O que é DevOps? Conheça as vantagens desta metodologia

Wagner Hörlle • November 23, 2021

DevOps é um conjunto de práticas que visam unificar os desenvolvedores de software e os profissionais de operações de TI em um objetivo comum: fornecer produtos de alta qualidade rapidamente, mantendo os padrões de estabilidade e segurança.

Adotar o DevOps não é a tarefa mais fácil para as empresas, afinal, a metodologia não se trata apenas de uma mudança superficial no dia a dia e de ferramentas utilizadas pelas equipes. Ela requer, principalmente, mudanças culturais.

No entanto, quando a implementação é feita com sucesso, as vantagens para as empresas que o adotam são notáveis. Já de início, podemos citar algumas como:

  • crescimento dos negócios;
  • maior produtividade;
  • software mais confiável;
  • aumento da satisfação do cliente.

A metodologia DevOps te ajuda a oferecer mais valor, de forma mais rápida, fornecendo otimizações de novos recursos, de forma segura, melhorando o envolvimento do usuário e criando uma experiência mais satisfatória para seu produto.

Ao longo deste artigo, você vai entender o que é DevOps e como fazer para começar a implantar essa metodologia na empresa e começar a aproveitar todos os benefícios que ele pode te proporcionar.

Afinal, o que é DevOps?

DevOps é um termo que foi criado para descrever um conjunto de métodos para conectar equipes de desenvolvimento de software (Dev) com equipes de operações (Ops).

Portanto, o objetivo da DevOps é melhorar a colaboração entre as equipes para que elas possam desenvolver, manter e melhorar o produto de forma constante.

Os princípios centrais utilizados nesta metodologia são:

Entrega, implantação e otimização contínuas.

Em outras palavras, o DevOps é uma metodologia para melhorar a colaboração entre desenvolvimento e operações para automatizar processos, minimizar riscos e melhorar a qualidade.

Quando as empresas adotam o DevOps como parte de sua estratégia de TI, elas tendem a se tornar mais competitivas no mercado. A adoção desta metodologia é uma das melhores estratégias para enfrentar os desafios atuais, em muito, devido à velocidade de mudança do mundo de hoje.

Integração entre Desenvolvimento e Operações.

Como dissemos anteriormente, o objetivo central do DevOps é melhorar a conexão entre desenvolvimento e operações. Equipes que tradicionalmente são dois departamentos completamente distintos dentro de uma empresa, com focos e objetivos únicos.

As equipes de desenvolvimento costumam buscar atualizações constantes e novos recursos para os sistemas, buscando mudanças mais rápidas e frequentes.

Já as equipes de operações buscam o menor número possível de mudanças no ambiente de produção, já que isso pode criar uma nova fonte de instabilidade e problemas.

Por mais que as duas equipes estejam focadas no sucesso de um mesmo produto, essas diferenças características de cada uma acabam criando uma tensão natural entre elas.

Mas e se estes dois grupos pudessem trabalhar juntos? E se eles trabalhassem em conjunto, unindo os pontos fortes de cada área para criar sistemas mais estáveis e de melhor desempenho? É aqui que o DevOps entra em cena.

Ele ajuda os dois a trabalharem juntos, integrando seus esforços na criação de sistemas com código de alta qualidade – bem como alta estabilidade e suporte ao longo de todo o seu ciclo de vida.

Qual o “segredo do sucesso” do DevOps?

A resposta é muito simples. A integração entre Desenvolvimento e Operações leva à uma produção mais fluida, o que por sua vez leva a produtos de melhor qualidade – tanto em termos de características como de estabilidade.

Em DevOps a integração entre todas as fases do ciclo de vida da aplicação aumenta, podendo abranger na operação equipes além de Desenvolvimento e Operações: as equipes de Garantia de Qualidade e Segurança.

Ao adotar a cultura, os processos e as ferramentas DevOps, as equipes passam a ter um melhor desempenho geral, desenvolvendo produtos de maior qualidade, com mais segurança e mais rápido.

Essa é, sem dúvidas, a receita certa para o sucesso do produto e a conquista de uma maior satisfação do cliente.

Principais benefícios do DevOps

Vamos mergulhar mais a fundo nos 5 principais benefícios que o DevOps pode proporcionar.

  • Rapidez

Ao integrar todos os departamentos ao ciclo de vida do produto, a metodologia DevOps acelera tudo.

Como reduz a duplicação desnecessária de esforços e silos entre departamentos, ao aumentar a colaboração e a comunicação, as equipes são capazes de se mover mais rapidamente do que antes.

Isto leva à entrega de produtos de maior qualidade em menos tempo do que os processos tradicionais de desenvolvimento.

  • Escalabilidade

Como o DevOps torna as equipes mais eficientes, ele pode aumentar a escalabilidade.

Trabalhando juntos e compartilhando um objetivo comum, as equipes são capazes de alcançar o que antes seria impossível: fornecer um número maior de recursos a um ritmo mais rápido. E isto não se aplica apenas a pequenas empresas – mesmo grandes corporações que têm usado o modelo de cachoeira por décadas têm melhorado sua produtividade usando DevOps.

Além disso, a aplicação de automações auxiliam no gerenciamento de sistemas complexos e dinâmicos com mais eficiência e menor risco, o que permite aumentar as demandas executadas, mantendo a qualidade e, consequentemente, permitindo a escalabilidade do negócio.

  • Segurança

Como o DevOps aumenta o nível de comunicação entre a equipe, ele também aumenta a segurança.

Ao melhorar a colaboração e compartilhar responsabilidades, as equipes podem identificar os problemas mais rapidamente e tomar medidas para corrigi-los imediatamente.

Além disso, o DevOps ajuda a fornecer software seguro porque os ciclos de desenvolvimento são mais curtos para que os bugs sejam corrigidos mais rapidamente. Além disso, a automação garante que as políticas de segurança sejam aplicadas de forma consistente em todo o ambiente, resultando em uma infra-estrutura mais segura.

  • Aumento da eficiência das equipes

O aumento da colaboração entre as equipes significa que elas sempre sabem o que cada uma está fazendo e podem fazer seu trabalho mais rápido, melhor e minimizando o retrabalho.

  • Aumento de competitividade no mercado

Com maior rapidez na preparação e entrega dos softwares para a comercialização, o DevOps entrega uma grande vantagem competitiva.

As empresas com equipes DevOps podem ser as primeiras a comercializar, acompanhar a concorrência e aproveitar as oportunidades assim que elas surgirem.

Como implementar o DevOps

Muito além de sistemas e automações, para que a implementação do DevOps seja bem sucedida e a equipe possa aproveitar todos os benefícios, precisa haver uma mudança na Cultura da empresa.

A chave para implementar o DevOps com sucesso é através da criação de um ambiente onde Engenheiros, Desenvolvedores e Proprietários de Produtos possam trabalhar de forma integrada e aprendam a compartilhar seus conhecimentos uns com os outros.

Ao compreender as funções e responsabilidades um do outro, a equipe poderá trabalhar em conjunto de forma mais eficiente e produtiva. Colaboração é fundamental!

A equipe passa a ser vista como uma unidade e o foco deve ser apenas um: conquistar os melhores resultados na entrega do projeto.

Desenvolver uma mentalidade ágil é indispensável.

O DevOps, em diversos pontos, acaba adotando alguns dos conceitos da metodologia Ágil. Desta forma, os dois se complementam, como você pode ver abaixo:

1 – Métodos ágeis de desenvolvimento seguem um design centrado no usuário e uma abordagem iterativa. Uma vez que é com base no refinamento repetido de um produto em etapas incrementais, é comum ter um ciclo de entrega mais curto.

Assim, com sua rápida curva de aprendizado e alta adaptabilidade, metodologias ágeis facilitam naturalmente a implementação das práticas DevOps na empresa.

2 – As metodologias ágeis são flexíveis e permitem que ocorram mudanças no processo de desenvolvimento, mesmo depois que ele tenha começado. Desta forma, qualquer problema de implementação pode ser resolvido imediatamente, minimizando o retrabalho.

3 – Métodos ágeis de desenvolvimento focam em fornecer valor ao cliente, testando e liberando um produto funcional para o mercado, da forma mais rápida possível. No DevOps, este lançamento antecipado ou versão “beta” — ou MVP — do sistema permite que você verifique que tipo de atualizações, recursos e otimizações são necessárias e realmente relevantes para o “produto completo”.

São feitas entregas contínuas, de acordo com o desenvolvimento e implementação de novas funções.

4 – Metodologias ágeis focam na colaboração durante todo o ciclo de desenvolvimento , não apenas nas reuniões de brainstorm e alinhamento.

6 – Métodos ágeis focam na criação de oportunidades regulares para que os membros da equipe reflitam sobre suas ações e forneçam feedback constante. Isto permite que eles possam melhorar o produto e, inclusive, as suas práticas profissionais continuamente.

Portanto, é fascinante observar os resultados desta combinação. Agile permite o início de uma vida de trabalho mais ágil, com entregas parciais, enquanto o DevOps incentiva uma comunicação eficaz na equipe durante todo o ciclo de vida do produto, proporcionando maior eficiência.

Não é atoa que o DevOps é tão popular, uma vez que permite às empresas construir, embalar, implantar e manter o código de uma forma que melhor atenda às necessidades de seus clientes. Além disso, utilizando as práticas DevOps em conjunto com as metodologias Ágeis para automatizar sistemas e ser capaz de responder rapidamente a mudanças ou emergências, as organizações podem reduzir significativamente o tempo de inatividade e evitar (ou pelo menos minimizar) interrupções.

Reserve um tempo para aprender mais sobre como você pode começar a implementar o DevOps em sua empresa e que vantagens ele pode oferecer, lendo o material adicional sobre o Agile que separamos para você!

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Apoio ao comercial e ao atendimento com limites claros A IA pode ajudar a estruturar propostas, organizar argumentos, adaptar linguagem. Mas o limite precisa ser inegociável: não alimentar a IA com informações confidenciais ou dados de clientes sem política definida. Dá para fazer bem com modelos prontos e um padrão de conteúdo. Identificação de padrões de retrabalho e gargalos, usando dados não sensíveis Às vezes, o problema não está no “fazer”. Está no “refazer”. A IA pode ajudar a enxergar recorrências: onde mais dá erro, onde mais volta, onde mais trava. Isso orienta melhorias de processo que liberam tempo real. Veja o ponto comum entre todos esses usos: eles começam melhorando comunicação, organização e consistência — sem pedir que você reconstrua o mundo, nem jogue risco para debaixo do tapete. O mínimo de responsabilidade: governança “leve” para não virar caos Se a palavra “governança” te lembra burocracia, pense nela como um conjunto enxuto de regras para evitar problemas previsíveis. Em ambientes críticos, você não precisa de um manual de 200 páginas. Você precisa de um acordo claro e prático, que caiba em uma página e seja fácil de seguir. Esse mínimo costuma incluir quatro coisas. São elas: Classificação simples de informação O time precisa saber o que pode ser usado com IA e o que não pode. Em geral, o que envolve dados pessoais, informações contratuais, números sensíveis, credenciais, dados operacionais críticos ou qualquer conteúdo sigiloso deve ter uma regra expressa. A empresa não pode depender do “bom senso” de cada pessoa quando a pressão do prazo aperta. Controle de acesso Quem pode usar quais ferramentas? Quem pode acessar quais bases? Em muitas empresas, a IA se torna perigosa não por ser “inteligente”, mas por herdar permissões erradas. Se acesso é frouxo, a IA apenas acelera o aperto. Registro do uso em áreas sensíveis Não precisa ser um tribunal. Precisa ser rastreável. Quando algo der errado, você precisa conseguir entender o caminho: o que foi feito, por quem e com qual objetivo. Isso protege a empresa e também protege as pessoas. Revisão humana em pontos críticos Em áreas sensíveis, a IA não pode ser “quem decide”. Ela pode sugerir. Ela pode resumir. Ela pode organizar. Mas decisões que afetam cliente, segurança, risco ou compliance precisam de validação. Isso é maturidade, não desconfiança. O resultado dessa governança leve é simples: você cria segurança para a adoção crescer sem virar “terra de ninguém” — o que costuma acontecer quando a empresa tenta ser moderna… mas esquece que modernidade sem disciplina vira acidente. Legado e integrações frágeis: como evoluir sem quebrar a operação Em ambientes críticos, o legado não é um vilão. Ele é o que mantém a empresa trabalhando. O problema é tratar esse legado como se fosse um aplicativo novo, pronto para integrações perfeitas e mudanças rápidas. Aqui, o caminho mais responsável é reduzir acoplamento. Ou seja: antes de conectar IA diretamente em sistemas críticos, você começa com etapas mais “externas” e controladas. Você melhora a entrada, a organização e a qualidade do que chega no sistema — e só depois mexe no sistema. Pense como uma reforma com a casa em pé: primeiro, você arruma o fluxo, tira o entulho, melhora o acesso, organiza ferramentas, padroniza procedimentos. Só depois você quebra a parede. Uma boa regra prática é: quanto mais crítico o sistema, mais controlada precisa ser a automação . Isso não é medo; é engenharia de confiança. Você pode acelerar o que está antes e depois do sistema sem tocar no coração do legado no primeiro movimento. ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
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