Agile são Scrum e Kanban.

Embora haja uma forte sobreposição entre os dois, cada um deles tem suas próprias características e objetivos.

A seguir, vamos olhar cada uma das duas metodologias mais a fundo e destacaremos os principais pontos e benefícios de cada um.

Kanban

A metodologia Kanban é um sistema que gerencia, monitora e controla um processo de trabalho utilizando um sistema visual de gerenciamento .

Foi desenvolvida por Taiichi Ohno para a Toyota, com o intuito de melhorar o sistema de produção da empresa com base em sua teoria chamada “just in time”, que procura reduzir o desperdício e o excesso de estoque.

Tradicionalmente, ela era desenvolvida de forma física, através do uso de um quadro com as etapas do fluxo de tarefas definido e a utilização de Post-its representando cada uma das tarefas.

Porém, o seu uso mais comum hoje é feito através de apps e sistemas de gestão de projetos, onde é possível criar quadros online, com colunas — geralmente divididas em “A fazer”, “Fazendo” e “Finalizado” — de visualização de cada etapa e cartões que representam as tarefas.

Desta forma, através da metodologia Kanban é possível analisar o fluxo de trabalho de uma perspectiva geral.

Ao invés de planejar tarefas a serem feitas dentro de blocos de ação com um determinado prazo fixo ( como o scrum ), ela se concentra em não sobrecarregar a capacidade da equipe através da “visualização” do estado atual dos itens de trabalho em andamento.

Resumo de Características

  • Sistema de gerenciamento visual
  • Kanban é uma metodologia que permite que a definição de tarefas seja realizada de forma iterativa e incremental.
  • Não há marcos ou prazos rígidos de etapas do projeto. O processo de desenvolvimento é contínuo.
  • É altamente colaborativo. Todos os membros do time devem atualizar o andamento de suas tarefas, de forma autônoma.
  • Permite medir o progresso através de estatísticas que mostram os cartões que foram completados e a velocidade em que foram feitos. Usando essas métricas, podemos planejar períodos de trabalho futuros de acordo, identificando tendências. Desta forma, não sobrecarregamos a equipe com uma grande quantidade de tarefas sem levar em conta sua capacidade de realizar novos trabalhos.
  • Permite ajustes a qualquer momento, pois dependendo de quanto trabalho foi feito a cada iteração, você pode corrigir as coisas adicionando mais colunas para novos cartões ou removendo colunas, por exemplo.

Tipos de projeto que melhor se adaptam a metodologia Kanban

Ela é utilizada principalmente para projetos que requerem gerenciamento e manipulação contínua de ideias ou outras mudanças que possam surgir ao longo de suas fases de desenvolvimento.

É uma metodologia altamente colaborativa, onde não há apenas uma pessoa responsável por atualizar o andamento do projeto,  é muito importante que os membros da equipe estejam muito engajados e cientes de suas demandas e atualizem o status de seus quadros de forma rápida.

Por ser mais simples, pode ser usada por equipes menos experientes no uso de metodologias ágeis.

Pode ser facilmente implementada tanto para equipes de desenvolvimento e criação de produtos, como para equipes com funções mais administrativas, para gerenciar as demandas internas do setor.

Scrum

O Scrum é uma das metodologias ágeis mais populares para projetos que requerem coordenação entre diferentes tarefas dentro de uma equipe.

Ele se desenvolve a partir de Sprints, reuniões de planejamento feitas em intervalos de tempo bem definidos — geralmente de 1 a 4 semanas.

Os Sprints tem várias vantagens, como incentivar os membros da equipe a se concentrarem em tarefas específicas, promover uma melhor comunicação com a gerência e reduzir o retrabalho ou tarefas adicionais devido a ter objetivos claros definidos em cada etapa do ciclo de vida do projeto

Em cada Sprint é definido um Backlog — lista de atividades — para ser executada na etapa corrente do projeto.

Durante o desenvolvimento dos Sprints não são feitas alterações na etapa corrente. Sendo possível efetuar modificações no projeto quando é feita a mudança e definição de novo Backlog para o próximo Sprint.

Além destes Sprints mais longos, existem outros 2 tipos de eventos no Scrum: reunião diária e retrospectiva.

Durante as reuniões diárias  as tarefas são distribuídas entre os membros e o progresso é definido em um nível detalhado.

Como toda metodologia ágil, o Scrum também é bastante colaborativo. Porém, existem funções fixas e específicas que são atribuídas aos membros. São elas:

  • Proprietário do produto
  • Scrum Master
  • Membros da equipe.

O proprietário do produt o é o responsável por decidir o que deve ser incluído no projeto, bem como suas características e especificações. Quando um projeto tem necessidades comerciais específicas, o proprietário do produto deve colaborar com os membros da equipe e o Scrum Master para definir o tipo de solução que melhor atenderá às suas necessidades.

Já o Scrum Master é responsável por orientar, treinar e integrar a equipe a fim de maximizar seu desempenho. Também é responsável por assegurar que a metodologia Scrum seja respeitada, facilitando reuniões e removendo quaisquer impedimentos que possam surgir.

Os demais membros da equipe ficam responsáveis por desenvolver as suas tarefas individuais dentro do projeto.

O principal objetivo do Scrum é a velocidade. Ele ajuda a organizar as equipes, utilizando os recursos individuais e ferramentas que aceleram o desenvolvimento de projetos.

Resumo de Características

  • Scrum é uma das metodologias ágeis mais populares para projetos que requerem coordenação entre diferentes tarefas/roles dentro de uma equipe.
  • Requer um mínimo de três funções para operar: o proprietário do produto, o Scrum Master e os membros da equipe de desenvolvimento
  • São definidos metas e objetivos claros em cada Sprint, que é cumprida de acordo com o planejamento do Backlog até o final deste.
  • Inclui processos bem definidos, como estimativa, previsão e controle durante os quais você pode monitorar seu desempenho e fazer as mudanças necessárias.

 

Tipos de projeto que melhor se adaptam a metodologia Scrum

Scrum é uma metodologia que requer um certo grau de maturidade em seus membros, pois deve ser executada com rigor e disciplina. É bem adaptado a problemas complexos ou projetos onde existem várias atividades inter-relacionadas.

É especialmente indicada para projetos onde é necessário coordenar as tarefas entre diferentes membros da equipe, seguindo algumas diretrizes sobre quanto trabalho deve ser feito e em que ordem. Por exemplo, o Scrum pode ser usado para:

– Melhorias e novos desenvolvimentos de software e aplicações.

– Requisitos e especificações de um produto ou serviço antes do início de qualquer projeto ou desenvolvimento.

– Redesenhar ou rever um processo ou procedimento existente que requer muitos elementos de trabalho diferentes, tais como marketing, recursos humanos, finanças, etc.

Como escolher o melhor método para o seu time

A chave para escolher o melhor método é avaliar de acordo com as preferências de seu time e com as necessidades do projeto!

De forma resumida, podemos dizer que:

  • Se você busca simplicidade, estabilidade e maior controle sobre cada etapa de execução, Scrum pode ser o método certo para você.
  • Se você precisar de mais flexibilidade e agilidade ou se quiser manter uma visão do desenvolvimento do início ao fim do projeto, então o Kanban seria mais adequado para sua equipe.

Porém, nem sempre é tão simples analisar as necessidades da sua equipe.

Por isso, pode ser uma boa ideia tentar tanto Scrum como Kanban antes de escolher oficialmente uma das abordagens.

E, claro, nada impede que as metodologias sejam utilizadas em conjunto, de forma complementar.

Existem algumas ferramentas, como o Jira Software , que se adaptam para o uso de qualquer metodologia ágil.

Desta forma a sua equipe ganha a liberdade de testar cada uma delas na prática e escolher qual é, de fato, a melhor ferramenta para ajudar no desenvolvimento ágil dos seus projetos!

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Curva da Demanda por BI: da Pandemia à Maturidade dos Dados
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A IA pode ajudar a transformar rascunhos em textos mais claros, sugerir estrutura, padronizar linguagem e identificar lacunas. O segredo é simples: ela não “autoriza”; ela ajuda a escrever. Quem valida é o time. Triagem de demandas e classificação de tickets Antes de automatizar respostas, você pode automatizar organização. Classificar tipos de solicitação, identificar urgência, sugerir responsáveis, apontar provável causa. Isso reduz caos na fila e melhora tempo de resposta sem mexer diretamente em sistemas sensíveis. Base de conhecimento interna com curadoria Em operações corridas, perguntas se repetem: como liberar acesso, como abrir chamado, como registrar incidente, como seguir um procedimento. A IA pode facilitar busca e resposta usando conteúdos aprovados, desde que haja controle de acesso e curadoria. Aqui, o “seguro” não é a tecnologia — é a disciplina de manter a base confiável. Apoio ao comercial e ao atendimento com limites claros A IA pode ajudar a estruturar propostas, organizar argumentos, adaptar linguagem. Mas o limite precisa ser inegociável: não alimentar a IA com informações confidenciais ou dados de clientes sem política definida. Dá para fazer bem com modelos prontos e um padrão de conteúdo. Identificação de padrões de retrabalho e gargalos, usando dados não sensíveis Às vezes, o problema não está no “fazer”. Está no “refazer”. A IA pode ajudar a enxergar recorrências: onde mais dá erro, onde mais volta, onde mais trava. Isso orienta melhorias de processo que liberam tempo real. Veja o ponto comum entre todos esses usos: eles começam melhorando comunicação, organização e consistência — sem pedir que você reconstrua o mundo, nem jogue risco para debaixo do tapete. O mínimo de responsabilidade: governança “leve” para não virar caos Se a palavra “governança” te lembra burocracia, pense nela como um conjunto enxuto de regras para evitar problemas previsíveis. Em ambientes críticos, você não precisa de um manual de 200 páginas. Você precisa de um acordo claro e prático, que caiba em uma página e seja fácil de seguir. Esse mínimo costuma incluir quatro coisas. São elas: Classificação simples de informação O time precisa saber o que pode ser usado com IA e o que não pode. Em geral, o que envolve dados pessoais, informações contratuais, números sensíveis, credenciais, dados operacionais críticos ou qualquer conteúdo sigiloso deve ter uma regra expressa. A empresa não pode depender do “bom senso” de cada pessoa quando a pressão do prazo aperta. Controle de acesso Quem pode usar quais ferramentas? Quem pode acessar quais bases? Em muitas empresas, a IA se torna perigosa não por ser “inteligente”, mas por herdar permissões erradas. Se acesso é frouxo, a IA apenas acelera o aperto. Registro do uso em áreas sensíveis Não precisa ser um tribunal. Precisa ser rastreável. Quando algo der errado, você precisa conseguir entender o caminho: o que foi feito, por quem e com qual objetivo. Isso protege a empresa e também protege as pessoas. Revisão humana em pontos críticos Em áreas sensíveis, a IA não pode ser “quem decide”. Ela pode sugerir. Ela pode resumir. Ela pode organizar. Mas decisões que afetam cliente, segurança, risco ou compliance precisam de validação. Isso é maturidade, não desconfiança. O resultado dessa governança leve é simples: você cria segurança para a adoção crescer sem virar “terra de ninguém” — o que costuma acontecer quando a empresa tenta ser moderna… mas esquece que modernidade sem disciplina vira acidente. Legado e integrações frágeis: como evoluir sem quebrar a operação Em ambientes críticos, o legado não é um vilão. Ele é o que mantém a empresa trabalhando. O problema é tratar esse legado como se fosse um aplicativo novo, pronto para integrações perfeitas e mudanças rápidas. Aqui, o caminho mais responsável é reduzir acoplamento. Ou seja: antes de conectar IA diretamente em sistemas críticos, você começa com etapas mais “externas” e controladas. Você melhora a entrada, a organização e a qualidade do que chega no sistema — e só depois mexe no sistema. Pense como uma reforma com a casa em pé: primeiro, você arruma o fluxo, tira o entulho, melhora o acesso, organiza ferramentas, padroniza procedimentos. Só depois você quebra a parede. Uma boa regra prática é: quanto mais crítico o sistema, mais controlada precisa ser a automação . Isso não é medo; é engenharia de confiança. Você pode acelerar o que está antes e depois do sistema sem tocar no coração do legado no primeiro movimento. ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
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