Data Quality: Entenda o que é e quais os benefícios dela para seus resultados

Wagner Hörlle • October 27, 2021

De que adianta uma quantidade enorme de dados, se eles estiverem repetidos, ultrapassados ou mesmo errados?

Uma quantidade absurda de dados é gerada a cada segundo, graças à toda conexão que temos no mundo hoje.

Mesmo os aparelhos móveis que levamos para todos os lugares — celulares e smartwatch, por exemplo —, estão gerando quantidades astronômicas de dados sobre os nossos costumes, nosso dia a dia e nossas preferências.

A partir dos dados que estes dispositivos coletam constantemente, as empresas que têm acesso a essas informações passam a ter conhecimento das mais diversas áreas do nosso cotidiano. Desde quanto costumamos gastar em e-commerce e quais os aplicativos mais usamos, até sobre como a nossa saúde anda.

A partir destes dados, as empresas têm o poder de otimizar a tomada de decisões estratégicas para o negócio, criando uma chance muito maior de acertos — como se em um campeonato de tiro ao alvo, trocássemos um atirador comum por um sniper…

Entretanto, a Qualidade dos Dados , ou Data Quality , utilizados para fazer estas tomadas de decisão é um ponto crítico que deve ser levado em consideração para que as empresas possam obter o máximo de seus dados e tirar proveito de seu poder.

Quando os dados são potencialmente imprecisos, desatualizados ou inconsistentes — ou seja, de pouca qualidade —, as consequências em utilizá-los serão, via de regra, desastrosas!

O que é Data Quality

A Data Quality — ou em tradução livre: Qualidade dos Dados — é a medida de quão preciso e completo é um conjunto de dados usados para ajuste de estratégia, análise de resultados e decisões.

A Qualidade de Dados também mede o grau em que os dados atendem ao seu uso pretendido. Dados que não atendem ao uso pretendido podem requerer processamento adicional antes que possam ser aplicados para o propósito desejado.

Os dados devem ser preparados, inseridos, transformados e armazenados com cuidado a fim de alcançar a Data Quality.

Os dados podem ser imprecisos por muitas razões, tais como erro humano ou entrada incorreta de sensores.

Big Data e Data Quality

Primeiro é importante que você entenda o que é o Big Data.

Este termo é usado para descrever quantidades muito grandes de informações. Suas características mais importantes são as seguintes: grandes quantidades, alta velocidade e um alto grau de diversidade.

Para que um número tão grande de informações/dados seja tratado, é necessário utilizar uma plataforma de monitoramento e controle que possa transformar esses dados brutos em insights valiosos.

A Qualidade de Dados tornou-se mais valiosa do que nunca com volumes e complexidades crescentes em ambientes da Big Data, onde tipos de dados não estruturados são predominantes e abordagens tradicionais de qualidade podem ter dificuldades.

Qual a importância da captação de Dados

Um dos grandes erros das lideranças mais tradicionais — que infelizmente ainda acontece muito hoje em dia — é a tomada de decisões baseada em “achismos”.

As diretorias estratégicas traçam as suas linhas de ação e definem o futuro da empresa a partir do que eles acreditam ser o certo.

Porém, como diz a máxima dos setores estratégicos de vendas “você não é o seu cliente” e muitas vezes a visão do gestor acabava não sendo condizente com a realidade. Muitas empresas tiveram que sentir isso “na pele”, observando os resultados no balanço financeiro do final de cada trimestre.

Corrigir um erro depois de certo ponto, passa a ser inviável. Não à toa que, segundo pesquisas do IBGE, em torno de 60% das empresas fecham nos primeiros 5 anos de “vida”.

A captação de dados permite que você faça previsões mais certeiras. No lugar de “achar” que o produto X atende a necessidade do cliente ou não, você vai saber qual a real necessidade de seu público e será capaz de analisar se de fato a solução que o produto X entrega vai atender a demanda ou não.

Como falamos antes, é como trocar um atirador comum, por um sniper — um atirador de elite!

Quais as reais vantagens da aplicação do Data Quality?

Mas, mais do que apenas coletar os dados e analisá-los, é preciso entender que a Qualidade dos Dados pode afetar os resultados da empresa de forma positiva — dados de boa qualidade — ou extremamente negativa — no caso de dados de má qualidade.

A qualidade dos dados que as empresas utilizam para tomar decisões desempenha um papel fundamental na determinação do sucesso ou fracasso das estratégias traçadas. Ela mede o grau em que os Dados atendem ao seu uso pretendido. Tomar a decisão correta quando se tem informações incorretas é impossível.

BI X Data Quality

O que é BI?

Business Intelligence (BI) é um método para melhorar a análise de dados e permitir a tomada de decisões e o desenvolvimento de estratégias.

Não se trata apenas de coletar informações. Estes dados são monitorados e analisados pela organização, bem como por seus membros.

Com o BI, você tem acesso a todas as informações críticas, a fim de facilitar a leitura e interpretação dos dados. Como resultado, ele permite a criação de uma base sólida sobre a qual basear a tomada de decisões estratégicas.

Como o BI se relaciona com o Data Quality

Embora o BI seja um dos caminhos mais efetivos para auxiliar que as lideranças estratégicas tomem boas decisões de negócio, de nada adianta se os dados coletados pela ferramenta de BI forem de baixa qualidade.

Dados duplicados, não atualizados ou mesmo coletados de forma errada, na melhor das hipótese, não servirão de absolutamente nada.

Por isso, ainda que a empresa possua uma ótima ferramenta de BI, é muito importante que o trabalho de Data Quality seja feito de forma correta.

Power BI e Qualidade de Dados

Power BI é uma ferramenta de Business Intelligence criada pela Microsoft que você pode usar tanto para criar relatórios ou dashboards com seus dados, quanto para conectá-los com suas fontes de Big Data.

Se você estiver usando o Power BI para criar relatórios de Qualidade de Dados, você não só deve olhar para as regras de Qualidade de Dados (ou Data Profiling), mas também pode definir o Data Modeler para obter informações adicionais sobre os Dados utilizados em sua organização.

A Data Quality têm um papel muito importante no Power BI, uma vez que é uma ferramenta que ajuda os usuários a se conectar com qualquer fonte de dados – interna ou externa – e trazer à tona relatórios/dashboards de qualidade.

Essa é também uma ferramenta muito útil quando se trata de Gerenciamento de Dados, Modelagem ou Transformação de Dados. Ao mesmo tempo, ele suporta cada passo da Qualidade de Dados, tendo capacidades de Data Profiling incorporadas.

Por exemplo, com a tarefa Data Profiling no Power BI Desktop , os usuários podem rastrear a qualidade dos dados e as dependências dos dados. Esta tarefa é uma ferramenta ideal para Data Professionals e Data Analysts pois permite que eles detectem problemas de Qualidade de Dados em um estágio muito precoce, antes que os Dados sejam carregados no Data Warehouse ou Data Mart.

Como avaliar a qualidade dos dados coletados

Existem algumas métricas principais para avaliar o sucesso da Data Quality. São elas:

  • Precisão : Os dados devem corresponder à realidade;
  • Completude : A completude de um conjunto de dados é o grau em que ele fornece todos os valores necessários — que é completo.
  • Consistência : O objetivo da consistência dos dados é garantir que os valores dos dados permaneçam consistentes entre redes e aplicações. Os dados retirados de locais e fontes diferentes não devem entrar em conflito.
  • Validade: Os dados devem ser coletados de acordo com os padrões e parâmetros estabelecidos pela empresa, bem como com a estrutura e o alcance adequados.
  • Exclusividade : O conceito de exclusividade garante que não haja dois conjuntos de dados com os mesmos valores. Como não há duplicatas ou sobreposições de valores, esta abordagem tem um alto grau de uniformidade.
  • Oportunidade : A oportunidade se refere à disponibilidade dos dados quando necessários. Eles precisam ser acessíveis e atualizados em tempo real.

Como Aplicar o Data Quality?

Muitas empresas subestimam o valor da qualidade dos dados, principalmente porque ele ainda é considerado, de forma equivocada, como uma despesa. Felizmente, esta atitude frente a importância do data quality está mudando.

Há vários métodos para aplicar o data quality na sua empresa. Por isso, separamos 4 passos essenciais, para guiá-lo nesta jornada.

O primeiro passo é determinar quais dados são mais essenciais para a empresa e como eles serão utilizados. Para isso, é necessário observar que papel cada dado tem em relação ao que se está tentando aprender, alcançar ou demonstrar com ele.

O segundo é a remoção de informações que contenham erros, duplicações… em outras palavras, fazer a limpeza dos dados  para evitar qualquer tipo de impedimento no processo.

Se esta segunda etapa não for feita, você vai gastar recursos valiosos — como tempo e dinheiro — com dados irrelevantes ou imprecisos.

O terceiro passo é refinar os dados que você já identificou como cruciais. É importante observar que estes dados precisam estar completos. Além de, claro, terem relação direta com as estratégias que você pretende executar e os objetivos que pretende atingir.

O quarto passo consiste em registrar a eficácia e a qualidade dos dados já selecionados. Assim é possível traçar novas metas e objetivos, observando os indicadores de Qualidade de Dados em todos os níveis.

É importante ter em mente que para ter sucesso em sua estratégia de data quality, é preciso monitorar o que está acontecendo. O acompanhamento constante das métricas é o que vai fazer a real diferença para a sua estratégia!

A Qualidade dos Dados precisa ser a base de todas as iniciativas Data Driven.

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Curva da Demanda por BI: da Pandemia à Maturidade dos Dados
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Entenda como a demanda por BI cresceu após a pandemia, quais barreiras de maturidade persistem e por que muitas empresas ainda não extraem valor real dos dados.
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Você provavelmente já sentiu isso na pele: a operação não espera, o cliente não perdoa, o time está enxuto, o legado “segura o negócio com fita crepe” e boa vontade, e o calendário insiste em ser mais curto do que o bom senso. No meio desse cenário, a inteligência artificial aparece como uma promessa irresistível. Ela escreve, resume, sugere, analisa, responde. Parece uma contratação em massa sem recrutamento, sem onboarding, sem férias. E é exatamente aí que mora o risco. Quando a empresa vive um ambiente crítico — seja por lidar com dados sensíveis, ter integrações frágeis, operar com sistemas antigos ou trabalhar com prazos apertados — a IA pode tanto liberar uma produtividade enorme quanto acelerar erros, vazamentos e decisões ruins com uma velocidade inédita. O problema não é a tecnologia. O problema é a forma como ela entra: como remédio rápido para dor grande, sem o mínimo de disciplina. Entretanto, é possível adotar IA com responsabilidade, mesmo com rigidez, legado e pouco tempo. Só que o caminho não começa “na ferramenta”. Começa em cultura digital, processo e um conjunto simples de regras. Você não precisa falar difícil para fazer bem feito. Precisa ser claro. Nesse post, vamos transformar o tema em algo aplicável ao seu dia a dia: onde começar, o que evitar, como medir valor e como não quebrar o que já funciona. Continue a leitura para saber mais! A pressa das PMEs faz sentido. O perigo é confundir pressa com atalho. Pequenas e médias empresas se movem por necessidade. Elas não têm cinco camadas de aprovação, nem uma fila infinita de especialistas para absorver demanda. Quando surge um gargalo — seja no atendimento, no financeiro, no comercial ou na gestão de projetos — ele aparece com força. A dor é direta. E a vontade de resolver “para ontem” é legítima. Por isso, a IA entra com facilidade. Ela parece um reforço imediato. Só que em operações sensíveis, essa entrada rápida costuma vir acompanhada de três comportamentos perigosos: O primeiro é a “adoção invisível”. Cada área começa a usar ferramentas por conta própria, sem padrão, sem alinhamento, sem proteção. Parece produtividade, mas, na prática, vira um risco espalhado. É quando a empresa acorda e percebe que informações críticas foram copiadas e coladas em lugares errados — e ninguém sabe ao certo o que foi usado, onde, por quem e para quê. O segundo é a “dependência sem critério”. Em vez de apoiar decisões, a IA começa a influenciar decisões. E como ela fala com confiança, muita gente deixa de questionar. O resultado pode ser um erro bem escrito e muito convincente, indo parar em um e-mail para cliente, numa proposta comercial, numa análise de risco ou num plano de ação. O terceiro é o “atalho que vira dívida”. A empresa economiza tempo hoje, mas cria um problema que custará caro amanhã: processos diferentes em cada área, informações desencontradas, retrabalho, perda de qualidade e uma sensação constante de que a operação ficou mais rápida… porém menos confiável. Se você atua em ambientes críticos, precisa de uma ideia simples para guiar decisões: IA não é só uma ferramenta. É uma capacidade. E capacidade precisa de método. IA operacional vs IA estratégica Aqui está a diferença que separa quem “brinca” de IA de quem realmente melhora a empresa. O uso operacional é quando a IA ajuda em tarefas soltas. Ela escreve um e-mail, organiza um texto, revisa uma mensagem, resume uma reunião, gera ideias para um post, cria um roteiro de apresentação. Isso é útil, sim — e costuma trazer ganhos rápidos. Só que é, principalmente, produtividade individual. O uso estratégico é quando a IA melhora o funcionamento da empresa. Ela reduz gargalos recorrentes, diminui retrabalho, melhora prazos, padroniza comunicação, acelera decisões com mais consistência. Isso acontece quando a IA entra conectada a processo, rotina e medida de resultado. É produtividade organizacional. A pergunta que coloca você no trilho certo é bem objetiva: “Isso vai melhorar a empresa ou só vai deixar alguém mais rápido hoje?” Se a resposta for “só hoje” , tudo bem. Mas trate como experimento controlado. Se a resposta for “vai melhorar a empresa” , então você precisa do mínimo de responsabilidade para a coisa escalar sem quebrar a confiança. Em operação crítica, “começar pequeno” não significa “começar solto” Muita gente ouve “comece pequeno” e traduz como “qualquer um começa de qualquer jeito” . Em ambientes críticos, começar pequeno precisa significar outra coisa: começar seguro , com escopo curto, impacto real e regras simples. Pense assim: você quer escolher casos de uso que tragam valor rápido, mas que não exijam mexer no coração frágil das integrações de primeira, nem colocar dados sensíveis em risco . Você quer avançar sem quebrar o que está em produção. A seguir, estão seis pontos de partida que normalmente funcionam bem nesse cenário — e que ajudam a construir confiança. 6 usos iniciais “seguros” para ambientes críticos Resumo e padronização de informações internas. Atas de reunião, planos de ação, registros de decisões, atualizações de status. Aqui a IA vira uma secretária eficiente: organiza, sintetiza e deixa mais claro o que já foi discutido. Desde que você evite conteúdo sensível e tenha revisão humana, o risco é baixo e o ganho costuma ser alto. Documentação e melhoria de procedimentos Em empresas com legado e estruturas rígidas, documentação é ouro — e quase sempre está atrasada. A IA pode ajudar a transformar rascunhos em textos mais claros, sugerir estrutura, padronizar linguagem e identificar lacunas. O segredo é simples: ela não “autoriza”; ela ajuda a escrever. Quem valida é o time. Triagem de demandas e classificação de tickets Antes de automatizar respostas, você pode automatizar organização. Classificar tipos de solicitação, identificar urgência, sugerir responsáveis, apontar provável causa. Isso reduz caos na fila e melhora tempo de resposta sem mexer diretamente em sistemas sensíveis. Base de conhecimento interna com curadoria Em operações corridas, perguntas se repetem: como liberar acesso, como abrir chamado, como registrar incidente, como seguir um procedimento. A IA pode facilitar busca e resposta usando conteúdos aprovados, desde que haja controle de acesso e curadoria. Aqui, o “seguro” não é a tecnologia — é a disciplina de manter a base confiável. Apoio ao comercial e ao atendimento com limites claros A IA pode ajudar a estruturar propostas, organizar argumentos, adaptar linguagem. Mas o limite precisa ser inegociável: não alimentar a IA com informações confidenciais ou dados de clientes sem política definida. Dá para fazer bem com modelos prontos e um padrão de conteúdo. Identificação de padrões de retrabalho e gargalos, usando dados não sensíveis Às vezes, o problema não está no “fazer”. Está no “refazer”. A IA pode ajudar a enxergar recorrências: onde mais dá erro, onde mais volta, onde mais trava. Isso orienta melhorias de processo que liberam tempo real. Veja o ponto comum entre todos esses usos: eles começam melhorando comunicação, organização e consistência — sem pedir que você reconstrua o mundo, nem jogue risco para debaixo do tapete. O mínimo de responsabilidade: governança “leve” para não virar caos Se a palavra “governança” te lembra burocracia, pense nela como um conjunto enxuto de regras para evitar problemas previsíveis. Em ambientes críticos, você não precisa de um manual de 200 páginas. Você precisa de um acordo claro e prático, que caiba em uma página e seja fácil de seguir. Esse mínimo costuma incluir quatro coisas. São elas: Classificação simples de informação O time precisa saber o que pode ser usado com IA e o que não pode. Em geral, o que envolve dados pessoais, informações contratuais, números sensíveis, credenciais, dados operacionais críticos ou qualquer conteúdo sigiloso deve ter uma regra expressa. A empresa não pode depender do “bom senso” de cada pessoa quando a pressão do prazo aperta. Controle de acesso Quem pode usar quais ferramentas? Quem pode acessar quais bases? Em muitas empresas, a IA se torna perigosa não por ser “inteligente”, mas por herdar permissões erradas. Se acesso é frouxo, a IA apenas acelera o aperto. Registro do uso em áreas sensíveis Não precisa ser um tribunal. Precisa ser rastreável. Quando algo der errado, você precisa conseguir entender o caminho: o que foi feito, por quem e com qual objetivo. Isso protege a empresa e também protege as pessoas. Revisão humana em pontos críticos Em áreas sensíveis, a IA não pode ser “quem decide”. Ela pode sugerir. Ela pode resumir. Ela pode organizar. Mas decisões que afetam cliente, segurança, risco ou compliance precisam de validação. Isso é maturidade, não desconfiança. O resultado dessa governança leve é simples: você cria segurança para a adoção crescer sem virar “terra de ninguém” — o que costuma acontecer quando a empresa tenta ser moderna… mas esquece que modernidade sem disciplina vira acidente. Legado e integrações frágeis: como evoluir sem quebrar a operação Em ambientes críticos, o legado não é um vilão. Ele é o que mantém a empresa trabalhando. O problema é tratar esse legado como se fosse um aplicativo novo, pronto para integrações perfeitas e mudanças rápidas. Aqui, o caminho mais responsável é reduzir acoplamento. Ou seja: antes de conectar IA diretamente em sistemas críticos, você começa com etapas mais “externas” e controladas. Você melhora a entrada, a organização e a qualidade do que chega no sistema — e só depois mexe no sistema. Pense como uma reforma com a casa em pé: primeiro, você arruma o fluxo, tira o entulho, melhora o acesso, organiza ferramentas, padroniza procedimentos. Só depois você quebra a parede. Uma boa regra prática é: quanto mais crítico o sistema, mais controlada precisa ser a automação . Isso não é medo; é engenharia de confiança. Você pode acelerar o que está antes e depois do sistema sem tocar no coração do legado no primeiro movimento. ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
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