Entenda o real valor do processo de Discovery

August 9, 2024

No universo de negócios e tecnologia, a criação de novos produtos, a melhoria de processos e o desenvolvimento de infraestrutura robusta exigem um entendimento profundo das necessidades e desafios enfrentados pelas empresas e seus stakeholders. O processo de Discovery surge como uma ferramenta essencial para garantir que projetos e soluções estejam alinhados com essas necessidades, minimizando riscos e maximizando o valor entregue.  

Nesse post, vamos explorar o real valor do Discovery, ressaltando sua importância para o desenvolvimento de soluções, produtos ou MVPs, melhorias de processos, fluxos de trabalho e levantamento de requisitos, com um foco especial nas dinâmicas de Inception, Assessment e Product Backlog Building (PBB). 

Quer saber mais? Então, continue a leitura! 

O Que é o Discovery?  

Discovery é uma fase inicial e essencial no ciclo de vida de um projeto, dedicada a entender profundamente os problemas, necessidades e desejos dos usuários e stakeholders. Esta fase pode incluir diversas atividades, como: 

Workshops de Alinhamento : Sessões colaborativas para definir a visão do projeto e alinhar expectativas. 

Entrevistas com Stakeholders : Conversas detalhadas para entender as necessidades e desafios enfrentados. 

Análise de Dados : Coleta e análise de dados quantitativos e qualitativos para identificar padrões e insights. 

Pesquisa de Mercado : Estudo de tendências de mercado, concorrência e comportamento do consumidor. 

Prototipagem Inicial : Criação de protótipos de baixa fidelidade para testar e validar conceitos. 

Estas atividades têm como objetivo proporcionar uma compreensão abrangente e holística do problema a ser resolvido, garantindo que todas as decisões subsequentes sejam informadas e bem fundamentadas. 

Dinâmicas do Processo de Discovery  

O processo de Discovery é composto por várias etapas cruciais que se complementam: Inception, Assessment e Product Backlog Building (PBB). Cada uma dessas dinâmicas desempenha um papel fundamental para garantir que o projeto esteja bem alinhado com as necessidades dos stakeholders e que as soluções propostas sejam viáveis e eficazes. 

Inception  

A fase de Inception é o ponto de partida do processo de Discovery. Seu objetivo é alinhar todos os envolvidos no projeto, definir a visão geral e estabelecer um entendimento comum sobre o que será desenvolvido. 

Kick-off Meeting : Reunião inicial para apresentar o projeto, identificar stakeholders e definir objetivos. 

Workshops de Alinhamento : Sessões colaborativas para discutir a visão do projeto, mapear processos atuais (AS-IS) e idealizar o futuro desejado (TO-BE). 

Entrevistas com Stakeholders : Conversas com os principais interessados para coletar requisitos, expectativas e preocupações. 

A Inception é crucial para garantir que todos os envolvidos tenham uma compreensão clara e compartilhada do projeto. Isso evita desalinhamentos futuros e cria uma base sólida para as próximas etapas. O alinhamento inicial dos stakeholders é essencial para evitar conflitos e garantir que todos estejam na mesma página desde o início. 

Assessment  

O Assessment é uma análise detalhada da situação atual (AS-IS) do projeto ou negócio. Envolve a identificação de problemas, lacunas e oportunidades de melhoria. 

Mapeamento de Processos : Documentação dos processos atuais, identificando pontos críticos e ineficiências. 

Análise SWOT : Avaliação das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças relacionadas ao projeto. 

Pesquisa de Mercado : Coleta de dados externos que possam impactar o projeto, como tendências de mercado e concorrência. 

O Assessment fornece um diagnóstico preciso do estado atual, permitindo a identificação de áreas que precisam de melhoria. Isso ajuda a definir prioridades e direcionar os esforços para soluções que realmente agreguem valor. A análise detalhada dos processos e do mercado permite que as empresas tomem decisões informadas e implementem melhorias que aumentam a eficiência operacional. 

Product Backlog Building (PBB )  

O PBB é a fase onde se traduzem os insights obtidos nas etapas anteriores em um backlog de produto. Este backlog consiste em uma lista priorizada de funcionalidades e requisitos que guiarão o desenvolvimento do projeto. 

Criação de User Stories : Definição de histórias de usuário que descrevem as funcionalidades do ponto de vista dos usuários finais. 

Priorização de Backlog : Ordenação das histórias de usuário com base em valor de negócio, urgência e complexidade. 

Planejamento de Sprints : Organização do trabalho em ciclos de desenvolvimento (sprints), definindo entregas incrementais. 

O PBB transforma a visão estratégica em ações concretas, permitindo que a equipe de desenvolvimento trabalhe de forma estruturada e eficiente. Isso garante que as entregas estejam alinhadas com as necessidades do negócio e dos usuários finais. A priorização adequada das funcionalidades assegura que os itens de maior valor sejam desenvolvidos primeiro, maximizando o impacto positivo do projeto. 

O Valor do Discovery no Desenvolvimento de Soluções e Produtos  

No desenvolvimento de soluções e produtos, o Discovery atua como uma bússola, orientando a equipe para que invista esforços naquilo que realmente importa. Muitas vezes, os projetos falham não por falta de competência técnica, mas porque a solução desenvolvida não atende às necessidades reais dos usuários. Marty Cagan, em seu livro Inspired: How to Create Products Customers Love , destaca que “o maior risco em qualquer produto é construir algo que ninguém quer”. O Discovery mitiga esse risco ao assegurar que a equipe compreenda profundamente os problemas e dores dos usuários, resultando em produtos que agregam valor e têm maior probabilidade de sucesso no mercado. 

Redução de Riscos  

Uma das principais vantagens do Discovery é a redução de riscos. Ao identificar e entender os problemas desde o início, a equipe pode antecipar e mitigar potenciais obstáculos. Isso inclui riscos técnicos, de mercado e de usabilidade. Com uma visão clara dos desafios e oportunidades, a equipe pode tomar decisões informadas e assertivas, minimizando surpresas desagradáveis durante o desenvolvimento. 

Alinhamento de Stakeholders  

O Discovery também facilita o alinhamento entre os stakeholders. Ao envolver todas as partes interessadas desde o início, é possível garantir que todos compartilhem a mesma visão e objetivos. Este alinhamento é crucial para evitar conflitos e desalinhamentos durante o projeto, criando uma base sólida para a colaboração e a tomada de decisões. 

Definição Clara de Requisitos  

O levantamento de requisitos é uma parte essencial do Discovery. Requisitos mal definidos são uma das principais causas de fracasso de projetos. Segundo o guia do PMBOK, “ o planejamento inadequado dos requisitos é uma das principais causas de fracasso de projetos”. O Discovery ajuda a definir claramente os requisitos técnicos e de negócios, evitando ambiguidades e garantindo que todas as partes tenham uma compreensão comum das expectativas. 

O Valor do Discovery na Melhoria de Processos e Fluxos de Trabalho  

Além do desenvolvimento de novos produtos, o Discovery é igualmente vital na melhoria de processos e fluxos de trabalho existentes. Muitas organizações enfrentam desafios relacionados a ineficiências operacionais, gargalos e falta de alinhamento entre equipes. O Discovery oferece uma abordagem estruturada para identificar esses problemas e propor soluções eficazes. 

Mapeamento de Processos  

O mapeamento de processos é uma atividade central no Discovery para melhoria de processos. Ao documentar o estado atual (AS-IS) dos processos, a equipe pode identificar pontos críticos e ineficiências. Em seguida, é possível idealizar o estado futuro desejado (TO-BE), definindo como os processos devem funcionar para alcançar os objetivos da empresa. 

Análise de Causas Raiz  

Uma análise de causas raiz é essencial para entender os problemas subjacentes que afetam os processos. Em vez de apenas tratar os sintomas, o Discovery permite que as organizações identifiquem e abordem as causas fundamentais das ineficiências. Isso resulta em soluções mais duradouras e eficazes. 

Implementação de Melhorias  

Com uma compreensão clara dos problemas e das oportunidades de melhoria, as empresas podem implementar mudanças que aumentam a eficiência operacional e reduzem custos. Essas melhorias podem incluir a automação de tarefas repetitivas, a reestruturação de processos e a adoção de novas ferramentas e tecnologias. 

O Valor do Discovery na Infraestrutura e Levantamento de Requisitos  

Para projetos de infraestrutura e levantamento de requisitos, o Discovery é essencial para garantir que as soluções tecnológicas sejam robustas, escaláveis e alinhadas aos objetivos estratégicos da empresa. Infraestruturas mal planejadas podem resultar em falhas críticas, alto custo de manutenção e falta de flexibilidade para crescer e se adaptar às mudanças do mercado. 

Planejamento e Arquitetura  

O Discovery permite um planejamento e uma arquitetura mais cuidadosos das soluções de infraestrutura. Ao entender as necessidades e expectativas dos stakeholders , a equipe pode projetar uma infraestrutura que atenda às demandas atuais e futuras. Isso inclui a escolha de tecnologias, a definição de padrões de segurança e a escalabilidade da solução. 

Levantamento de Requisitos Técnicos  

O levantamento de requisitos técnicos é uma parte crucial do Discovery para projetos de infraestrutura. Isso inclui a definição de especificações técnicas detalhadas, como capacidade de armazenamento, requisitos de rede, necessidades de segurança e conformidade regulatória. Requisitos bem definidos garantem que a solução desenvolvida seja robusta e eficiente. 

Testes e Validação  

Antes de implementar uma nova infraestrutura, é essencial realizar testes e validações para garantir que ela atenda aos requisitos definidos. O Discovery facilita a criação de cenários de teste e a identificação de métricas de desempenho, permitindo que a equipe valide a solução antes de sua implantação. 

Benefícios Tangíveis do Discovery  

O Discovery oferece clareza e direcionamento, reduz riscos, aumenta a eficiência, e garante a satisfação das partes envolvidas no projeto, tornando-se uma etapa essencial em qualquer iniciativa de desenvolvimento. A seguir, destacamos as principais vantagens de realizar a prática. 

Clareza e Direcionamento  

O Discovery proporciona clareza e direcionamento ao projeto, garantindo que todos os stakeholders estejam alinhados e compartilhem a mesma visão. Este alinhamento inicial é crucial para evitar retrabalhos e conflitos durante o desenvolvimento. Com uma visão clara dos objetivos e expectativas, a equipe pode trabalhar de forma mais eficiente e eficaz. 

Redução de Riscos  

Ao identificar problemas e necessidades desde o início, o Discovery reduz significativamente os riscos associados ao projeto. Isso inclui riscos técnicos, de mercado e de usabilidade, permitindo que a equipe tome decisões informadas e assertivas. A redução de riscos resulta em maior previsibilidade e controle sobre o projeto, aumentando as chances de sucesso. 

Eficiência e Economia  

Investir tempo e recursos no Discovery resulta em economias significativas a longo prazo. Soluções bem definidas e requisitos claros evitam desperdícios e retrabalhos, otimizando o uso dos recursos disponíveis. Além disso, melhorias de processos e infraestruturas bem planejadas aumentam a eficiência operacional, resultando em redução de custos e aumento da produtividade. 

Satisfação dos Stakeholders  

Um dos principais objetivos do Discovery é garantir que as soluções desenvolvidas atendam às necessidades e expectativas dos stakeholders. Ao envolver os stakeholders desde o início e manter uma comunicação constante, a equipe pode garantir que suas preocupações sejam abordadas e que o resultado seja satisfatório. Isso aumenta a confiança e a satisfação dos stakeholders , contribuindo para o sucesso do projeto. 

Conclusão  

O valor do Discovery está na capacidade de transformar ideias em soluções viáveis, otimizando processos e fluxos de trabalho e garantindo que as soluções desenvolvidas atendam às reais necessidades dos usuários e do mercado. Em um ambiente de negócios onde a mudança é constante, o Discovery se torna indispensável para o sucesso e a sustentabilidade dos projetos. 

Investir no processo de Discovery é investir na base do sucesso de qualquer iniciativa. Ele proporciona clareza, reduz riscos, aumenta a eficiência e garante a satisfação dos stakeholders.  

Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post!  

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Só que em operações sensíveis, essa entrada rápida costuma vir acompanhada de três comportamentos perigosos: O primeiro é a “adoção invisível”. Cada área começa a usar ferramentas por conta própria, sem padrão, sem alinhamento, sem proteção. Parece produtividade, mas, na prática, vira um risco espalhado. É quando a empresa acorda e percebe que informações críticas foram copiadas e coladas em lugares errados — e ninguém sabe ao certo o que foi usado, onde, por quem e para quê. O segundo é a “dependência sem critério”. Em vez de apoiar decisões, a IA começa a influenciar decisões. E como ela fala com confiança, muita gente deixa de questionar. O resultado pode ser um erro bem escrito e muito convincente, indo parar em um e-mail para cliente, numa proposta comercial, numa análise de risco ou num plano de ação. O terceiro é o “atalho que vira dívida”. A empresa economiza tempo hoje, mas cria um problema que custará caro amanhã: processos diferentes em cada área, informações desencontradas, retrabalho, perda de qualidade e uma sensação constante de que a operação ficou mais rápida… porém menos confiável. Se você atua em ambientes críticos, precisa de uma ideia simples para guiar decisões: IA não é só uma ferramenta. É uma capacidade. E capacidade precisa de método. IA operacional vs IA estratégica Aqui está a diferença que separa quem “brinca” de IA de quem realmente melhora a empresa. O uso operacional é quando a IA ajuda em tarefas soltas. Ela escreve um e-mail, organiza um texto, revisa uma mensagem, resume uma reunião, gera ideias para um post, cria um roteiro de apresentação. Isso é útil, sim — e costuma trazer ganhos rápidos. Só que é, principalmente, produtividade individual. O uso estratégico é quando a IA melhora o funcionamento da empresa. Ela reduz gargalos recorrentes, diminui retrabalho, melhora prazos, padroniza comunicação, acelera decisões com mais consistência. Isso acontece quando a IA entra conectada a processo, rotina e medida de resultado. É produtividade organizacional. A pergunta que coloca você no trilho certo é bem objetiva: “Isso vai melhorar a empresa ou só vai deixar alguém mais rápido hoje?” Se a resposta for “só hoje” , tudo bem. Mas trate como experimento controlado. Se a resposta for “vai melhorar a empresa” , então você precisa do mínimo de responsabilidade para a coisa escalar sem quebrar a confiança. Em operação crítica, “começar pequeno” não significa “começar solto” Muita gente ouve “comece pequeno” e traduz como “qualquer um começa de qualquer jeito” . Em ambientes críticos, começar pequeno precisa significar outra coisa: começar seguro , com escopo curto, impacto real e regras simples. 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A IA pode ajudar a transformar rascunhos em textos mais claros, sugerir estrutura, padronizar linguagem e identificar lacunas. O segredo é simples: ela não “autoriza”; ela ajuda a escrever. Quem valida é o time. Triagem de demandas e classificação de tickets Antes de automatizar respostas, você pode automatizar organização. Classificar tipos de solicitação, identificar urgência, sugerir responsáveis, apontar provável causa. Isso reduz caos na fila e melhora tempo de resposta sem mexer diretamente em sistemas sensíveis. Base de conhecimento interna com curadoria Em operações corridas, perguntas se repetem: como liberar acesso, como abrir chamado, como registrar incidente, como seguir um procedimento. A IA pode facilitar busca e resposta usando conteúdos aprovados, desde que haja controle de acesso e curadoria. Aqui, o “seguro” não é a tecnologia — é a disciplina de manter a base confiável. Apoio ao comercial e ao atendimento com limites claros A IA pode ajudar a estruturar propostas, organizar argumentos, adaptar linguagem. Mas o limite precisa ser inegociável: não alimentar a IA com informações confidenciais ou dados de clientes sem política definida. Dá para fazer bem com modelos prontos e um padrão de conteúdo. Identificação de padrões de retrabalho e gargalos, usando dados não sensíveis Às vezes, o problema não está no “fazer”. Está no “refazer”. A IA pode ajudar a enxergar recorrências: onde mais dá erro, onde mais volta, onde mais trava. Isso orienta melhorias de processo que liberam tempo real. Veja o ponto comum entre todos esses usos: eles começam melhorando comunicação, organização e consistência — sem pedir que você reconstrua o mundo, nem jogue risco para debaixo do tapete. O mínimo de responsabilidade: governança “leve” para não virar caos Se a palavra “governança” te lembra burocracia, pense nela como um conjunto enxuto de regras para evitar problemas previsíveis. Em ambientes críticos, você não precisa de um manual de 200 páginas. Você precisa de um acordo claro e prático, que caiba em uma página e seja fácil de seguir. Esse mínimo costuma incluir quatro coisas. São elas: Classificação simples de informação O time precisa saber o que pode ser usado com IA e o que não pode. Em geral, o que envolve dados pessoais, informações contratuais, números sensíveis, credenciais, dados operacionais críticos ou qualquer conteúdo sigiloso deve ter uma regra expressa. A empresa não pode depender do “bom senso” de cada pessoa quando a pressão do prazo aperta. Controle de acesso Quem pode usar quais ferramentas? Quem pode acessar quais bases? Em muitas empresas, a IA se torna perigosa não por ser “inteligente”, mas por herdar permissões erradas. 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O problema é tratar esse legado como se fosse um aplicativo novo, pronto para integrações perfeitas e mudanças rápidas. Aqui, o caminho mais responsável é reduzir acoplamento. Ou seja: antes de conectar IA diretamente em sistemas críticos, você começa com etapas mais “externas” e controladas. Você melhora a entrada, a organização e a qualidade do que chega no sistema — e só depois mexe no sistema. Pense como uma reforma com a casa em pé: primeiro, você arruma o fluxo, tira o entulho, melhora o acesso, organiza ferramentas, padroniza procedimentos. Só depois você quebra a parede. Uma boa regra prática é: quanto mais crítico o sistema, mais controlada precisa ser a automação . Isso não é medo; é engenharia de confiança. Você pode acelerar o que está antes e depois do sistema sem tocar no coração do legado no primeiro movimento. ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
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