O Crescimento do Low-Code: A Evolução Da Agilidade Empresarial 

Romildo Junior • September 11, 2024

Nos últimos anos, o desenvolvimento de software passou por uma transformação significativa, impulsionada pela necessidade crescente das empresas de responder rapidamente às mudanças do mercado e de otimizar seus processos. Nesse cenário, a tecnologia Low-Code emergiu como uma solução poderosa, permitindo que empresas criem e implementem aplicativos de forma mais rápida e eficiente. O Brasil, com seu mercado dinâmico e competitivo, não ficou de fora dessa revolução. Segundo um estudo recente conduzido pela 4Network em parceria com a OutSystems, as intenções de investimento em tecnologia Low-Code no país estão em alta, com grandes empresas de diversos setores apostando nessa tendência para alcançar suas metas de negócios.   

Nesse post, exploraremos os fatores que impulsionam a adoção do Low-Code, os benefícios buscados pelas empresas, os desafios enfrentados e as perspectivas futuras para essa tecnologia.  

Quer saber mais? Continue a leitura! 

A Ascensão do Low-Code  

O conceito de Low-Code não é novo, mas sua popularidade disparou recentemente devido à crescente pressão sobre as equipes de TI para entregar soluções de negócios de forma mais rápida e com menos recursos. As plataformas Low-Code oferecem um ambiente de desenvolvimento visual que simplifica a criação de aplicativos, permitindo que desenvolvedores e, em alguns casos, usuários de negócios – citizen developers – criem aplicativos com pouca ou nenhuma necessidade de codificação manual.  

De acordo com o estudo realizado pela 4Network, que analisou 85 grandes empresas brasileiras, 69% delas já utilizam tecnologia Low-Code, enquanto 31% demonstram interesse em adotar essa solução. Esse dado revela um cenário promissor para o mercado de Low-Code no Brasil, especialmente entre empresas que buscam aumentar sua eficiência operacional, reduzir custos e aumentar receitas. 

Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura do artigo abaixo:    

Benefícios Buscados pelas Empresas  

A agilidade no desenvolvimento de aplicações é o benefício mais buscado pelas empresas que adotam Low-Code, mencionado por 18% dos entrevistados. Essa agilidade permite que as organizações respondam rapidamente às mudanças do mercado, lancem novos produtos e serviços com maior rapidez e aproveitem oportunidades de mercado antes dos concorrentes. Além disso, o aumento da produtividade (12%) e a aceleração do ciclo de vida de desenvolvimento (9%) são outros benefícios citados, demonstrando a importância de uma entrega mais rápida e eficiente de soluções de TI. 

Outro aspecto relevante é a redução da dependência de habilidades técnicas avançadas. Com o Low-Code, as empresas conseguem capacitar suas equipes de negócios para desenvolverem soluções que atendam às suas necessidades específicas, sem depender exclusivamente de equipes de TI. Isso não só aumenta a eficiência, mas também promove uma maior colaboração entre departamentos, resultando em soluções mais alinhadas com os objetivos de negócios. 

Desafios na Adoção do Low-Code  

Apesar dos inúmeros benefícios, a adoção do Low-Code no Brasil não está isenta de desafios. O estudo aponta que 18% das empresas enfrentam dificuldades devido ao grande volume de demandas de negócios acumuladas (backlog), seguido pela complexidade na integração de sistemas (15%) e os ciclos de desenvolvimento lentos (12%).  

A integração de sistemas legados é uma preocupação particular, uma vez que muitas empresas brasileiras ainda operam com arquiteturas antigas que não foram projetadas para se integrar facilmente com novas tecnologias. Isso pode limitar o potencial do Low-Code, exigindo um esforço adicional para garantir que novas soluções possam coexistir com sistemas existentes sem comprometer a funcionalidade ou a segurança.  

Outro desafio significativo é a resistência à mudança. Implementar uma nova tecnologia, especialmente uma que permite que não desenvolvedores criem aplicativos, pode encontrar resistência dentro das organizações, tanto por parte das equipes de TI quanto dos usuários finais. Superar essa resistência requer uma abordagem estratégica que inclua treinamento adequado, comunicação clara dos benefícios e uma demonstração prática de como o Low-Code pode melhorar a produtividade sem comprometer a qualidade. 

Metas de Negócio e o Papel do Low-Code  

As metas de negócios das empresas brasileiras são um dos principais fatores que impulsionam o investimento em Low-Code. A pesquisa revelou que a melhoria da eficiência operacional é a prioridade para 20% das empresas, seguida pelo aumento de receita (18%) e redução de custos (14%). A capacidade do Low-Code de atender a essas metas é um dos principais motivos pelos quais as empresas estão adotando essa tecnologia em massa. 

Por exemplo, a melhoria da eficiência operacional é frequentemente alcançada através da automação de processos, que representa 24% dos projetos de Low-Code identificados no estudo. Automação não só reduz o tempo necessário para completar tarefas repetitivas, mas também minimiza erros humanos, resultando em operações mais eficientes e consistentes. Além disso, a capacidade de desenvolver aplicativos móveis, mencionada por 15% dos entrevistados, permite que as empresas alcancem seus clientes de forma mais direta e eficiente, criando novas oportunidades de receita e melhorando a satisfação do cliente. 

Fatores Considerados na Seleção de Fornecedores de Low-Code   

A escolha do fornecedor de tecnologia Low-Code é uma decisão estratégica que pode impactar significativamente o sucesso dos projetos. Segurança (19%), escalabilidade (16%) e facilidade de integração (18%) emergiram como os fatores mais importantes considerados pelas empresas na seleção de um fornecedor. Isso reflete a preocupação das organizações em garantir que suas soluções sejam seguras, possam crescer conforme a demanda aumenta e se integrem perfeitamente com seus sistemas existentes.  

Além disso, a ausência de lock-in com o vendor (16%) também é um fator crucial, indicando que as empresas estão buscando flexibilidade e querem evitar ficar presas a um único fornecedor. Essa tendência pode influenciar as estratégias dos fornecedores de Low-Code, que precisarão oferecer soluções mais abertas e interoperáveis para atender às expectativas do mercado brasileiro.  

Perspectivas Futuras para o Low-Code  

O futuro do Low-Code no Brasil parece promissor, com uma previsão de crescimento significativo nos próximos anos. A pesquisa da 4Network indica que o orçamento total para Low-Code em 2024 está estimado em R$ 53.165.000,00, distribuído em 260 investimentos em diferentes projetos. Isso demonstra uma confiança crescente nessa tecnologia e uma disposição das empresas brasileiras para continuar investindo em soluções que lhes permitam inovar e competir em um mercado global cada vez mais digitalizado. 

O crescimento do Low-Code também pode ser impulsionado pela crescente demanda por soluções de TI que ofereçam rapidez e flexibilidade. Com a evolução contínua das plataformas Low-Code, espera-se que elas se tornem ainda mais poderosas, oferecendo novas funcionalidades e melhor integração com tecnologias emergentes como inteligência artificial e automação robótica de processos (RPA).   

Além disso, a tendência de capacitar usuários de negócios para criar suas próprias soluções, conhecida como citizen development , provavelmente ganhará mais força. Isso permitirá que as empresas aproveitem ao máximo o conhecimento especializado de seus funcionários, criando soluções mais adaptadas às suas necessidades específicas, ao mesmo tempo em que liberam as equipes de TI para se concentrar em iniciativas mais estratégicas. 

Conclusão  

A tecnologia Low-Code está rapidamente se tornando uma peça-chave no arsenal de TI das empresas. Sua capacidade de acelerar o desenvolvimento de aplicativos, aumentar a produtividade e reduzir custos a torna uma solução atraente em um ambiente de negócios cada vez mais competitivo e dinâmico.  

Embora existam desafios a serem superados, como a complexidade da integração de sistemas legados e a resistência à mudança, os benefícios superam amplamente essas dificuldades. Com o investimento contínuo e a evolução das plataformas Low-Code, as empresas brasileiras estão bem-posicionadas para aproveitar essa tecnologia e alcançar suas metas de negócios de forma mais eficiente. 

Para aqueles que ainda estão considerando o Low-Code, o momento de agir é agora. A adoção precoce pode proporcionar uma vantagem competitiva significativa, permitindo que sua empresa responda mais rapidamente às mudanças do mercado, inove com mais agilidade e, em última análise, alcance um sucesso duradouro. 

Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post!  

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Pense assim: você quer escolher casos de uso que tragam valor rápido, mas que não exijam mexer no coração frágil das integrações de primeira, nem colocar dados sensíveis em risco . Você quer avançar sem quebrar o que está em produção. A seguir, estão seis pontos de partida que normalmente funcionam bem nesse cenário — e que ajudam a construir confiança. 6 usos iniciais “seguros” para ambientes críticos Resumo e padronização de informações internas. Atas de reunião, planos de ação, registros de decisões, atualizações de status. Aqui a IA vira uma secretária eficiente: organiza, sintetiza e deixa mais claro o que já foi discutido. Desde que você evite conteúdo sensível e tenha revisão humana, o risco é baixo e o ganho costuma ser alto. Documentação e melhoria de procedimentos Em empresas com legado e estruturas rígidas, documentação é ouro — e quase sempre está atrasada. 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Apoio ao comercial e ao atendimento com limites claros A IA pode ajudar a estruturar propostas, organizar argumentos, adaptar linguagem. Mas o limite precisa ser inegociável: não alimentar a IA com informações confidenciais ou dados de clientes sem política definida. Dá para fazer bem com modelos prontos e um padrão de conteúdo. Identificação de padrões de retrabalho e gargalos, usando dados não sensíveis Às vezes, o problema não está no “fazer”. Está no “refazer”. A IA pode ajudar a enxergar recorrências: onde mais dá erro, onde mais volta, onde mais trava. Isso orienta melhorias de processo que liberam tempo real. Veja o ponto comum entre todos esses usos: eles começam melhorando comunicação, organização e consistência — sem pedir que você reconstrua o mundo, nem jogue risco para debaixo do tapete. O mínimo de responsabilidade: governança “leve” para não virar caos Se a palavra “governança” te lembra burocracia, pense nela como um conjunto enxuto de regras para evitar problemas previsíveis. Em ambientes críticos, você não precisa de um manual de 200 páginas. Você precisa de um acordo claro e prático, que caiba em uma página e seja fácil de seguir. Esse mínimo costuma incluir quatro coisas. São elas: Classificação simples de informação O time precisa saber o que pode ser usado com IA e o que não pode. Em geral, o que envolve dados pessoais, informações contratuais, números sensíveis, credenciais, dados operacionais críticos ou qualquer conteúdo sigiloso deve ter uma regra expressa. A empresa não pode depender do “bom senso” de cada pessoa quando a pressão do prazo aperta. Controle de acesso Quem pode usar quais ferramentas? Quem pode acessar quais bases? Em muitas empresas, a IA se torna perigosa não por ser “inteligente”, mas por herdar permissões erradas. Se acesso é frouxo, a IA apenas acelera o aperto. Registro do uso em áreas sensíveis Não precisa ser um tribunal. Precisa ser rastreável. Quando algo der errado, você precisa conseguir entender o caminho: o que foi feito, por quem e com qual objetivo. Isso protege a empresa e também protege as pessoas. Revisão humana em pontos críticos Em áreas sensíveis, a IA não pode ser “quem decide”. Ela pode sugerir. Ela pode resumir. Ela pode organizar. Mas decisões que afetam cliente, segurança, risco ou compliance precisam de validação. Isso é maturidade, não desconfiança. O resultado dessa governança leve é simples: você cria segurança para a adoção crescer sem virar “terra de ninguém” — o que costuma acontecer quando a empresa tenta ser moderna… mas esquece que modernidade sem disciplina vira acidente. Legado e integrações frágeis: como evoluir sem quebrar a operação Em ambientes críticos, o legado não é um vilão. Ele é o que mantém a empresa trabalhando. O problema é tratar esse legado como se fosse um aplicativo novo, pronto para integrações perfeitas e mudanças rápidas. Aqui, o caminho mais responsável é reduzir acoplamento. Ou seja: antes de conectar IA diretamente em sistemas críticos, você começa com etapas mais “externas” e controladas. Você melhora a entrada, a organização e a qualidade do que chega no sistema — e só depois mexe no sistema. Pense como uma reforma com a casa em pé: primeiro, você arruma o fluxo, tira o entulho, melhora o acesso, organiza ferramentas, padroniza procedimentos. Só depois você quebra a parede. Uma boa regra prática é: quanto mais crítico o sistema, mais controlada precisa ser a automação . Isso não é medo; é engenharia de confiança. Você pode acelerar o que está antes e depois do sistema sem tocar no coração do legado no primeiro movimento. ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
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