Ferramentas Ágeis para Gestão de Projetos

Wagner Hörlle • August 18, 2021

Chega a ser estranho pensar que há menos de 30 anos atrás não era possível enviar um SMS – mensagem de texto – através do celular.

A tecnologia passa por inovações cada vez mais rápidas, modificando o cenário do mercado de forma que as empresas precisam se esforçar ao máximo para acompanhar o ritmo, se quiserem manter a competitividade no mercado!

Nesse cenário, a busca por Metodologias Ágeis, com objetivo de acelerar e otimizar a execução de projetos, aumenta cada vez mais.

Existem diversas metodologias e ferramentas ágeis que podem ser utilizadas para otimizar a gestão de projetos.

Porém, as opções são tantas que, muitas vezes, dificultam na hora de escolher qual a melhor ferramenta para o seu negócio. 

Por fim, uma ferramenta que deveria gerar praticidade e rapidez nas entregas dos projetos, acaba se tornando apenas um passo operacional que mais atrapalha do que ajuda.

Para te ajudar a resolver esse problema, escolhendo a ferramenta ideal para te ajudar na gestão dos projetos da sua empresa, separamos algumas dicas com algumas das melhores e mais usadas ferramentas para a Gestão Ágil de Projetos.

O que são as metodologias ágeis

Antes de falarmos das ferramentas é importante que você entenda o que são as metodologias Ágeis.

Afinal, a ferramenta serve para operacionalizar as metodologias e facilitar a execução de processos ágeis. Nenhuma delas, por melhor que seja, vai ser capaz de “tornar um projeto ágil” por si só.

Apesar de extremamente importantes para o correto desenvolvimento e a eficiência de execução do projeto, é imprescindível ter em mente que as ferramentas não podem funcionar como substitutos de uma boa metodologia, uma boa equipe e um bom gerente de projetos!

Os métodos ágeis surgem como uma opção ao modelo tradicional de gestão de projeto – chamado de modelo Cascata ou Waterfall – formado por processos e etapas rígidas, seguindo um modelo com começo, meio e fim já definidos. Onde o foco central é na entrega do produto final.

Este modelo tradicional ainda é muito funcional para projetos mais rígidos, como a construção de um edifício, por exemplo. Ele cabe muito bem nos projetos que não permitem alteração de escopo.

Quando falamos em metodologias ágeis o foco muda completamente. Ao invés de pensar na entrega do produto como objetivo principal, o foco passa a ser o cliente.

Nas metodologias ágeis o produto não é desenvolvido de forma ininterrupta.

São feitas “pequenas entregas” durante o processo de desenvolvimento, onde são realizadas adaptações, alterações e correções conforme necessário. Desta forma, a possibilidade de haver grandes erros no produto final cai drasticamente!

  • Agilidade
  • Customização do produto
  • Eficiência e economia
  • Transparência e colaboração
  • Redução de riscos
  • Alto nível de satisfação do cliente

Ferramentas Para Gestão de Projetos Ágeis

Existem diversos tipos de metodologias ágeis, como Scrum, Kanban, SMART e Lean, por exemplo.

Todas essas ferramentas seguem os 4 valores e 12 princípios do Manifesto Ágil. Porém, cada uma delas possui as suas particularidades, de forma que se adaptam melhor para diferentes tipos de projeto.

A escolha da metodologia correta é fundamental para o sucesso do projeto! Da mesma forma, a escolha da ferramenta correta é fundamental para operacionalizar o desenvolvimento do projeto! 

Como escolher a melhor ferramenta para gerir o seus projetos

Uma vez que a metodologia foi escolhida, o próximo passo é entender qual será a ferramenta para auxiliar na gestão do seu projeto.

O uso da ferramenta correta entrega vários benefícios, como:

  • Melhor e maior capacidade colaborativa;
  • Rapidez na atualização de tarefas;
  • Acompanhamento o andamento do projeto de forma descomplicada;
  • Maior facilidade para fazer Status Report e gerar relatórios.

Para fazer essa escolha da melhor forma, alguns critérios deverão ser levados em conta. São eles:

  • Tamanho do projeto;
  • Complexidade;
  • Tipo de metodologia selecionada;
  • Investimento que poderá ser feito na ferramenta.

Como identificar o tamanho e complexidade do projeto

A identificação do tamanho do projeto poderá mudar de empresa para empresa.

Naturalmente, a experiência e know-how dos membros da equipe também conta na hora de pensar o nível  de complexidade do projeto.

Mas, caso você e sua equipe estejam no início da jornada de implantação da cultura ágil na sua empresa, separamos alguns pontos em que você pode se basear para entender melhor de que forma as necessidades do seu time podem ser melhor atendidas.

Projeto Pequeno

Quando falamos em projetos pequenos, estamos nos referindo a tempo, tamanho da equipe e complexidade.

Em geral, projetos mais complexos irão demandar mais etapas. Por isso, em geral, serão mais longos.

Um projeto pequeno terá duração média de 1 mês e será composto por, em média, 3 a 6 pessoas. Geralmente é composto de poucas etapas.

Necessidades básicas das ferramentas:

  • Compartilhamento de arquivos
  • Colaboração em arquivos
  • Checklist de tarefas

Projeto Médio

Um pouco maior e mais complexo que o primeiro, um projeto médio costuma ter duração de 1 a 3 meses, com equipes de 7 a 10 pessoas.

Naturalmente, este tipo de projeto possui mais etapas. Porém, a complexidade ainda não é tão grande – você não encontrará várias sub-tarefas dentro das tarefas de cada etapa, por exemplo.

Necessidades básicas das ferramentas para gerenciar projetos médios:

  • Compartilhamento de arquivos
  • Colaboração em arquivos
  • Ferramenta para gestão de tarefas (em quadro/kanban, lista, etc.)
  • Ferramenta de comunicação com fácil localização de informações chave

Projeto Grande

Maior grau de complexidade e maior tempo, os projetos grandes têm duração de 6 meses ou mais, com um número de pessoas envolvidas maior que os anteriores.

Pelo número de etapas e complexidade de cada uma delas, esses projetos demandam uma estrutura de governança bem construída e ferramentas mais completas, que sejam capazes de proporcionar visibilidade geral de cada etapa, de forma simples. 

Nos outros projetos – pequenos e médios – muitas vezes não é necessária a criação de uma estrutura complexa, para fazer um bom acompanhamento e organização do projeto.

Geralmente as equipes dos projetos menores se desenvolvem bem com a combinação de duas a quatro ferramentas mais simples e intuitivas, apesar dessas ferramentas não possuírem uma variedade muito completa de funcionalidades internas.

Porém, quando falamos em grandes projetos, com muitas etapas e pessoas envolvidas, é muito importante que todas as funcionalidades sejam encontradas no menor número de ferramentas possível, de forma que facilite a localização de informações, arquivos e tracking de atividades de cada integrante do projeto.

Necessidades básicas das ferramentas para gerenciar projetos grandes:

  • Compartilhamento de arquivos
  • Colaboração em arquivos
  • Ferramenta para gestão de tarefas (em quadro/kanban, lista, etc.)
  • Ferramenta de comunicação com fácil localização de informações chave
  • Linha de base
  • Fácil visualização da curva S do projeto (evolução do projeto)
  • Divisão de equipes hierárquicas e permissões para cada grupo de usuários
  • Criação de projetos e subprojetos

É muito importante lembrar que as necessidades de cada projeto e equipe irão variar de acordo com as individualidades de cada projeto.

Conheça 6 das ferramentas ágeis mais utilizadas para gerenciamento de projetos

Agora você já tem um direcionamento sobre como identificar o tipo de projeto. Mas, para assegurar a maior chance de sucesso para o seu time, é essencial que as ferramentas que você utilize sejam compatíveis com o seu projeto e a sua equipe.

Acontecem dois erros muito comuns na hora da escolha das ferramentas de gerenciamento de projetos:

  1. Escolher a ferramenta mais cara e completa, por que deve ser a mais confiável e certamente terá o que a equipe precisa.

Ou

  1. Escolher as ferramentas com menor custo, para economizar no orçamento final do projeto. Existem boas ferramentas gratuitas, que podem atender muito bem demandas variadas.

Para que o projeto seja bem sucedido é muito importante não pecar pela falta, nem pelo excesso, quando falamos em ferramenta.

As duas situações são questões que possuem uma lógica de raciocínio aceitável, porém, o erro em qualquer uma das duas pode ser fatal para o resultado final da sua equipe!

Na primeira situação, onde a equipe usa a ferramenta mais completa possível – independente do tipo, tamanho ou complexidade do projeto – a quantidade de funcionalidades e informações pode tornar a gestão do projeto muito confusa.

Em projetos pequenos é muito importante ter objetividade e, em qualquer tipo de projeto, é essencial que todas as etapas desnecessárias sejam excluídas.

Equipes que estão começando agora a implantar as metodologias ágeis, podem se sentir tentadas a ter o máximo de funcionalidades disponíveis, mas deve-se levar em conta a complexidade e curva de aprendizado de cada ferramenta.

Já na segunda situação a busca por corte de gastos pode acabar custando muito em tempo, retrabalho e verba.

Como o número de informações, arquivos e pessoas é muito grande, trocar de ferramenta toda vez que precisar utilizar uma funcionalidade diferente, pode causar perda de dados e gaps de comunicação muito grandes.

A visualização do andamento do projeto e da evolução das metas fica prejudicada, podendo causar erros fatais para a saúde do projeto. 

Separamos abaixo 6 das melhores e mais utilizadas ferramentas para Gerenciamento de Projetos Ágeis. Entenda o que cada uma delas proporciona e como elas podem atender as necessidades do seu projeto.

Trello

Uma das ferramentas mais populares, o Trello possui versões gratuitas e pagas.

Através dela é possível visualizar fluxos de trabalho de forma prática, em quadros, através do método Kanban.

Ela possui integração com diversos aplicativos e de arquivos diretamente pela plataforma. É uma ferramenta intuitiva e simples, que possui uma curva de aprendizado muito baixa.

O modelo gratuito é ideal para projetos menores e de baixa complexidade.

Teams

Muito além de um app para comunicação, o Teams é uma ferramenta completa, quando o assunto é criação colaborativa!

Ela permite a criação e compartilhamento de arquivos, que podem ser editados de forma colaborativa entre os membros do time, além de funções como Chat, Reunião por vídeo, gravação de reunião e outros.

Ela possui também integração nativa com outras ferramentas da Microsoft.

Asana

Em questão de visualização do projeto, assim como o Trello, ele também possui a possibilidade de visualização do projeto por quadros, no formato kanban, mas vai além, possuindo ainda outras funcionalidades, outros tipos de visualização nativas – no formato lista, por exemplo – que permite visualizar suas tarefas individuais de forma descomplicada e proporciona um pouco mais de controle sobre o projeto.

Apesar de mais completo de forma interna, ele possui pouca integração com aplicativos externos. 

Em resumo, se trata de uma ferramenta simples, com uma curva de aprendizado pequena, facilitando o uso por equipes que estão começando agora a transformação para metodologias ágeis. 

Planner

Uma ferramenta de gestão em quadro, intuitiva e com baixa curva de aprendizado.

Permite a criação de cartões mais ricos, com informações mais detalhadas, onde as atividades de cada cartão poderão ser atribuídas a mais pessoas. Também é possível incluir arquivos dentro do cartão, facilitando a localização de documentos e informações.

Além das funcionalidades de acompanhamento de atividades por lista, ele possui um dashboard onde pode ser acompanhado o desenvolvimento das atividades, visualizar em qual ponto de atividade está cada tarefa, e o andamento do projeto como um todo.

Um ponto muito positivo do Planner é permitir a visualização de tarefas de forma individual, facilitando a organização pessoal de cada membro do projeto.

Essa é uma ótima ferramenta para projetos médios que, além de todas as suas funcionalidades nativas, possui integração com as outras ferramentas Microsoft.

To-Do

O Microsoft To-Do é uma ferramenta que permite a criação de várias listas de projetos onde, dentro de cada lista, é possível acrescentar as tarefas a serem executadas, assim como anexar arquivos a cada lista.

Ele permite compartilhamento das listas e atribuição de tarefas a pessoas específicas.

Já possui integração com outras ferramentas da Microsoft, como o Outlook e o Planner, por exemplo. Ele é muito intuitivo e, por isso, possui uma curva de aprendizado bem pequena.

Assim como o Trello, é ideal para projetos menores e de baixa complexidade. Para algumas equipes pode ser um pouco mais prático, justamente devido à integração nativa com as outras ferramentas do Microsoft 365.

Jira Software

Muito utilizado na área de desenvolvimento de software. Apesar de ser um pouco mais complexo que os demais, é uma ferramenta muito intuitiva.

Ele permite diferentes formas de visualização das tarefas, se adaptando muito bem a diferentes metodologias. Algumas de suas funções mais usadas são a criação de Backlog do projeto, acompanhamento de histórico e desenvolvimento dos usuários, planejamento de Sprints e criação de relatórios e painéis de controle personalizados.

O Jira permite integração com muitas ferramentas externas , como o Power BI por exemplo. Isso permite que ele se torne uma ferramenta completa.

Por ser uma ferramenta mais complexa, a curva de aprendizado pode ser um pouco maior do que as demais ferramentas citadas aqui. É uma ótima ferramenta para projetos médios e grandes.

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Agora você já possui as informações necessárias para identificar melhor qual tipo de projeto você possui e quais os principais pontos a se levar em conta no momento de escolha da ferramenta ideal.

Sempre tenha em mente que, quando se trata de gerenciamento de projetos ágeis, a melhor ferramenta não está ligada a custos ou complexidade, mas sim às funcionalidades e adaptabilidade ao tipo de metodologia escolhido e, claro, o desenvolvimento da equipe responsável pelo projeto.

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Só que em operações sensíveis, essa entrada rápida costuma vir acompanhada de três comportamentos perigosos: O primeiro é a “adoção invisível”. Cada área começa a usar ferramentas por conta própria, sem padrão, sem alinhamento, sem proteção. Parece produtividade, mas, na prática, vira um risco espalhado. É quando a empresa acorda e percebe que informações críticas foram copiadas e coladas em lugares errados — e ninguém sabe ao certo o que foi usado, onde, por quem e para quê. O segundo é a “dependência sem critério”. Em vez de apoiar decisões, a IA começa a influenciar decisões. E como ela fala com confiança, muita gente deixa de questionar. O resultado pode ser um erro bem escrito e muito convincente, indo parar em um e-mail para cliente, numa proposta comercial, numa análise de risco ou num plano de ação. O terceiro é o “atalho que vira dívida”. A empresa economiza tempo hoje, mas cria um problema que custará caro amanhã: processos diferentes em cada área, informações desencontradas, retrabalho, perda de qualidade e uma sensação constante de que a operação ficou mais rápida… porém menos confiável. Se você atua em ambientes críticos, precisa de uma ideia simples para guiar decisões: IA não é só uma ferramenta. É uma capacidade. E capacidade precisa de método. IA operacional vs IA estratégica Aqui está a diferença que separa quem “brinca” de IA de quem realmente melhora a empresa. O uso operacional é quando a IA ajuda em tarefas soltas. Ela escreve um e-mail, organiza um texto, revisa uma mensagem, resume uma reunião, gera ideias para um post, cria um roteiro de apresentação. Isso é útil, sim — e costuma trazer ganhos rápidos. Só que é, principalmente, produtividade individual. O uso estratégico é quando a IA melhora o funcionamento da empresa. Ela reduz gargalos recorrentes, diminui retrabalho, melhora prazos, padroniza comunicação, acelera decisões com mais consistência. Isso acontece quando a IA entra conectada a processo, rotina e medida de resultado. É produtividade organizacional. A pergunta que coloca você no trilho certo é bem objetiva: “Isso vai melhorar a empresa ou só vai deixar alguém mais rápido hoje?” Se a resposta for “só hoje” , tudo bem. Mas trate como experimento controlado. Se a resposta for “vai melhorar a empresa” , então você precisa do mínimo de responsabilidade para a coisa escalar sem quebrar a confiança. Em operação crítica, “começar pequeno” não significa “começar solto” Muita gente ouve “comece pequeno” e traduz como “qualquer um começa de qualquer jeito” . Em ambientes críticos, começar pequeno precisa significar outra coisa: começar seguro , com escopo curto, impacto real e regras simples. 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O mínimo de responsabilidade: governança “leve” para não virar caos Se a palavra “governança” te lembra burocracia, pense nela como um conjunto enxuto de regras para evitar problemas previsíveis. Em ambientes críticos, você não precisa de um manual de 200 páginas. Você precisa de um acordo claro e prático, que caiba em uma página e seja fácil de seguir. Esse mínimo costuma incluir quatro coisas. São elas: Classificação simples de informação O time precisa saber o que pode ser usado com IA e o que não pode. Em geral, o que envolve dados pessoais, informações contratuais, números sensíveis, credenciais, dados operacionais críticos ou qualquer conteúdo sigiloso deve ter uma regra expressa. A empresa não pode depender do “bom senso” de cada pessoa quando a pressão do prazo aperta. Controle de acesso Quem pode usar quais ferramentas? Quem pode acessar quais bases? Em muitas empresas, a IA se torna perigosa não por ser “inteligente”, mas por herdar permissões erradas. 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O problema é tratar esse legado como se fosse um aplicativo novo, pronto para integrações perfeitas e mudanças rápidas. Aqui, o caminho mais responsável é reduzir acoplamento. Ou seja: antes de conectar IA diretamente em sistemas críticos, você começa com etapas mais “externas” e controladas. Você melhora a entrada, a organização e a qualidade do que chega no sistema — e só depois mexe no sistema. Pense como uma reforma com a casa em pé: primeiro, você arruma o fluxo, tira o entulho, melhora o acesso, organiza ferramentas, padroniza procedimentos. Só depois você quebra a parede. Uma boa regra prática é: quanto mais crítico o sistema, mais controlada precisa ser a automação . Isso não é medo; é engenharia de confiança. Você pode acelerar o que está antes e depois do sistema sem tocar no coração do legado no primeiro movimento. ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
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