LGBTQIAP+ In Tech: Como o setor de tecnologia pode ser mais inclusivo?

Romildo Junior • June 28, 2024

Diversidade e inclusão no ambiente de trabalho são essenciais para criar espaços onde todos possam se sentir valorizados e respeitados . Na área de tecnologia , essa necessidade é ainda maior, visto que um estudo realizado em 2021 nos Estados Unidos apontou que apenas 4% dos trabalhadores do setor se identificam como lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transsexuais, queer, intersexo, agênero, pansexuais, pessoas não-binárias e outras identificações que compõem as pessoas LGBTQIAP+ .  

Nesse post, falaremos sobre como é fundamental estimular o debate e a diversidade de pensamentos e experiências dentro de espaços de trabalho, principalmente na tecnologia , o que por sua vez, impulsiona não somente a inclusão , mas também a inovação

Continue a leitura para saber mais! 

O Dia do Orgulho: Conheça a História  

No dia 28 de junho é celebrado o dia internacional do orgulho LGBTQIAP+ . A escolha da data está relacionada à rebelião de Stonewall Inn , ocorrida em 1969, quando frequentadores de um bar em Nova Iorque, cansados da opressão e da perseguição motivada apenas pela livre expressão de suas orientações sexuais,  desvinculadas do padrão heteronormativo da época   decidiram resistir e enfrentar a violência policial no local. Tal fato é considerado um marco para que o debate sobre a diversidade sexual passasse a ganhar força tanto nas ruas como na opinião pública. 

Dentro do contexto atual, a data tem como objetivo celebrar quem somos  — sem medo de ataques, julgamentos ou discriminações — e trazer à tona pautas importantes sobre o tema, que nos permitam evoluir enquanto sociedade e nos tornarmos ainda mais inclusivos e acolhedores às pessoas LGBTQIAP+. 

Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura do artigo abaixo:   

O Desafio da Inclusão no Setor Tech  

A luta pela inclusão no mercado de trabalho é uma das principais batalhas da comunidade LGBTQIAP+. Historicamente, muitas dessas pessoas já sentiram a necessidade de ocultar sua orientação sexual ou identidade de gênero para evitar discriminação e garantir oportunidades de emprego.  

Segundo a pesquisa “Orgulho no Trabalho” , realizada pelo LinkedIn em 2022,  21% das pessoas não se sentiam confortáveis para compartilhar sua orientação sexual ou identidade de gênero no trabalho. De acordo com dados da Great Place to Work , apenas 10% das 14 mil pessoas entrevistadas se declaram LGBTQIAP+, revelando um cenário onde a invisibilidade ainda é uma estratégia de sobrevivência.  

O desafio se torna ainda maior quando falamos de um setor dominado por pessoas heterossexuais e cisgêneros, em sua maioria, do sexo masculino. Embora não existam dados exatos, o setor de tecnologia ainda é predominantemente masculino, branco e heteronormativo. Vieses inconscientes  que são estereótipos, preconceitos ou pensamentos tendenciosos sobre determinado tema ou grupo social capazes de induzir a decisões unilaterais e comportamentos prejudiciais  seguem influenciando processos seletivos e a falta de representatividade continua a contribuir para desigualdades salariais e discriminações no dia a dia, como “piadas” e comentários desrespeitosos. 

Ambientes mais inclusivos: por onde começar?  

Para construir um ambiente de trabalho mais inclusivo para pessoas LGBTQIAP+, é necessário adotar medidas concretas como campanhas e ações das quais todos os colaboradores participem, contribuam e percebam continuidade e evolução na discussão dos temas. Algumas dessas ações envolvem: 

Políticas e Benefícios Inclusivos  

Visa estabelecer diretrizes claras quanto a equidade é crucial para criar uma base sólida de inclusão e proteção para funcionários LGBTQIAP+. Podemos citar como exemplo:   

Políticas de Não Discriminação: Implementar políticas claras que reforcem a intolerância à discriminação com base na orientação sexual e identidade de gênero. 

Benefícios Igualitários: Oferecer benefícios de saúde e bem-estar que incluam cobertura para parceiros do mesmo sexo e cuidados específicos para pessoas transgênero. 

Ambiente de Trabalho Inclusivo  

Visa promover o respeito ao se referir a cada pessoa em relação a sua identidade de gênero, e construir espaços cada vez mais seguros para apoio entre funcionários. Podemos citar como exemplo: 

Uso de Pronomes: Incentivar o uso correto dos pronomes e permitir que os funcionários incluam seus pronomes em e-mails e perfis de comunicação interna. 

Espaços Seguros: Criar espaços seguros e grupos de afinidade onde funcionários LGBTQIAP+ possam compartilhar experiências e apoiar uns aos outros. 

Treinamento e Educação  

Visa conscientizar de maneira contínua todos os funcionários sobre a importância da diversidade e inclusão por meio de ferramentas de aprendizado e suporte educativo. Podemos citar como exemplo: 

Sensibilização: Realizar treinamentos regulares sobre preconceitos inconscientes, inclusão de LGBTQIAP+ e a importância da diversidade. 

Recursos Educativos: Disponibilizar recursos educativos sobre questões LGBTQIAP+ para todos os funcionários. 

Recrutamento e Retenção  

Visa implementar práticas de recrutamento mais atraentes aos candidatos LGBTQIAP+, criando um processo de mais receptivo aos novos funcionários. Podemos citar como exemplo: 

Recrutamento Diversificado: Adotar práticas de recrutamento que visem atrair candidatos LGBTQIAP+, como parcerias com organizações LGBTQIAP+ e participação em feiras de emprego inclusivas. 

Ambiente Acolhedor: Criar um processo de integração que seja acolhedor para novos funcionários LGBTQIAP+. 

Representação e Visibilidade  

Visa aumentar a presença de pessoas LGBTQIAP+ em cargos estratégicos e de liderança, além de um movimento para dividir histórias de vida de pessoas da comunidade, com objetivo de trazer visibilidade e inclusão. Podemos citar como exemplo:  

Liderança Diversa: Promover a inclusão de pessoas LGBTQIAP+ em posições de liderança e decisão. 

Histórias e Depoimentos: Compartilhar histórias e depoimentos de funcionários LGBTQIAP+ para aumentar a visibilidade e promover uma cultura de inclusão. 

Parcerias e Comunidade  

Visa colaborar com instituições LGBTQIAP+ e promover eventos que resultem em inclusão e visibilidade para a causa. Podemos citar como exemplo: 

Parcerias Externas: Colaborar com organizações e iniciativas LGBTQIAP+ para apoiar a comunidade e promover a inclusão. 

Eventos e Patrocínios: Participar de eventos LGBTQIAP+ e patrocinar atividades que promovam a visibilidade e a inclusão. 

Feedback e Melhoria Contínua  

Visa, por meio de dados coletados em pesquisas institucionais e canais anônimos para feedback, identificar áreas de melhoria de forma contínua no ambiente de trabalho. Podemos citar como exemplo: 

Pesquisa de Clima: Realizar pesquisas de clima organizacional para avaliar o ambiente de trabalho para funcionários LGBTQIAP+ e identificar áreas de melhoria. 

Feedback Regular: Criar canais para que os funcionários LGBTQIAP+ possam fornecer feedback e sugestões de forma anônima e segura. 

Tecnologia Inclusiva  

Visa desenvolver soluções personalizadas que considerem a diversidade e utilizar linguagem inclusiva em comunicações e interfaces de usuário. Podemos citar como exemplo: 

Desenvolvimento de Produtos: Fomentar a inclusão e a diversidade ao desenvolver novos serviços soluções em tecnologia, garantindo que sejam acessíveis e respeitosos a todos os usuários, incluindo a comunidade LGBTQIAP+. 

Linguagem Inclusiva: Promover a utilização de linguagem inclusiva e neutra em gênero em comunicações e interfaces de usuário. 

O papel da CSP Tech  

A CSP Tech , consciente do tamanho da sua responsabilidade em mudar essa realidade, desempenha um papel fundamental na promoção da diversidade , inclusão , respeito e dignidade para a comunidade LGBTQIAP+.   

Produção de Conteúdos Educativos  

Conteúdos educativos sobre o movimento LGBTQIAP+ são produzidos com frequência, tanto na comunicação interna como externa, ajudando a conscientizar e desmistificar diversas questões relacionadas a tabus, estereótipos, siglas, termos, orientação sexual e identidade de gênero. 

Datas importantes, como o 17 de maio, o Dia Internacional contra a Homofobia, a Bifobia e a Transfobia (IDAHOBIT) são celebradas, reforçando a conscientização sobre a igualdade e os direitos LGBTQIAP+. 

Oportunidades de Inserção no Mercado de Tecnologia  

A CSP Tech colabora com a TransEmpregos um projeto que tem como objetivo promover a empregabilidade de pessoas trans . Além disso, a preocupação com vagas afirmativas sempre foi compromisso da CSP Tech, demonstrando seu comprometimento com a inclusão no mercado de trabalho. 

Em 2023, reforçando seu compromisso de educar o mercado, a CSP Tech realizou uma edição especial da Imersão Salesforce , focada na diversidade

Conheça algumas histórias de nossos colaboradores inseridos na comunidade LGBTQIAP+ assistindo ao vídeo abaixo: 

Conclusão   

Para transformar o setor de tecnologia em um espaço mais inclusivo para a comunidade LGBTQIAP+, é importante adotar práticas que promovam a diversidade e o respeito . A CSP Tech exemplifica esse compromisso ao implementar políticas inclusivas, oferecer benefícios igualitários, criar ambientes seguros e realizar treinamentos contínuos.  

Além disso, suas parcerias com organizações como a TransEmpregos  e a promoção de eventos educativos e culturais reforçam sua dedicação à inclusão. A CSP Tech entende que a diversidade enriquece o ambiente de trabalho e impulsiona a inovação e o crescimento. 

Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .   

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Curva da Demanda por BI: da Pandemia à Maturidade dos Dados
Por Romildo Burguez 11 de dezembro de 2025
Entenda como a demanda por BI cresceu após a pandemia, quais barreiras de maturidade persistem e por que muitas empresas ainda não extraem valor real dos dados.
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Você provavelmente já sentiu isso na pele: a operação não espera, o cliente não perdoa, o time está enxuto, o legado “segura o negócio com fita crepe” e boa vontade, e o calendário insiste em ser mais curto do que o bom senso. No meio desse cenário, a inteligência artificial aparece como uma promessa irresistível. Ela escreve, resume, sugere, analisa, responde. Parece uma contratação em massa sem recrutamento, sem onboarding, sem férias. E é exatamente aí que mora o risco. Quando a empresa vive um ambiente crítico — seja por lidar com dados sensíveis, ter integrações frágeis, operar com sistemas antigos ou trabalhar com prazos apertados — a IA pode tanto liberar uma produtividade enorme quanto acelerar erros, vazamentos e decisões ruins com uma velocidade inédita. O problema não é a tecnologia. O problema é a forma como ela entra: como remédio rápido para dor grande, sem o mínimo de disciplina. Entretanto, é possível adotar IA com responsabilidade, mesmo com rigidez, legado e pouco tempo. Só que o caminho não começa “na ferramenta”. Começa em cultura digital, processo e um conjunto simples de regras. Você não precisa falar difícil para fazer bem feito. Precisa ser claro. Nesse post, vamos transformar o tema em algo aplicável ao seu dia a dia: onde começar, o que evitar, como medir valor e como não quebrar o que já funciona. Continue a leitura para saber mais! A pressa das PMEs faz sentido. O perigo é confundir pressa com atalho. Pequenas e médias empresas se movem por necessidade. Elas não têm cinco camadas de aprovação, nem uma fila infinita de especialistas para absorver demanda. Quando surge um gargalo — seja no atendimento, no financeiro, no comercial ou na gestão de projetos — ele aparece com força. A dor é direta. E a vontade de resolver “para ontem” é legítima. Por isso, a IA entra com facilidade. Ela parece um reforço imediato. Só que em operações sensíveis, essa entrada rápida costuma vir acompanhada de três comportamentos perigosos: O primeiro é a “adoção invisível”. Cada área começa a usar ferramentas por conta própria, sem padrão, sem alinhamento, sem proteção. Parece produtividade, mas, na prática, vira um risco espalhado. É quando a empresa acorda e percebe que informações críticas foram copiadas e coladas em lugares errados — e ninguém sabe ao certo o que foi usado, onde, por quem e para quê. O segundo é a “dependência sem critério”. Em vez de apoiar decisões, a IA começa a influenciar decisões. E como ela fala com confiança, muita gente deixa de questionar. O resultado pode ser um erro bem escrito e muito convincente, indo parar em um e-mail para cliente, numa proposta comercial, numa análise de risco ou num plano de ação. O terceiro é o “atalho que vira dívida”. A empresa economiza tempo hoje, mas cria um problema que custará caro amanhã: processos diferentes em cada área, informações desencontradas, retrabalho, perda de qualidade e uma sensação constante de que a operação ficou mais rápida… porém menos confiável. Se você atua em ambientes críticos, precisa de uma ideia simples para guiar decisões: IA não é só uma ferramenta. É uma capacidade. E capacidade precisa de método. IA operacional vs IA estratégica Aqui está a diferença que separa quem “brinca” de IA de quem realmente melhora a empresa. O uso operacional é quando a IA ajuda em tarefas soltas. Ela escreve um e-mail, organiza um texto, revisa uma mensagem, resume uma reunião, gera ideias para um post, cria um roteiro de apresentação. Isso é útil, sim — e costuma trazer ganhos rápidos. Só que é, principalmente, produtividade individual. O uso estratégico é quando a IA melhora o funcionamento da empresa. Ela reduz gargalos recorrentes, diminui retrabalho, melhora prazos, padroniza comunicação, acelera decisões com mais consistência. Isso acontece quando a IA entra conectada a processo, rotina e medida de resultado. É produtividade organizacional. A pergunta que coloca você no trilho certo é bem objetiva: “Isso vai melhorar a empresa ou só vai deixar alguém mais rápido hoje?” Se a resposta for “só hoje” , tudo bem. Mas trate como experimento controlado. Se a resposta for “vai melhorar a empresa” , então você precisa do mínimo de responsabilidade para a coisa escalar sem quebrar a confiança. Em operação crítica, “começar pequeno” não significa “começar solto” Muita gente ouve “comece pequeno” e traduz como “qualquer um começa de qualquer jeito” . Em ambientes críticos, começar pequeno precisa significar outra coisa: começar seguro , com escopo curto, impacto real e regras simples. Pense assim: você quer escolher casos de uso que tragam valor rápido, mas que não exijam mexer no coração frágil das integrações de primeira, nem colocar dados sensíveis em risco . Você quer avançar sem quebrar o que está em produção. A seguir, estão seis pontos de partida que normalmente funcionam bem nesse cenário — e que ajudam a construir confiança. 6 usos iniciais “seguros” para ambientes críticos Resumo e padronização de informações internas. Atas de reunião, planos de ação, registros de decisões, atualizações de status. Aqui a IA vira uma secretária eficiente: organiza, sintetiza e deixa mais claro o que já foi discutido. Desde que você evite conteúdo sensível e tenha revisão humana, o risco é baixo e o ganho costuma ser alto. Documentação e melhoria de procedimentos Em empresas com legado e estruturas rígidas, documentação é ouro — e quase sempre está atrasada. A IA pode ajudar a transformar rascunhos em textos mais claros, sugerir estrutura, padronizar linguagem e identificar lacunas. O segredo é simples: ela não “autoriza”; ela ajuda a escrever. Quem valida é o time. Triagem de demandas e classificação de tickets Antes de automatizar respostas, você pode automatizar organização. Classificar tipos de solicitação, identificar urgência, sugerir responsáveis, apontar provável causa. Isso reduz caos na fila e melhora tempo de resposta sem mexer diretamente em sistemas sensíveis. Base de conhecimento interna com curadoria Em operações corridas, perguntas se repetem: como liberar acesso, como abrir chamado, como registrar incidente, como seguir um procedimento. A IA pode facilitar busca e resposta usando conteúdos aprovados, desde que haja controle de acesso e curadoria. Aqui, o “seguro” não é a tecnologia — é a disciplina de manter a base confiável. Apoio ao comercial e ao atendimento com limites claros A IA pode ajudar a estruturar propostas, organizar argumentos, adaptar linguagem. Mas o limite precisa ser inegociável: não alimentar a IA com informações confidenciais ou dados de clientes sem política definida. Dá para fazer bem com modelos prontos e um padrão de conteúdo. Identificação de padrões de retrabalho e gargalos, usando dados não sensíveis Às vezes, o problema não está no “fazer”. Está no “refazer”. A IA pode ajudar a enxergar recorrências: onde mais dá erro, onde mais volta, onde mais trava. Isso orienta melhorias de processo que liberam tempo real. Veja o ponto comum entre todos esses usos: eles começam melhorando comunicação, organização e consistência — sem pedir que você reconstrua o mundo, nem jogue risco para debaixo do tapete. O mínimo de responsabilidade: governança “leve” para não virar caos Se a palavra “governança” te lembra burocracia, pense nela como um conjunto enxuto de regras para evitar problemas previsíveis. Em ambientes críticos, você não precisa de um manual de 200 páginas. Você precisa de um acordo claro e prático, que caiba em uma página e seja fácil de seguir. Esse mínimo costuma incluir quatro coisas. São elas: Classificação simples de informação O time precisa saber o que pode ser usado com IA e o que não pode. Em geral, o que envolve dados pessoais, informações contratuais, números sensíveis, credenciais, dados operacionais críticos ou qualquer conteúdo sigiloso deve ter uma regra expressa. A empresa não pode depender do “bom senso” de cada pessoa quando a pressão do prazo aperta. Controle de acesso Quem pode usar quais ferramentas? Quem pode acessar quais bases? Em muitas empresas, a IA se torna perigosa não por ser “inteligente”, mas por herdar permissões erradas. Se acesso é frouxo, a IA apenas acelera o aperto. Registro do uso em áreas sensíveis Não precisa ser um tribunal. Precisa ser rastreável. Quando algo der errado, você precisa conseguir entender o caminho: o que foi feito, por quem e com qual objetivo. Isso protege a empresa e também protege as pessoas. Revisão humana em pontos críticos Em áreas sensíveis, a IA não pode ser “quem decide”. Ela pode sugerir. Ela pode resumir. Ela pode organizar. Mas decisões que afetam cliente, segurança, risco ou compliance precisam de validação. Isso é maturidade, não desconfiança. O resultado dessa governança leve é simples: você cria segurança para a adoção crescer sem virar “terra de ninguém” — o que costuma acontecer quando a empresa tenta ser moderna… mas esquece que modernidade sem disciplina vira acidente. Legado e integrações frágeis: como evoluir sem quebrar a operação Em ambientes críticos, o legado não é um vilão. Ele é o que mantém a empresa trabalhando. O problema é tratar esse legado como se fosse um aplicativo novo, pronto para integrações perfeitas e mudanças rápidas. Aqui, o caminho mais responsável é reduzir acoplamento. Ou seja: antes de conectar IA diretamente em sistemas críticos, você começa com etapas mais “externas” e controladas. Você melhora a entrada, a organização e a qualidade do que chega no sistema — e só depois mexe no sistema. Pense como uma reforma com a casa em pé: primeiro, você arruma o fluxo, tira o entulho, melhora o acesso, organiza ferramentas, padroniza procedimentos. Só depois você quebra a parede. Uma boa regra prática é: quanto mais crítico o sistema, mais controlada precisa ser a automação . Isso não é medo; é engenharia de confiança. Você pode acelerar o que está antes e depois do sistema sem tocar no coração do legado no primeiro movimento. ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
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