Jira Cloud x Jira Data Center: Conheça as Diferenças e entenda por que optar pela Nuvem é melhor! 

Romildo Junior • November 6, 2023

Atualmente, falar sobre soluções em nuvem é uma necessidade para clientes, funcionários e parceiros que já se acostumaram a ter acesso rápido, seguro e contínuo às informações. Agilidade e a precisão são essenciais para tomar decisões e atender às demandas do mercado. Logo a adoção do cloud computing tornou-se uma necessidade fundamental para o sucesso a médio e longo prazo. Empresas que ainda não adotaram nenhum grau de armazenamento em nuvem em seus processos de negócios não podem ser consideradas empresas em um real processo de transformação digital. 

A Atlassian anunciou recentemente que sua principal prioridade para os próximos anos será o desenvolvimento de tecnologias em nuvem. Este movimento destaca a importância crescente da nuvem como plataforma de escolha para as empresas.  

Nesse post vamos falar das diferenças entre Jira Data Center e o Jira Cloud, mostrando distinções entre essas duas abordagens que são as opções dadas pela Atlassian aos seus usuários após o fim do suporte à versão Server, que ocorrerá em breve. 

Continue a leitura para saber mais! 

Jira Data Center  

O Jira Data Center é um modelo moderno “on-premise” (local), projetado para atender às necessidades de equipes que desejam uma solução autogerenciada. Quando uma empresa opta por essa abordagem, ela mantém total controle sobre seu ambiente. Isso é especialmente vantajoso para organizações de grande porte com necessidades específicas que desejam ou precisam manter as soluções da Atlassian em sua infraestrutura local. 

Este modelo oferece várias vantagens, como alta personalização e escalabilidade, atendendo às necessidades de empresas que precisam de um ambiente controlado para atender a requisitos regulatórios rigorosos ou para adaptar as ferramentas às suas operações de forma mais profunda. O Jira Data Center é uma opção sólida para organizações que buscam manter o controle total de suas operações e infraestrutura. 

Jira Cloud  

Como mencionado anteriormente, a Atlassian está colocando um foco significativo no desenvolvimento de tecnologias em nuvem. No entanto, essa mudança não significa que as empresas que utilizam o Jira Cloud enfrentarão desafios durante a transição. Pelo contrário, a Atlassian oferece suporte abrangente durante o processo de migração, garantindo que os possíveis bugs e incidentes sejam minimizados. 

A computação em nuvem permite que as empresas concentrem seus esforços no que realmente importa: seus negócios. Ela elimina a necessidade de gerenciar tarefas burocráticas, como manutenção de servidores e infraestrutura, liberando recursos que podem ser direcionados para inovação e desenvolvimento de produtos. Além disso, a nuvem oferece flexibilidade em termos de contratação, permitindo que as empresas escolham planos que se adaptem às suas necessidades específicas. 

Principais Diferenças  

Agora que compreendemos as bases do Jira Data Center e do Jira Cloud, vamos explorar as principais diferenças entre essas duas abordagens para o gerenciamento de projetos. São elas: 

Gerenciamento de Projetos  

No modelo on-premise, o gerenciamento de projetos é baseado na premissa de que a empresa tem total controle sobre seu ambiente. As licenças de software podem ser adquiridas anualmente e incluem serviços de manutenção. No entanto, isso também significa que a empresa é responsável por manter e atualizar sua infraestrutura. 

Por outro lado, o Jira Cloud oferece um ambiente independente para o gerenciamento de projetos. Isso permite que equipes trabalhem de forma integrada e desfrutem de uma experiência mais moderna e altamente personalizável. O Jira Cloud oferece uma biblioteca com vários modelos de projetos, como Scrum, Kanban e rastreamento de bugs, tornando o gerenciamento de projetos mais versátil e acessível. 

Recursos do Produto  

No modelo on-premise, a usabilidade do software pode ser mais complexa, pois muitas alterações e processos requerem autorização do administrador. Isso pode tornar a customização e a adaptação mais demoradas. 

Por outro lado, o Jira Cloud simplifica a usabilidade, permitindo que os usuários realizem tarefas por conta própria sem a necessidade de intervenção de profissionais de infraestrutura ou manutenção. Além disso, oferece uma lista clara de funcionalidades que podem ser ativadas ou desativadas com facilidade, resultando em processos mais intuitivos. 

Automação Integrada  

A automação de processos no Data Center é realizada por meio de aplicativos disponíveis na loja da Atlassian, que muitas vezes exigem configurações e personalizações mais complexas. 

O Jira Cloud oferece um conjunto mais amplo e acessível de opções de automação integrada. Ele apresenta funções que podem ser facilmente aplicadas a fluxos de trabalho para automatizar ações repetitivas, como atribuição de tarefas a usuários ou aplicação de condições. Além disso, o Jira Cloud oferece uma Biblioteca de Automação completa e atualizada. 

Visualização de Tarefas  

O Jira Cloud aprimora a experiência de visualização de tarefas, permitindo a personalização de campos e facilitando a marcação de campos frequentemente usados. Esse nível de personalização não estava disponível no modelo on-premise. 

Além disso, a transição entre os estágios do fluxo de trabalho pode ser realizada diretamente na visualização de cada tarefa no Jira Cloud, simplificando o acompanhamento do progresso. A adição de arquivos também é mais eficiente no ambiente em nuvem. 

Novo Editor  

O novo Editor da Atlassian, disponível no Jira Software Cloud, oferece uma experiência de edição aprimorada. 

Os tópicos foram redesenhados para serem mais intuitivos e fáceis de usar, incluindo o uso de cards. Essa nova abordagem mantém a maioria dos recursos oferecidos pelo modelo on-premise, mas com uma interface mais moderna. 

Inteligência Preditiva  

O Jira Cloud utiliza a aprendizagem de máquina (Machine Learning) para sugerir a quem deve ser atribuída uma tarefa (ticket) de forma otimizada. Com uma taxa de assertividade de 86%, o Jira Cloud reduz o tempo gasto na busca pelo usuário correto para atribuir tarefas, tornando o processo mais rápido e preciso. 

Navegador de Tarefas  

O Jira Cloud apresenta um navegador de tarefas atualizado, que facilita a navegação por meio de uma visualização em forma de tabela, com opções de busca e filtros. Isso proporciona uma maneira eficiente de gerenciar tarefas e acompanhar o progresso dos projetos. 

Pesquisas  

Enquanto o Jira Data Center utiliza uma pesquisa por correspondência básica de texto, o Jira Cloud oferece recursos de pesquisa mais avançados. Ele inclui opções como “tarefas recentemente vistas”, “boards”, “projetos”, “filtros” e “planos”, tornando a pesquisa mais rápida e intuitiva. Além disso, o Jira Cloud permite pesquisar outros produtos relacionados, como Confluence, Bitbucket e Opsgenie, e oferece suporte a JQL (Jira Query Language) para buscas mais avançadas. 

Roteiros  

Tanto o Jira Data Center quanto o Jira Cloud oferecem recursos avançados para a criação de planos que envolvem várias equipes. No entanto, o Jira Cloud vai além ao introduzir o recurso chamado “Roadmaps”. Isso permite que os usuários gerenciem seus planos e programações internas em um só lugar, proporcionando maior visibilidade das tarefas e projetos. Esse recurso simplifica a comunicação entre equipes e partes interessadas, contribuindo para um alinhamento mais eficiente de todos os envolvidos. 

Insights e Relatórios Ágeis  

Tanto o Jira Data Center quanto o Jira Cloud oferecem diversos modelos de relatórios ágeis, fornecendo informações em tempo real sobre métricas e desempenho. No entanto, o Jira Cloud se destaca por oferecer insights atualizados com base nas contribuições da comunidade, aprimorando a visibilidade das placas (boards) e backlogs e apoiando a tomada de decisões mais informadas. 

Encerramento do Modelo On-premise  

A Atlassian anunciou que encerrará o suporte ao modelo Server em 15 de fevereiro de 2024. Com o prazo chegando, as empresas que desejam fazer a transição para a nuvem precisam buscar empresas Gold Partner Atlassian para auxiliar nesse processo.  

No entanto, é importante esclarecer que também é possível tratar toda a questão diretamente com a  Atlassian, que comercializa as licenças diretamente com os clientes finais e permitem que as empresas tenham flexibilidade para escolher o caminho que melhor atenda às suas necessidades. Entretanto, contratando empresas especializadas e certificadas, como a CSP Tech, existem algumas vantagens, que vão desde consultoria e suporte durante a migração até condições especiais na aquisição das novas licenças.. 

E se a Internet cair?  

Uma preocupação comum em relação ao armazenamento em nuvem é o que acontece quando a conexão com a internet falha. No entanto, em um mundo cada vez mais dependente da conectividade, uma interrupção na internet afetaria quase todos os aspectos de uma empresa, não apenas o acesso às ferramentas em nuvem. 

No cenário atual, em que o trabalho remoto se tornou uma norma em muitas organizações, as interrupções de conectividade são muito menos comuns do que no passado. O custo de ficar temporariamente offline é geralmente menor do que o custo de não investir em transformação digital e, consequentemente, em armazenamento em nuvem. 

Conclusão  

Como demonstrado, a computação em nuvem não é mais um diferencial, mas uma necessidade para empresas que buscam a transformação digital. Mas, adotar ou migrar para novas soluções e ferramentas não é uma tarefa simples. Portanto, é fundamental investir em planejamento e contar com parceiros de qualidade para otimizar o processo e alcançar os objetivos desejados. 

A decisão entre Jira Data Center e Jira Cloud depende das necessidades específicas da sua organização e de sua estratégia de TI. Avalie cuidadosamente as vantagens e desvantagens de cada abordagem, leve em consideração as diferenças destacadas neste texto e faça uma escolha que melhor atenda aos objetivos da sua empresa em sua jornada de transformação digital. Afinal, a capacidade de adaptar e evoluir é a chave para o sucesso nos negócios. 

Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! 

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Curva da Demanda por BI: da Pandemia à Maturidade dos Dados
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Entenda como a demanda por BI cresceu após a pandemia, quais barreiras de maturidade persistem e por que muitas empresas ainda não extraem valor real dos dados.
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Entretanto, é possível adotar IA com responsabilidade, mesmo com rigidez, legado e pouco tempo. Só que o caminho não começa “na ferramenta”. Começa em cultura digital, processo e um conjunto simples de regras. Você não precisa falar difícil para fazer bem feito. Precisa ser claro. Nesse post, vamos transformar o tema em algo aplicável ao seu dia a dia: onde começar, o que evitar, como medir valor e como não quebrar o que já funciona. Continue a leitura para saber mais! A pressa das PMEs faz sentido. O perigo é confundir pressa com atalho. Pequenas e médias empresas se movem por necessidade. Elas não têm cinco camadas de aprovação, nem uma fila infinita de especialistas para absorver demanda. Quando surge um gargalo — seja no atendimento, no financeiro, no comercial ou na gestão de projetos — ele aparece com força. A dor é direta. E a vontade de resolver “para ontem” é legítima. Por isso, a IA entra com facilidade. Ela parece um reforço imediato. Só que em operações sensíveis, essa entrada rápida costuma vir acompanhada de três comportamentos perigosos: O primeiro é a “adoção invisível”. Cada área começa a usar ferramentas por conta própria, sem padrão, sem alinhamento, sem proteção. Parece produtividade, mas, na prática, vira um risco espalhado. É quando a empresa acorda e percebe que informações críticas foram copiadas e coladas em lugares errados — e ninguém sabe ao certo o que foi usado, onde, por quem e para quê. O segundo é a “dependência sem critério”. Em vez de apoiar decisões, a IA começa a influenciar decisões. E como ela fala com confiança, muita gente deixa de questionar. O resultado pode ser um erro bem escrito e muito convincente, indo parar em um e-mail para cliente, numa proposta comercial, numa análise de risco ou num plano de ação. O terceiro é o “atalho que vira dívida”. A empresa economiza tempo hoje, mas cria um problema que custará caro amanhã: processos diferentes em cada área, informações desencontradas, retrabalho, perda de qualidade e uma sensação constante de que a operação ficou mais rápida… porém menos confiável. Se você atua em ambientes críticos, precisa de uma ideia simples para guiar decisões: IA não é só uma ferramenta. É uma capacidade. E capacidade precisa de método. IA operacional vs IA estratégica Aqui está a diferença que separa quem “brinca” de IA de quem realmente melhora a empresa. O uso operacional é quando a IA ajuda em tarefas soltas. Ela escreve um e-mail, organiza um texto, revisa uma mensagem, resume uma reunião, gera ideias para um post, cria um roteiro de apresentação. Isso é útil, sim — e costuma trazer ganhos rápidos. Só que é, principalmente, produtividade individual. O uso estratégico é quando a IA melhora o funcionamento da empresa. Ela reduz gargalos recorrentes, diminui retrabalho, melhora prazos, padroniza comunicação, acelera decisões com mais consistência. Isso acontece quando a IA entra conectada a processo, rotina e medida de resultado. É produtividade organizacional. A pergunta que coloca você no trilho certo é bem objetiva: “Isso vai melhorar a empresa ou só vai deixar alguém mais rápido hoje?” Se a resposta for “só hoje” , tudo bem. Mas trate como experimento controlado. Se a resposta for “vai melhorar a empresa” , então você precisa do mínimo de responsabilidade para a coisa escalar sem quebrar a confiança. Em operação crítica, “começar pequeno” não significa “começar solto” Muita gente ouve “comece pequeno” e traduz como “qualquer um começa de qualquer jeito” . Em ambientes críticos, começar pequeno precisa significar outra coisa: começar seguro , com escopo curto, impacto real e regras simples. Pense assim: você quer escolher casos de uso que tragam valor rápido, mas que não exijam mexer no coração frágil das integrações de primeira, nem colocar dados sensíveis em risco . Você quer avançar sem quebrar o que está em produção. A seguir, estão seis pontos de partida que normalmente funcionam bem nesse cenário — e que ajudam a construir confiança. 6 usos iniciais “seguros” para ambientes críticos Resumo e padronização de informações internas. Atas de reunião, planos de ação, registros de decisões, atualizações de status. Aqui a IA vira uma secretária eficiente: organiza, sintetiza e deixa mais claro o que já foi discutido. Desde que você evite conteúdo sensível e tenha revisão humana, o risco é baixo e o ganho costuma ser alto. Documentação e melhoria de procedimentos Em empresas com legado e estruturas rígidas, documentação é ouro — e quase sempre está atrasada. A IA pode ajudar a transformar rascunhos em textos mais claros, sugerir estrutura, padronizar linguagem e identificar lacunas. O segredo é simples: ela não “autoriza”; ela ajuda a escrever. Quem valida é o time. Triagem de demandas e classificação de tickets Antes de automatizar respostas, você pode automatizar organização. Classificar tipos de solicitação, identificar urgência, sugerir responsáveis, apontar provável causa. Isso reduz caos na fila e melhora tempo de resposta sem mexer diretamente em sistemas sensíveis. Base de conhecimento interna com curadoria Em operações corridas, perguntas se repetem: como liberar acesso, como abrir chamado, como registrar incidente, como seguir um procedimento. A IA pode facilitar busca e resposta usando conteúdos aprovados, desde que haja controle de acesso e curadoria. Aqui, o “seguro” não é a tecnologia — é a disciplina de manter a base confiável. Apoio ao comercial e ao atendimento com limites claros A IA pode ajudar a estruturar propostas, organizar argumentos, adaptar linguagem. Mas o limite precisa ser inegociável: não alimentar a IA com informações confidenciais ou dados de clientes sem política definida. Dá para fazer bem com modelos prontos e um padrão de conteúdo. Identificação de padrões de retrabalho e gargalos, usando dados não sensíveis Às vezes, o problema não está no “fazer”. Está no “refazer”. A IA pode ajudar a enxergar recorrências: onde mais dá erro, onde mais volta, onde mais trava. Isso orienta melhorias de processo que liberam tempo real. Veja o ponto comum entre todos esses usos: eles começam melhorando comunicação, organização e consistência — sem pedir que você reconstrua o mundo, nem jogue risco para debaixo do tapete. O mínimo de responsabilidade: governança “leve” para não virar caos Se a palavra “governança” te lembra burocracia, pense nela como um conjunto enxuto de regras para evitar problemas previsíveis. Em ambientes críticos, você não precisa de um manual de 200 páginas. Você precisa de um acordo claro e prático, que caiba em uma página e seja fácil de seguir. Esse mínimo costuma incluir quatro coisas. São elas: Classificação simples de informação O time precisa saber o que pode ser usado com IA e o que não pode. Em geral, o que envolve dados pessoais, informações contratuais, números sensíveis, credenciais, dados operacionais críticos ou qualquer conteúdo sigiloso deve ter uma regra expressa. A empresa não pode depender do “bom senso” de cada pessoa quando a pressão do prazo aperta. Controle de acesso Quem pode usar quais ferramentas? Quem pode acessar quais bases? Em muitas empresas, a IA se torna perigosa não por ser “inteligente”, mas por herdar permissões erradas. Se acesso é frouxo, a IA apenas acelera o aperto. Registro do uso em áreas sensíveis Não precisa ser um tribunal. Precisa ser rastreável. Quando algo der errado, você precisa conseguir entender o caminho: o que foi feito, por quem e com qual objetivo. Isso protege a empresa e também protege as pessoas. Revisão humana em pontos críticos Em áreas sensíveis, a IA não pode ser “quem decide”. Ela pode sugerir. Ela pode resumir. Ela pode organizar. Mas decisões que afetam cliente, segurança, risco ou compliance precisam de validação. Isso é maturidade, não desconfiança. O resultado dessa governança leve é simples: você cria segurança para a adoção crescer sem virar “terra de ninguém” — o que costuma acontecer quando a empresa tenta ser moderna… mas esquece que modernidade sem disciplina vira acidente. Legado e integrações frágeis: como evoluir sem quebrar a operação Em ambientes críticos, o legado não é um vilão. Ele é o que mantém a empresa trabalhando. O problema é tratar esse legado como se fosse um aplicativo novo, pronto para integrações perfeitas e mudanças rápidas. Aqui, o caminho mais responsável é reduzir acoplamento. Ou seja: antes de conectar IA diretamente em sistemas críticos, você começa com etapas mais “externas” e controladas. Você melhora a entrada, a organização e a qualidade do que chega no sistema — e só depois mexe no sistema. Pense como uma reforma com a casa em pé: primeiro, você arruma o fluxo, tira o entulho, melhora o acesso, organiza ferramentas, padroniza procedimentos. Só depois você quebra a parede. Uma boa regra prática é: quanto mais crítico o sistema, mais controlada precisa ser a automação . Isso não é medo; é engenharia de confiança. Você pode acelerar o que está antes e depois do sistema sem tocar no coração do legado no primeiro movimento. ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
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