Aplique os Novos Recursos do Atlassian Intelligence ao Jira Service Management  

Romildo Burguez • June 6, 2024

Na gestão de serviços, eficiência e agilidade são essenciais para garantir que as operações sejam executadas sem imprevistos. Com a evolução da tecnologia, a Atlassian passou a integrar a Inteligência Artificial em seus produtos para otimizar a produtividade e a eficiência das equipes.  

Nesse post, vamos falar sobre algum dos mais recentes recursos do Atlassian Intelligence disponíveis no Jira Service Management , pensados para que equipes de TI ou de outras áreas da empresa possam gerenciar seus fluxos de trabalho e responder solicitações

Quer saber mais? Continue a leitura! 

Capacitando Administradores com Configuração Baseada em IA  

Vamos começar falando sobre a experiência de aplicação da IA na configuração de centrais de serviços e sobre como esse processo mudou completamente esta atividade, otimizando o trabalho dos administradores. 

Configuração Facilitada  

A configuração de uma central de serviços pode ser um desafio significativo para muitas organizações. Para simplificar este processo, a Atlassian introduziu experiências de configuração baseadas em IA. Utilizando a linguagem natural, os administradores podem configurar facilmente uma central de serviços adaptada às necessidades específicas da organização. Isso inclui a definição de tipos de solicitação, formulários, campos e fluxos de trabalho, tudo com sugestões inteligentes para otimizar cada etapa. 

Anteriormente, configurar uma central de serviços envolvia uma série de etapas manuais que demandavam tempo e conhecimento especializado. Com a nova configuração baseada em IA, os administradores podem descrever em termos simples o que desejam configurar, e a IA cuida do resto. Isso não só acelera o processo de configuração, mas também minimiza os erros que podem ocorrer devido à complexidade do sistema. 

Sugestões de Tipos de Solicitação e Campos  

Um dos recursos mais empolgantes disponíveis agora é a sugestão de tipos de solicitação e campos, facilitada pela IA. Este recurso permite que os administradores configurem rapidamente a central de serviços, garantindo que todos os tipos de solicitações e campos necessários sejam incluídos de forma intuitiva e eficiente. A IA analisa os dados históricos e as práticas recomendadas para sugerir configurações que melhor atendem às necessidades da organização. 

Isso significa que, ao invés de adivinhar quais campos são necessários para diferentes tipos de solicitação, os administradores recebem sugestões baseadas em dados concretos. Por exemplo, se uma organização frequentemente recebe solicitações de suporte técnico que requerem informações específicas, a IA sugerirá automaticamente a inclusão desses campos relevantes, economizando tempo e melhorando a precisão das configurações. 

Acelerando a Produtividade com Automação de IA  

Agora, vamos ver como a IA pode transformar a automação e a Gestão de Serviços. 

Criação de Automação com Linguagem Natural  

A criação de automações complexas pode ser um processo técnico e demorado. A Atlassian democratizou este processo, permitindo que qualquer usuário, independentemente de seu conhecimento técnico, crie automações poderosas em segundos. Basta descrever a ação ou requisito em linguagem natural, e a IA gera uma regra de automação correspondente. Isso não só acelera a criação de automações, mas também torna a ferramenta acessível a um público mais amplo. 

Este recurso é especialmente útil para equipes que precisam responder rapidamente a mudanças nas condições de trabalho ou a novas exigências dos clientes. Por exemplo, se uma equipe de suporte precisa automaticamente escalar solicitações que permanecem sem resposta por mais de 24 horas, a IA pode configurar essa regra de automação com base em uma simples descrição do problema. Isso permite que as equipes mantenham altos padrões de serviço sem a necessidade de intervenções manuais constantes. 

Triagem e Resolução com IA  

A triagem de problemas é um componente crítico na gestão de serviços. Em breve, a triagem de problemas orientada por IA permitirá que os agentes preencham lacunas e executem ações em massa para encaminhar solicitações para os agentes corretos. Isso aumentará a eficiência e garantirá que os problemas sejam resolvidos rapidamente. 

Além disso, a IA pode priorizar automaticamente as solicitações com base em critérios predefinidos, como a urgência do problema ou o impacto no negócio. Isso significa que os problemas mais críticos são tratados primeiro, garantindo que os recursos da equipe sejam usados de maneira mais eficaz. A triagem automatizada também reduz o tempo que os agentes gastam classificando manualmente as solicitações, permitindo que eles se concentrem na resolução dos problemas. 

Análise de Sentimento  

Outro recurso inovador que será lançado em breve é a análise de sentimento de IA. Este recurso avalia rapidamente o sentimento do cliente, ajudando os agentes a priorizar problemas de maneira mais eficaz. Ao identificar frustrações precocemente, as equipes podem garantir um serviço de alta qualidade e manter a satisfação do cliente em níveis elevados. 

A análise de sentimento utiliza algoritmos avançados para analisar o tom e o conteúdo das comunicações dos clientes, como e-mails, mensagens de chat e tickets de suporte. Se um cliente expressar frustração ou insatisfação, a IA pode sinalizar automaticamente a solicitação como de alta prioridade, garantindo uma resposta rápida e apropriada. Este nível de proatividade na gestão de sentimentos do cliente pode ser a diferença entre um cliente insatisfeito e um defensor leal da marca. 

Habilitando Suporte Sempre Ativo com Agentes Virtuais  

Para fornecer suporte contínuo e personalizado, a Atlassian introduziu o agente virtual alimentado por IA. Este agente automatiza interações de suporte de nível 1, gerando respostas precisas e sensíveis ao contexto a partir de uma base de conhecimento vinculada. Atualmente disponível na Central de Ajuda do Jira Service Management em beta limitado, este recurso também estará disponível no portal e no Microsoft Teams em breve. 

Os agentes virtuais são especialmente valiosos para lidar com consultas repetitivas e tarefas simples, liberando os agentes humanos para se concentrarem em problemas mais complexos. Por exemplo, um agente virtual pode responder a perguntas frequentes sobre políticas de TI, redefinições de senha e status de tickets, fornecendo respostas instantâneas e precisas. Além disso, esses agentes podem escalar automaticamente as solicitações para agentes humanos quando necessário, garantindo que os clientes sempre recebam a assistência adequada. 

Melhorando a Gestão de Incidentes com AIOps  

Vamos entender como a aplicação de AIOps pode trazer maior eficiência à Gestão de Incidentes. 

Agrupamento de Alertas  

A gestão de incidentes é outra área onde a Atlassian está aplicando a IA para aumentar a eficiência. O agrupamento de alertas, atualmente em versão beta, permite que as equipes detectem incidentes mais rapidamente agrupando alertas semelhantes e extraindo insights históricos. Isso facilita a identificação de incidentes críticos e a resposta adequada. 

O agrupamento de alertas reduz o ruído de alertas redundantes, concentrando-se nos incidentes que realmente importam. Isso é particularmente útil em ambientes de TI complexos, onde múltiplos sistemas podem gerar uma enxurrada de alertas. Ao agrupar alertas relacionados, a IA ajuda as equipes a identificar a causa raiz de problemas mais rapidamente e a tomar ações corretivas de forma mais eficaz. 

Recursos AIOps Futuras  

Ao longo de 2024, a Atlassian planeja introduzir mais recursos AIOps que transformarão a gestão de incidentes. Entre esses recursos estão: 

  • Geração PIR: Automatiza a documentação de revisões pós-incidente, capturando detalhes relevantes rapidamente para compartilhar aprendizados e prevenir futuros incidentes. 
  • Supressão de Alertas: Otimiza as notificações, concentrando-se em alertas de alta prioridade para ação rápida. 
  • Comunicações de Incidentes: Utiliza IA para atualizar rapidamente as partes interessadas com resumos claros e concisos. 
  • Investigação de Incidentes: Fornece contexto orientado por IA para uma resolução mais rápida e eficaz de incidentes. 

A introdução desses recursos permitirá que as equipes de TI gerenciem incidentes com maior precisão e eficiência, minimizando o tempo de inatividade e melhorando a resiliência organizacional. A Geração PIR, por exemplo, ajuda a capturar e documentar rapidamente todos os detalhes de um incidente após sua resolução, permitindo uma análise aprofundada e a implementação de medidas preventivas. 

Ampliando as Capacidades com Integrações Avançadas  

Vejamos como é possível promover a expansão das funcionalidades por meio de integrações avançadas.  

Integração com Ferramentas de Terceiros  

Além dos novos recursos de IA, o Jira Service Management agora oferece melhor integração com uma ampla gama de ferramentas de terceiros. Isso inclui integração aprimorada com plataformas de colaboração, monitoramento e segurança, permitindo que as equipes de TI trabalhem de maneira mais coesa e eficiente. 

A integração com plataformas de colaboração como Slack e Microsoft Teams permite que as equipes de TI recebam alertas e atualizações diretamente em suas ferramentas de comunicação preferidas. Isso garante que todos os membros da equipe estejam sempre informados sobre o status dos tickets e incidentes, melhorando a coordenação e a resposta. 

Automação de Fluxos de Trabalho  

A automação de fluxos de trabalho é outra área onde o Atlassian Intelligence está fazendo uma diferença significativa. Com a capacidade de automatizar fluxos de trabalho complexos, as equipes de TI podem garantir que todos os processos sejam seguidos de maneira consistente e eficiente. Isso inclui a automação de aprovações, notificações e escalonamentos, reduzindo o tempo necessário para gerenciar manualmente essas tarefas. 

Por exemplo, um fluxo de trabalho automatizado pode ser configurado para aprovar automaticamente solicitações de acesso a sistemas com base em critérios predefinidos, como o cargo do solicitante e a urgência da solicitação. Isso não só acelera o processo de aprovação, mas também garante que as políticas de segurança sejam seguidas rigorosamente. 

Personalização e Flexibilidade  

Por meio da personalização de funcionalidades e da flexibilidade de recursos pode-se adaptar o Atlassian Intelligence quaisquer necessidades das suas equipes, por mais específicas que sejam. Acompanhe: 

Agentes Personalizados  

Um dos aspectos mais poderosos do Atlassian Intelligence é a capacidade de criar agentes personalizados sem a necessidade de programação. Isso permite que as organizações adaptem os agentes de IA às suas necessidades específicas, garantindo que eles ofereçam o máximo valor possível. 

Os agentes personalizados podem ser configurados para responder a perguntas frequentes, fornecer informações detalhadas sobre produtos ou serviços, e até mesmo executar tarefas específicas, como agendar reuniões ou processar pedidos. Isso não só melhora a eficiência, mas também garante que os clientes e funcionários recebam um serviço altamente personalizado e relevante. 

Flexibilidade de Implantação  

A flexibilidade de implantação é outra vantagem significativa do Atlassian Intelligence. As organizações podem escolher entre uma variedade de opções de implantação, incluindo nuvem, local e híbrida, garantindo que as soluções se integrem perfeitamente à infraestrutura existente. 

Essa flexibilidade permite que as organizações aproveitem os benefícios da IA sem precisar fazer mudanças significativas em sua infraestrutura de TI. Além disso, a capacidade de escalar as soluções de IA conforme necessário garante que as organizações possam crescer e evoluir sem se preocupar com limitações tecnológicas. 

Para que você possa se aprofundar ainda mais, recomendamos também a leitura dos artigos abaixo: 

Conclusão  

A integração do Atlassian Intelligence no Jira Service Management está redefinindo a forma como as equipes de TI operam, trazendo inovação e eficiência para cada aspecto da gestão de serviços. Com recursos como configuração simplificada baseada em IA, automação acessível, triagem e análise de sentimento inteligentes, agentes virtuais e avançadas capacidades de AIOps, a Atlassian está capacitando as equipes a oferecer um serviço excepcional em escala. À medida que continuamos a explorar e implementar essas ferramentas, as organizações podem esperar uma transformação significativa na maneira como gerenciam e respondem às necessidades de TI. 

Para aqueles interessados em aproveitar essas capacidades avançadas, os recursos estão disponíveis para clientes do Jira Service Management Cloud Premium e Enterprise. Se sua organização já está em um desses planos ou deseja atualizar, agora é o momento ideal para explorar o poder da Atlassian Intelligence e levar sua gestão de serviços ao próximo nível. As inovações apresentadas não só melhoram a eficiência operacional, mas também garantem um serviço mais ágil e responsivo, essencial para o sucesso no ambiente empresarial atual. 

Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! 

Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados !   

Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .   

Fale com a CSP Tech

.

Curva da Demanda por BI: da Pandemia à Maturidade dos Dados
Por Romildo Burguez 11 de dezembro de 2025
Entenda como a demanda por BI cresceu após a pandemia, quais barreiras de maturidade persistem e por que muitas empresas ainda não extraem valor real dos dados.
Por Romildo Burguez 9 de dezembro de 2025
Você provavelmente já sentiu isso na pele: a operação não espera, o cliente não perdoa, o time está enxuto, o legado “segura o negócio com fita crepe” e boa vontade, e o calendário insiste em ser mais curto do que o bom senso. No meio desse cenário, a inteligência artificial aparece como uma promessa irresistível. Ela escreve, resume, sugere, analisa, responde. Parece uma contratação em massa sem recrutamento, sem onboarding, sem férias. E é exatamente aí que mora o risco. Quando a empresa vive um ambiente crítico — seja por lidar com dados sensíveis, ter integrações frágeis, operar com sistemas antigos ou trabalhar com prazos apertados — a IA pode tanto liberar uma produtividade enorme quanto acelerar erros, vazamentos e decisões ruins com uma velocidade inédita. O problema não é a tecnologia. O problema é a forma como ela entra: como remédio rápido para dor grande, sem o mínimo de disciplina. Entretanto, é possível adotar IA com responsabilidade, mesmo com rigidez, legado e pouco tempo. Só que o caminho não começa “na ferramenta”. Começa em cultura digital, processo e um conjunto simples de regras. Você não precisa falar difícil para fazer bem feito. Precisa ser claro. Nesse post, vamos transformar o tema em algo aplicável ao seu dia a dia: onde começar, o que evitar, como medir valor e como não quebrar o que já funciona. Continue a leitura para saber mais! A pressa das PMEs faz sentido. O perigo é confundir pressa com atalho. Pequenas e médias empresas se movem por necessidade. Elas não têm cinco camadas de aprovação, nem uma fila infinita de especialistas para absorver demanda. Quando surge um gargalo — seja no atendimento, no financeiro, no comercial ou na gestão de projetos — ele aparece com força. A dor é direta. E a vontade de resolver “para ontem” é legítima. Por isso, a IA entra com facilidade. Ela parece um reforço imediato. Só que em operações sensíveis, essa entrada rápida costuma vir acompanhada de três comportamentos perigosos: O primeiro é a “adoção invisível”. Cada área começa a usar ferramentas por conta própria, sem padrão, sem alinhamento, sem proteção. Parece produtividade, mas, na prática, vira um risco espalhado. É quando a empresa acorda e percebe que informações críticas foram copiadas e coladas em lugares errados — e ninguém sabe ao certo o que foi usado, onde, por quem e para quê. O segundo é a “dependência sem critério”. Em vez de apoiar decisões, a IA começa a influenciar decisões. E como ela fala com confiança, muita gente deixa de questionar. O resultado pode ser um erro bem escrito e muito convincente, indo parar em um e-mail para cliente, numa proposta comercial, numa análise de risco ou num plano de ação. O terceiro é o “atalho que vira dívida”. A empresa economiza tempo hoje, mas cria um problema que custará caro amanhã: processos diferentes em cada área, informações desencontradas, retrabalho, perda de qualidade e uma sensação constante de que a operação ficou mais rápida… porém menos confiável. Se você atua em ambientes críticos, precisa de uma ideia simples para guiar decisões: IA não é só uma ferramenta. É uma capacidade. E capacidade precisa de método. IA operacional vs IA estratégica Aqui está a diferença que separa quem “brinca” de IA de quem realmente melhora a empresa. O uso operacional é quando a IA ajuda em tarefas soltas. Ela escreve um e-mail, organiza um texto, revisa uma mensagem, resume uma reunião, gera ideias para um post, cria um roteiro de apresentação. Isso é útil, sim — e costuma trazer ganhos rápidos. Só que é, principalmente, produtividade individual. O uso estratégico é quando a IA melhora o funcionamento da empresa. Ela reduz gargalos recorrentes, diminui retrabalho, melhora prazos, padroniza comunicação, acelera decisões com mais consistência. Isso acontece quando a IA entra conectada a processo, rotina e medida de resultado. É produtividade organizacional. A pergunta que coloca você no trilho certo é bem objetiva: “Isso vai melhorar a empresa ou só vai deixar alguém mais rápido hoje?” Se a resposta for “só hoje” , tudo bem. Mas trate como experimento controlado. Se a resposta for “vai melhorar a empresa” , então você precisa do mínimo de responsabilidade para a coisa escalar sem quebrar a confiança. Em operação crítica, “começar pequeno” não significa “começar solto” Muita gente ouve “comece pequeno” e traduz como “qualquer um começa de qualquer jeito” . Em ambientes críticos, começar pequeno precisa significar outra coisa: começar seguro , com escopo curto, impacto real e regras simples. Pense assim: você quer escolher casos de uso que tragam valor rápido, mas que não exijam mexer no coração frágil das integrações de primeira, nem colocar dados sensíveis em risco . Você quer avançar sem quebrar o que está em produção. A seguir, estão seis pontos de partida que normalmente funcionam bem nesse cenário — e que ajudam a construir confiança. 6 usos iniciais “seguros” para ambientes críticos Resumo e padronização de informações internas. Atas de reunião, planos de ação, registros de decisões, atualizações de status. Aqui a IA vira uma secretária eficiente: organiza, sintetiza e deixa mais claro o que já foi discutido. Desde que você evite conteúdo sensível e tenha revisão humana, o risco é baixo e o ganho costuma ser alto. Documentação e melhoria de procedimentos Em empresas com legado e estruturas rígidas, documentação é ouro — e quase sempre está atrasada. A IA pode ajudar a transformar rascunhos em textos mais claros, sugerir estrutura, padronizar linguagem e identificar lacunas. O segredo é simples: ela não “autoriza”; ela ajuda a escrever. Quem valida é o time. Triagem de demandas e classificação de tickets Antes de automatizar respostas, você pode automatizar organização. Classificar tipos de solicitação, identificar urgência, sugerir responsáveis, apontar provável causa. Isso reduz caos na fila e melhora tempo de resposta sem mexer diretamente em sistemas sensíveis. Base de conhecimento interna com curadoria Em operações corridas, perguntas se repetem: como liberar acesso, como abrir chamado, como registrar incidente, como seguir um procedimento. A IA pode facilitar busca e resposta usando conteúdos aprovados, desde que haja controle de acesso e curadoria. Aqui, o “seguro” não é a tecnologia — é a disciplina de manter a base confiável. Apoio ao comercial e ao atendimento com limites claros A IA pode ajudar a estruturar propostas, organizar argumentos, adaptar linguagem. Mas o limite precisa ser inegociável: não alimentar a IA com informações confidenciais ou dados de clientes sem política definida. Dá para fazer bem com modelos prontos e um padrão de conteúdo. Identificação de padrões de retrabalho e gargalos, usando dados não sensíveis Às vezes, o problema não está no “fazer”. Está no “refazer”. A IA pode ajudar a enxergar recorrências: onde mais dá erro, onde mais volta, onde mais trava. Isso orienta melhorias de processo que liberam tempo real. Veja o ponto comum entre todos esses usos: eles começam melhorando comunicação, organização e consistência — sem pedir que você reconstrua o mundo, nem jogue risco para debaixo do tapete. O mínimo de responsabilidade: governança “leve” para não virar caos Se a palavra “governança” te lembra burocracia, pense nela como um conjunto enxuto de regras para evitar problemas previsíveis. Em ambientes críticos, você não precisa de um manual de 200 páginas. Você precisa de um acordo claro e prático, que caiba em uma página e seja fácil de seguir. Esse mínimo costuma incluir quatro coisas. São elas: Classificação simples de informação O time precisa saber o que pode ser usado com IA e o que não pode. Em geral, o que envolve dados pessoais, informações contratuais, números sensíveis, credenciais, dados operacionais críticos ou qualquer conteúdo sigiloso deve ter uma regra expressa. A empresa não pode depender do “bom senso” de cada pessoa quando a pressão do prazo aperta. Controle de acesso Quem pode usar quais ferramentas? Quem pode acessar quais bases? Em muitas empresas, a IA se torna perigosa não por ser “inteligente”, mas por herdar permissões erradas. Se acesso é frouxo, a IA apenas acelera o aperto. Registro do uso em áreas sensíveis Não precisa ser um tribunal. Precisa ser rastreável. Quando algo der errado, você precisa conseguir entender o caminho: o que foi feito, por quem e com qual objetivo. Isso protege a empresa e também protege as pessoas. Revisão humana em pontos críticos Em áreas sensíveis, a IA não pode ser “quem decide”. Ela pode sugerir. Ela pode resumir. Ela pode organizar. Mas decisões que afetam cliente, segurança, risco ou compliance precisam de validação. Isso é maturidade, não desconfiança. O resultado dessa governança leve é simples: você cria segurança para a adoção crescer sem virar “terra de ninguém” — o que costuma acontecer quando a empresa tenta ser moderna… mas esquece que modernidade sem disciplina vira acidente. Legado e integrações frágeis: como evoluir sem quebrar a operação Em ambientes críticos, o legado não é um vilão. Ele é o que mantém a empresa trabalhando. O problema é tratar esse legado como se fosse um aplicativo novo, pronto para integrações perfeitas e mudanças rápidas. Aqui, o caminho mais responsável é reduzir acoplamento. Ou seja: antes de conectar IA diretamente em sistemas críticos, você começa com etapas mais “externas” e controladas. Você melhora a entrada, a organização e a qualidade do que chega no sistema — e só depois mexe no sistema. Pense como uma reforma com a casa em pé: primeiro, você arruma o fluxo, tira o entulho, melhora o acesso, organiza ferramentas, padroniza procedimentos. Só depois você quebra a parede. Uma boa regra prática é: quanto mais crítico o sistema, mais controlada precisa ser a automação . Isso não é medo; é engenharia de confiança. Você pode acelerar o que está antes e depois do sistema sem tocar no coração do legado no primeiro movimento. ROI sem mágica: como mostrar valor Se o conteúdo que você vai produzir não ajudar o leitor a justificar investimento, ele vira inspiração bonita e morre na gaveta. O ponto não é prometer “revolução”. É mostrar como medir ganhos reais. Um modelo simples funciona bem para PMEs: Você estima o tempo que está sendo gasto em atividades repetitivas e com retrabalho. Você transforma isso em custo (tempo x custo/hora). Você soma impactos de qualidade (erros, retrabalho, atrasos) e impactos de negócio (atendimento mais lento, proposta que demora, perda de oportunidade). E então você compara isso com o custo de adoção: ferramenta, implantação, treinamento e o mínimo de governança. O segredo do ROI responsável é não esconder custo “invisível”. Porque, em ambiente crítico, o custo invisível vira o mais caro: retrabalho, incidentes, perda de confiança, ruído entre áreas, risco de vazamento, desgaste da equipe. Quando você apresenta o ROI dessa forma, a conversa sai do “vamos usar IA porque todo mundo usa” e entra no “vamos usar IA onde faz sentido e onde conseguimos controlar”. Cultura digital: o motor que mantém a IA útil depois do encanto inicial Aqui é onde muita empresa erra. Ela acredita que IA é uma mudança de ferramenta. Na prática, é uma mudança de comportamento. Sem cultura digital, acontecem dois extremos igualmente ruins. No primeiro, a empresa reage com resistência. Ninguém usa, porque “isso vai dar problema”, “isso é modinha”, “isso não é para nós”. O resultado é ficar para trás — e continuar sobrecarregado. No segundo, a empresa vira anarquia. Cada um usa do seu jeito, do seu lugar, para o seu objetivo. O resultado é o risco espalhado — e uma operação inconsistente. Cultura digital madura é equilíbrio: autonomia com responsabilidade. E isso se constrói com coisas simples: exemplos aprovados, boas práticas claras, treinamento leve e constante, e alinhamento entre áreas. Não é um grande evento. É rotina. Uma boa prática é criar um “playbook” curto de uso, com exemplos do que pode e do que não pode, e um repertório de modelos prontos para cada área. Quando você entrega o caminho, você reduz improviso. E improviso é o que mais dói em prazo curto. O que não se deve fazer Se você vai escrever um conteúdo responsável, precisa dizer com clareza onde não começar. Não comece automatizando decisões de alto impacto sem revisão humana. Não comece colocando dados sensíveis em ferramentas sem regra e sem controle. Não comece conectando automações direto em sistemas críticos sem pensar em rollback, validação e exceções. E não comece tratando a IA como fonte final de verdade. Esses “nãos” não existem para travar inovação. Eles existem para proteger a operação e permitir que a IA vire aliada, não risco. Conclusão Sim, PMEs tendem a adotar IA com velocidade. E isso pode ser uma vantagem brutal, especialmente quando o time é enxuto e a demanda só cresce. Mas em ambientes críticos, velocidade sem responsabilidade é só uma forma diferente de atraso, já que mais cedo ou mais tarde o custo aparece. O caminho mais sólido é simples de entender: começar por casos de uso seguros, estabelecer um mínimo de regras, melhorar processos e comunicação, respeitar o legado e criar cultura digital para sustentar a evolução. Isso transforma IA de “atalho” em capacidade. Esperamos que você tenha gostado do conteúdo desse post! Caso você tenha ficado com alguma dúvida, entre em contato conosco , clicando aqui! Nossos especialistas estarão à sua disposição para ajudar a sua empresa a encontrar as melhores soluções do mercado e alcançar grandes resultados ! Para saber mais sobre as soluções que a CSP Tech oferece, acesse: www.csptech.com.br .
Pessoa sorridente em um escritório iluminado com luz verde, olhando para um monitor de computador.
Por Romildo Burguez 27 de novembro de 2025
Entenda como decidir entre Lakehouse, DW ou híbrido para sua empresa, equilibrando custo, disponibilidade e latência sem comprometer sistemas críticos legados.
Por Guilherme Matos 26 de novembro de 2025
Conheça os novos recursos do Atlassian Service Collections e como eles transformam o Jira Service Management para operações modernas.
Uma mulher e um homem conversam em uma mesa em um espaço moderno com iluminação azul-esverdeada.
Por Romildo Burguez 25 de novembro de 2025
Descubra os seis blocos da plataforma enxuta que padronizam processos, reduzem riscos e liberam seu time para atuar em tarefas estratégicas com eficiência.
Por Guilherme Matos 24 de novembro de 2025
Descubra como usar a API do Jira para automatizar processos, integrar sistemas e aumentar a produtividade com consultoria Jira especializada.
Homem ajustando os óculos, iluminado por dados verdes, com expressão concentrada.
Por Romildo Burguez 20 de novembro de 2025
Saiba como aplicar 5 padrões práticos para reduzir falhas em integrações críticas, encurtar tempo de recuperação e garantir continuidade nas operações de TI.
Homem de terno e óculos, segurando um tablet, olhando para telas com dados. Sala escura,
Por Romildo Burguez 18 de novembro de 2025
Adote a governança enxuta com regras simples de acesso, glossário e linhagem para aumentar a confiança nos dados sem burocracia e acelerar decisões estratégicas.
Homem de blazer verde segurando um telefone com efeitos brilhantes em um ambiente de tecnologia.
Por Romildo Burguez 13 de novembro de 2025
Descubra como usar o Guard Detect para criar alertas inteligentes, reduzir ruídos, agir rapidamente em riscos e integrar segurança ao fluxo diário da operação.